31/10/2009

Halloween não é festa cristã


Eu sei que pode parecer loucura tudo que vou falar aqui, mas é importante que você leia e assim fique um pouco por dentro do que siginifica a “festa” da noite das bruxas, ou halloween que a cada dia se torna mais popular.

Essa festa é muito antiga e teve origem no termo irlandês “All hallow’s eve”, que quer dizer “véspera do dia de Todos os Santos”, pois no dia 1º de novembro celebra-se essa festa. O problema é que esta data coincidia com uma comemoração dos povos celtas, onde viviam os druidas que acreditavam que na noite do dia 31de outubro que marcava o final do verão e a última colheita do ano, os mortos voltavam nas casas para pedir comida.*

O costume da festa foi trazida há muito tempo atrás para os EUA pelos Irlandeses, que fugiam de uma difícil situação que seu país enfrentava, só que o cinema Hollywoodiano passou a dar a essa festa uma outra conotação e transformou-a num verdadeiro “carnaval do terror”, onde desfilam fantasmas, esqueletos, vampiros, bruxas e monstros e isso fez com que se gerasse um enorme consumismo ao redor dessa data. Porém para nós que somos cristãos e moramos no Brasil, essa não é a melhor forma de se comemorar o dia dos santos, primeiro porque não faz parte da nossa cultura, mas é algo copiado dos Estados Unidos, nós temos nossa própria cultura que é linda e precisamos ser mais autênticos e não ficar aceitando tudo que vem de fora sem saber se isso é realmente bom para nós. Segundo porque o ocultismo e o satanismo estão por trás de cada uma dessas figuras assombrosas, das quais as pessoas se vestem. Nós, cristãos, acreditamos na ressurreição e não em mortos que voltam para aterrorizar os vivos. Terceiro: Jesus nos deu exemplo de bondade e amor, sendo assim, é facil perceber que não é legal exigir doces dos outros para não que não lhe causemos algum encômodo (travessuras), nós precisamos amar de graça e abandonar qualquer atitude má.

Tudo isso parece um “remar contra a maré”, mas a gente precisa fazer a diferença! Não é pra deixar de fazer festa, porque o cristão precisa ser alguém alegre, mas podemos encontrar outras formas de comemoração. É importante saber o que vamos comemorar: o DIA DOS SANTOS, que foram grandes homens e mulheres que souberam colocar Deus no centro de sua vida e são exemplos para nós. Por isso fique atento a essas dicas:

Algumas escolas realizam a FESTA DOS SANTOS onde cada criança escolhe um santo de devoção e se veste como ele, aí tem um desfile dos santos, aqueles que estiverem melhor caracterizados ganham prêmios, as crianças comem, dançam e se divertem pra valer.

No México muitas familias e instituições trocaram a festa do Haloween pela Festa da primavera, onde os principais disfarces são de anjos , santos e princesas.

Em Paris nasceu em 2003 uma ideia bem da hora. Os jovens saem às ruas festejando e testemunhando sua fé, essa festa recebeu o nome de HOLYWINS, que quer dizer “A SANTIDADE VENCE”. No brasil o Holywins já contece em Porto Alegre-RS e nesse ano será uma festa que vai desde as 15:00h do dia 31 até as 6:00 da manhã do dia 1º de novembro, com shows, santa missa, vigilia, uma grande festa.*

Outra ideia é que a galerinha saia pelas ruas da vizinhança fazendo alguma boa ação, ao tocarem a campainha podem entregar um desenho, uma poesia, uma oração, um cartão ou mesmo um doce, “há mais alegria em dar do que em receber”.

Portanto, galera, você pode festejar sim, é só ser criativo ou então pegar uma dessas ideias que a gente deu aqui e colocar em prática. A santidade é nossa meta. Bem da Hora é ser de Deus!!

30/10/2009

Só quem caminha encontra a verdade!



Cristo nos propõe um ideal dasafiador

Diante dos episódios bíblicos, onde muitas vezes Jesus questiona os apóstolos e os mesmos se contradiziam em suas opiniões e ações. Hoje, deparo-me com a nossa capacidade de fazer um juízo dessas reações dos discípulos do Mestre de Nazaré.

Quantas vezes questionamos a demora dos apóstolos em entenderem que Jesus não era um Messias político ou a lentidão dos apóstolos em aderir aos propósitos do Mestre, diante de tantos milagres. Milagres, estes, que revelavam que Aquele homem não era um simples profeta, era alguém além disso.

Tantos fatos, tantas situações e ocasiões que realmente “re+velavam” quem era Nosso Senhor e, ainda sim, segundo o nosso juízo, os discipulos não entendiam quem Ele era.

Junto com você gostaria de lançar um olhar mais demorado sobre esses homens que conviveram bem de perto com o Senhor. Nós nos identificamos com cada um deles: Pedro: um homem sincero mas muitas vezes medroso. Tiago, firme. Bartolomeu, verdadeiro (como o próprio Cristo disse: “homem sem fingimento”). Mateus, pecador que se arrepende. Em cada um deles, encontramos um pouco de nós, e assim como eles também nós, apesar de conhecermos o Senhor, de muitas vezes já termos reconhecido a presença dele na nossa vida e já termos experimentado os seus milagres, ainda não nos deixamos transformar por completo. Por quê?

Ao olharmos de maneira demorada para a relação de Jesus com os discípulos, percebemos a pedagogia que ele teve com cada um, eles trilharam um caminho com o Mestre. Um caminho de sofrimento não só para Jesus, mas também para eles. Com certeza foi sofrido largar o pouco que tinham, ou ainda, o tudo que eles tinha e eram, para sonharem o sonho de Jesus, uma nova proposta de vida, uma maneira diferente de viver daquela que eles tinham aprendido desde sempre. Tudo o que Cristo fez e propôs a eles foi marcante e desafiador. Como deve ter sido difícil para eles ouvirem que depois de três anos juntos, Jesus iria morrer pelas mãos dos fariseus e doutores da Lei?! Nessa perspectiva entendemos a atitude de Pedro em dizer que daria a vida por Jesus, mas que não o queria ver morto.



A bela notícia é que somos também assim, somos contraditórios. Ao mesmo tempo que defendemos, com a nossa conduta ou com nossas ações o negamos. Mas isso é próprio daquele que tem a coragem de se colocar a caminho. O desconcertante em Jesus é que aquele que vive a condição da contradição, ou seja, o errar mesmo querendo acertar, é a esse que ele se apresenta como Mestre, como àquele que forma, que modela, que gera a vida nova.

Olhemos para os mesmos discípulos! Em fatos isolados, eles podem ter-nos desapontado por causa das suas reações, mas é inegável que após essa caminhada com o Mestre, verdadeiramente eles foram “trans+formados”. Assim acontece também conosco. Não olhe na sua vida os fatos isolados onde você não foi feliz nas suas ações, tenha a coragem de “olhar devagar” e enxergar o caminho que você está fazendo. O Jesus que amou Pedro no momento em que o apóstolo viveu o seu martírio, foi o mesmo que amou o discípulo no momento em que ele negou o Mestre.

Tenha coragem! Se arrisque na escola do Mestre de Nazaré, onde o maior desafio é não olhar para o nosso limite, mas sim enxergarmos no amor de Jesus a possibilidade do nosso crescimento.

29/10/2009

É preciso ser assíduo na oração para ouvir o Senhor


O próprio Jesus, aqui na terra, se fez uma ovelhinha do Pai, e perguntava tudo. Por isso, nunca suponha nada;pergunte tudo ao Senhor e Ele responderá. Deus tem abundância de sabedoria para dar aos seus filhos.

Quando começarmos a perguntar e a obter as respostas do Senhor, saberemos, afinal, como educar nossos filhos, como conduzir nossa família e como nos portar diante do marido ou da esposa. Vamos também saber como nos comportar com o vizinho, com o patrão, ou diante do pároco, do bispo, dos dirigentes da nossa paróquia, dos coordenadores do grupo de oração... Não porque tenhamos nos tornado sábios, mas porque cada coisa que perguntarmos ao Senhor, Ele nos responderá.

A sabedoria de Deus está no ar. Ela é como uma emissora de rádio emitindo vinte e quatro horas por dia. E quando sintonizo aquela emissora, o Senhor começa a mostrar o que devo fazer. Mas como sintonizá-la? Por meio da oração. E como ouvir a mensagem, o mandamento de Deus? No coração. A nossa consciência não é um “bicho-papão”; é por ela que Deus nos fala com amor.

Pode ser que, num caso especial e de grande necessidade, o Senhor nos fale ao ouvido, mas isso não é comum. O comum é Ele falar lá no fundo da nossa consciência para nos mostrar todas as coisas. Mas é preciso buscá-Lo, é preciso ser assíduo na oração. Não tenha medo de conversar com Jesus sobre a sua vida. Fale de seu filho, de seu marido, de sua mulher, de seu emprego; fale daquele filho que está dando trabalho, pergunte do emprego, do grupo de oração. Pergunte para que o Senhor venha falar dentro de você. Depois, fique em silêncio. No começo, somos ruins de ouvido. Mas depois, com a prática, aprendemos a ouvir com o coração.


A princípio, pode parecer que o Senhor não nos diz nada, não nos responde nada. Mas quanto mais você vai perguntando e escutando, mais o Senhor vai ensinando a verdadeira sabedoria, ou seja, o que fazer em cada momento, o que fazer diante de cada coisa. Muitas vezes, Ele nos fala, mas não ouvimos.

A nossa consciência é a voz do Espírito Santo. E a voz dele é sutil, embora penetrante e regeneradora. Em geral, seguimos a voz das nossas paixões, dos nossos sentimentos para as coisas boas e para as coisas ruins.

Deus quer ter muitos operários, muitos trabalhadores. Mas não quer saber de oferecidos. Tem muita gente oferecida, que vai fazendo as coisas. Você gosta de um operário que vai fazendo coisas por si mesmo? Que inventa e começa a fazer o que quer? Claro que não! Você tem um plano e quer que seus empregados o cumpram fielmente. Não que Deus seja plenipotenciário; Ele tem um projeto muito minucioso para a salvação e transformação do mundo.Ele tem um projeto para a sua vida pessoal, para a sua família, para o seu grupo de oração, dentro da estrutura maior da paróquia, da Igreja. Por isso, se cada um de nós resolver fazer um trabalho desarticulado do desígnio divino, será a maior confusão, e o projeto de Deus não sairá.


A renovação não vai acontecer se cada um de nós inventar projetos que se contraponham ao projeto divino. Quando nós, na humildade, na oração, aprendermos a ouvir a Palavra de Deus, a voz do Espírito Santo, começaremos a acertar com os planos de Deus.

Trecho do livro “A sabedoria está no ar”
Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

28/10/2009

Dia de São Judas Tadeu e São Simão

Celebramos na alegria da fé os apóstolos São Simão e São Judas Tadeu. Os apóstolos foram colunas e fundamento da verdade do Reino.



São Simão:

Simão tinha o cognome de Cananeu, palavra hebraica que significa "zeloso". Nicéforo Calisto diz que Simão pregou na África e na Grã-Bretanha. São Fortunato, Bispo de Poitiers no fim do século VI, indica estarem Simão e Judas enterrados na Pérsia. Isto vem das histórias apócrifas dos apóstolos; segundo elas, foram martirizados em Suanir, na Pérsia, a mando de sacerdotes pagãos que instigaram as autoridades locais e o povo, tendo sido ambos decapitados. É o que rege o martirológio jeronimita. Outros dizem que Simão foi sepultado perto do Mar Negro; na Caucásia foi elevada em sua honra uma igreja entre o VI e o VIII séculos. Beda, pelo ano de 735, colocou os dois santos no martirológio a 28 de outubro; assim ainda hoje os celebramos. Na antiga basílica de São Pedro do Vaticano havia uma capela dos dois santos, Simão e Judas, e nela se conservava o Santíssimo Sacramento.



São Judas Tadeu:

Judas, um dos doze, era chamado também Tadeu ou Lebeu, que São Jerônimo interpreta como homem de senso prudente. Judas Tadeu foi quem, na Última Ceia, perguntou ao Senhor: "Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?" (Jo 14,22). Temos uma epístola de Judas "irmão de Tiago", que foi classificada como uma das epístolas católicas. Parece ter em vista convertidos, e combate seitas corrompidas na doutrina e nos costumes. Começa com estas palavras: "Judas, servo de Jesus Cristo, e irmão de Tiago, aos chamados e amados por Deus Pai, e conservados para Jesus Cristo: misericórdia, paz e amor vos sejam concedidos abundantemente". Orígenes achava esta epístola "cheia de força e de graça do céu". Segundo São Jerônimo, Judas terá pregado em Osroene (região de Edessa), sendo rei Abgar. Terá evangelizado a Mesopotâmia, segundo Nicéforo Calisto. São Paulino de Nola tinha-o como apóstolo da Líbia.

Conta-se que Nosso Senhor, em revelações particulares, teria declarado que atenderá os pedidos daqueles que, nas suas maiores aflições, recorrerem a São Judas Tadeu. Santa Brígida refere que Jesus lhe disse que recorresse a este apóstolo, pois ele lhe valeria nas suas necessidades. Tantos e tão extraordinários são os favores que São Judas Tadeu concede aos seus devotos, que se tornou conhecido em todo o mundo com o título de
Patrono dos aflitos e Padroeiro das causas desesperadas. São Judas é representado segurando um machado, uma clava, uma espada ou uma alabarda, por sua morte ter ocorrido por uma dessas armas.

São Simão e São Judas Tadeu, rogai por nós!


.: Oração para se rezar nas situações difíceis

27/10/2009

Comece em sua casa a primeira missão

Amar é uma decisão que não é tomada apenas com o coração

Em outubro, mês missionário, a Igreja celebrou a devoção a uma de suas grandes santas, uma doutora, uma mestra do amor: Santa Terezinha do Menino Jesus, a padroeira dos missionários.

"Ó Jesus, meu amor! Minha vocação, enfim, eu encontrei, minha vocação é o amor" (Santa Terezinha).

Reconheço que amar é o maior de todos os desafios do cristão, porém, é por ele que se alcança o céu. São Paulo é muito claro quando nos exorta em Romanos: "A ninguém fiqueis devendo coisa alguma, a não ser o amor recíproco” (Rm 13,8). Sem dúvida, não há outro caminho para se chegar a Deus a não ser pelo amor; e nesse caminho não há atalhos. Santa Terezinha, certa vez, expressou-se assim: "Não é o bastante amar, é preciso prová-lo!"

Amar é uma decisão que não é tomada apenas com o coração, pela sensibilidade; mas com a razão. Assim como a vida é uma questão de escolha, amar também é uma escolha que só você pode fazer por si mesmo; ninguém mais pode decidir-se por amar em seu lugar.

Amar não é um ato mecânico, é uma escolha que passa pela liberdade e pela consciência. É um ato da vontade do querer. Para amar é preciso aceitar perder-se, esquecer-se, não voltar a si mesmo. A sensibilidade auxilia que você saia de si, mas não é suficiente para levá-lo a amar. A admiração pelo outro e a afeição empurram você para ele, mas isto ainda não é amor.

"Compreendi que meu amor não se devia traduzir somente por palavras" (Santa Terezinha). Amar não é dar alguma coisa a alguém; isso é filantropia.

Amar é dar-se por inteiro a alguém, quer ele mereça ou não. Jesus fez isso por mim e por você. Foi isso que Ele fez pela humanidade inteira. O Senhor se ofertou, inteiramente, a todos no seu sacrifício de morte na cruz. O amor não busca outro motivo nem outro fruto fora de si; o seu fruto consiste na sua prática. Amo porque amo; amo para amar. O amor é um constante ato que se renova cada vez que é praticado.

Eu sou feito para amar, nasci do amor e voltarei para ele. Logo, é importante que eu o viva. Essa compreensão da nossa existência pautada pelo amor fez toda diferença na vida de Santa Terezinha: "...e minha vida é um único ato de amor". E faz também na vida de cada um de nós uma verdadeira revolução.

É com disposição de amar que devem ser feitas todas as nossas atitudes, porque o amor é a base de tudo. Tudo vai passar, somente o amor vai permanecer.

Em 2006, conheci a história de Santa Terezinha, sua luta por amar a todos e demonstrar esse amor, especialmente àquelas irmãs que menos lhe agradavam. A imensidão do amor de Deus por elas impulsionou-me a fazer a escolha, desde então, da pequena via para minha vida: a cada dia acordar e perguntar ao Senhor a quem amar e como amar nesse momento e claro, uma influência também da minha noiva Andrea que é devotíssima desta tão querida santa.

Dentro de minha casa em meados do final dos anos 80, no seio de nossa família, meu pai foi espírita por tabela (um tio dele tinha um Centro Espírita em sua própria casa). Durante anos ele foi causa de sofrimento em nossa casa não pelo temperamento dele mas sim pela prática ignorante e também trazia total contaminação ao nosso lar, mas por inúmeras vezes ter sérios problemas de saúde após freqüentar o lugar.

Com o tempo, ele largou de ir pois só ia mesmo para fazer a chamada "média" pois tinha ignorância total da palavra, e seu tio também faleceu contribuindo pela graça de Deus para o fim do local,mas as marcas da história estavam ali. Então, ele se dedicou a Santa Missa, a conversão total e a remissão de todos os seus pecados e o perdão de Deus, e a decisão de amar a Deus gratuitamente e a devoção pela simplicidade de Santa Terezinha. Todos os dias rezava o Terço, participava de Retiros e acordava de madrugada para conversar com Deus sobre tudo. O amor venceu! O céu aconteceu. Meu pai veio a falecer dia 02 de Fevereiro de 2008 de infarte fulminante mas com um Terço na mão rezando-o.

Olha que linda graça!

Madre Tereza de Calcutá nos diz: "No entardecer, seremos julgados pelo amor". Amar é um desafio que Deus nos faz todos os dias. Muitos não o compreendem, outros não tiveram a graça de experimentá-lo. Porém, quem vivenciou o verdadeiro amor, por ele se deixa transformar.

Santa Terezinha do Menino Jesus, rogai por nós!

26/10/2009

Para não falar mal dos outros


Aprendemos a usar o filtro triplo da verdade

Uma pessoa muito desejosa para mudar de vida se esforçava para não cometer os mesmos defeitos e pecados me segredou: "Padre o que faço para me controlar, não julgar e falar mal das pessoas?"

Como esta nossa irmã temos muitos pequenos defeitos e vícios que precisam ser controlados através de uma firme e consciente luta interior. Por exemplo, falar mal dos outros revela o quanto somos inseguros, invejosos e muita imaturidade para trabalhar os relacionamentos e conflitos interiores.

Um segredo para crescer nas virtudes é a perseverança nas suas práticas e, isso requer sempre esforço, renuncia e oração, contando sempre com o auxilio do Divino Espírito Santo, nosso mestre de santidade. Eu lembrei desta historia, é bom fazer uma revisão dos nossos costumes:

Certa pessoa encontrou-se com o filosofo Sócrates e lhe disse: "Tenho algo a lhe dizer sobre um amigo seu…" Sócrates respondeu: "Permita-me lhe propor passar pelo Filtro Triplo para aceitar seu comentário."

A pessoa disse claro que sim, o que é esse tal de filtro triplo? Para que eu te ousa falar algo de alguém, mesmo que não fosse meu amigo, teria que passar por um filtro de três condições.

A primeira é a VERDADE, você tem absoluta certeza de que, o que vai me falar é verdadeiro? O camarada respondeu: não, ouvi outra pessoa falar isso sobre seu amigo. Sócrates disse: então não tenho dever nenhum em te ouvir já que não tens a veracidade do que vais me falar, mesmo que a pessoa em questão não fosse digna de respeito. E continuou Sócrates, vou te revelar o segundo filtro para que eu pudesse te ouvir, já que a Verdade seria suficiente para não te escutar.

É o filtro da BONDADE. É bom para eu saber o que tens a me dizer sobre meu amigo? O homem respondeu: não é algo bom, é desagradável. Retrucou Sócrates: se não é verdadeiro e muito pior, para que me interessaria saber algo que poderia estragar o meu dia, não sendo verdadeiro nem bom. Mas vou te falar sobre o terceiro filtro para que as nossas conversas não sejam vazias e nada construtivas.

É o filtro da UTILIDADE, será para mim e para você algo útil, vai me servir para aumentar minha sabedoria e credito sobre meu amigo? O homem coçou a cabeça e disse: não acho que seja útil nem para mim nem para ti. Pois bem, disse Sócrates, a nossa conversa acaba por aqui, sabendo que, o que devemos acumular nesta vida é a Sabedoria.

Como seria bom se todas as nossas conversas passassem por este filtro, isso sem falar que falta um filtro preciosíssimo ao nosso caro filosofo Sócrates, o filtro da CARIDADE, ou seja, O AMOR FRATERNO, que nos foi ensinado por Jesus Cristo, o mestre dos mestres. Seu ensinamento foi simples, mas capaz de mudar o mundo.

Vejamos o que nos diz São João:

“Filhinhos, não amemos só com palavras e de boca, mas com ações e de verdade! Ai está o critério para saber que somos da verdade; e com isto tranqüilizaremos na presença dele o nosso coração”. 1João 3,18-19

Mais do que uma filosofia o Amor é um principio de vida. Todas as outras práticas, respeito, verdade, bondade e utilidade, têm no amor o seu alicerce principal. Antes de tudo, faltam a nós esses passos do filtro triplo porque nos falta o amor, a compaixão. Ele é uma conquista, exige tempo, suor e muitas vezes lagrimas. È preciso saber perder, para ganhar, pois amar muitas vezes é renunciar, é esquecer de si, para que o outro venha pra fora, é aprender a promover o outro, e porque não dizer morrer, para que o outro viva.

Isso tudo nos ensinou Jesus, não um filosofo, mas um mestre da vida, do comportamento, do respeito humano, da qualidade de vida, da dignidade da pessoa, porque, antes de tudo nos ensinou que o AMOR é a única maneira de mudarmos o mundo a partir das pessoas. Faltam verdade, bondade e utilidade, porque antes de tudo falta-nos o amor, e todas as pessoas são capazes de amar. Podemos usar o filtro de Sócrates, mas acrescentamos à vida de Jesus, o amor.

Minha benção fraterna.

Padre Luizinho
Com. Canção Nova

25/10/2009

Ecumenismo aqui e acolá


Bento XVI surpreende novamente com a decisão de acolher os ex-pastores anglicanos que acabam de aderir à Igreja Católica; eles receberão o sacramento da Ordem no grau de presbíteros mesmo sendo casados. Entre os clérigos que ingressam no catolicismo, há dezenas de bispos anglicanos; mas estes exercerão, na Igreja Católica, apenas o presbiterado, por serem casados (a Igreja Católica tem maior dificuldade de abrir mão do celibato para o episcopado, porque essa tradição remonta à prática primitiva dos cristãos).


Em todo caso, já é um passo e tanto! Aumenta pouco a pouco o número de “exceções” na lei do celibato, isto é, homens casados ordenados sacerdotes. No direito civil, isso geraria uma jurisprudência e abriria um precedente para se debater a lei geral.


Essa abertura – que é uma confirmação oficial do que João Paulo II já havia permitido caso a caso – mostra que o papa está levando a comunhão a sério; e está disposto a realmente abrir mão de alguns acessórios, por mais preciosos que sejam, para resgatar o essencial.

Ratzinger, logo que assumiu o sumo pontificado, abriu mão do título de “patriarca do Ocidente” em nome da amistosa relação ecumênica com os ortodoxos. Recentemente, reintegrou os lefebvrianos ao revogar sua excomunhão. E agora, declarou que vai visitar a igreja luterana em Roma, em comemoração aos 10 anos da declaração conjunta católico-luterana sobre a justificação (e por falar em luteranos, há que se acompanhar com expectativa o Conselho Ecumênico das Igrejas, que acaba de nomear um pastor luterano para seu secretário-geral; isso teoricamente aproxima a Igreja Católica dessa instituição ecumênica mundial, o que é outra novidade).



Impossível não reconhecer o empenho de Bento XVI pela unidade dos cristãos. O conceito de comunhão, para o Sumo Pontífice, é interessantíssimo: praticar o ecumenismo, para ele, não significa ceder ao relativismo ou abrir mão das próprias convicções; ao contrário, ser ecumênico é ser profundamente católico (as palavras são sinônimas e significam “universal”); portanto, Bento XVI pensa que quanto mais verdadeiramente católico se for, maior capacidade para o diálogo com o diferente se deve ter. Afinal, justamente porque a Igreja Católica não se vê como uma denominação entre as demais, ela entende ter a obrigação de tomar a iniciativa do reencontro, seguindo o preceito de Jesus: “Se você [...] se lembrar de que o seu irmão tem alguma coisa contra você, deixe a oferta aí diante do altar, e vá primeiro fazer as pazes com seu irmão” (Mt 5,23-24).


O importante num diálogo não é saber quem tem mais razão; e sim, quem está mais disposto a dialogar. O evangelho de Jesus Cristo é muito menos um tratado de ortodoxia do que um manual sobre tolerância e misericórdia. Por outro lado, eu só dialogo de verdade com o outro se eu souber bem quem eu sou, se eu me aceitar assim como sou.

A tática pastoral mais ousada do papa é a descoberta de que, no século XXI, faz ainda menos sentido que cristãos fiquem brigando entre si como adversários, enquanto o grande e verdadeiro inimigo da religião cristã em geral vem assolando a Europa e todo o ocidente: o indiferentismo religioso, com suas nuances entre o relativismo e o secularismo.


O lamentável é que, enquanto na Europa o ecumenismo avança e as comunidades vindas da Reforma Protestante criam laços cada vez mais estreitos com a Igreja Católica, a fim de construir entendimentos mútuos e abrir caminhos para a comunhão, na América Latina, ao contrário, fica cada vez mais difícil o diálogo entre católicos e evangélicos (entenda-se aqui sobretudo comunidades neopentecostais e do chamado tele evangelismo). Enquanto em diversas partes do mundo cresce a consciência da tolerância religiosa, entre nós o que vem crescendo é a incidência de monólogos arrogantes, com grande falta de respeito à liberdade religiosa alheia. Assim, a religião acaba deixando de cumprir seu principal papel, que é o de “religar” os homens ao sagrado e também entre si.



Pe.Juliano Ribeiro Almeida, 29 anos,

Presbítero da Diocese de Cachoeiro de Itapemirim-ES

24/10/2009

O Reino de Deus está no meio de nós


As curas não acontecem para que paremos nelas. Além de nos redespertar a fé, elas nos levam para o final, para a vinda do Senhor, para a implantação do Reino – esse Reino que já está acontecendo! É importante saber que quem trouxe a dor, o sofrimento, a doença, a miséria, a fome, a morte para este mundo foi o demônio. Isso está na Sagrada Escritura, nos livros de Gênesis e da Sabedoria. E o pior é que o demônio é ladino: dá o tapa, esconde imediatamente a mão e aponta depois para Deus levando muita gente a se perguntar: “Se Deus existe, se

Ele é amor, como é que há tanta gente na miséria, pessoas chorando de fome, crianças num leito de hospital? Se Deus é Deus, por que existem tantos desastres, tantas desgraças? Por que pessoas queridas morrem? E por que há tantas doenças incuráveis?”
E dizem: “Se Deus fosse amor, nada disso aconteceria. Não haveria violência, assassinatos, chacinas, guerras.... Não haveria tanta morte”.

Quando você vê fome e miséria – pessoas não somente pobres, mas miseráveis –, vivendo e, situação desumana, saiba que isso é reino das trevas. O mesmo príncipe deste mundo que dá as coisas gostosas, causa-nos também toda desgraça.
Ele põe as pessoas no topo, exalta e, depois, derruba, joga no chão e pisa em cima. Constrói para essas pessoas castelos na areia, depois, vem e chuta. O demônio tem gosto em fazer isso.


Veja o sofrimento de tanta gente vítima das chamadas doenças sexuais. A AIDS é uma delas, mas não é a única. Inclusive, doenças sexuais que tinham sido superadas com os antibióticos estão voltando, infelizmente, e os preservativos não têm conseguido preservar. A própria medicina anda assustada com a situação. Na verdade, não se está lutando apenas com uma doença, mas com aquele que Jesus chamou de “o assassino desde o começo”. Ele é o assassino e o que ele quer é morte, chacina, miséria, desgraça, fome. Esses são os sinais do reino das trevas. O reino das trevas, o joio, está aí, mas Jesus diz: “Por enquanto, não dá para arrancar o joio. É preciso que o trigo se fortaleça”. Nós precisávamos de mais tempo, porque somos muito fracos.

Se Deus começasse a arrancar o joio, nós, trigo, seríamos arrancados juntos. Não temos ainda raízes, não estamos maduros o suficiente e, por essa razão, o Senhor tem de esperar.

Mas, graças a Ele, o trigo já está se fortalecendo e, em breve, Deus vai intervir e mandar seus anjos para arrancar todo este joio e jogá-lo na fornalha. Como Jesus diz na parábola, vão recolher o trigo e levá-lo para os seus celeiros.
Proclame: “O Reino de Deus já está no meio de nós. As curas, os milagres apontam para a vinda do Senhor, para a certeza de que, no Reino de Deus, que Jesus vem implantar aqui, não haverá mais doença, miséria, fome, pranto, dor, sofrimento, morte. Porque o Senhor da vida virá e o seu Reino vai ser implantado”.



Trecho do livro “Céus Novos e uma Terra Nova”
Monsenhor Jonas Abib

Comunidade Canção Nova

23/10/2009

O sinal por excelência é Jesus (Lc 12,54-59)

Jesus lamenta que os seus ouvintes sejam capazes de interpretar os sinais do tempo e não captem os sinais dos tempos que representam a chegada do Reino de Deus entre eles. Não descobrem nele e nos seus sinais a importância do momento em que vivem.

Portanto, Jesus repreende os seus contemporâneos, que sabem distinguir os sinais meteorológicos, mas não o sinal que Ele mesmo é: o Filho Unigênito enviado pelo Pai para salvação de todos. Compreender o tempo em que vivemos é compreender as intenções de Deus que, em todo o tempo, sobretudo pelo mistério da Igreja e dos sacramentos, torna atual o mistério de Jesus com toda a sua eficácia salvífica.

Saber fazer previsões do tempo, analisando os dados da meteorologia, implica uma atenção interessada. Se não estivermos realmente interessados e atentos para nos darmos conta da importância do tempo como tempo para exercer a justiça e a caridade, corremos sério risco. Há que reconciliar-se radicalmente com aqueles com que estamos em conflito. Caso contrário, podemos cair no redemoinho do não-perdão, donde não sairemos sem danos. É como se Jesus apontasse o sinal do tempo por excelência, que é Ele mesmo, como sinal de salvação, mas só para quem se compromete a viver como reconciliado, isto é, na paz, na justiça e na bondade.

É na história que podemos compreender as intenções de Deus, e não fora dela. Daí a atenção que devemos dar aos sinais dos tempos. Deus atua dentro do tempo. É também no tempo que responde às nossas interrogações. Quantas vezes Lhe fazemos perguntas na oração, e encontramos as respostas na vida.

É, pois, no tempo que havemos de ler os sinais de salvação e de perdição. O sinal de salvação por excelência é sempre Cristo, com o seu mistério pascal. Ele salva-nos à medida que, lendo os sinais dos tempos e confrontando-os com a Palavra, deixamos que ela mesma, a Palavra, produza frutos em nós e no nosso tempo. Pondo em prática a Palavra, permitimos a Deus fazer muito mais do que podemos esperar.

Um dos sinais do nosso tempo é a chamada globalização, em que passamos de um mundo dividido e fragmentado, àquilo a que M. McLuhan chamou de a «aldeia global». Os meios de comunicação, que podem ser instrumentos de divisão e guerra, também podem e devem tornar-se instrumentos de união e de paz. Para isso, todos os homens de boa vontade, e particularmente nós, os crentes, havemos de superar a tentação do individualismo, que fragmenta, e dar espaço à unificação da nossa pessoa, e à união entre os homens. Como crentes, temos a certeza de que Cristo habita no nosso coração e que, fundados e radicados na sua caridade, podemos ser repletos da plenitude de Deus, e alcançar a unificação do coração e de todas as nossas faculdades e forças, a unificação da nossa pessoa. S. Paulo indica-nos os meios para isso: a humildade, a mansidão, a paciência, e o suportar amoroso de nossas índoles.

A chave que temos ao alcance da mão, para contribuirmos para a unidade entre os homens, é procurar tudo o que une e deixar de parte tudo o que divide como dizia e fazia João XXIII. Com essa chave chegaremos à unificação pessoal, comunitária, eclesial, social e… planetária. Vivendo e realizando esse projeto, o nosso tempo, que está sob o signo de Jesus, tornar-se-á um tempo de claridade, iluminado pela luz da salvação. E, com Cristo e como Cristo, tornar-nos-emos instrumentos de unidade e de paz. A exemplo do Fundador, sintonizando com os sinais dos tempos e em comunhão com a vida da Igreja, queremos contribuir para instaurar o reino da justiça e da caridade cristã no mundo; queremos participar na construção da cidade terrena e na edificação do Corpo de Cristo empenhando-nos sem reserva, no advento da nova humanidade.

Muitas vezes nós, como os conterrâneos de Jesus, temos um coração duro. Não sabemos olhar em profundidade e não descobrimos, ou não queremos descobrir, o sentido dos acontecimentos; inclusive, olhamos para o outro lado se o que vemos nos compromete.

Pai, corrige a negligência que me impede de entregar-me inteiramente à ti, sem demora. Torna-me hábil para as coisas do teu Reino! Cura a minha cegueira, Senhor, e dá-me a luz do teu Espírito para ver a profundidade das pessoas.

Padre Bantu Mendonça K.Sayla

Comunidade Canção Nova

22/10/2009

Hóstia Santa: Só Deus pode transubstanciar


Como entender Cristo na Hóstia Consagrada

Em todo ser há um conjunto de coisas que podem mudar, como o tamanho, a cor, o peso, o sabor, etc., e um substrato permanente que, conservando-se sempre o mesmo, caracteriza o ser, que não muda. Esse substrato é chamado substância, essência ou natureza do ser. Em qualquer pedaço de pão há coisas mutáveis: a cor, tamanho, gosto, o sabor, a posição, sem que a substância que as sustenta mude; esta substância ninguém vê; mas é uma realidade. Assim, há homens de cores diferentes, feições diferentes, etc.; mas todos possuem uma mesma substância: uma alma humana imortal, que se nota pelas suas faculdades, as quais os animais não têm: inteligência, liberdade, vontade, consciência, psique, entre outros.

Quando as palavras da consagração são pronunciadas sobre o pão, a substância deste muda ou se converte totalmente em substância do Corpo humano de Jesus (donde o nome "transubstanciação"), ficando, porém, os acidentes externos (aparências) do pão (gosto, cor, cheiro, sabor, tamanho, etc.); sendo assim, sem mudar de aparência, o pão consagrado já não é pão, mas é substancialmente o Corpo de Cristo. O mesmo se dá com o vinho; ao serem pronunciadas sobre ele as palavras da consagração; sua substância se converte na do Sangue do Senhor, pelo poder da intervenção da Onipotência Divina.

Isso explica como o Corpo de Cristo pode estar simultaneamente presente em diversas hóstias consagradas e em vários lugares ao mesmo tempo. Jesus não está presente na Eucaristia segundo as suas aparências, como o tamanho ou a localização no espaço. Uma vez que os fragmentos de pão se multiplicam com a sua localização própria no espaço; assim onde quer que haja um pedaço de pão consagrado, pode estar de fato o Corpo Eucarístico de Cristo.

Uma comparação: quando você olha para um espelho, aí você vê a imagem do seu rosto inteiro; se quebrá-lo em duas ou mais partes, a sua imagem não se quebrará com o espelho, mas continuará uma imagem inteira em cada pedaço.

É preciso, então, entender que a presença de Cristo Eucarístico pode se multiplicar, sem que o Corpo do Senhor se multiplique. Isso faz com que a presença do Cristo Eucarístico possa multiplicar (sem que o Corpo d'Ele se multiplique) se forem multiplicados os fragmentos de pão consagrados nos mais diversos lugares da Terra. Não há bilocação nem multilocação do Corpo de Cristo.

O Corpo de Cristo, sob os acidentes do pão, não tem extensão nem quantidade próprias; assim não se pode dizer que a tal fragmento da hóstia corresponda tal parte do Corpo de Cristo. Quando o pão consagrado é partido, só se parte a quantidade do pão, não o Corpo de Jesus.

Assim muitas hóstias e muitos fragmentos de hóstia não constituem muitos Cristos – o que seria absurdo – , mas muitas "presenças" de um só e mesmo Cristo. Analogamente a multiplicação dos espelhos não multiplica o objeto original, mas multiplica a presença desse objeto; também a multiplicação dos ouvintes de uma sinfonia não multiplica essa sinfonia, mas apenas a presença desta.

Por essas razões, quando se deteriora o Pão Eucarístico por efeito do tempo, da digestão ou de um outro agente corruptor, o que se estraga são apenas os acidentes do pão: quantidade, cor, figura, entre outros, e nesse caso, o Corpo de Cristo deixa de estar presente sob os Véus Eucarísticos; isso porque Nosso Senhor Jesus Cristo quis que, nas espécies ou nas aparências de pão e vinho, garantir a Sua presença sacramental, e não nas de algum outro corpo.

A fé católica ensina uma conversão total e absoluta da substância do pão na do Corpo de Cristo; o Concílio de Trento rejeitou a doutrina de Lutero, que admitia a “empanação” de Cristo: empanação, segundo a qual permaneceriam a substância do pão e a do vinho junto com a do Corpo e a do Sangue de Cristo; o pão continuaria a ser realmente pão (e não apenas segundo as aparências), o vinho continuaria a ser realmente vinho (e não apenas segundo as aparências), de tal sorte que o Corpo de Cristo estaria como que “revestido” de pão e vinho. Para o Concílio de Trento e, para a fé católica, esse tipo de presença de Cristo na Eucaristia é insuficiente; é preciso dizer que o pão e o vinho, em sua realidade íntima (substância), deixam de ser pão e vinho para se tornarem a realidade mesma do Corpo e do Sangue de Cristo.

Assim como na criação acontece o surgimento de todo o ser, também na Eucaristia há a conversão de todo o ser. Essa “conversão de todo o ser” é “conversão de toda a substância” ou “transubstanciação”.

Assim como só Deus pode criar (tirar um ser do nada), só Deus pode “transubstanciar”; ambas as atividade supõem um poder infinito que só o Senhor tem.

Para entender um pouco melhor o milagre da Transubstanciação podemos dizer ainda o seguinte: No milagre da Multiplicação dos Pães, Jesus mudou apenas a espécie do pão (no caso a quantidade), mas não mudou a sua natureza, continuou sendo pão. Quando Ele fez o milagre das Bodas de Caná, mudou a natureza da água (passou a ser vinho) e mudou também a sua espécie (cor, sabor, etc); no milagre da Transubstanciação, o Senhor muda apenas a natureza do pão e do vinho (passam a ser seu Corpo e Sangue) sem mudar a espécie (cor, sabor,cheiro, tamanho, etc.).

Tudo por amor a nós; Ele, o Rei do universo, se faz pequeno, humilde, indefeso... nas espécies sagradas do pão e do vinho, para ser nosso alimento, companheiro, modelo, exemplo, força, consolação...

21/10/2009

A arte de ensinar


Saber valorizar o aluno e orientá-lo no que for necessário

A missão do professor sempre se destacou pelo fato de trabalhar com a mais nobre realidade do mundo: o coração e a inteligência do ser humano. Nada é mais importante do que o ser humano. Se é nobre e necessário dominar o aço e os microorganismos, construir casas e computadores, muito mais nobre é formar o homem, senhor de tudo isto. Os sábios gregos já diziam: “dá-me uma sala de aula e mudarei o mundo!”

O jovem e frágil aluno de hoje, será o condutor da nação amanhã; o que for semeado hoje no seu coração, na sua mente e no seu espírito, será colhido amanhã pela sociedade. E o que o aluno espera de um Professor?

Em primeiro lugar que o professor seja honesto e honrado, exigências mínimas de quem carrega o título de mestre. Sabemos que o homem moderno está cansado de discursos, quer ver exemplos. O mestre romano Sêneca dizia que “de nada vale ensinar o que é a linha reta, se não ensinar o que é a retidão”.

Alguém já disse que o aluno só aprende com satisfação, quando o professor ensina com entusiasmo e sabe motivar o aluno. Sem isto o jovem não descobrirá a beleza da disciplina. É verdade que os alunos respeitam o professor que domina a matéria, mas isto ainda não é o suficiente. A primeira missão do professor é motivar para o aprendizado. “Um homem motivado vai à Lua, mas sem motivação não atravessa a rua”.

O aluno espera que o professor tenha paciência com ele que ainda não descobriu a beleza da matéria; tenha a humildade de não usar o seu conhecimento para humilhá-lo, e que não use do poder da avaliação para destruir a sua auto-estima. Ele quer ver o seu Professor fazer da Avaliação um momento, a mais, do aprendizado; elaboradas com equilíbrio, e corrigidas com esmero e justiça, sem fazer da prova uma guerra onde se cobra dele uma maturação na disciplina que ele ainda não teve tempo de alcançar.

O aluno espera que o professor prepare bem as aulas e que gaste tempo para se aprofundar na matéria. Sabemos que para ensinar bem, um pouco de uma disciplina, é preciso saber muito sobre ela. Quanto mais sabemos, mais os alunos gostam de nos ouvir. Nada pior para um aluno do que ter que assistir uma aula maçante, mau preparada, ministrada por alguém que não conhece o que ensina. É um grande desrespeito... para não dizer um crime.

O aluno espera que o professor ensine com didática, competência e clareza; tenha pontualidade de horário, apresentação adequada e saiba dominar a classe com liderança.

Ele quer ver o professor como um amigo que o trata com respeito, confiança, atenção e cordialidade; interessado em tirar as suas dúvidas e a apontar-lhes caminhos novos...

Por dever de consciência, cada professor tem que dar o melhor de si para a boa formação dos jovens. Aí estará, inclusive, a sua maior realização; para a pessoa honesta, é no bojo da virtude que ela encontra a verdadeira recompensa.

Cito algumas recomendações pedagógicas para o bom desempenho de um Professor(a):

1.Saber motivar os alunos para o que vai ensinar.

2.Dominar a matéria e atualizar-se.

3.Preparar bem as aulas.

4.Expor a matéria com clareza, ordem e seqüência lógica.

5.Preparar, aplicar e corrigir as avaliações e provas com esmero, equilíbrio e justiça.

6.Ser assíduo, pontual e bem apresentado.

7.Tratar todos os alunos com respeito, atenção e cordialidade, sem com isto confundir as funções de cada um.

8.Manter a disciplina na classe.

9.Atender bem os alunos e tirar suas dúvidas, seja em classe ou fora dela.

10.Saber valorizar o aluno e orientá-lo no que for necessário.

É no banco da Escola que se formam os homens e as mulheres que um dia exercerão o poder, e conduzirão a História, nas mais variadas atividades e organizações. Muitos já disseram que “as palavras têm mais força do que os canhões”.

Esta é a nobre missão: formar a juventude, não só no aspecto científico e técnico, mas também – e principalmente – no aspecto humano, moral e ético. Sem a primazia da pessoa sobre a coisa, da moral sobre a ciência e da ética sobre a técnica, a humanidade corre sérios riscos, como pudemos ver pelas desastradas guerras e morticínios do recém encerrado século XX. O mundo, sem dúvida, encontra-se diante de uma encruzilhada, e o bom caminho a seguir só poderá ser discernido pelo bom entendimento da ciência com a moral. E isto depende de dos professores.

20/10/2009

Sacerdote: um outro Cristo.


O Ano Sacerdotal foi proposto pelo nosso Papa Bento XVI, e se ele propõe algo é porque vem de Deus porque ele é o representante de Cristo na terra. Temos que prestar atenção neste Ano Sacerdotal e fazer com que ele tenha os frutos que o Papa espera.

Eu agradeço a Deus pelos sacerdotes, por darem a Deus um sim radical, fazerem opção definitiva por Deus, por deixarem tudo, até família para servirem a Deus. O sacerdote deixa o matrimônio, a família, sacrifica tudo isso por um amor maior.
Eu agradeço muito aos sacerdotes porque eu fui batizado por um sacerdote, todos os dias eu recebo a Eucaristia das mãos de um sacerdote. Eu sou muito grato aos sacerdotes por toda a formação da minha vida.

Quantos sacerdotes anônimos que já passaram mais de 75 anos de idade e continuam trabalhando. Muito obrigado senhores sacerdotes santos. O sacerdote é um outro Cristo, onde ele toca é Cristo que age, o sacerdote atua dessa forma. Quando ele te absolve dos pecados é Cristo que está dizendo.
O modelo para os sacerdotes o Papa Bento XVI coloca como padre São João Maria Vianney, que é o patrono dos sacerdotes. Ele tinha dificuldade de aprender latim, filosofia e se ordenou um pouco velho.

Quando foi para ser ordenado o reitor do seminário disse para o bispo que ele era deficiente na aprendizagem, mas era um modelo de sacerdote, e o bispo ordenou dizendo que Deus ia agir na vida dele. O bispo teve a prudência de mandá-lo para uma paróquia pequena em Ars na França, ele nem sabia onde era.
Quando São João Maria Vianney chegou à cidade começou a rezar todos os dias pela manhã o rosário diante do sacrário, e depois ia celebrar a Missa. A igrejinha começou a encher de gente, e às vezes ele passava até 16 horas no confessionário confessando o povo. As pessoas começaram a ver naquele homem, um homem de Deus. Cardeais vinham de Paris para se aconselhar com ele. Hoje é patrono dos sacerdotes, ele que não servia para ser padre.


'O padre é outro Cristo que põe a ovelha no ombro e traz para o aprisco de Deus', diz Felipe Aquino

Padres, sejam como Cura D’Ars. Quem era esse Cura? Era um homem de oração. Ai do padre que não rezar! Se eu não for à Missa cedinho, se eu não rezar o rosário, não meditar a Palavra de Deus, ai de mim! Porque somos um vaso de barro, todo esse poder vem de Deus. Eu fico arrepiado quando vejo as pessoas me elogiarem. Que medo de amanhã eu levar essa pessoa para o inferno comigo.


Eu tenho medo de mim mesmo se eu não rezar
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Agora imagine o padre que o demônio tenta a todo tempo. O sacerdote é para salvar almas, ele é o outro Cristo que põe a ovelha no ombro e traz para o aprisco de Deus.
Cura d’Ars dizia: "que medo de ser sacerdote. O sacerdote é como vítima oferecida ao Pai". Eu quero dizer aos nossos sacerdotes com todo amor, do fundo de minha alma: vocês tiveram a coragem de fazer algo que eu não tive coragem.

Deram a opção radical por Deus, assumiram o celibato, levem isso até o fim, sejam sacerdotes radicais. Radical em termo de entrega a Deus, vá até o fim.
O sacerdote não pode esfriar. Quanto melhor é uma coisa, tanto pior ela será se ela se perde. Não tem nada melhor que um sacerdote neste mundo, mas não tem nada pior que um sacerdote estragado neste mundo. É por isso que temos que rezar pelos nossos sacerdotes. Santa Terezinha do Menino Jesus se imolou no mosteiro pelos sacerdotes. Eu sei que cada um de vocês tem uma cruz, eu tenho a minha, ofereça essa cruz pelos sacerdotes. Temos que levar aos sacerdotes o nosso apoio, infelizmente há sacerdotes que fazem a Igreja sofrer, que não respeitam as regras litúrgicas, mas é a minoria. Como nós leigos vamos fazer? Vamos agir como Deus manda.


Reze muito por ele, depois converse com ele com todo o carinho. Diga: padre o documento da Igreja diz uma coisa e o senhor está fazendo outra. Se ele não ouvir vá com mais gente conversar com ele, e diga que a atitude está prejudicando o rebanho, e se não adiantar e diga a ele que vocês irão ao bispo, mas não vá ao bispo sem o padre saber. E se o bispo não resolver escreva ao núncio. Mas cuidado! Temos que ter certeza do que estamos fazendo, provas, e que seja por amor a Deus sem escândalo.

Sacerdotes, não podemos brincar é com a carne. A carne é fraca, o homem é fraco. Se para nós homens casados que temos as nossas esposas, somos tentados por prazeres, imagina os sacerdotes. Vigiai e orai. O pecado entra pelos nossos sentidos. Cuidado! O pecado entra pelos olhos. O pecado entra pelo ouvido com aquela voz macia. Cuidado! O senhor pertence exclusivamente a Jesus Cristo. Aquele que ama o perigo nele perecerá, a ocasião faz o ladrão.


Eu não estou aqui criticando os sacerdotes, é um apelo para que sejam sacerdotes santos de Deus. Fechem os olhos para as coisas do mundo e respirem o odor de Cristo e serão sacerdotes felizes.

Professor Felipe Aquino
Comunidade Canção Nova