25/03/2016

Faça e medite a Via Sacra




Fonte: Encontro Com Cristo - Padre Alberto Gambarini

Medite a Via Sacra:

Propósito

Em Nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo
“Subindo para Jerusalém, durante o caminho, Jesus tomou à parte os Doze e disse-lhes:
Eis que subimos a Jerusalém, e o Filho do Homem será entregue aos príncipes dos sacerdotes e aos escribas. Eles o condenarão à morte.
E o entregarão aos pagãos para ser exposto às suas zombarias, açoitado e crucificado; mas ao terceiro dia ressuscitará.
Nisso aproximou-se a mãe dos filhos de Zebedeu com seus filhos e prostrou-se diante de Jesus para lhe fazer uma súplica.” Mateus 20, 17-20

Oremos:
Senhor Jesus, quero nesta Via-Sacra percorrer o caminho que Te levou para a cruz para que eu fosse salvo. Concede-me a graça de estar unido a Ti, e renovar em minha vida os maravilhosos efeitos da Tua paixão, morte e ressurreição. Levanta-me dos meus pecados, purifica-me das fraquezas e vícios, liberta-me de toda opressão maligna, cura-me das enfermidades e enche-me com uma nova alegria diante da vida. Amém.

Oferecimento:
“Senhor Jesus, ofereço esta prática de piedade pelas minhas necessidades pessoais, familiares, e de todos os que  recomendaram as minhas orações. Também ofereço pelos enfermos e as almas do purgatório, pela perseverança  dos justos e conversão dos pecadores, pela Santa Igreja e pelas vocações sacerdotais e religiosas, pelas famílias e pela paz do Mundo. Amém.

(Breve pausa de silêncio)
Senhor, tende piedade de mim.
Senhor, tende piedade de mim.
Cristo, tende piedade de mim.
Cristo, tende piedade de mim.
Senhor, tende piedade de mim.
Senhor, tende piedade de mim.

Estações:

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21/03/2016

Devoção das 7 Dores de Nossa Senhora

doresnossasenhora

Foi o Papa Pio X que fixou a data definitiva de 15 de Setembro, conservada no novo calendário litúrgico, que mudou o título da festa, reduzida a simples memória: não mais Sete Dores de Maria, mas menos especificadamente e mais oportunamente: Virgem Maria Dolorosa. Com este título nós honramos a dor de Maria aceita na redenção mediante a cruz. É junto à Cruz que a Mãe de Jesus crucificado torna-se a Mãe do corpo místico nascido da Cruz, isto é, nós somos nascidos, enquanto cristãos, do mútuo amor sacrifical e sofredor de Jesus e Maria. Eis porque hoje se oferece à nossa devota e afetuosa meditação a dor de Maria. Mãe de Deus e nossa.


A devoção, que precede a celebração litúrgica, fixou simbolicamente as sete dores da Co-redentora, correspondentes a outros tantos episódios narrados pelo Evangelho: a profecia do velho Simeão, a fuga para o Egito, a perda de Jesus aos doze anos durante a peregrinação à Cidade Santa, o caminho de Jesus para o Gólgata, a crucificação, a Deposição da cruz, a sepultura, portanto, somos convidados hoje a meditar estes episódios mais importantes que os evangelhos nos apresentam sobre a participação de Maria na paixão, morte e ressurreição de Jesus.


Vamos nós, cristãos, pedir auxílio à Rainha dos Mártires, para que nos mantenha afastados do pecado, e nos dê força, auxílio e paciência para levarmos a nossa Cruz.

 
Primeira Dor
Segunda Dor
Terceira Dor
Quarta Dor
Quinta Dor
Sexta Dor
Sétima Dor

20/03/2016

As Quinze Orações em honra das Santas Chagas de Jesus

chagasdejesus


Jesus prometeu grandes graças àqueles que recitarem diariamente estas quinze orações durante um ano, em honra de Suas Chagas:


“Aquele que disser essas Orações pode estar seguro de ser associado ao supremo coro dos Anjos e todo aquele que as ensinar a alguém, terá assegurado para sempre sua felicidade e seus méritos.”
“No lugar onde se encontrarem e onde forem recitadas essas orações, Deus aí estará também presente com a Sua Graça.”


Papa Inocêncio X confirmou esta revelação e acrescentou que as almas cumpridoras das condições libertarão cada 6a. feira Santa uma alma do purgatório. A esta devoção, facilmente, se unirá a veneração e o oferecimento das santas chagas do nosso Salvador, pois das suas chagas brotou o precioso Sangue. O Redentor recomendou este exercício à irmã Maria Marta Chambon e lhe deu grandes promessas a respeito deste.


São sugeridas as intenções entre parênteses antes de cada oração.


As Quinze Orações em honra das Santas Chagas de Jesus


Primeira Oração (Pelos sacerdotes, freiras e religiosos militantes)
Segunda Oração (Pelos trabalhadores em geral)
Terceira Oração (Pelos presos)
Quarta Oração (Pelos doentes)
Quinta Oração (Pelos funcionários dos hospitais)
Sexta Oração (Pelas famílias)
Sétima Oração (Contra a luxúria)
Oitava Oração (Pelas crianças e jovens)
Nona Oração (Pelos agonizantes espirituais)
Décima Oração (Pelos sofredores em geral)
Décima Primeira Oração (Pelos pecadores de todo o mundo)
Décima Segunda Oração (Por todas as igrejas)
Décima Terceira Oração (Pelos profetas atuais)
Décima Quarta Oração (Pelos políticos e governantes)
Décima Quinta Oração (Pelo Papa)

19/03/2016

Devoção as 15 Dores Secretas de Nosso Senhor Jesus Cristo

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Estando piedosamente recolhida em oração, Irmã Maria Madalena, da Ordem de Santa Clara, recebeu a visita de nosso Senhor, dizendo que gostaria de revelar-lhe as quinze dores secretas de Sua Dolorosa Paixão.

01. Amarraram os Meus pés com uma corda e arrastaram-Me, por uma escada abaixo, para uma cave (sub-solo) fedorenta e imunda.
(rezemos Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


02. Despojaram-Me das Minhas vestes e com pontas de ferro cobriram o Meu Corpo de Chagas.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


03. Ataram uma corda em volta do Meu Corpo e arrastaram-Me pelo chão, de uma ponta a outra da cave.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


04. Ligaram-Me a uma trave de madeira e nela Me deixaram suspenso, até que escorregasse e caísse por terra. Esse sofrimento fez jorrar dos Meus olhos lágrimas de Sangue.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


05. Fixaram-Me a uma estaca e martirizaram-Me com todas as espécies de armas, varando-Me o Corpo, atirando-Me pedras e queimando-Me com brasas e archotes.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


06. Atravessaram-Me com sovelas e agulhas, arrancando, em vários lugares, a pele e a carne de Meu Corpo e das Minhas veias.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


07. Amarraram-Me a uma coluna e colocaram Meus pés sobre uma chapa metálica incandescente.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


08. Coroaram-Me com uma coroa de ferro e vedaram os Meus Olhos com trapos repugnantes.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


09. Assintaram-Me sobre uma cadeira cheia de pregos aguçados que abriram profundos buracos em Me Corpo.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


10. Aspergiram Minhas Chagas com resina e chumbo fundido e lançaram-Me da cadeira abaixo.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


11. Para vergonha Minha e Meu suplicio cravaram agulhas e pregos nos furos da Minha barba, já violentamente arrancada.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


12. atiraram-Me sobre uma cruz, à qual Me amarraram com um corda, pés e mãos, com uma tal força e dureza, que estive a ponto de ser asfixiado.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


13. Espinharam-Me a Cabeça. Um deles pôs-Me o pé sobre o peito e atravessou-Me a língua com um espinho de Minha coroa.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


14. Colocaram as mais horríveis imundícies em Minha Boca.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


15. Fizeram recair sobre Mais uma torrente de injúrias infames, ligaram-Me as Mãos atrás das Costas e conduziram-Me para fora da prisão, batendo-Me e vergastando-Me vezes sem conta.
(Pai-nosso, Ave-Maria e Glória).


E Jesus continuou:

“Minha querida filha! Peço-te que faças conhecidas de muitas almas estas Minhas angústias e dores secretas, a fim de que sejam meditadas e honradas. No Dia do Juízo Final Eu darei uma eternidade para aqueles que, por amor e com reconhecimento, Me tenham oferecido todos os dias os merecimentos de Meus Sofrimentos secretos, completando a oferta com a oração de Louvor e Reparação que segue”.


Oração:


“Meu Senhor e meu DEUS! É minha vontade irrevogável honrar-vos e adorar-Vos por todas as Vossas dores secretas e pelo derramamento do Vosso Sangue. Quantos grãos de areia haja no mar, grãos de terra nos campos, rebentos de erva em toda a terra, frutos nas árvores, folhas nos ramos, flores nos campos, estrelas no firmamento, Anjos no Céus e criaturas sobre a terra, tantas milhares de vezes sejam adorados e glorificados o Senhor JESUS CRISTO, o Seu Santíssimo Coração, o Seu preciosíssimo Sangue, o Sacrifício Divino da Santa Missa e o Santíssimo Sacramento do Altar.


Sejam louvados e glorificados a Santíssima Virgem MARIA, os noves coros gloriosos dos Anjos e a multidão dos Santos, por mim e por todos os homens, agora e por toda a eternidade. Tantas vezes eu desejo, meu bem amado Jesus, agradecer-vos, servir-vos, agradecer-vos, reparar todos os ultrajes que Vos são feitos e pertencer-Vos de corpo e alma. Quero, muitas vezes, arrepender-me dos meus pecados e pedir-vos, ó meu Deus, perdão e misericórdia. Quero também oferecer a DEUS PAI os Vossos Méritos infinitos, em reparação das minhas faltas, dos meus pecados e pelos meus tão merecidos castigos. Estou firmemente decidido a mudar de vida e peço-vos que, a hora da minha morte, me sinta feliz e em paz.


Quero também rezar pela libertação das pobres almas do Purgatório. Desejo renovar fielmente este louvor de reparação e amor, em cada hora do dia e da noite, até ao último instante da minha vida.


Peço-Vos, meu bom e amabilíssimo JESUS, que confirmeis no Céus este meu sincero desejo. Não consintais, JESUS, que ele seja destruído pelos homens, e muito menos ainda, pelo espírito maligno. Amém.
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18/03/2016

Oração de cura e libertação por um irmão

oração 


Oh Senhor Jesus, peço-Vos que derrameis o teu Espírito Santo sobre mim. Que não seja mais eu mas que seja o Senhor meu Deus que neste momento impõe as mãos sobre este irmão (irmã), eis aqui o (a) servo(a) do Senhor, faça-se em mim Senhor a sua vontade, que minhas mãos sejam fontes de graça e de cura para meu irmão(irmã).

Suplico-vos Espírito Santo de Deus, que venhas socorrer as necessidades desse irmão (irmã) que venhas lavar com seu sangue precisoso este Vosso(a) filho(a), Tú sabes Senhor de suas necessidades, dos traumas que este(a) sofre em decorrência de ações do passado. Vem Espírito Santo derramar os seus dons, traga a paz e o bem-estar com Sua presença eterna na vida deste irmão (irmã).


Amém!

17/03/2016

17 de Março - DIA DE SÃO PATRÍCIO

São Patrício, sacerdote missionário


 

Salvou muitas almas através de seu testemunho de santidade, a ponto de tornar a antiga Irlanda toda católica

O santo de hoje nasceu na Grã-Bretanha, no ano 380. Oração, penitência, uma vida de entrega a Deus que foi capacitando São Patrício a responder em Cristo diante das tribulações da vida.

Aos 16 anos foi capturado e preso por piratas irlandeses. No perdão, na oração e na atenção de encontrar um espaço para a fuga, conseguiu fugir para a França, onde continuou seu discernimento na busca da vontade de Deus.

Tornou-se sacerdote missionário, evangelizando na Inglaterra e na Irlanda. Já como bispo, salvou muitas almas através de seu testemunho de santidade, a ponto de tornar a antiga Irlanda toda católica, do empregado ao rei.

A historia da Irlanda ficou marcada com a contribuição de São Patrício, que através da construção que fez de diversos mosteiros, deixou nesse lugar a fama de “ilha dos mosteiros”.

Faleceu com cerca de 80 anos.
  
A COURAÇA DE SÃO PATRÍCIO…
Uma Oração que aparentemente é simples, mas contém a força do NOME que está acima de TODO NOME, e por isso você irá também experimentar a eficácia desta Oração em sua vida….

Oracao: Couraça de Sao Patricio

Cristo comigo,
Cristo em minha frente,
Cristo atrás de mim,
Cristo em mim,
Cristo abaixo de mim,
Cristo sobre mim,
Cristo à minha direita,
Cristo à minha esquerda,
Cristo quando me deito,
Cristo quando me sento,
Cristo quando me levanto,
Cristo no coração de cada um que pensa em mim,
Cristo na boca de cada um que fala de mim,
Cristo em todo olho que me vê,
Cristo em todo ouvido que me ouve.

São Patrício, rogai por nós!

Exame de Consciência

Muitas confissões não são frutuosas por uma série de motivos. Entre os princípios está a forma superficial como algumas pessoas confessam. Toda confissão exige uma preparação feita com oração e um bom exame de consciência: “… prepara-te… para sair ao encontro de ter Deus” (Am 4,12).


Papa Francisco

A confissão é um ato de amor a Deus. O próprio papa Francisco destacou em uma missa celebrada em Santa Marta em Outubro de 2013, sobre a importância da confissão comentando um texto de São Paulo, leia:


“Alguns dizem: ‘Ah, eu me confesso com Deus. Mas é fácil, é como confessar-se por email, não? Deus está longe, eu digo as coisas e não tem um cara a cara, não tem um olho no olho. Paulo confessa a sua fraqueza aos irmão cara a cara. Outros: ‘Não, eu vou me confessar’ mas se confessam de coisas tão superficiais, que não têm nenhuma concretização. E isso é o mesmo que não fazê-lo”, afirmou o Papa.


“Confessar os nossos pecados não é o mesmo que ir à uma sessão com o psiquiatra, nem ir para uma sala de tortura, é dizer ao Senhor: ‘Senhor sou pecador’, mas dizê-lo através de um irmão, para que este dizer seja concreto. ‘E sou pecador por isso, por isso e por isso”, destacou Francisco.


“Concretização, honestidade e também uma sincera capacidade de se envergonhar dos próprios erros: não existem vielas nas sombras alternativas ao caminho aberto que leva ao perdão de Deus, a perceber no fundo do coração o seu perdão e o seu amor”, continuou o Pontífice.


Preparação com a Oração


1. O Local: escolha um lugar tranqüilo para passar um tempo a sós com o Senhor. Se possível, diante do sacrário.


2. A Oração: tenha presente que a finalidade é preparar-se para uma confissão frutuosa. Se estiver diante do sacrário, fique olhando para Ele sem se preocupar com as palavras. Sinta a presença de vida a brotar desse lugar santo.


Caso esteja em qualquer outro lugar, não tenha pressa em fazer a oração. Feche seus olhos, enxergue Jesus sorrindo para você e iluminando-o com sua luz.


A seguir, abra seu coração em agradecimento ao Senhor pela oportunidade de poder renovar Seu perdão em sua vida. Você pode agradecer lembrando fatos do passado em que sentiu a cura de Deus, assim como as bênçãos recebidas desde a sua última confissão.


O passo seguinte é pedir para fazer um bom exame de consciência


3. Procurar um sacerdote para fazer uma boa confissão. Ao terminar a confissão, não tenha pressa em retornar as atividades. Permaneça alguns instantes agradecendo pelo perdão recebido, e se houver algo a ser reparado por palavras e atitudes, faça-o sem demora.


No caso de problemas de relacionamento, ore para que o Senhor tire os efeitos das feridas emocionais, sem ficar buscando culpados. Também interceda pelas pessoas que o magoaram ou que você magoou. Peça o auxílio da graça para que o perdão da confissão vá curando as faltas e defeitos confessados.


Sugestão de um breve exame de consciência


1. Mandamento: “Amar a Deus sobre todas as coisas”.


Tenho dado tempo em meu dia para Deus, buscando-o pela oração, lendo sua Palavra, oferecendo-lhe meus trabalhos e evitando todo mal?


2. Mandamento: “Não tomar seu santo nome em vão”.


Sou dado a usar o nome de Deus de qualquer modo? Tenho blasfemado ou feito juramentos falsos? Fiz promessas e não cumpri?


3. Mandamento: “Guardar domingos e festas”.


Tenho honrado o dia do Senhor e os dias santificados participando da santa missa, ou tenho trocado por outros compromissos?


4. Mandamento: “Honrar pai e mãe”.


Tenho amado os meus pais, independentemente de seus aparentes defeitos? Sendo necessário, tenho colaborado com suas necessidades materiais e espirituais?


5. Mandamento: “Não matar”.


Tenho prejudicado a vida, a integridade física, fama ou honra do próximo… Tenho aconselhado ou praticado o aborto? Tenho guardado rancor?


6. Mandamento: “Não pecar contra a castidade”.


Tenho consentido em meus pensamentos ou desejos? Respeitei meu corpo ou o corpo de outras pessoas como templo do Espírito Santo?


7. Mandamento: “Não furtar.”


Tenho roubado, prejudicado no trabalho ou negócios ou desejado injustamente os bens do próximo?


8. Mandamento: “Não levantar falso testemunho”.


Tenho sido leal e verdadeiro? Ou prejudicado os outros com palavras falsas, calúnias, fofocas, juízos temerários, violação de segredo?


9. Mandamento: “Não desejar a mulher do próximo.”


Tenho sido fiel a meu esposo ou esposa em meus desejos e relações com os outros?


10. Mandamento: “Não cobiçar as coisas alheias”.


Tenho sido dominado pela ambição desregrada, a ponto de usar meios desonestos para alcançar alguma vantagem financeira? Tenho sentido inveja do progresso do meu próximo?



16/03/2016

O que você precisa?




Você precisa de coragem?

“Quando vos invoquei, vós me respondestes; fizestes crescer a força de minha alma.”  Salmo 137,3


“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, portanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever”.  Efésios 6,10-13


Você precisa de proteção?


“Porque o Senhor é teu refúgio. Escolheste, por asilo, o Altíssimo. Nenhum mal te atingirá, nenhum flagelo chegará à tua tenda, porque aos seus anjos ele mandou que te guardem em todos os teus caminhos.”   Salmo 90,9-11


“O Senhor é teu guarda, o Senhor é teu abrigo, sempre ao teu lado.”  Salmo 120,5


Você está balançando diante da vida?


“Com efeito, de tal modo Deus amou o mundo, que lhe deu seu Filho único, para que todo o que nele crer não pereça, mas tenha a vida eterna.”  João 3,16


“E o testemunho é este: Deus nos deu a vida eterna, e esta vida está em seu Filho. quem possui o filho possui a vida; quem não tem o Filho de Deus não tem a vida. Isto vos escrevi para que saibais que tendes a vida eterna, vós que credes no nome do Filho de Deus.” 1 João 5,11-13


Você está passando pôr necessidade financeira?


“Reverenciai o Senhor, vós, seus fiéis, porque nada falta àqueles que o temem. Os poderes empobrecem e passam fome, mas aos que buscam o Senhor nada lhes falta.”  Salmo 33,10-11


“Em recompensa, o meu Deus há de prover magnificamente a todas as vossas necessidades, segundo a sua glória, em Jesus Cristo.” Filipenses 4,19


Você precisa de perdão?


“Temos, portanto, um grande Sumo-sacerdote que penetrou nos céus, Jesus, Filho de Deus. Conservemos firma a nossa fé. Porque não temos nele um pontífice incapaz de compadecer-se das nossas fraquezas. Ao contrário, passou pelas mesmas provações que nós, com exceção do pecado. Aproximemo-nos, pois, confiadamente do trono da graça, a fim de alcançar misericórdia e achar a graça de um auxílio oportuno”.  Hebreus 4,14-16


Você está buscando direção para a sua vida?


“Que teu coração deposite toda a sua confiança no Senhor! Não te firmes em tua própria sabedoria! Sejam quais forem os teus caminhos, pensa nele, e ele aplainará tuas sendas.” Provérbios 3,5-6


Você está deprimido?


“O Senhor é meu pastor, nada me faltará. Em verdes prados ele me faz repousar. Conduz-me junto às águas refrescantes, restaura as forças de minha alma. Pelos caminhos retos ele me leva, por amor do seu nome. Ainda que eu atravesse o vale escuro, nada temerei, pois estais comigo. Vosso bordão e vosso báculo são o meu amparo.” Salmo 22,1-4


Você está necessitando de paciência?


“Aliás, sabemos que todas as coisas concorrem para o bem daqueles que amam a Deus, aqueles que são os eleitos, segundo os seus desígnios. Os que ele distinguiu de antemão, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho, a fim de que este seja o primogênito entre uma multidão de irmãos”. Romanos 8,28-29



Você deseja paz?


“Deixo-vos a paz, dou-vos a minha paz. Não vo-la dou como o mundo a dá. Não se perturbe o vosso coração, nem se atemorize!”  João 14,27


Você deseja vencer a tentação?


“Não vos sobreveio tentação alguma que ultrapassasse as forças humanas. Deus é fiel: não permitirá que sejais tentados além das vossas forças, mas com a tentação ele vos dará os meios de suportá-la e sairdes dela.”  1 Coríntios 10,13


Você tem sido desprezado pelas pessoas?


“Com efeito, é coisa agradável a Deus sofrer contrariedades e padecer injustamente, por motivo de consciência para com Deus. Que mérito teria alguém se suportasse pacientemente os açoites por ter praticado o mal? Ao contrário, se é por ter feito o bem que sois maltratados, e se o suportardes pacientemente, isto é coisa agradável aos olhos de Deus. Ora, é para isso que fostes chamados. Também Cristo padeceu por vós, deixando-vos exemplo para que sigais os seus passos. Ele não cometeu pecado, nem se achou falsidade em sua boca (Is 53,9). Ele, ultrajado, não retribuía com idêntico ultraje; ele, maltratado, não proferia ameaças, mas entregava-se àquele que julga com justiça”. 1 Pedro 2,19-23


Você está fraco?


“Mas ele me disse: “Basta-te minha graça, porque é na fraqueza que se revela totalmente a minha força.” Portanto, prefiro gloriar-me das minhas fraquezas, para que habite em mim a força de Cristo. Eis por que sinto alegria nas fraquezas, nas afrontas, nas necessidades, nas perseguições, no profundo desgosto sofrido por amor de Cristo. Porque quando me sinto fraco, então é que sou forte.” 2 Coríntios 12,9-10

15/03/2016

O Católico aceita a reencarnação?

A reencarnação é a teoria segundo a qual a alma, deixando o corpo após a morte, passaria para outro corpo. A Bíblia ensina que cada pessoa tem uma só existência sobre a terra e que, após essa vida, comparece diante de Deus para ser julgada.


Diz a Carta aos Hebreus: “Está determinado que os homens morram uma só vez, e depois vem o julgamento” (9,27). De fato, Jesus e os apóstolos não pregaram a reencarnação e sim a ressurreição dos mortos: “Vem a hora em que todos os que estão nos túmulos ouvirão a voz, e sairão. Aqueles que fizeram o bem ressuscitarão para a vida; e aqueles que praticaram o mal, para a condenação” (Jô 5, 28-29; 6,54; Mc 3,29; 9,43-48).


Da mesma forma, os Apóstolos ensinaram que a ressurreição de Cristo é garantia da nossa ressurreição (1Cor 15,12-19). A igreja nos convida a vigiar “constantemente, a fim de que, terminando o único curso de nossa vida terrestre, possamos entrar com Cristo para as bodas e mereçamos ser contados entre os benditos.


Portanto, a reencarnação é incompatível com a fé católica.


Você pode saber mais sobre este e outros assuntos no livro Católico pode ou não pode? Por que? Padre Alberto Gambarini Clique e saiba mais


Fonte: Encontro Com Cristo

A Cruz – Caminho para a Ressurreição

Na Quaresma, a Igreja prepara-se para celebrar o mistério pascal de Cristo, sua passagem da morte a vida definitiva.

O tríduo pascal é o coração da Semana Santa; começa na Quinta-Feira Santa, prolonga-se até o Domingo da Ressurreição e tem como ponto culminante a Vigília Pascal, celebrada à noite, no Sábado Santo.

Na Quinta- Feira Santa, Jesus celebra a ceia pascal com seus discípulos e antecipa, sacramentalmente, a sua morte na cruz: Jesus ao tomar o pão disse: “Isto é o meu corpo, que será entregue por vós”. Depois tomou o cálice dizendo: “Este é o cálice do meu sangue, o sangue da nova e eterna aliança, que será derramado por vós e por muitos para a remissão dos pecados”. Jesus instituiu a Eucaristia e o sacerdócio ministerial com o poder e a ordem de repetir este seu gesto até o fim dos tempos: “Fazei isto em memória de mim”. Cada missa é memorial da oferta voluntária e do amor do Filho de Deus ao Pai pela salvação do mundo. Cada missa torna presente, atual, nos sinais do pão e do vinho, esta entrega do Cristo que tem um valor infinito e nos oferece os frutos da redenção.
Na Sexta-Feira Santa, a Igreja celebra o mistério da paixão e morte de Jesus na Cruz.  A hora da cruz, na verdade, é a hora da glória de Cristo. Não é o sofrimento que salva e sim, o amor com o qual Jesus se oferece ao Pai por nós, amor que deu a sua paixão e morte um valor infinito. Com sua morte e ressurreição Jesus derrotou o demônio, autor do pecado, venceu o pecado e a morte e nos obteve a salvação.

A cruz de Cristo é o símbolo de todos os sofrimentos da humanidade e do fardo que cada um dos seus discípulos deve carregar diariamente. Não há dúvida que o sofrimento, seja ele qual for, é um mal contra o qual temos que lutar.

Se não for possível vencê-lo, não devemos nos revoltar, nem  resignar-se passivamente, mas fazer dele um encontro com Jesus crucificado, vencedor do mal e da morte. Só Cristo crucificado pode dar sentido àquilo que em si é um  contra-senso. Contemplemos  Maria ao pé da cruz, que, unindo a sua dor materna à  de seu Filho, colaborou com a nossa salvação.

Na Vigília Pascal, a Igreja celebra jubilosa a Ressurreição de Cristo, a vitória da vida sobre a morte, da luz sobre as trevas, da graça sobre o pecado.

Ao dar a vida por nós, Cristo nos libertou da morte com a própria morte.

Dom Raymundo Cardeal Damasceno Assis

Arcebispo de Aparecida – SP

 

Fonte: Encontro Com Cristo

14/03/2016

A esperança nos move


 


Vivemos momentos complexos em nossa sociedade! Perseguições, vilipêndios, martírios, intolerâncias, fanatismos ideológicos, culturais, sociais e religiosos, laicidade mal compreendida, o Estado ocupando o lugar da família na educação dos filhos, promessas de solução da violência juvenil com encaminhamentos falaciosos, intolerância religiosa em todos os níveis e certo anticatolicismo espalhado pelo mundo. Sabemos que nesse tempo de “mudança de época”, todos estes conceitos e práticas arraigadas em filosofias e visões do mundo, que já há séculos vêm sendo fermentadas na sociedade, devem passar por uma reflexão profunda para que possamos escolher o melhor caminho para o futuro. Estamos colocados diante de uma situação que necessita de um grande discernimento.


Já há muito tempo que no Brasil e no exterior acompanhamos as manifestações de intolerância religiosa em várias modalidades e contra os mais diversos credos, mas também um aumento da violência e insatisfação com revoltas. Existe um clima da necessidade de tempos novos no ar! Eis a oportunidade de uma séria reflexão e escolhas para o futuro. Aparece um direcionamento para banir da sociedade em geral os valores humanos transcendentais e sagrados em favor de um laicismo agressivo, fanático e intolerante.


Quando recebi, no Palácio São Joaquim, na manhã do dia 19 de junho, sexta-feira, a menina Kailane Campos, de 11 anos, que foi atingida por uma pedrada na cabeça por ser reconhecida pela sua religião porque estava vestida com as roupas próprias do Candomblé, na Vila da Penha, aqui no Rio de Janeiro, além do fato pessoal, pude ver no gesto com uma criança uma terrível intolerância religiosa que chegou também em nosso país, infelizmente. No citado encontro, em nome da Arquidiocese, ocasião em pude expressar a nossa solidariedade e reafirmar sua abertura ao diálogo com outras religiões, contamos também com a presença da avó de Kailane, Kátia Marinho, que estava com a menina no momento da pedrada. Representantes da Comissão Arquidiocesana de Ecumenismo e Diálogo Inter-religioso e da Comissão de Combate à Intolerância Religiosa também participaram da reunião. Este foi um dos fatos dentro de tantos outros que ocorreram aqui no Brasil e no exterior.


Neste ano em que comemoramos os 50 anos da conclusão do Concílio Vaticano II é bom recordar que “a Igreja, por conseguinte, reprova toda e qualquer discriminação ou vexame contra homens por causa de raça ou cor, classe ou religião, como algo incompatível com o espírito de Cristo”. E ainda recorda, citando 1Ped 2,12: “Quanto deles depende, mantenham paz com todos os homens, de modo que sejam verdadeiramente filhos do Pai que está nos céus” (Nostra Aetate 5).

Os fatos atuais devem nos levar à reflexão e à tomada de consciência quanto ao nosso respeito pelo próximo e pelos valores religiosos que lhe são subjetivamente caros, dado que ele, na fé cândida, pratica seu culto sem prejudicar o bom andamento da reta ordem e sem desrespeitar os demais credos religiosos da sociedade pluralista em que vive. Ora, se ele respeita, por que não mereceria reciprocidade?

Aliás, a própria Bíblia, Palavra de Deus escrita, nos adverte sobre isso ao nos ensinar o seguinte: “Não faças a ninguém o que não queres que te façam” (Tb 4,15), ou “Tudo aquilo, portanto, que quereis que os homens vos façam, fazei-o vós a eles, pois esta é a Lei e os Profetas” (Mt 7,12). Não está já aqui um importante ponto de reflexão sobre a nossa conduta humana com relação a quem professa uma fé diferente da nossa?

Não pensemos, contudo, que são fatos isolados estes que estamos abordando; não, eles parecem mais ou menos organizados, como dizíamos, para derrubar tudo o que represente algo de sagrado na humanidade, a fim de dar lugar a um secularismo doentio e desumano, pois, feito para Deus, o ser humano não descansa enquanto não repousa n’Ele já, provisoriamente, aqui neste mundo e, definitivamente, na eternidade.

Nós lamentamos muitas situações de intolerância! Que se veja os martírios dos cristãos, que se reflita sobre o vilipêndio e desrespeito aos templos queimados, a imagens religiosas tanto no exterior como aqui entre nós. Em alguns lugares se proíbe e se destrói, em outros (como aqui), além de quebrar, vilipendiam como que insultando todos os que têm nesses símbolos um sinal querido e amado.

Creio que necessitamos de uma reflexão aprofundada, que gostaria de iniciar mesmo sabendo que isso merece um pouco mais de considerações. Vamos iniciar com uma abordagem sobre as orientações laicas, que desejam manipular as religiões e seus ensinamentos.

Dois pronunciamentos mais ou menos recentes nos fizeram constatar isso e, por essa razão, é oportuno que nos atentemos a eles, ainda que de passagem. O primeiro vem do Sr. Vincent Peillon, ministro da Educação na França, em 2013, com as seguintes palavras: “Até agora foi feita uma revolução essencialmente política, mas não a revolução moral e espiritual. Deixamos à Igreja Católica o controle da moral e do espiritual. Agora é preciso substituir tudo isso (…). Jamais poderemos construir um país de liberdade com a religião católica. É preciso inventar uma religião republicana que deve ir junto com a religião material, religião que, de fato, é a laicidade. E é por causa disso, aliás, que no início do século XX se começou a falar de fé laica, de religião laica” (Obedecer antes a Deus que aos homens, p. 84).

O segundo discurso é bem recente, parte da Sra. Hillary Clinton e foi proferido em 24 de abril último no Lincoln Center de Manhattan. Ali, ela expôs de modo claro que “os códigos culturais profundamente arraigados, as crenças religiosas e os enfoques culturais devem ser modificados”, desde que privem a sociedade de desfrutar da “saúde reprodutiva”, termo ambíguo denunciado mais de uma vez pela Santa Sé como fruto de engenharia de linguagem para designar o aborto.

Indo além, a pré-candidata à presidência dos Estados Unidos, na convenção de seu partido, defendeu um Estado autoritário e controlador ao declarar que “os governos devem empregar seus recursos coercitivos para redefinir os dogmas religiosos tradicionais”. Essa coerção levaria à troca dos dogmas religiosos pelos do Estado laicista e perseguidor das religiões, uma vez que estas lembram o Transcendental. Lembram que nenhum poder têm os governantes deste mundo se ele não vier do alto (cf. Jo 19,11).

A fala da Sra. Clinton causou grande repercussão nos Estados Unidos, de modo que Bill Donohue, dirigente da Catholic League, pode declarar que “nunca antes se viu um aspirante à presidência dos Estados Unidos atacar diretamente os ensinamentos da Igreja Católica”, mas até aí chegou a intolerância religiosa naquele país que sempre se arvorou em defensor das liberdades individuais ou do homem livre.

Esses discursos que não se intimidam em deixar transparecer o ódio à fé católica e cristã em geral vão além em outras falas ou escritos que também atacam a religião de uma maneira mais ampla, como se fosse ela um grande mal para a humanidade e precisasse ser extirpada a fim de que o ser humano pudesse ser feliz, segundo dizem. Na realidade, porém, se dá exatamente o contrário, conforme asseguram renomados estudiosos: a fé é um alimento propulsor da humanidade para o progresso desde a Antiguidade até nossos dias.

Sim, o sinântropo, ou o homem de Pequim, por ter os vestígios descobertos em Chou-Kou-Thien, a 50 km da atual capital da China, intriga os estudiosos por revelar três aspectos muito importantes:

a) sabia produzir e usar o fogo, algo impossível a infra-humanos; 
b) utilizava instrumentos devidamente talhados ou trabalhados, reveladores de capacidade de invenção e reflexão, dado que preparavam um objeto com finalidades bem próprias; 
c) expõem grande respeito perante o mistério da morte, com ritos fúnebres, que dão a entender uma crença no além ou numa Divindade. 

Daí constatar Bergounioux: “Seria imprudente deduzir desses fatos (os três atrás recenseados) conclusões demasiado precisas. Contudo, é necessário registrar cuidadosamente essas manifestações de vida de uma tribo ditadas por preocupações já não meramente materiais e já características de uma consciência religiosa que veremos expandir-se e aprimorar-se no homem da etapa seguinte” (Les Relligions des Prehistoriques et des Primitifs, coleção Je sais – jê crois nº. 140. Paris, 1958, p. 14 apud E. Bettencourt, OSB. Teologia Fundamental. Rio de Janeiro: Mater Ecclesiae, 2013, p. 43).

O famoso psicanalista Carl Gustav Jung, mais recentemente nos assegura o seguinte: “De todos os meus pacientes na segunda metade da vida, isto é, tendo mais de trinta anos, não houve um cujo problema mais profundo não fosse constituído pela questão de sua atitude religiosa. Todos, em última análise, estavam doentes por ter perda daquilo que uma religião viva sempre deu em todos os tempos a seus adeptos, e nenhum se curou realmente sem recuperar a atitude religiosa que lhe fosse própria” (cf. N. da Silveira. Jung: vida e obras, p. 141s).

Visto isso, não é mais possível negar o valor da religião, do sagrado entre os homens, pois sem Deus, como instância superior, o homem se torna lobo do homem e se arroga no direito de ocupar o lugar do Criador, a fim de menosprezar o seu próximo seja por ideologias de cunhos totalitários que conseguiram chegar ao governo de alguns países, seja por outras que – como a ideologia de gênero – vai tentando se implantar nos programas educacionais de nossos municípios para procurar deixar Deus e a natureza humana em segundo plano a fim de manipular o homem e a mulher segundo os caprichos desses mesmos ideólogos de plantão. Mas toda religião bem vivida se opõe a isso e a outras formas de opressão. Daí o desejo de removê-las do caminho revolucionário de qualquer modo.

Uns optam por ridicularizá-la intelectualmente, outros por persegui-la a partir de sistemas de governo autoritário, outros ainda por meio de recursos de manipulação de linguagem ou da hipocrisia verbal, que vai substituindo conceitos clássicos por novas linguagens, desejam nos fazer crer, quase sem perceber, que é necessário apagar da sociedade tudo o que ainda nos leve a Deus. Já alguns outros preferem o ataque frontal com bombas, pedras, tiros, pichações em templos, destruição de imagens ou símbolos religiosos diversos. É a intolerância em seus vários níveis e que precisa ser combatida.

Daí, em 1º de janeiro de 2011, por ocasião do Dia Mundial da Paz, o Papa Bento XVI pedia: “Diante das tensões ameaçadoras do momento, especialmente a discriminação, o abuso de poder e a intolerância religiosa que hoje atingem particularmente os cristãos, eu volto a fazer um convite premente para que não cedam ao desânimo e à resignação”. (…) “Eu exorto todos a rezar para que os esforços feitos por muitos lados para promover e construir a paz no mundo tenha um bom resultado”, dizia.

Também o Papa Francisco nos exorta: “No mundo e nas sociedades existe pouca paz, também porque falta diálogo e há dificuldade de sair do horizonte limitado dos interesses próprios, para se abrir a um confronto verdadeiro e sincero. Para que haja paz é preciso um diálogo persistente, paciente, forte e inteligente, para o qual nada está perdido” (…). “Nós, líderes religiosos, somos chamados a ser verdadeiros ‘dialogantes’, a agir na construção da paz, e não como intermediários, mas como mediadores autênticos. Os intermediários procuram contentar todas as partes, com a finalidade de obter um lucro para si mesmo. O mediador, ao contrário, é aquele que nada reserva para si próprio, mas que se dedica generosamente, até se consumir, consciente de que o único lucro é a paz.

Cada um de nós é chamado a ser um artífice da paz, unindo e não dividindo, extinguindo o ódio em vez de conservá-lo, abrindo caminhos de diálogo em vez de erguer novos muros! Dialogar, encontrar-se para instaurar no mundo a cultura do diálogo, a cultura do encontro”. (Papa Francisco. A Igreja da misericórdia: minha visão para a Igreja. São Paulo: Paralela, 2014, p. 97-98).

Se essas palavras se fizerem ações em nossa vida, na de todos os líderes religiosos, ou não, certamente o mundo terá alcançado uma fase da civilização do amor e teremos menos guerra e mais paz em todos os meios, a começar em nossa casa, na nossa rua, no nosso bairro, na nossa cidade até estender-se pelo país e pelo mundo inteiro. Isso, no entanto, tem de começar de nós, de nosso coração, de dentro para fora e não o contrário.

Ainda recordando o cinquentenário do Concílio Vaticano II é bom salientar que: “… ainda existem regimes que, embora reconheçam em sua Constituição a liberdade do culto religioso, levam assim mesmo seus poderes públicos a empenhar-se em afastar os cidadãos da profissão da religião, dificultando ao máximo e pondo até em perigo a vida das comunidades religiosas” (Dignitatis Humanae 15).

E ainda: “os homens todos devem ser imunes da coação tanto por parte de pessoas particulares quanto de grupos sociais e de qualquer poder humano, de tal sorte que em assuntos religiosos ninguém seja obrigado a agir contra a própria consciência, nem se impeça de agir de acordo com ela, em particular e em público, só ou associado a outrem, dentro dos devidos limites” (DH 2).

Só assim será possível dizer um basta bem forte a todo tipo de preconceito religioso ou social injusto, e juntos afirmar que somos, realmente, filhos de Deus e irmãos e irmãs de verdade querendo um mundo mais justo, humano e fraterno e agindo para que isso realmente aconteça.

As pedras, as intolerâncias, os vilipêndios, os martírios, os escritos ou desenhos difamando símbolos religiosos, a compreensão maldosa do estado laico e tantas outras situações nos fazem pensar sobre qual a direção de nossa sociedade. Verdi, ao escrever a ópera Nabucco em 1842, fez com que o cântico do “coro dos escravos hebreus” servisse analogamente para despertar o nacionalismo italiano quando estavam dominados por forças estrangeiras, recordando a saudade da liberdade “ó minha pátria, tão bela e perdida” sonhando com os pensamentos navegando por asas douradas!


Para nós, cristãos, hoje esse anúncio é claro: é nesse momento que nós anunciamos o Cristo Ressuscitado e somos testemunhas da esperança neste mundo mudado, cansado e abatido. Cristo venceu a morte e o pecado e n’Ele nós vivemos, nos movemos e somos!



Cardeal Orani João Tempesta
Arcebispo de São Sebastião do Rio de Janeiro (RJ)



Fonte: Encontro Com Cristo

13/03/2016

Exercícios espirituais: Deus é alegria, não deixamos que morra nas igrejas


Exercícios espirituais: Deus é alegria, não deixamos que morra nas igrejas

Segundo dia de exercícios espirituais para o Papa e a Cúria Romana. O retiro quaresmal teve início na tarde de domingo (06/03), na Casa do Divino Mestre de Ariccia. Este ano, as meditações são guiadas pelo sacerdote Ermes Ronchi, da Ordem dos Servos de Maria.

Cerca de sessenta membros da Cúria Romana, entre responsáveis de dicastérios, bispos e cardeais, estão refletindo sobre as “Perguntas abertas do Evangelho”, eixo central das meditações. A primeira pergunta foi extraída do Evangelho de João “Jesus vol­tou-se para trás e, vendo que eles o seguiam, perguntou-lhes: “Que procurais?”  (Jo, 1, 38)

“A proposta para esses dias juntos – disse o padre servita – é deter-nos à escuta de um Deus de perguntas: não mais interrogar o Senhor, mas deixar-se interrogar por Ele. E ao invés de correr logo em busca da resposta, parar para viver bem as perguntas, as abertas perguntas do Evangelho. Amar as perguntas, estas já são revelação”. “As perguntas são (…) o outro nome da conversão”, afirmou.


Mais questionamentos, menos afirmações


“Jesus – disse padre Ronchi – educa à fé mais por meio de questionamentos do que de afirmações”. Os quatro evangelhos – prosseguiu – trazem mais de 220 perguntas do Senhor: “A pergunta é a comunicação não violenta, que não emudece o outro, mas propõe o diálogo, o envolve e, ao mesmo tempo, o deixa livre. O próprio Jesus é uma interrogação. A sua vida e a sua morte nos interpelam sobre o sentido último das coisas, nos interrogam sobre aquilo que faz feliz a vida. E a resposta ainda é Ele”.

Padre Ronchi prosseguiu recordando que Jesus não nos pede renúncias ou sacrifícios, mas pede em primeiro lugar para entrar em nosso coração, para compreender aquilo que mais desejo, aquilo que me faz feliz. Buscar a felicidade é buscar Deus e “a paixão por Deus nasce da descoberta da beleza de Cristo. Deus me atrai não porque é onipotente, não me seduz porque é eterno ou perfeito”, mas “me seduz com a face e a história de Cristo, o homem da vida bela e beata, amor e livre como ninguém. Ele é a boa nova que diz: é possível viver melhor, para todos. E o Evangelho possui a chave para isso”.


O nome de Deus é alegria


A fé é buscar “um Deus sensível ao coração, que faz feliz o coração, cujo nome é alegria, liberdade e plenitude. Deus é belo. Cabe a nós anunciar um Deus belo, desejável e interessante”. Talvez – acrescentou – “tenhamos empobrecido a face de Deus, às vezes o reduzimos em miséria, relegado a revistar no passado e no pecado do homem. Talvez um Deus que se venera e se adora, mas não aquele envolvido e envolvente, que ri e brinca com os seus filhos”.

Deus pode morrer de tédio em nossas igrejas


“Todo homem – concluiu Padre Ermes Ronchi – busca um Deus envolvente. Deus pode morrer de tédio nas nossas igrejas. É preciso restituir sua face solar, um Deus a ser saboreado, desejável. Será como beber nas fontes da luz, na beira do infinito. O que buscam? Por quem vocês caminham? Busco um Deus desejável, caminho por alguém que faz feliz o coração”.

Fonte: Rádio Vaticano

12/03/2016

Oração dos estressados

Reze e peça a Deus que o livre de todo estresse

Da irritação: livrai-me, Senhor!
Das palavras grosseiras: livrai-me, Senhor!
Da impaciência com o próximo: livrai-me, Senhor!
Da raiva sem motivos: livrai-me, Senhor!
Da pressa sem necessidade: libertai-me, Senhor!
Da sobrecarga de preocupações: libertai-me, Senhor!
Do mau humor: livrai-me, Senhor!
Das palavras grosseiras: livrai-me, Senhor!
Da impaciência com o próximo: livrai-me, Senhor!
Da pressa sem necessidade: libertai-me, Senhor!
Da sobrecarga de preocupações: libertai-me, Senhor!
Das frustrações: libertai-me, Senhor!
Da competitividade que oprime: libertai-me, Senhor!
Da falta de tempo para mim mesmo: curai-me, Senhor!
Da ansiedade constante: curai-me, Senhor!
Da baixa autoestima: curai-me, senhor!
Da preocupação exagerada: curai-me, Senhor!
Das metas irreais: purificai-me, Senhor!
Dos pensamentos negativos: purificai-me, Senhor!
Do mau humor: purificai-me, Senhor!
Da angústia: purificai-me e libertai-me, Senhor!
Da competitividade que oprime: purificai-me e libertai-me, Senhor!


 Mais orações:
:: Oração para se libertar da angústia

:: Oração de perdão
:: Oração dos enfermos
:: Oração pelas famílias



Autor: Padre Flavio Sobreiro
Fonte: Canção Nova

Eu também posso ser indulgente?


Eu também posso ser indulgente? Sim! A indulgência salvou, salva e salvará multas almas. Algumas pessoas precisam da sua indulgência para se reerguerem na fé.




Santa Maria Goretti na agonia perdoa e deseja o paraíso ao seu assassino (imagem do filme)

Saiba mais sobre a história de santa Maria Goretti

“Agora, pelo contrário, é melhor que vos mostreis indulgentes com ele e o animeis, para que não venha a consumir-se de tristeza. Por isso eu vos exorto a dardes prova de fraterno amor para com ele.”

Alguém errou muito com a comunidade e com Paulo. O apóstolo no entanto, não se deixou atingir pela afronta e logo superou e perdoou o fato. Mas para os coríntios a coisa não foi assim tão simples. Muita gente ficou magoada e a própria comunidade deixou o ofensor de lado por causa disso, mas para alguns isso não bastava. Paulo no entanto alerta para que cessem de punir o irmão de comunidade e sejam indulgentes. É mais que perdão. Perdão é uma obrigação, não uma opção. Mas a indulgência reintegra o agressor na comunidade.

Se eu derrubo farinha de trigo no tapete causo uma sujeira (pecado), mas a minha esposa me perdoa a minha trapalhada e não fica mais chateado comigo (perdão), mas o tapete permanece sujo. Quando ela limpa o tapete deixando-o como se nada tivesse acontecido (indulgência), desaparecem as consequências da minha trapalhada. É como se nada tivesse acontecido. Apesar de sabermos que eu derrubei a farinha no tapete, se não lembrássemos o fato, ninguém saberia.

Assim, a mulher pode ser indulgente com o marido que a traiu e vice-versa. O amigo com o outro amigo, o pai com o filho, a mãe com a filha… perdoar já é bonito, ser indulgente é ainda mais. Todos nós podemos ser indulgentes.

Quando alcançamos uma indulgência plenária na igreja estamos nos tornando puros e santos como no dia do nosso batismo. Toda sujeira que fizemos fica limpa. A nossa roupa branca do batismo que sujamos com o pecado, agora está limpa pela indulgência de Deus.

Aquele irmão perdoado pela comunidade dos Coríntios certamente pode experimentar a graça de ser reintegrado à comunidade, graças a atitude indulgente se seus irmãos.

Saiba mais sobre as indulgências

Leia o trecho em II Cor 2, 5-11

Na Bíblia cnbb página 1419

Título: Perdão ao ofensor

Ordens

II Cor 2, 7-8

“Agora, pelo contrário, é melhor que vos mostreis indulgentes com ele e o animeis, para que não venha a consumir-se de tristeza. Por isso eu vos exorto a dardes prova de fraterno amor para com ele.”

Qual a mensagem de Deus para mim hoje?

Eu também posso ser indulgente. A indulgência reintegra na comunidade.

Como posso pôr isso em prática?

Exercitando dentro de casa, a começar da minha família.


Fonte: Diário Espiritual

11/03/2016

Com a tentação não entramos em diálogo!

Não entremos em diálogo com a tentação! 

Aprendi que todo o pecado vem precedido de uma tentação!
 
O que isso então significa de maneira concreta para nós?

Significa que todo pecado antes de ser concretizado tem um caminho a seguir dentro de nós, tem um percurso a ser feito em nosso interior! Posso dizer que quase todos os pecados, se não todos, tem um trajeto à ser percorrido antes de ser concretizado; e, passar de tentação à pecado!


Então já começamos com isso a entender  que existe uma clara distinção de  
PECADO e de TENTAÇÃO!
 
A tentação que não for concebida também não se torna pecado em nós! Ao contrário, ela pode até nos valer para aumentar os nossos méritos diante de Nosso Senhor e nos fortalecer para o combate….

Mas a tentação concebida é sinônimo de PECADO!
É aqui que quero lhe ajudar a entender o que acontece em nós em relação a este caminho que a tentação percorre!

Se acima eu afirmei que todo o pecado é precedido de uma tentação, nossos esforços precisam estar voltados para a observação de nós mesmos, dos nossos hábitos, conversas, amizades e até de lugares que nos incentivam a concretizar o pecado em nós!

 

Atenção à nós mesmos!


É preciso que fiquemos muito atentos com àquilo que precede o pecado em nós:
Por vezes, poderemos notar que quando iniciamos uma determinada conversa com um teor de malícia, logo logo isso fará com que um certo tipo de pecado nos atinja!

Pode ser também que você observe quando você encontra uma determinada pessoa, esta amizade acaba fazendo com que você caia em um determinado pecado; mesmo que esta pessoa seja boa e que vocês sejam amigos, mas sempre este encontro termina na concretização de um determinado pecado! E aqui nem digo de graves pecados, mas de pecados em geral.

Por vezes notaremos que mesmo que tenhamos boas intenções, se formos a determinados lugares e lá ficarmos por um tempo, logo nos veremos cair em algum pecado, se vermos certas pessoas e delongarmos as nossas conversas, logo seremos atingidos pelo pecado…..E assim eu poderia ficar expondo outras situações, que certamente você conseguiria notar que há uma tentação precedendo o pecado em nós!

Quantos jovens tem me escrito com problemas em sua sexualidade porque estão viciados em pornografia! Mas eles entendem, ou ao menos estão aprendendo, que este pecado da pornografia não aparece e os atinge de maneira direta de primeira mão. Primeiro eles sentem algum tipo de desejo, por exemplo, o desejo de acessar a internet. 

Mas logo percebem que em seu interior  já existe uma inclinação para acessar um site pornográfico, e ao invés deles no mesmo instante se determinarem a nem mesmo ligar o computador, eles cometem um dos MAIORES ERROS; eles começam a dialogar com a tentação! Começam a negociar com ela, começam a pesar os pós e os contras de naquele momento ligar o computador…
 
Chegam até a arrumarem desculpas muito significativas e até nobres para ligar o computador; mas bem lá no fundo existe uma tentação que esta percorrendo um caminho para levá –los ao pecado!

E ai esta pessoa acaba ligando o computador, acessa no inicio sites até cristãos, com bons conteúdos; acessa os seus e-mails, e vai ali navegando, tentando provar a si mesmo que ele tinha razão em ligar o computador, e quer ainda se auto-convencer que sabia que não cairia no pecado da pornografia!
 
Mas de repente lhe surge um pensamento de cunho sexual, e ele até reluta num primeiro momento contra este pensamento, e continua com o computador ligado….Acontece que mais pensamentos começam a vir e surgir, e ele pensa consigo: “só vou acessar tal página rapidinho para ver isso…” E o mesmo começa a acessando uma página que “não é tão pornográfica assim” mas é cheia de sensualidade…

 

Vontade enfraquecida!


O que acontece é que, sua mente vai cada vez mais perdendo força do que é realmente o correto, para aquilo que é o momentaneamente bom…vai perdendo força, perdendo força…E como agora o computador já esta ligado e ele esta há um CLICK do que realmente vai lhe encher de prazer, ele acessa uma página pornográfica…

Depois de acessar esta página, acessa outra, e mais outra, e agora envolvido com a pornografia chega a ficar por horas nestes tipos de conteúdos…
O que era no inicio uma tentação, se tornou agora um pecado com tudo o que será suas consequencias daí para frente. Uns caem na masturbação, outros no adultério, outros na prostituição e assim por diante….

:: Oração de Libertação do Vício da Pornografia
:: Deus, a Oração e o Tempo
:: Libertação: Precisamos nos confessar! Uma revisão de vida!


Mas na verdade onde tudo começou?

Começou naquele “pequeno desejo” de acessar a internet, mas logo quando surgiu este desejo, este jovem também detectou que era uma possível tentação. Mas o que ele não notou foi que, quando a tentação foi descoberta, ela, a tentação, tomou um outro caminho dentro deste jovem, fez um outro trajeto, mudou os planos….Colocou desejos nobres no seu coração para ele continuar e ligar o computador! E foi ai que este jovem comentou outro grande erro:
 
Dialogou com a tentação, negociou com ela, pesou pós e contras, e foi assim enfraquecendo o seu discernimento, e a tentação ganhando terreno e cumprindo o seu trajeto, até que ele cometeu o pecado em si!
Você consegue perceber o caminho que a tentação fez com este jovem até o pecado ser concebido?

E assim acontece com todos os pecados! Uns são percebidos mais rapidamente, outros são mais difíceis de serem notados. Por isso que é muito importante que nos observemos, fiquemos atentos com aquilo que são as nossas motivações para fazer qualquer coisa, porque por detrás delas infelizmente pode estar uma tentação camuflada!

E há um outro erro que não podemos cometer jamais: Não dialogarmos com a tentação! Não disputarmos uma queda de braço com a mesma, não pesarmos o que será bom ou mal naquele determinada situação! Ao perceber a tentação a repelimos diante de nós, a expulsamos de nosso interior, e não dialogamos com ela; pois uma vez iniciado este diálogo iremos precisar de uma força redobrada para vence-lá!

Assim eu poderia falar do pecado relacionado ao álcool, as drogas, as fofocas, ao ódio,a murmuração e etc…

Por isso nesse caminho de discernimento é importante que tenhamos esta clara necessidade de nos observar, de perceber o que nos impulsiona, o que nos move….Assim também poderemos aprender que caminho e que estratégia a tentação se utiliza para nos amarrar e nos prender!

Espero que tenha ficado claro esta questão de que todo pecado é precedido de uma tentação! E que a tentação tem os seus meios de traçar rotas, mudar trajetos, refazer os seus planos para nos fazer cair no pecado e nos afastar de Deus!

 
Conte me como foi sua experiência diante deste texto!
Deus abençoe você!
 


Autor: Danilo Gesualdo

O pecado da soberba e a virtude da humildade

Saiba como vencer a soberba, um pecado que se opõe à virtude da humildade, e é o maior mal do nosso tempo.

São Tomás de Aquino nos ensina que o pecado da soberba é o amor desordenado da nossa própria excelência e que este se opõe diretamente à virtude da humildade1. A soberba foi o primeiro pecado, que aconteceu antes mesmo do pecado original e foi decisivo para que este acontecesse. Dessa forma, compreendemos a gravidade deste pecado para toda a humanidade, em todos os tempos, e consequentemente também para cada um de nós em particular.


A soberba é um pecado que se opõe à virtude da humildade e é o maior mal do nosso tempo.














A Virgem Maria e o Menino Jesus

Para reconhecer a presença da soberba em nossas vidas, precisamos perceber como ela se manifesta e quais são aquelas ocasiões mais propícias para este pecado. A partir deste conhecimento, podemos combater a soberba com a virtude da humildade. Porém, este combate não é tão simples assim. Pois, a soberba tem a seu favor aqueles três inimigos da nossa alma: a carne, o mundo e o demônio

Então, não há outra alternativa senão buscar o auxílio da Virgem Maria, aquela que foi escolhida por causa de sua humildade (cf. Lc 1, 48) e de Jesus Cristo, aquele que é “manso e humilde de coração” (Mt 11, 29).

A soberba: o primeiro mal e o pior de nosso tempo

A soberba foi o pecado de Lúcifer, que se revoltou contra Deus (Ez 28, 11-19), e também o primeiro pecado de Adão e Eva (cf. Gn 3, 1-15). Dessa forma, vemos que o pecado da soberba está na raiz de todo o mal que está presente no mundo. O pecado e a morte entraram no mundo e no coração de todos os homens por causa de soberba de nossos primeiros pais no Paraíso. A soberba é também considerada a raiz de todos os pecados capitais2, que são assim chamados porque dão origem a muitos outros pecados. Além disso, este pecado, que por si só já é um grande mal, em nosso tempo este assume proporções alarmantes. Pois, a humanidade tem assumido a soberba como se fosse virtude e como projeto de vida. Por todos estes motivos, é muito necessário e conveniente que combatamos este grande mal que é a soberba. Além disso, este pecado, que por si só já é um grande mal, em nosso tempo este assume proporções alarmantes. 

Pois, a humanidade tem assumido a soberba como se fosse virtude e como projeto de vida.

Hoje em dia, há uma competição desenfreada pela excelência, para ser o melhor do que os outros, para ser mais famoso, mais rico, mais poderoso, mais bonito, mais elegante, que os outros. Não precisamos nem mesmo sair de casa para ver que a ostentação do dinheiro, das riquezas, do poder estão na moda. Vemos isto não somente nas ruas, mas também e principalmente através das mais diversas mídias: televisão, internet, revistas. 

Vemos a ostentação na vida dos cantores e cantoras famosos, que mostram suas mansões, seus apartamentos de luxo, seus carros importados. Os mesmo acontece com atores e atrizes talentosos, com esportistas bem sucedidos, como grandes milionários no mundo inteiro. Os atores globais estão tornando-se ídolos para a grande massa, fazendo da soberba uma “virtude” onipresente.

Esta busca pela excelência manifesta-se também na vaidade, no culto da própria imagem, no culto ao corpo. Muitas pessoas vivem uma vida quase “ascética” para manter a beleza, a saúde, o corpo sarado e bem definido. Acordam de madrugada, fazem seus lanches bem regrados e vão para as academias antes das atividades do dia, para não perder a forma, numa verdadeira idolatria do corpo. Também não são raras as pessoas que gastam horas e vultuosas quantias de dinheiro em salões de beleza, cabeleireiros, clínicas de estética e de cirurgia plástica, na tentativa de alcançar aquela “perfeição divina” que jamais alcançarão neste mundo.

Como em outros tempos, até mesmo no meio religioso há também o grande risco de querermos ser melhores do que os outros, de ser o melhor pregador, o melhor escritor, o melhor cantor, o melhor servo, tudo isso muitas vezes disfarçado por uma falsa humildade. Em nossos dias, como no mundo secular, há igualmente um agravante que não havia anteriormente: os meios de comunicação de massa. Estes são particularmente perigosos para aquelas pessoas que estão expostas ao “holofotes” especialmente da mídia secular. 

Corremos o risco, mais do que em outros tempos, de querer ser o mais conhecido, o mais aplaudido, o mais admirado, o mais querido.


A virtude da humildade e a luta contra o pecado da soberba

 Para superar este grande mau que é a soberba, em nossos tempos ainda mais perigoso, precisamos recorrer à virtude que lhe é oposta: a humildade. Esta nos foi dada justamente para que vençamos as tentações da soberba. No entanto, para que isto aconteça, é necessário que esta virtude seja verdadeira. Pois, do contrário, a humildade será facilmente destruída pela soberba.

A virtude da humildade pode ser atacada diretamente pela soberba, mas deixando intactas as outras virtudes. Dessa forma, ainda que façamos atos bons em si mesmos, estes perdem todo o seu valor porque são manchados pela soberba. Isto aconteceu com o fariseu, que era um homem virtuoso, pois jejuava duas vezes por semana e pagava o dízimo de tudo quem possuía (cf. Mt 18, 12). 

Nisto, vemos que até mesmo as pessoas mais adiantadas espiritualmente correm o risco de cair no pecado da soberba. Estas pessoas talvez sejam até mais tentadas do que as iniciantes. Diante de Deus, faltou a humildade ao fariseu e este pôs-se a vangloriar-se (cf. Mt 18, 11) e, por isso, não foi justificado. O publicano, por sua vez, apesar de faltar-lhe as outras virtudes, batia no peito pedindo perdão e foi justificado por causa da sua humildade (cf. Mt 18, 14).

A soberba também pode agir indiretamente, atacando as outras virtudes da nossa alma, sob a forma de uma falsa humildade, impedindo que façamos as boas obras. Santa Teresa d’Ávila viveu essa experiência no início de sua caminhada e, em consequência, chegou a abandonar a vida de oração:
Que humildade tão soberba o demônio inventava em mim […]! Faço agora o sinal-da-cruz, e creio que não passei por perigo maior do que essa invenção que o demônio me ensinava como se fosse humildade. Ele me sugeria que, sendo eu uma coisa tão ruim e tendo recebido tantas graças, não podia dedicar-me à oração; bastava-me fazer as orações obrigatórias, como todas, e, como nem isso eu fazia bem, não podia querer fazer mais, pois, assim agindo, desrespeitava e desprezava os favores de Deus3.

O auxílio da humilde Virgem Maria para vencer a soberba

Para vencer o pecado da soberba nestes tempos difíceis que vivemos, Deus nos concedeu um auxílio providencial, que é a humilíssima Virgem Maria. Em um êxtase, foi dado a conhecer à Venerável Paula de Foligno a grandiosa humildade de Maria Santíssima:
Relatando essa graça a seu confessor, dizia-lhe atônita: A humildade de Nossa Senhora! Ó meu pai, a humildade de Nossa Senhora! Não existe no mundo, nem ainda no menor grau, humildade que se compare à de Maria. – O Senhor também mostrou um dia a S. Brigida duas mulheres: uma toda luxo e vaidade. Esta – disse ele – é a Soberba. Sobre a outra, disse: Contempla essa que tem a cabeça baixa, que é serviçal para com todos, pensando em Deus unicamente e convencida de seu nada: é a Humildade e chama-se Maria. Deus assim mostrava que sua bem-aventurada Mãe era tão humilde, como se fora a própria humildade4.
Para nossa natureza corrompida pelo pecado, ensinava São Gregório de Nissa, provavelmente não há virtude mais difícil de praticar do que a humildade. Entretanto, nunca poderemos ser verdadeiros filhos de Maria, se não formos humildes. 

Por isso, dizia São Bernardo: “Se não podes imitar a humilde Virgem em pureza, imita ao menos a pura Virgem em sua humildade”5. Pois, ela resiste aos soberbos e só chama a si os humildes. Sabendo disso, Ricardo de São Lourenço clamava: Maria protege-nos sob o manto da humildade. Nossa Senhora pediu esta atitude de refugiar-nos sob o seu manto a Santa Brígida: 

“Vem também tu, minha filha, e esconde-te debaixo do meu manto, que é a humildade”6. Pois, a meditação de sua humildade é um manto bom, que aquece. A este respeito, a Virgem Maria explica: “Um manto aquece só quem o traz, não em pensamento, mas em realidade. Assim também minha humildade aproveita só àqueles que se esforçam por imitá-la. Oh! como são queridas de Maria as almas humildes!”7

A Virgem Santíssima conhece e ama todos os que a amam e está ao nosso lado quando a invocamos, principalmente quando nos assemelhamos a ela pela pureza e humildade. Esta presença amorosa de Maria é real, como vemos neste testemunho: 

“Martinho d’Alberto, jesuíta, costumava varrer a casa e ajuntar o lixo por amor da Virgem. Apareceu-lhe um dia a Mãe de Deus […] agradecendo-lhe esse obséquio, dizendo: Como me é agradável a humilde ação que praticas por amor de mim!”8

O tempo das humilhações como oportunidade de crescimento espiritual

Maria Santíssima foi a primeira e mais perfeita discípula de Jesus Cristo em todas as virtudes, especialmente na virtude da humildade. Aprendamos com a Santíssima Virgem, que “tinha sempre o conceito mais baixo de si mesma, ocultava os seus dons celestes e suportava com resignação todas as humilhações e desprezos”9

Que motivo de vergonha para nós, se nos gloriamos de ser filhos de Maria e somos tão orgulhosos! Pensemos bem, pois se “continuarmos assim, ficaremos sempre igualmente pobres de bens espirituais; porque a divina Mãe, imitando Jesus Cristo, resiste aos soberbos e comunica suas graças aos humildes”10.
Como fruto desta meditação, passemos a imitar a Santíssima Virgem no exercício da humildade, que consiste em nos reconhecer tão miseráveis como somos, incapazes de fazer coisa alguma, a não ser o pecado; e em nos satisfazer com o desprezo da parte dos outros. 

Lembremo-nos que “’o tempo das humilhações é o tempo de adquirirmos tesouros de merecimentos.’ Ganharemos talvez mais aceitando em paz um desprezo, do que jejuando dez dias a pão e água”11.
Por fim, recorramos com Santo Afonso Maria de Ligório a Virgem Maria e a seu Filho Jesus Cristo, para que com seus auxílios possamos vencer o pecado da soberba e crescer na virtude da humildade:
Ó minha Rainha, não poderei jamais ser vosso verdadeiro filho se não for humilde. Mas não vedes que os meus pecados, depois de me terem feito ingrato a meu Senhor, me têm tornado ainda soberbo? Ó minha Mãe, remediai isto; pelos merecimentos da vossa humildade, impetrai-me a graça de ser humilde e deste modo fazer-me vosso filho. – E Vós, ó meu Jesus humildíssimo, que, para me ensinar a suportar os desprezos e para mos tornar suaves e amáveis, quisestes ser o mais desprezado e humilhado até ser saturado de opróbrios e de Vos fazer o refúgio dos homens; remediai com a plenitude de vossas misericórdias as desordens de meu orgulho e fazei-me semelhante a Vós. † Ó Jesus, manso e humilde de coração, fazei meu coração semelhante ao vosso12.

Links relacionados:


PADRE PAULO RICARDO. A soberba.
PADRE PAULO RICARDO. Terapia da soberba.
Referências:
2 Cf. PAPA JOÃO PAULO II. Catecismo da Igreja Católica, 1866. Os pecados capitais segundo São João Cassiano e São Gregório Magno, são: a soberba, a avareza, a inveja, a ira, a luxúria, a gula e a preguiça ou negligência (acídia).
3 SANTA TERESA DE JESUS. Livro da Vida, XIX, 10. In PADRE PAULO RICARDO. Terapia da soberba.
4 SANTO AFONSO MARIA DE LIFÓRIO. Glórias de Maria, p. 414.
5 Idem, p. 415.
6 Idem, ibidem.
7 Idem, ibidem.
8 Idem, ibidem.
10 Idem, ibidem.
11 Idem, ibidem.
12 Idem, ibidem.






Autor: Natalino Ueda
Fonte: Canção Nova