29/01/2010

O seu casamento é um presente de Deus para você


Meus amigos e amigas queridos e abençoados, neste próximo dia 30/01/2010 será o meu Sacramento do Matrimônio e também um pouco de férias e descanso para curtir muito este momento então hoje estou postando este lindo presente que Deus me deu e para aqueles que ainda não o receberam, espero o momento e esteja sempre preparado pois ele dará com certeza para aqueles que muito quer, agora se você já for casado, então que seu casamento seja uma linda festa de matrimônio todos os dias.

Estou saindo hoje de férias e só voltarei a postar dia 08/02/2010, estejam todos em Oração por minha esposa e eu que com certeza estaremos em Orações por vocês.

Deus os abençõe e confira esta linda matéria abaixo:

Eis o que Deus fala a você em: Hebreu 13,1-6.

Eu vejo como é interessante vermos o quanto o nosso corpo sofre, mas não podemos deixar o nosso sofrimento passar e não tirar proveito dele. O sofrimento faz parte da minha e da sua vida. Por isso, feliz daquele que tem condições de chorar, porque cada gota de lágrima, que rola dos seus olhos, se torna um colírio para os olhos de Deus, que enxerga você no profundo do seu ser.

Não existe quem não sofra, desde o que tem uma posição superior até o mais simples. E, às vezes, quando vem a amargura no seu coração, você só tem uma solução: chorar. Mas, nisso, o Espírito Santo vai lavar a sua alma, o seu interior. Nesses momentos, Deus aproveita para vir até você, não por causa do sofrimento, mas porque Ele o encontra sem máscaras, pois há transparência nessas circunstâncias.

Nesses momentos, abrimos o coração de todas as formas e Deus pode agir em nosso coração. Depois do choro sofrido vem o alívio, nisso o Espírito Santo está selando o seu interior.

Deus nos experimenta a cada dia, e uma comunidade – que não está alicerçada em Cristo – não tem como durar. É preciso viver o amor fraterno, amor em Jesus Cristo.

Quando digo comunidade, não estou falando em comunidades como a Canção Nova, por exemplo, mas do seu relacionamento, e se este não estiver alicerçado em Jesus Cristo e não tiver um amor fraternal entre vocês, num instante vai se desfazer.

Onde houver um amor verdadeiro cristão, haverá fraternidade.

O amor se expressa no interesse pelo próximo. Onde começa o amor fraterno? Dentro de casa, em nosso lar. O amor fraternal começa com o casamento cristão dentro da vontade de Deus. O sexo tem que ser fruto de felicidade e reconhecimento que é o amor gratuito de Deus para o casal. Confira: Hebreus 13,4: “O matrimônio seja honrado por todos, e o leito conjugal sem manchas, pois Deus julgará os libertinos e os adúlteros”.

O seu casamento é um presente de Deus para você. O sexo fora do casamento é pecaminoso e destrutivo. A impureza é cometida por pessoas não casadas, e o adultério é cometido pelos casados, e carrega em si toda a impureza.

De que modo Deus julga os impuros e os adúlteros? São julgados pelas doenças e pelo descontrole mental. São pessoas que estão passando por sérias doenças afetivas. Davi foi perdoado, porém, sofreu as conseqüências do seu pecado em seus filhos. Hoje, quando o pecado sexual é apresentado como deslize e entretenimento, a Igreja precisa se manter firme em sua posição em favor da pureza.

28/01/2010

É hora do Batismo no Espírito

O derramamento do Espírito Santo é a grande graça que Deus está dando à Sua Igreja hoje. Está dando aos sacerdotes, aos religio­sos, às religiosas. Está dando a todos: aos pobres, aos ricos, aos empresários, aos músicos, às pessoas de decisão na nossa sociedade... a você também; por que não? O Senhor está derramando o Seu Espírito. Por esta graça o Senhor está realizando a transformação da Sua Igreja.



O que chamamos de “Batismo no Espírito Santo” — pois é assim que Jesus o chamou: “sereis batizados no Espírito Santo” (cf. At 1,5) — podemos chamar, também, de “derramamento” do Espírito Santo, de “efusão” do Espírito Santo. O Batismo no Espírito Santo faz parte da Teologia da Graça: é uma graça “extraordinária”, que está tendo efeitos “extraordinários” na vida das pessoas.­

A teologia do Batismo no Espírito Santo é Teologia da Graça. O Senhor quer derramar o Seu Espírito sobre todas as pessoas, sobre as famílias, sobre as casas religiosas, sobre os seminários, sobre as paróquias, sobre as dioceses. O Senhor quer derramá-Lo [Seu Espírito] em situações concretas de uma diocese, de uma paróquia, de uma congregação religiosa. O Senhor quer derramar o Seu Espírito Santo e essa graça tem realizado uma “extraordinária” transformação, a ponto de todo o mundo ficar boquiaberto e perguntar: o que está acontecendo? Isso é extraordinário!

Sim, coisas extraordinárias o Senhor está fazendo conosco! Somos a mais linda demonstração do que o Senhor pode fazer! Se um artista tem uma tela de primeira qualidade, tintas de primeira, pincéis de qualidade, é muito fácil pintar o quadro. Porém, se ele tem uma tela ruim, tintas ruins, pincéis defeituosos e mesmo assim consegue pintar e o quadro sai uma obra-prima, isso significa que esse profissional é bom mesmo! Somos a demonstração de como o Senhor é “bom de serviço”!

Conosco e por meio de nós, Deus está fazendo coisas maravilhosas. Ele é artista!

Somos um “povo” que precisa ser corrigido, transformado, um “povinho” ainda muito vaidoso, cheio de orgulho espiritual, melindroso, ciumento... Um povo teimoso, desobediente, muito rebelde... somos assim, infelizmente. Mas o Senhor é “bom de serviço”, Ele faz maravilhas em nós! Somos um milagre de Deus. E Ele já fez coisas maravilhosas em nossas vidas! Mas o lindo é o que Ele já fez, está fazendo e quer fazer, também “por meio” de nós. Conosco, o Senhor está transformando a Sua Igreja. Aquilo que aconteceu no começo da Igreja está acontecendo agora!

Cremos que o Senhor vai restaurar toda a Sua Igreja! Creia: o que o Senhor está fazendo em nós, Ele vai realizar em toda a Igreja. Somos a “amostra” do que Ele quer fazer hoje na Igreja inteira. Eu e você somos a “amostra grátis” do que o Senhor pode e quer fazer com a Sua Igreja.

Trecho do livro Reinflama o Carisma de monsenhor Jonas Abib

Assista também:



Monsenhor Jonas Abib prega: "Hoje é o dia para que você se abra para a graça do batismo no Espírito Santo."




27/01/2010

A verdadeira alegria está em amar a Deus

Faltam poucos dias para o carnaval, a festa mais popular do Brasil. Muitos cristãos ainda ficam confusos se podem ou não comemorá-lo e como fazer para não desobedecer aos mandamentos de Deus numa época tão apelativa ao pecado e aos excessos.

Para ajudar a responder essas perguntas, o convidado deste episódio do 'Podvir' – o podcast do canal de Eventos - é o missionário Márcio Mendes, que vai participar do Acampamento de Carnaval da Canção Nova.

Márcio Mendes, missionário da Canção Nova
Foto: Arquivo CN

Confira um resumo do bate-papo:


Podvir: Como os cristãos podem comemorar o carnaval de maneira sadia?

Márcio Mendes
: O carnaval é uma festa que surgiu dentro da Igreja, era para ser uma festividade familiar. Em alguns países isso ainda acontece. A família sai de casa para se divertir. Mas, aqui no Brasil, hoje, essa festa tomou uma conotação triste e apelativa. Os acidentes desta época são frutos de um desequilíbrio, pois o carnaval foi se corrompendo com o tempo!

Lembre-se da máxima: “Diga-me com quem andas e direi quem tu és”. Com quem você pretende passar esse carnaval? Se você estiver no meio da galera, na bagunça, ficará difícil resistir ao pecado. Fechar-se num clube noturno, embriagado com luzes na sua cabeça, qualquer um fica fora de si. Se você pensa em festejar o carnaval dessa maneira, acho muito difícil não se manchar interiormente. A ideia geral é curtir a noite como a última do mundo, como se não tivéssemos que prestar contas pelo que fazemos. Isso não cabe aos cristãos.

Podvir: Então a dica é se prevenir disso tudo e não dar chance para o pecado?
Márcio: Com certeza. Temos de encontrar um meio bom e seguro para festejar o carnaval. Se você puder participar de uma atividade na paróquia, será ótimo. Se não puder, reúna a sua família e amigos num clube para brincar e festejar de maneira sadia. O espírito não pode ser o de fazer tudo que foi proibido até essa data. Misturar-se com pessoas que você não conhece, achando que nesse período pode fazer o que quiser; isso é arriscado. Eu não deixaria meu filho ir a um lugar como este. Por mais que você não queira cometer pecado, está sujeito aos outros [nesses ambientes].

Podvir: Muita gente ainda confunde a alegria de Deus com a do mundo, principalmente nesta época do ano. O que fazer para experimentar a verdadeira alegria?

Márcio:
É preciso separar a euforia da alegria. Até uma pessoa que há muitos anos traz em seu coração uma tristeza profunda, vive momentos de euforia. Ela se empolga, fica feliz por um tempo, depois volta a ser o que era antes. Às vezes até pior! Esse tipo de reação se chama euforia. Isso você também obtém com efeito de drogas, de álcool... Eu posso ficar eufórico com uma conquista ou uma paixão, por exemplo, mas depois de um tempo ela some e fica o vazio.

A alegria é algo que não passa. Ela fica conosco sempre, no sofrimento e na felicidade. Você fica em paz consigo, se sente feliz. Este sentimento fica conosco mesmo nas contrariedades da vida. A alegria que vem de Deus não é passageira, ela não deixa uma "ressaca psicológica". Não nos afunda ainda mais na dor que já sentíamos antes de experimentar algo.


Como baixar:


Ao ir para a página do Podvir, você encontrará, abaixo de cada um dos episódios, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.



Ouça o podcast na íntegra:




27 de janeiro de 2010

Tags: carnaval cancaonova Eventos alegria Deus euforia podcast podvir

26/01/2010

A Juventude e o desafio de uma nova evangelização


Dom Antônio Carlos Altiere


"Precisamos trabalhar muito para que a juventude seja conscientizada e preparada para esta reação e para fazer melhor"

“Estamos vivendo não só uma época de mudanças, mas uma mudança de época”. É o que diz Documento de Aparecida sobre a atualidade e os desafios da Igreja num mundo tão marcado pelo secularismo e pela técnica. Neste mesmo contexto está a juventude e o desafio de uma nova evangelização, a qual, segundo Dom Altiere, precisa: “Compreender a sua linguagem, para sentir o que eles sentem e, portanto, responder àquilo que eles precisam”.


Nesta entrevista, Dom Antônio Carlos Altiere, Bispo de Caraguatatuba (SP), nos fala dos desafios na evangelização da juventude atual, assim como o compromisso do jovem para uma sociedade mais justa e fraterna e da alegria de pertencer a Cristo deixando de lado as coisas passageiras e assumindo a alegria que não passa.


Cancaonova.com: Dom Altiere, a Congregação Salesiana surgiu da necessidade do acolhimento e da catequese dos jovens da periferia de Turim. Este era um grande desafio para Dom Bosco em sua época. Quais os grandes desafios na evangelização da juventude de hoje?


Dom Altiere: Dom Bosco, pela realidade onde viveu e pela sua tenacidade, conseguiu com seu carisma resolver o problema do jovem carente da sua região naquela época. Nós falamos da época da Revolução Industrial, de jovens marginalizados e explorados. Mas, infelizmente, a coisa no mundo se multiplicou, e nós [salesianos] não somos suficientes depois de 150 anos. Estamos presentes no mundo inteiro, mas não em número suficiente. Nós precisamos, então, ser multiplicadores. Eu me lembro de que Dom Luciano Mendes, quando era Bispo auxiliar de São Paulo, nos disse, numa palestra emblemática sobre o carisma salesiano: “Salesianos, ensinem-nos a fazer o oratório”, que é tocar o coração da juventude, porque Dom Bosco sabia que, se conseguíssemos ganhar o afeto do jovem e seu coração tudo o mais estava ganho. E, infelizmente, os ídolos hoje chegam antes da proposta de Jesus e nós pessoas de igreja e de fé não temos a suficiente pedagogia ou “santidade” para gostarmos do que o jovem gosta, para termos paciência de compreender a sua linguagem, para sentir o que eles sentem e, portanto, responder àquilo que eles precisam e não a perguntas que eles ainda não fizeram.


Cancaonova.com: Estamos nos aproximando do carnaval e muitos jovens acreditam que não é possível ser alegre e descontraído num ambiente de igreja. O que o senhor diz sobre isso?

Dom Altiere: Isso é um grande engano. Porque a alegria do carnaval é externa, é favorecida pelas estruturas e em três dias; ao passo que a alegria do jovem, do cristão é perene, é muito mais possível e válido lutar por essa alegria do que por aquela que passa e deixa consequências negativas e opostas para serem curtidas e consertadas logo depois. É possível ser alegre a vida toda e mesmo sendo jovem. Mas é possível também intensificar em alguns momentos, festejar, porque toda festa é uma saída da rotina, quando celebramos por exemplo o nosso aniversário ou o Dia das Mães, por exemplo. Eu até vejo o carnaval como três dias emblemáticos da alegria, mas pode ser de uma alegria santa, uma alegria pura, uma alegria que vem e se concentra com a alegria vivida durante todo o ano. Então é falsa aquela alegria forjada por três dias, quando, na verdade, ela não representa a alegria vivida no dia a dia de uma pessoa.


Dom Altiere - Bispo de Caraguatatuba (SP)
Foto: Robson Ciqueira


Cancaonova.com: Dom Altiere, neste ano vamos ter eleições no Brasil. O que se espera de um jovem comprometido com o Evangelho neste ano de 2010?

Dom Altiere: De fato, a sociedade espera que as novas gerações reajam ao desmando e àquilo que não é positivo, assim como ao uso indevido do poder, daqueles que conseguem status de forma de governo e que acabam governando para si mesmos. O fato é que precisamos trabalhar muito para que a juventude seja conscientizada e preparada para esta reação e para fazer melhor, porque nós vemos muitas críticas até de pessoas mais jovens, mas que, no fundo, têm o coração imbuído da mesma ganância, do mesmo ídolo, que é o poder. E quando eles chegam lá esquecem as promessas fictícias que estavam acostumados a ouvir e que até criticavam para fazer o que lhes interessa pessoalmente. Então, é preciso, jovem ou menos jovem, estar conscientes de um serviço, de uma vocação e do compromisso com a sociedade e com os valores cristãos, os quais, justamente, renovam os conceitos de autoridade e poder, porque Jesus Senhor, Rei e Mestre, veio para servir e não para ser servido. E Cristo não só falou isso, mas lavou os pés dos discípulos para que eles fizessem o mesmo. Por isso, aquele que busca usar a autoridade que Deus lhe deu deve estar disposto ao serviço, principalmente por coerência e justiça. Mas este mecanismo é um trabalho de toda a comunidade, da Igreja e da sociedade.


Cancaonova.com: O senhor poderia deixar uma mensagem à juventude do Brasil que nos acompanha pelo Portal Canção Nova?

Dom Altiere: Eu posso até repetir aquilo que Bento XVI – com o qual eu tive a oportunidade de estar no mês passado – vinha dizendo, que ele se via preocupado com o Brasil, o maior país católico do mundo, mas que tinha muita divisão de seitas, muitos desânimos. Mas quando ele veio ao Brasil pôde constatar o número de grupos de pessoas e de jovens, de novas comunidades, que se consagram em vista da missão. Ele disse que se surgem seitas, surgem também novas comunidades como cogumelos. Então, se é preocupante que algumas árvores frondosas caiam, eu acho que também devemos estar conscientes de que a nossa selva gigantesca – não só a Amazônia, mas a nossa população católica, que cresce muito mais serena à sombra destas novas comunidades que crescem e que usam dos meios de comunicação, assim como vocês [Canção Nova]) –, sem dúvida, se multiplicará.

25/01/2010

Jovem, sexo, ateísmo


Gostaria de falar a respeito de um tema bastante polêmico: “Como educar os filhos para a vivência da sexualidade”. É um tema que gera bastante discussão porque a sexualidade que nos católicos pensamos está diferente do mundo.

Quando nós queremos educar os filhos a respeito da sexualidade, eles vêm com a mentalidade da escola; e infelizmente nós pagamos os professores para perverterem a educação de nossos filhos, então o caminho é não confiar na escola, porque a escola irá ensinar algo errado, até que se prove o contrário. Infelizmente é isso, e eu vou explicar.

Por que a escola e os meios de comunicação vão ensinar mal os nossos filhos a respeito da sexualidade? Porque a sociedade está vivendo no ateísmo, a educação está montada no ateísmo, é preciso que nossos filhos saibam disso. Não é possível educar nossos filhos de forma cristã na sexualidade, sem romper com o pensamento da sociedade atual.

Infelizmente esse é o pensamento da classe falante: jornalistas, advogados, psicólogos, políticos, terapeutas, professores. Há uma lacuna muito grande entre a classe pensante e o povo brasileiro. O povo brasileiro tem uma moral sexual conservadora, isso é uma estatística do Datafolha, IBGE, a maior parte dos jovens brasileiros são conservadores. Quando ele se casa, casa com mentalidade de que quer que dê certo, o comportamento dele é uma coisa, mas o pensamento é outro, é conservador. A maior parte dos jovens é contra liberação das drogas, mas essa não é a opinião da classe falante, e o nosso país é conduzido pela classe falante, políticos que transmitem opinião, professores, jornalistas, advogados, psicólogos, e o que eles falam não é o que o povo brasileiro pensa.

A classe falante é muito liberal, e eles querem incutir na cabeça de nossos jovens essa opinião deles. Se nós, maioria cristã, continuarmos calados, eles vão conseguir cada vez mais incutir esse pensamento na cabeça dos jovens, nós precisamos falar e ter coragem de romper com esse silêncio, pronunciar que nós somos cidadãos cristãos.

"Querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas", denuncia padre Paulo Ricardo
Foto: Robson Siqueira/CN


Assista trechos desta pregação:

:: Nossa sociedade está vivendo um clima de ateísmo
:: Querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas
:: Padre Paulo fala sobre o existencialismo


Agora querem tirar os símbolos cristãos de todos os lugares, querem tornar o cristianismo uma realidade das catacumbas. Dizem que não querem ofender os que não são católicos, não podem ofender a minoria. Por que isso vai ofender os ateus? Não ter uma religião é também uma atitude religiosa. Ao invés de ter uma cruz na parede eu ter uma parede vazia é ter uma atitude religiosa.

Escute meu irmão ateu, você acha que ser cristão em público é feio, eu acho que ser ateu em público é muito pior, é mais feio. Uma cidade vazia de símbolos religiosos é também uma atitude religiosa que mostra que esta cidade não tem Deus.

O filósofo francês Jean-Paul Sartre Jean via o existencialismo como uma filosofia, para ele é um fato levar até as últimas consequências que Deus não existe. “Se Deus não existe, ninguém pensou o homem, então não existe certo ou errado”. Como Raul Seixas: “eu prefiro ser essa metaformose ambulante”. Vê o homem como fruto de uma mudança contínua, isso se chama ateísmo.

A respeito do sexo, como está pensando essa classe falante? Eles dizem assim: o importante é a pessoa se sentir bem, não tem certo ou errado. Isso é dizer que não existe um projeto, você que é o deus da história. Deus tem um projeto para nós, veja seu corpo, você sabe para que serve cada parte de seu corpo, que mostram a inteligência de Deus. Deus pensou o homem para a mulher e a mulher para o homem, mas muitos pensam: eu não quero viver o sexo dessa forma, quero viver da forma que me agrada, quero ter sexo com animais. Isso é uma desobediência ao Criador. E é isso que estão incutindo nas cabeças de nossos filhos, pois sempre dizem que o importante é a pessoa se sentir bem. Pode ser que o jornalista, o professor, o advogado que fale isso não seja ateu, mas o pensamento é ateu.

O ateísmo está tomando conta da nossa sociedade sem se mostrar. O ateísmo se apresenta como humanismo, algo favorável ao homem, tolerante.


Os nossos jovens, infelizmente, já fizeram sexo para entender que estão se destruindo, basta que alguém fale isso para eles, mas essa multidão da classe falante fala o oposto, psicólogos, pedagogos, políticos, professores, às vezes, até padres, que trabalham para o pensamento ateu - Que horror! Quando um jovem chega ao confessionário e fala do pecado da masturbação e o padre fala para o jovem que não tem problema, que ele está conhecendo o corpo, pode ser que o padre não saiba, mas está trabalhando para o pensamento ateu -. Se nós aceitarmos isso, haverá a intolerância religiosa disfarçada de tolerância, fazendo carinha de bom moço. O diabo não se apresenta com chifre, ele se apresenta de forma atraente, ele é especialista, sabe fazer a cabeça, se apresenta como tolerância.

A Igreja Católica ama de paixão os homossexuais, não existe uma instituição que os ame mais, pois quer os tirar de uma cultura de morte que está os matando, essa vida de sexo livre, está matando esses jovens, por isso ela diz: “meus filhos parem com isso”. Ela ama os heterossexuais que também estão se matando com o sexo livre, por isso ela fala: “meu filho pare de se maltratar porque você foi feito para amar”.

Fiéis participam atentamente da pregação do padre Paulo Ricardo
Foto: Robson Siqueira/CN

O sexo é uma criação de Deus e não do diabo. O sexo é uma participação do ser humano na obra da criação. O interior da mulher é algo sagrado, cada mulher que carrega dentro dela aquela pequena vida, ali Deus já realizou seu projeto maravilhoso. O homem é chamado pela sua sexualidade a entrar neste santuário da vida que é a mulher, para obra da criação. Precisamos arrancar o sexo das mãos do diabo, é obra de Deus o sexo. Nós precisamos fazer com que o sexo seja o que é no projeto de Deus, Deus tem um sonho para a sexualidade, e está ligado a nossa capacidade de amar. Mas que terrível! Quando usamos para nosso egoísmo, fazendo das mulheres objetos, usando algo que é para o amor para o egoísmo solitário.

Uma vez que você apresenta a sexualidade como projeto bonito de Deus, o jovem entende isso. Mas quando apresenta só como coisa proibida é claro que o jovem não vai aceitar. Eduque seus filhos, desmascare o lobo, é o pensamento ateu que conduz a morte, a destruição. E os jovens são capazes de enxergar isso, quanto mais você faz sexo sem compromisso, mais fica um vazio na alma. Mostre para ele o lobo, ele será capaz de enxergar. É importante que você os ajude a enxergar.

Os jovens dizem que devem ter um pensamento crítico, seja crítico com você, critique o pensamento que você adotou, um pensamento ateu, desonesto.

Você sabe por que o pensamento ateu está na moda? Veja o que falava o filósofo Friedrich Nietzsche: “Se deuses existissem, eu não suportaria não ser um deles. Portanto, deuses não existem”. Ele mostra que ele é ateu por sua soberba.

Os jovens dizem por que a Igreja proíbe sexo antes do casamento? Não é a Igreja que proíbe, mas a própria natureza. Pense, pelos menos lá em Cuiabá (MT) é assim, eu acho que esse negócio de sexo tem haver com uma criança que nasce, tem haver com bebê, assim como quando você se alimenta tem haver com nutrição, são as finalidades das coisas que Deus pensou. Se um casal de jovem mantém relações sexuais a natureza daquele ato é voltado para ter um filho, eu não estou dizendo que vai ter, mas está voltada para isso, e muitas meninas tomavam pílulas e engravidaram.

Veio a criança, ela precisa ser respeita, tem direito a vida e de ter pai e mãe. O pensamento ateu diz, não existe Deus, você que é deus, se a criança não te agrada jogue-a no lixo. Você que é senhora do seu corpo. E nós dizemos não, respeite o Criador. A pessoa se coloca no lugar de Deus, senhora da vida e da morte. Você acha que sexo é lazer? Não, ele é sagrado. A Igreja proíbe sexo antes do matrimônio não porque ele é pecado, mas porque ele é sagrado. No projeto de Deus a criança foi pensada tendo um pai e uma mãe.



Por que a classe falante não aceita isso? Porque se eles aceitarem, eles terão que aceitar a Deus. O que significa ter um Deus? Significa que eu não sou Deus, e o mundo moderno não aceita, ele quer ser deus. Eles não aceitam sermos adoradores, e o Papa João Paulo II fala sobre o ódio dos apóstatas.

O apóstata é um cara que abandonou a fé, seguia a Deus e começou a achar que a moral é opressora, não precisa ser tão radical, fanático, católico sim, mas fanático não. Começa ler a Bíblica de um jeito ideológico, na passagem onde Jesus diz: “se você olhar para uma mulher e no seu coração ir desejando-a, já cometeu adultério”. Eles dizem assim: Jesus não disse isso, isso foi acrescentado pela Igreja, isso é radicalismo. Eles pecam na fé que tinham, e arranjam um jeito “light” de entenderem a fé. Talvez seja até um padre que o tenha ensinado ler a Bíblia assim, e ainda dizem: padre fulano que é bom, é um padre aberto para realidade. Aberto para a realidade e fechado para Deus.

O apóstata pisou na própria consciência arranjando um jeitinho de interpretar o cristianismo, e quando você interpreta de forma reta, ele passa odiar você, porque mostra o que ele fez. Um jovem chega para o catequista e diz que não faz sexo com namorada e nem se masturba; o catequista começa a perseguir o jovem porque ele, o catequista, arrumou um jeito “maneiro” de viver o cristianismo, então persegue o jovem porque recorda o que ele fez consigo. Ele vai odiar quem propõe o Evangelho do jeito que ele acreditava antes.

Por que esse pessoal tem horror de ver a manifestação de nossa fé? Porque essa minoria de ateus quer amordaçar a maioria dos cristãos, temos que lembrar a eles que somos cidadãos como eles. Por que vamos ficar calados se somos a maioria? É necessário que essa maioria de cristão que são conservadores reaja. Eu tenho que reagir quando uma pessoa chega na minha igreja e acaba com o que é a razão da minha vida. Só existe um caminho eficaz, você não pode dar uma de bom mocinho, o sexo é sagrado, isso é visão positiva, mas você tem que mostrar o lobo que tenta passar como tolerância cristã aquilo que é intolerância ateia. Não somos ateus, Deus nos criou e tem um plano para nossas famílias, para nossa sexualidade. Temos que deixar Deus ser Deus e não ser Deus no lugar de Deus.




24/01/2010

Na inquietude o Espírito Santo fala conosco


"Tendo Jesus descido da montanha, uma grande multidão o seguiu. 2.Eis que um leproso aproximou-se e prostrou-se diante dele, dizendo: Senhor, se queres, podes curar-me. 3.Jesus estendeu a mão, tocou-o e disse: Eu quero, sê curado. No mesmo instante, a lepra desapareceu. 4.Jesus então lhe disse: Vê que não o digas a ninguém. Vai, porém, mostrar-te ao sacerdote e oferece o dom prescrito por Moisés em testemunho de tua cura" (São Mateus 8, 1- 4).

Na Bíblia nenhuma palavra se joga fora, até mesmo as palavras que parecem não ter importância, como no primeiro versículo: "Jesus desceu da montanha". A montanha é lugar de encontro com Deus. Jesus orava, foi um homem de profunda oração, e se esta prática foi necessária para o Senhor, também o é para nós.

É impossível ir ao encontro de Deus, sem Ele ter vindo ao nosso encontro. É Deus quem desce da montanha ao encontro das nossas necessidades. Só Jesus desce até o pecador, para nos recolher do pecado. Ele desce ao nosso encontro, na altura da nossa oração, por meio de um dom do Espírito Santo: pelo discernimento Ele coloca algo em nosso coração e alguma coisa acontece ao escutarmos a Palavra de Deus. Ninguém que escuta a Palavra de Deus fica como era antes.

Estou neste momento de oração para ouvir a Jesus, para ser curado das enfermidades, pois, quando não estamos doentes do corpo, estamos doentes da alma. Jesus é capaz de curar as nossas enfermidades. Ele curava todos os espíritos impuros, da lepra do pecado, da opressão, da tristeza. Toda vez que estamos em pecado nossa alma se oprime; aquele que traz o pecado, traz a tristeza no coração.

A renúncia ao pecado deve ser uma luta diária; não é preciso saber da enfermidade interior para que Deus me cure. A nossa vida na Canção Nova é eucarística, nesta terra é Jesus quem impera. Ele tomou sobre Si as nossas misérias e tristezas. Ele assumiu a sua tristeza, ela não lhe pertence mais! Você não tem o direito de ficar triste, pois, Jesus se encarregou de sua tristeza para você ser feliz.

"A promessa de Jesus para a felicidade é para quem obedece à Palavra de Deus"
Foto: Wesley Almeida

A promessa de Jesus para a felicidade é para quem obedece à Palavra de Deus. As duas coisas que antecipam o fim da nossa vida são a ignorância e a maldade; elas nos consomem, matam. Algumas pessoas perdem a vida, pois não sabem como salvá-la, vivendo nesta vida como mortas-vivas. Outras as perdem porque não querem saber como salvá-las.

A ignorância mata! "Aparece um tumor embaixo do braço de um homem; ele não gosta de ir ao médico. As pessoas alertam que o tumor está crescendo e este ignora. Quando ele resolve ir ao medico já não tem solução para o câncer".

A maldade é o castigo de quem pratica o mal. Quem planta o bem colherá o bem; quem planta o vício encontra o mal, desde o vício do cigarro, da bebida, da prostituição, esses males podem arrasar você, que é filho de Deus.

Deixe aos pés do altar seus vícios! Cremos que de Deus vem a força. Aquele que vive uma vida reta, a morte não pode roubá-lo, pois Deus o levantará o ressuscitando com Sua glória.

A pessoa que está em Deus tem a vida longa, o Senhor guardou a nós a vida eterna. A pessoa doente por dentro, da alma, não demora a ficar por fora. A nossa vida com o Senhor é boa, porque é longa e intensa.

Quando Jesus curava alguém e anunciava uma cura radical, acontecia a vitória sobre o pecado e sobre a morte. Você quer aprender a se colocar na frente do Senhor da vida e da morte? Você está rendido a Deus? Abandonado no Senhor? Já se entregou completamente a Ele? Não estamos diante de um assaltante, mas diante d'Aquele que nos ama.

"Você precisa aprender a assumir compromissos, a não trair as pessoas"
Foto: Wesley Almeida

Como o leproso que depositou a sua lepra, porque sua fé era grande,, ele mostrou suas misérias, não escondendo a lepra do Senhor. Diante de Jesus fez uma oração cheia de fé; e essa oração revela o segredo da vida orante, pois, o Senhor não é um Deus distante, mas sim, Aquele que está perto de nós. O leproso disse: "Senhor", e se pôs de joelhos. Ele se comprometeu, ficou à disposição de Jesus Cristo. Chamar alguém por "Senhor" naquele tempo era condição de escravo.

Você precisa aprender a assumir compromissos, a não trair as pessoas. Você está disposto a fazer o que Deus lhe mandar neste dia? A se comprometer como este leproso?

Na primeira palavra ele se comprometeu, na segunda, ele comprometeu Jesus até o último fio de cabelo: "Se queres, pode me curar", ele "O pôs na parede," passou a responsabilidade ao Senhor. Mexeu na autoridade de Cristo: "Eu creio que Tu és o Senhor" e, por fim, mexeu com a divindade de Jesus: "Tu tens o poder de me purificar".

Esta Palavra tem força de cura! É Deus quem purifica as doenças incuráveis e a enfermidade do pecado. Jesus se comoveu com fé daquele homem. Deus sempre se comove, toda vez que choramos. Você não chora sozinho, o Senhor chora com você, Ele se comove com sua fé e com sua oração. Você tem orado com fé?

A solução para a lepra que está dentro de você é Nosso Senhor Jesus Cristo!

Márcio Mendes
marciomendes@cancaonova.com
Missionário da Comunidade Canção Nova, estudante de teologia, autor dos livros "Quando só Deus é a resposta" e "Vencendo aflições, alcançando milagres".


18/01/2010

Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus.


Essa pergunta o que devo fazer de bom, e como eu disse todos nós fazemos, porque queremos saber o que é certo, como queremos saber qual é o sentido da própria vida. O Papa João Paulo II escreveu uma encíclica muito exigente e profunda, 'O explendor da verdade', o que eu lhes digo está baseado sobretudo na palavra do papa. Porque ele parte desse episódio do jovem rico. O que devo fazer de bom?

Eu acho que existem pecados de maldade e pecados de fraqueza. Pecados de fraqueza todo mundo tem, mas já perceberam que coisa terrível quando alguém começa a urdir a maldade dentro do seu coração? Dentro de um coração bom ou mal, existe uma reserva, eu quero ir ao encontro dessa reserva, porque Deus não fez ninguém para a maldade, nem para a perdição. Ele nos fez a todos para sermos salvos. Deus quer que todo mundo se salve e que todos tenham a vida eterna. Ele nos fez para acertar, para fazer o bem. Nós fomos chamados a salvação pela fé em Jesus Cristo, e Jesus cristo é a luz verdadeira que ilumina todo homem. E assim o jeito de você chegar a essa vida eterna é santificar-se pela obediência a verdade.

Entre dentro do seu coração e descubra que você foi feito para fazer o bem, mas o próprio São Paulo dizia: 'Eu faço o mal que não quero e não faço o bem que eu quero'. É uma contradição, uma angústia que ele experimentava dentro de si e você também experimenta. Você faz mil propósito: 'Eu quero acertar'. Mas quantas vezes nós caímos, erramos e precisamos recomeçar continuamente. Esta obediência não é sempre fácil, ao contrário é exigente.

Depois aquele misterioso pecado original, que foi cometido por instigação de satanás, que é um mentiroso e pai da mentira, nós somos continuamente tentados a nos desviar o nosso olhar do Deus vivo e verdadeiro para inventarmos ídolos na nossa vida. O pior ídolo sou eu mesmo, trocando a verdade pela mentira. A nossa própria capacidade de ver a verdade fica ofuscada, os nossos olhos ficam opacos e a nossa vontade enfraquecida para se submeter a verdade e assim a gente se abandona ao relativismo e ao ceticismo. E a pessoa vai buscando uma liberdade ilusória, fora da verdade.

Dom Alberto Taveira Corrêa
Foto: Robson Siqueira

o Papa Bento XVI em várias circunstâncias já se referiu a uma coisa muito pesada que caracteriza o nosso mundo: 'não tem nada ver, todo mundo faz, todo mundo rouba, todo mundo fala bobagens, mentiras, eu não vou fazer? Se você rouba um centavo ou um milhão tem o estrago que vem dentro do coração das pessoas e a gente se ajeita, vamos ajeitando a nossa consciência. Eu gosto de usar uma expressão 'Nivelando a sua vida pelo rodapé' e fica faltando gente que eleva os seus olhos e começa a buscar as coisas do alto. Você fica no chão e acha que o chão é o suficiente. E as pessoas se tornam infelizes porque se acostumam com a maldade e com a mentira e com o pecado, esse é o mistério doloroso e exigente que existe dentro de nós e precisamos encontrar os caminhos que vou adiantar que é só pela graça que isso pode acontecer.

Nenhuma sombra de erro, nenhuma marca do pecado pode tirar totalmente a luz de Deus criador do nosso coração. Há pessoas com a vida mais atrapalhada e afastada de Deus, você começa a conversar com uma pessoa, como já me aconteceu, que há mais de cinqüenta anos que não se confessa, você com a graça de Deus você vai cavando, cavando e encontra lá dentro a sede de Deus, o desejo de Deus. Conforta-nos saber que dentro do coração de cada pessoa humana existe esse desejo do bem.

Não se cansem, não desanimem de plantar o bem no coração dos seus filhos e filhas, se a semente é boa, esta semente acaba frutificando. O ensinamento é do servo de Deus João Paulo II. 'Nenhuma sombra de erro e de pecado pode eliminar totalmente do coração humano a luz do Deus criador, nas profundezas do seu coração permanece sempre a saudade da verdade e a sede de chegar ao conhecimento da verdade'. Demonstração forte desta realidade é a busca do sentido da vida, o progresso da ciência e da técnica, um testemunho magnifico da inteligência e do esforço humano, nada disso dispensa a humanidade de fazer perguntas mais profundas que são as perguntas religiosas, e elas nos levam a enfrentar as lutas mais dolorosas e decisivas, porque as mais exigentes são aquelas que estão no mais profundo do nosso coração.

Até as perguntas que estão vindo nesses dias, porque muitas pessoas estão se perguntando: Onde estava Deus nesse terremoto no Haiti? Não pouca gente está fazendo esta pergunta, como se Deus tivesse na mão uma espécie de controle remoto. O apostolo São Paulo nos ensina 'Tudo concorre para o bem daqueles que amam a Deus'.

Assista:



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Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Palmas/TO e Diretor Espiritual da RCC no Brasil.

15/01/2010

Se queres, tens o poder de curar-me


O Evangelho de hoje tem o título “A cura do leproso”. Nesta passagem tem algo muito importante, mostrando que a cura ficou em segundo plano; o que chamou a atenção foi a fé daquele homem.

“Naquele tempo, um leproso chegou perto de Jesus”. Nessa época, o leproso não podia se aproximar de ninguém, mas ele foi ousado e tomou a iniciativa de ir até Jesus e aconteceu a cura. Aquele homem se ajoelhou diante de Cristo, mostrou com o corpo o que vivia em seu coração. Tenha a coragem de expressar com o seu corpo o que vive o seu coração.

Esse leproso hoje nos ensina a aprender a pedir. Ele falou “Se queres, tens o poder de curar-me, Senhor”, colocando a vontade de Deus em primeiro lugar.

Deus não atende muitas orações porque nos ama; Ele sabe que se atender o que Lhe é pedido, poderá perder o filho.

O Senhor estende a mão para aquele leproso, Deus também estende a mão para você, para sua situação; aquele leproso foi alcançado porque sabia pedir. Deus quer tocar você, mas aprenda a pedir. “Se queres, tens o poder de curar-me”.

Quando descobrimos o que Deus quer, passamos a trilhar um caminho para sermos felizes. Qual o querer de Deus para a sua vida? Descubra-o, porque aí está o caminho para a felicidade.

Um grande obstáculo que hoje é colocado para nós “leprosos” são os livros que dizem que nós podemos tudo. Contudo, aquele leproso, para ser curado, teve de se ajoelhar diante de Jesus.

O mundo está criando uma barreira afirmando que o seu querer é o que vale, fazendo com que as pessoas trilhem qualquer caminho para não perderem. Qual é o remédio para derrubar essas barreiras? Não tenha vergonha de se render ao Senhor. “Saiu da moda” ser cristão. Moderno é ser dessas tribos, mas isso, na verdade, é falsa liberdade.



Nesse Evangelho vemos um homem livre, que não teve empecilho para chegar ao Senhor.


Faça ao Senhor o seu pedido, fale: “Se Ele quer, Ele tem o poder de realizar”.

14/01/2010

CNBB expressa "dor profunda" por morte de Zilda Arns

A CNBB divulgou nesta quarta-feira, 13, uma nota expressando a "dor profunda" com que recebeu a notícia da morte da Drª Zilda Arns.

Na nota, os bispos destacam a dedicação da médica à defesa da vida e família e a credibilidade e respeito que ela conquistou junto à sociedade brasileira e internacional.

Leia a nota na íntegra

"Quem acolher em meu nome uma criança, estará acolhendo a mim mesmo" (Mt. 18, 4-5)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, com dor profunda, a notícia da morte da Drª Zilda Arns, médica pediatra, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ocorrida na terça-feira, 12 de janeiro, vítima do trágico terremoto que se abateu sobre o Haiti.

Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.

Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa.

Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10).



A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.

Brasília-DF, 13 de Janeiro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
bispo auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-geral da CNBB


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13/01/2010

Programa de Direitos Humanos do governo preocupa a sociedade



O terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos do governo Lula tem despertado fortíssimas reações em toda a sociedade. Tanto a imprensa, quanto os militares, a Igreja e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo (OAB-SP) se manifestaram contra alguns pontos do programa.

Dom José Simão, bispo de Assis (SP) e responsável pelo Comitê de Defesa da Vida da Regional Sul-1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que congrega as dioceses do Estado de São Paulo, manifestando a insatisfação dos bispos, disse que “a Igreja é contra o Plano”. O bispo considerou esta uma iniciativa arbitrária e antidemocrática do governo Lula, especialmente no que se refere ao apoio do programa ao aborto, à aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo com direito de adoção por casais homoafetivos e aos mecanismos para impedir a presença de símbolos religiosos em estabelecimentos.

Para ele, não se pode defender o aborto como uma prática de direitos humanos. O assassinato de uma criança no ventre da mãe jamais pode ser visto como defesa dos verdadeiros direitos humanos, pois o primeiro e mais importante direito é o “direito à vida”, o direito de nascer. Eliminar uma vida em gestação é um gesto brutal, desumano, inqualificável e que jamais pode ser classificado como algo humano. Jamais a mulher pode decidir sobre a morte de um filho em gestação, pois se trata de uma outra vida que não lhe pertence. Se o direito à vida não for respeitado, todos os outros desaparecem.

Sobre a homossexualidade, a Igreja ensina no seu Catecismo que a tendência homossexual é complexa e não caracteriza um pecado e recomenda que essas pessoas sejam amadas, respeitadas e jamais discriminadas. A Igreja não aceita, no entanto, a prática homossexual e a união de pessoas do mesmo sexo por ser contra a lei de Deus. Desde o começo da humanidade Deus criou o homem e a mulher, ambos à sua imagem e semelhança, e os uniu para que juntos crescessem, se multiplicassem e dominassem a terra.

Quanto aos símbolos religiosos, o Estado é laico, mas o povo brasileiro é religioso, e grande parte, católico, e tem o direito de se manifestar livremente. O crucifixo em uma repartição pública não pode ser uma afronta a alguém, mas sim o símbolo da justiça, do amor, da paz, da bênção, do perdão, do respeito, do altruísmo mais sublime que caracteriza a civilização cristã que moldou o Ocidente. Quem pode se sentir ofendido com a imagem de um Deus crucificado por amor ao homem? Esse sinal não foi colocado hoje nas paredes das repartições, mas desde que o Brasil foi colonizado.

Por outro lado, os ministros militares das três Armas qualificaram o Programa como “insultuoso, agressivo e revanchista” em relação às Forças Armadas, e ameaçam pedir demissão dos seus cargos, por reabrir as feridas da época do regime militar, procurando punir os militares e isentando os terroristas de qualquer investigação. Se é para se fazer justiça, ela precisa atingir os dois lados.

A proposta de criar uma “Comissão Nacional da Verdade”, contida no Programa, com o objetivo de examinar as violações de direitos humanos praticadas durante o período 1964-1985, é vista com desconfiança pelos militares. Depois de vinte anos de um período de exceção, a nação foi pacificada pela anistia concedida a ambos os lados. Querer retomar essa questão hoje é algo delicado e que pode convulsionar a nação, causar divisão na população.

A OAB de São Paulo diz que o Plano de Direitos Humanos cria insegurança jurídica. Um programa de recursos humanos deve pacificar a Nação e não provocar agitação depois de tantos anos de tranquilidade. Uma forte reação pode ser notada também por parte dos profissionais da imprensa que veem em alguns pontos do plano uma tentativa de impedir a sua livre manifestação diante dos fatos.

Por todas essas razões, é fundamental que o terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos do governo Lula seja profundamente revisto e modificado, com um debate amplo, aberto à participação de todos os segmentos da sociedade, especialmente dos que se sentem ofendidos com o Programa.

12/01/2010

O perdão ressuscita famílias


Quem nunca ficou magoado com alguém? Machucar-se faz parte da vida, mas encontrar soluções para superar essa mágoa também. O convívio familiar, muitas vezes, desgasta a relação entre pais e filhos, por esse motivo o perdão é a salvação para uma vida feliz. Confira uma pregação do fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, intitulada "O perdão ressuscita famílias". Ouça a palestra em MP3 na íntegra e leia um trecho logo abaixo: :: Ouça a pregação na íntegra


“Hoje é um dia para você pai e para você mãe perdoar cada filho que precisa do seu perdão. Tenham eles feito o que for, ou estejam ainda fazendo, a graça para nós hoje é perdoar. Perdão é decisão, mesmo que nosso coração esteja ferido por aquilo que eles estejam fazendo, mas hoje Deus está querendo lhe dar a graça do perdão.

Disponha-se a perdoar, seja o que for.
A falta de perdão está acabando com você. Mesmo que você esteja magoado, ferido, seu coração é coração de pai, de mãe, talvez esse seu filho tenha trazido desonra, isso está acabando com você espiritual e psicologicamente. É como soda cáustica colocada na boca, começa a corroer desde a boca. Espiritual, psicológica e até fisicamente essa dor está acabando, em primeiro lugar, com você. Deus está lhe dando a graça de perdoar. Eu peço em nome de Deus: Perdoe. Perdão não é sentimento, é ato de vontade.

Queira perdoar, realize o ato de vontade de perdoar. Agarre essa graça do perdão. E diga no fundo do seu coração: “Eu perdoo”. Diga o nome de seu filho, filha e "Eu te perdoo". Mesmo que você tenha perdido as esperanças da mudança deles, por causa de suas atitudes, perdoe. Pais e mães que foram largados pelos filhos, eu digo é vontade de Deus para sua necessidade que você lhes perdoe. Que seu amor, mesmo sofrido, doloroso, seja um ‘dreno’ para retirar todo mal que eles já fizeram para que sejam recuperados. Seja o que for, perdoe. Peça misericórdia”.
Veja ainda um trecho da pregação em vídeo:

11/01/2010

Orando pela cura entre gerações - Pte I

Padre Márlon Múcio
Foto: Carlos Eduardo
















“Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiande, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. Vendo isto, todos murmuravam e diziam: Ele vai hospedar-se em casa de um pecador... Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo. Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”
(Lucas 19, 1-10).

Amados irmãos, Zaqueu hoje sou eu, Zaqueu hoje é você. Para ver Jesus ele valeu de um artifício, ele não conseguia enxergar Jesus porque era pequeno.

Quando Jesus passou, Ele pediu para Zaqueu descer depressa da árvore e disse que a salvação havia entrado na casa dele.

Jesus contemplou Zaqueu, e nós pedimos: “Jesus, assim como olhastes para Zaqueu na árvore, olhe também para minha família e para a árvore genealógica da minha família”. Peça ao Senhor que transforme essa árvore que está com frutos estragados por causa do pecado. E Deus pode transformar esses frutos em santidade.

Se a sociedade está enferma é porque a família está enferma. Se curarmos as famílias a sociedade também será curada. A família é célula mater da sociedade.

No nosso ministério, nós pedimos ao Senhor que cure as famílias do mal. Quando numa família todos sofrem pela enfermidade do diabetes, quando dois casos ou mais se repetem na família, é indício que devemos rezar pela cura das gerações daquela família. Na cura entre gerações nós pedimos a Jesus que visite aqueles lugares onde começou uma situação má, pedimos a Jesus que vá naquelas raízes onde não podemos ir, e Jesus pode visitar as raízes do mal em nossa história de família.

Fiéis rezam com padre Márlon Múcio na Canção Nova
Foto: Carlos Eduardo

Quando nós rezamos pela cura, começamos pela vida intra-uterina, pedimos que o Senhor cure porque algumas marcas negativas é adquirida ali, e nos dias atuais perturbam a pessoa. Outro passo é rezar pelas etapas da vida, todas as fases da idade.

Começaram a chegar pessoas nos nossos plantões de orações e pedíamos às pessoas que participassem ativamente da igreja e rezassem, mas não achávamos o problema do indivíduo, e Deus começou a nos mostrar que algumas pessoas trazem más costumes que são anteriores a elas, e fizemos um caminho para que a linha de família fosse curada.

O que não é cura entre gerações? Não é regressão, não conversamos com mortos, não tem nada haver com ocultismo. Cura entre as gerações é uma área do ministério de cura, uma oportunidade para sermos saudáveis e trazermos bênçãos para nossas famílias, é uma obra de misericórdia.

Nós herdamos dos nossos antepassados a cor dos olhos, temperamentos, o modo de lhe dar com as coisas do mundo... Nós herdamos coisas boas e ruins de nossas famílias. Pessoas que rezam não dão brecha para as raízes negativas de suas famílias, mas se não rezam ficam fracas, limitadas, vulneráveis as raízes negativas como: doenças mentais, depressão, e outras. Temos que pedir a Jesus que vá ao lugar onde o mal entrou e pedir que feche as brechas.

Nenhum de nós tem que pagar pela transgressão de alguém que veio antes, cada um diante de Deus paga pelo seu pecado, cada um tem que responder pelo seu pecado. Cada um paga por si, mas os meus pecados podem atingir os meus.

A maneira que vivemos pode ser uma herança boa ou negativa para os nossos familiares. Que herança você quer deixar para os seus? Pessoas que amam a Igreja e os sacerdotes deixam uma boa herança para seus familiares.

A cura entre as gerações não é uma solução mágica. Tem gente que diz: “eu sou assim porque na minha família todo mundo é assim”. Cura entre as gerações não é atirar pedras nossos antepassados, mas é trazê-los na oração do terço com joelhos no chão.

10/01/2010

Por que a Igreja cobra espórtulas e taxas?

A prática das espórtulas é inspirada no Novo Testamento

Espórtulas são os valores cobrados pela Igreja quando esta ministra alguns Sacramentos (Batismo, Crisma e Matrimônio), especialmente a Santa Missa por alguma intenção especial.

Em primeiro lugar é preciso deixar bem claro que esta medida longe está de querer cobrar pelo sacramento ministrado. Cada um deles é impagável porque custou o preço do Sangue precioso de Jesus para a nossa salvação. Os sete sacramentos brotaram do Coração de Jesus transpassado pela lança na Cruz. É através deles que as graças da salvação, conquistadas a nós por Cristo, chegam a nós, e isso é impagável.

Então, por que a Igreja cobra uma taxa para celebrar alguns deles?

A prática das espórtulas é inspirada no Novo Testamento e existe durante quase dois mil anos. Essa prática tem duplo sentido:

1) para quem oferece sua dádiva é uma forma de participar, de maneira mais íntima, da oblação Eucarística e dos frutos desta; é expressão da fé e do amor com que tem acesso ao Pai por Cristo no Espírito Santo. Assim as espórtulas se justificam como a expressão da fé e do amor dos fiéis que desejam participar mais intimamente dos frutos da Santa Missa.

2) para a Igreja é um meio de sustentação legítimo, baseado na tradição bíblica e que não se trata de simonia, isto é, de comércio com as coisas sagradas. Após o Concílio do Vaticano II (1962-1965), que fez um balanço da vida eclesial, considerando as suas necessidades, o Papa Paulo VI regulamentou as espórtulas da Missa, em 13/06/1974, quando publicou o Motu próprio “Firma in Traditione”, em que dizia:

"É tradição firmemente estabelecida na Igreja que os fiéis, movidos por seu espírito religioso e seu senso eclesial, acrescentem ao sacrifício eucarístico um certo sacrifício pessoal, a fim de participar mais estritamente daquele. Atendem assim às necessidades da Igreja e, mais particularmente, à subsistência dos seus sacerdotes. Isto está de acordo com o espírito das palavras do Senhor: 'o trabalhador merece o seu salário' (Lc 10,7), palavras que São Paulo lembra em sua primeira carta a Timóteo (5,18) e na primeira aos Coríntios (9,7-14)”.

"O clero que, por seu trabalho, merece receber o necessário para se sustentar, deveria ter sua subsistência garantida por um sistema de financiamento independente de ofertas feitas por particulares ou pelos fieis que peçam serviços religiosos".

Depois disso, o assunto foi regulamentado também pelo Papa João Paulo II em 22 de janeiro de 1991, no Decreto SOBRE AS ESPÓRTULAS, preparado pela Sagrada Congregação para o Clero. O Código de Direito Canônico, promulgado em 25/11/83, quando fala das espórtulas, diz, entre outras coisas:

Cânon 945 - § 1. "Segundo o costume aprovado pela Igreja, a qualquer sacerdote que celebra ou concelebra a Missa, é permitido receber a espórtula oferecida para que ele aplique a Missa segundo determinada intenção”.

§ 2. Recomenda-se vivamente aos sacerdotes que, mesmo sem receber nenhuma espórtula, celebrem a Missa segundo a intenção dos fiéis, especialmente dos pobres.

Cânon 946 – “Os fiéis que oferecem espórtula para que a Missa seja aplicada segundo suas intenções concorrem, com essa oferta, para o bem da Igreja e participam de seu empenho no sustento de seus ministros e obras”.

Cânon 947 – “Deve-se afastar completamente das espórtulas de Missas até mesmo qualquer aparência de negócio ou comércio.”

No início da Igreja, os cristãos, ao participarem da Santa Missa, levavam consigo dons naturais (pão, vinho, leite, frutas, mel...). Depois passou a se fazer doações também em dinheiro por ser mais prático. A Igreja, como uma sociedade também humana e inserida neste mundo, precisa de dinheiro para exercer a missão de pregar o Evangelho, confiada a ela pelo próprio Cristo, desde os tempos d'Ele. Os doze Apóstolos tinham uma caixa comum (cf. Jo 12,6). Jesus aceitava que algumas mulheres os ajudassem com seus bens, entre elas, Maria Madalena, Joana, mulher de Cuza, Susana e várias outras (cf. Lc 8,1-3).

A primeira comunidade cristã em Jerusalém praticava a voluntária partilha de bens (cf. At 2,44; 5,1-6). Jesus elogiou a oblação da viúva no Tesouro do Templo: "Em verdade eu vos digo que esta viúva, que é pobre, lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do que lhes sobrava; ela, porém, na sua penúria ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver" (Mc 12,42-44).

E aqueles que não têm dinheiro para mandar celebrar a Santa Missa?

A Igreja reza diariamente por todas as grandes intenções e necessidades da humanidade (os doentes, os moribundos, os encarcerados, os falecidos...), também pelas almas do Purgatório, em todas as Celebrações Eucarísticas. Assim, não há almas abandonadas no Purgatório por falta de dinheiro da parte dos familiares.

Quando todos os católicos pagarem o dízimo – que a Igreja não obriga que seja 10% do que a pessoa ganha, embora isso seja bom –, então, certamente não será mais preciso cobrar taxas para a celebração dos sacramentos, como o Batismo, Crisma e Matrimônio. Mas isso ainda não é comum; por isso a Igreja precisa das taxas para suas necessidades materiais.

O Código de Direito Canônico afirma:

Cânon 222 § 1. "Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto sustento dos ministros."

O que o Catecismo da Igreja Católica diz no §2043: " Os fiéis cristãos têm ainda a obrigação de atender, cada um segundo as suas capacidades, às necessidades materiais da Igreja".

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em
Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br