27/12/2012

Natal e Ano Novo!!!



Natal: Deus se faz humano ...

Natal é Deus que se faz humano e nos chama a sermos mais humanos, e por isto mais divinos e eternos.Para que isso se concretize é preciso que nos convertamos sempre mais a comunidade.
É preciso viver como irmãos e irmãs na comunidade de fé, sendo igreja, ajudando-nos uns aos outros e crescendo juntos no amor, na fé e na esperança. Desta forma viveremos um continuo natal, faremos de cada comunidade e do Brasil, uma “Belém”, ou seja “casa do Pão” para todos.

Lembro-me, também, de que mais um ano termina e outro se aproxima. Este é um momento propício para restaurar nossas forças. Este é o momento de dizermos uns aos outros, que não podemos desanimar, e nem desistirmos da nossa missão de fazer desse mundo um lugar melhor.

Quando nos vem pensamentos de desânimo, de tristeza e de desilusão, recordemo-nos: os pássaros não se cansam de cantar, mesmo que ninguém os escute. O rio não se cansa de correr, mesmo que ninguém o contemple. O sol não se cansa de iluminar, mesmo se ninguém o elogia. Deus não deixa de nos amar, mesmo se as vezes não correspondemos ao seu amor.

E nós que lutamos pela verdade, justiça, pela vida com dignidade para todos, pelo progresso, pela fraternidade e pela paz mundial, podemos nos cansar e abandonar o caminho pelo fato de encontrar ouvidos fechados, mãos que não se abrem e corações endurecidos? Jamais irmãos e irmãs, não podemos renunciar a nossa missão.

Recordemos do Papa João Paulo II quando lhe perguntaram se renunciaria ao ministério de Papa, ele respondeu: “Também Jesus não desceu da Cruz”.

Sim, recordemos sempre de Jesus que disse: “Eu venci o mundo, e na casa de meu Pai vos preparo um lugar”.

Feliz e Santo Natal e um abençoado Ano Novo a todos (as).

Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo!

OBS: O Blogueiro vai tirar férias, então voltarei com as postagens na 2ª semana de Janeiro.

25/12/2012

Natal: semear o Amor e colher a paz!

Gestos concretos de amor e amizade neste Natal são segredos para a paz




“Glória a Deus os anjos cantam,

Sobre a gruta de Belém.

Paz na terra, hoje repetem,

Sobre o nosso lar também.

Paz na terra aos homens de bem.

Ao rico, ao pobre, ao doente, ao são.

Paz, presente menino Deus,

Na noite de Natal...”

Conta-nos Pe. Jonas que, quando seminarista, no dia de seu aniversário, 21 de dezembro, de manhãzinha, ainda no dormitório, seus colegas o surpreenderam com pétalas de flores e música de parabéns. Este gesto tão fraterno de seus irmãos seminaristas tocou-o de tal maneira que brotou, espontaneamente, a letra e a música desta canção, com a qual, agora, depois de tantos anos, ele está inaugurando o nosso estúdio de gravação e presenteia-nos com ela neste Natal, quando lançamos o nosso lema para 2002: Canção Nova, Semeando a Paz!

O bem semeado gera frutos de alegria e paz. A manifestação espontânea de amizade dos rapazes desencadeou nele sentimentos de gratidão, ao ponto de imediatamente brotar do seu coração a inspiração de compor esta música. Da mesma forma, acontece conosco nesta via de mão dupla: semear o amor para colher a paz.

No tempo em que estamos, tudo nos leva à solidariedade; gestos concretos de amor e amizade. O Emanuel, “o Deus conosco”, não é apenas presente no meio de nós, mas nos foi dado de “presente”, para estar conosco, fazendo parte da nossa vida, do nosso cotidiano, nas nossas alegrias e tristezas, nos nossos trabalhos e descansos, em nossa vida inteira; pois: “O Poder de governar está nos seus ombros. Seu nome será maravilhoso Conselheiro, Deus forte, Pai para sempre, Príncipe da Paz!” (Is 9,5)

É Ele, Jesus, que nos ama, nos salva, nos converte o coração, nos dá vida nova. É Ele que nos conduz, nos governa, nos aconselha, nos dá a Sua paz. É Ele que se encontra em cada pessoa que acolhemos, amamos e servimos. É o Emanuel, o Deus conosco, que nos ensina a semearmos a paz desde já.

Jesus nos inspira a realizar gestos concretos de esperança e caridade, como por exemplo: enviar mensagens de Natal às pessoas que, de alguma forma, nos prestam serviço; fazer visitas às pessoas solitárias ou doentes. Uma boa sugestão que eu aprendi é ter em mãos balas, doces, frutas com um cartãozinho de Feliz Natal. Este poderá ser o único que estas pessoas receberão.

O Senhor nos dá criatividade. Prepare alguma coisa para você ter em mãos na hora que se deparar com uma criança carente, que não tenha a alegria de um gesto gratuito como o seu. O fato que ouvi, contado pelo Pe. Jonas, nos mostrou que a sua alegria partiu de iniciativas simples, mas generosas. Há tanta coisa a fazer neste mundo tão necessitado da manifestação do amor dos filhos de Deus, que somos nós! Há tantas formas de semear a paz e a alegria nos corações cansados da dureza desta vida! Como “Deus ama quem dá com alegria”, e como o amor de Deus foi derramado em nossos corações pelo Espírito Santo, deixemo-nos usar por Ele neste tempo de Natal, semeando a Paz!

Agradeço-lhe profundamente por tudo que fez pela Canção Nova neste ano! Deus lhe pague. Um Feliz e Santo Natal!

Luzia Santiago - Com. Canção Nova

24/12/2012

Feliz Natal!!!





O Natal é a festa do Amor

O Natal é a festa do Amor, é Deus que se faz homem, nasce num estábulo de animais... Pequenino e pobre. E só quem conhece esta realidade é capaz de penetrar verdadeiramente no mistério natalino: Deus se fez pequeno com os pequeninos!
Com esta visão, não corremos o risco de passar o Natal na superficialidade... Natal não é só presentes.
Não chegar ao cúmulo de, ao apagar das luzes e ao cessarem os últimos ecos dos cânticos jubilosos, se esquecer de tudo e voltar à vida de todos os dias, como se nada tivesse acontecido.
O Menino de Belém tem de ser visto, não num cenário iluminado por lâmpadas imitando estrelas e decorado por fios reluzentes a lembrar a prata e o ouro, mas numa composição em que o primeiro plano é, por certo, uma pobre manjedoura com um menino, mas em que o segundo é o mundo dos homens que desejam viver no amor e na paz, tantas vezes tão longe, que Jesus quis que existisse na Terra.
Quem dera que o nosso Natal deste ano fosse mais cristão, mais comprometido com a mensagem de Jesus, tendo em conta os pobres, as crianças desamparadas, os velhinhos. Assim seria a Celebração do Amor, da Paz e da Alegria, não só de alguns mas para todos.
Tenha um Feliz Natal com Jesus e toda Sagrada Família!!!


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A consagração total a Virgem Maria é uma via segura






No quinto capítulo do “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, São Luís Maria Grignion de Montfort nos apresenta motivos para nos consagrar inteiramente a Jesus Cristo pelas mãos da Virgem Maria. O quinto motivo, apresentado pelo Santo é que a verdadeira devoção a Nossa Senhora é um “caminho fácil, curto, perfeito e seguro para chegar à união com Deus, na qual consiste a perfeição cristã” (TVD 152). Neste artigo, trataremos da consagração a Maria como caminho para chegar a Cristo.

São Luís Maria afirma que a consagração é um “caminho fácil que Jesus Cristo abriu ao vir até nós, e no qual não se encontra obstáculo algum para chegar até Ele” (TVD 152). Pode-se chegar à união com Deus por outros caminhos, porém, este serão muito mais difíceis e perigosos, enquanto pelo caminho de Maria passamos mais suave e tranquilamente.

Certamente, neste caminho haverá grandes combates e dificuldades a vencer, mas, nele, Nossa Senhora torna-se presente, próxima de nós, seus servos, para iluminar nossas trevas, esclarecer as nossas dúvidas, confirmar-nos no meio dos nossos temores, sustentar nas lutas e dificuldades. Por isso, esse caminho para encontrar Jesus Cristo é um cheio de rosas e mel em comparação com os outros (cf. TVD 152).

Assista também: "Tratado a Verdadeira Devoção à Virgem Maria", com padre Paulo Ricardo

Os que são consagrados a Maria podem perguntar: "Por que os servos fiéis da Virgem passam por tantos sofrimentos, mais até do que outros que não são tão devotos? São Luís responde a essa questão dizendo que “é bem verdade que os mais fiéis servos da Santíssima Virgem são os seus maiores favoritos. Por isso são eles que recebem dela as maiores graças e favores do céu, a saber, as cruzes” (TVD 154). Porém, ele diz também que “são os servos de Maria que levam essas cruzes com mais facilidade, com maior mérito e glória. Aquilo que deteria mil vezes outras almas ou as faria cair, não os detém nem uma só vez e os faz avançar” (TVD 154).

Portanto, todo aquele que quiser avançar no caminho da perfeição e encontrar, com segurança e perfeitamente, Jesus Cristo deve consagrar-se à Santíssima Virgem, pois este é o caminho aberto pelo próprio Cristo, a Sabedoria de Deus Encarnada. Este é um caminho fácil por causa da “plenitude de graça e de unção do Espírito Santo que o enche. Quem por ele caminha não se cansa nem recua” (TVD 168). Por isso, não tenhamos medo de nos consagrar inteiramente a Maria, pois ela nos leva a Jesus, nos ensina a nos configurar a Ele, que é a finalidade da vida cristã.

Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/tododemaria

21/12/2012

Precisamos ser violentos?


Naquele tempo, disse Jesus à multidão: "Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam. Com efeito, todos os Profetas e a Lei profetizaram até João. E se quereis aceitar, ele é o Elias que há de vir. Quem tem ouvidos, ouça" (Mt 11,11-15).

Este trecho do Evangelho segundo Mateus é muito incisivo. Por um lado, Jesus diz que de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. Ele foi escolhido por Deus, ungido já no seio de sua mãe, porque, ali, junto dela, estava a Virgem Maria, a Arca da Aliança. Por isso, Isabel proclamava: "Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre" (Lc 1,42).

"A violência que o Senhor quer de cada um de nós é a oração, o zelo pela salvação dos nossos", esclarece monsenhor Jonas


Já pelo batismo nos tornamos verdadeiros filhos de Deus. Veja a graça e a maravilha de sermos filhos d'Ele! Hoje, estamos mais perto do que ontem da segunda vinda de Jesus e da instalação do Reino d’Ele, que será para sempre.

Agraciados são aqueles que vão viver nesse Reino para sempre com Jesus, pois este não terá fim. Porém, para que isso aconteça, é preciso que vivamos por esse Reino, esforcemo-nos por ele.

"Em verdade eu vos digo, de todos os homens que já nasceram, nenhum é maior do que João Batista. No entanto, o menor no Reino dos Céus é maior do que ele. Desde os dias de João Batista até agora, o Reino dos Céus sofre violência, e são os violentos que o conquistam" (Mt 11,11-12).

Jesus não está falando de guerra, mas você sabe o esforço que temos de fazer para continuarmos sendo filhos d'Ele. Infelizmente, o mundo foi transformado para pior e uma "água lodosa" está carregando tudo e todos para as trevas. Porém, nós, que queremos viver a glória de Deus, temos de lutar continuamente contra o pecado, contra satanás e este mundo que está nos arrastando para as trevas.Precisamos ser violentos, e a violência que o Senhor quer de cada um de nós é a oração, o zelo pela salvação dos nossos.

Essa violência não significa que devamos ficar "falando na cabeça" dos outros, mas vivendo como filhos de Deus, de acordo com as leis e os mandamentos d'Ele, levando uma vida verdadeiramente evangélica. Podem achar e dizer que você é beato, mas eles estão vendo sua vida, a sua luta de ser cristão, de gastar o seu tempo com a Igreja, de ser líder no grupo de oração.

O salmista proclama no Salmo 144: "Misericórdia e piedade é o Senhor". Este Salmo não nos diz que Deus "tem" misericórdia e piedade, mas sim, que Ele "é" misericórdia e piedade para conosco. Ele é infinita paciência e compaixão para cada um de nós.

Seja misericordioso – você também – com os seus, com a sua família, com as pessoas que trabalham com você, porque assim é o nosso Deus.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

20/12/2012

A fé: uma alegria renovada



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Beleza tão antiga e tão nova

Uma das páginas mais comoventes do livro das Confissões de Santo Agostinho é a oração que dirige a Deus, com um misto de alegria e de dor, ao lembrar-se das hesitações e as demoras que atrasaram a sua conversão:

«Tarde te amei, ó beleza tão antiga e tão nova, tarde te amei! Tu estavas dentro de mim e eu te procurava fora: lançava-me transtornado sobre as belezas que tu criaste.  Tu estavas comigo, e eu não estava contigo. Seguravam-me longe de ti as coisas criadas que, se não fossem sustentadas por ti, nem mesmo existiriam. Chamaste, clamaste e rompeste a minha surdez; brilhaste, resplandeceste, e a tua luz afugentou a minha cegueira; exalaste o teu perfume e respirei, suspirei por ti; saboreei-te, e agora tenho fome e sede de ti; Tu me tocaste, e agora estou ardendo no desejo da tua paz» (liv. 10, 27).

Santo Agostinho sentiu, desde muito jovem, uma sede ardente de felicidade, de amor, de verdade. Percorreu aos trambolhões um longo caminho de procura. Foi sincero. Por isso Deus ouviu as suas súplicas e lhe deu a resposta, acendendo-lhe na alma a luz da fé em Cristo. A partir desse instante, foi invadido por uma alegria que nunca mais iria abandoná-lo.

«Senhor…, fizeste-nos para ti e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti», escrevia no começo das suas Confissões. Descansou na fé e no amor. Essa foi a sua experiência.

Alegria! Paz! Todos nós as desejamos… e como nos custa encontrá-las. Continuam a ser para nós um tesouro escondido (cf. Mt 13, 44). E, no entanto, poderíamos achá-las se nos puséssemos em condições de alcançar a graça da fé. Não o incentiva pensar que a Bíblia, o Novo Testamento, nos mostra que a alegria autêntica é inseparável da fé?

Lembre. Jesus acabava de nascer e já houve uns homens, os Magos, que, acolhendo com fé o sinal profético de uma estrela, empreenderam um  duro caminho. São Mateus conta assim o final dessa aventura: E eis que a estrela, que tinham visto no oriente, os foi precedendo até chegar sobre o lugar onde estava o menino e ali parou. Ao verem a estrela – ao acharem Jesus –, sentiram uma imensa alegria (Mt 2,9-10). O tamanho dessa alegria deduz-se do texto original do Evangelho, que é difícil reproduzir com exatidão: Alegraram-se com uma alegria muito grande, e muito! Uma explosão de alegria no coração. 

Assista também: "A fé da Igreja: Jesus Cristo vive!", com padre Paulo Ricardo 

Lembremos também outro relato do Novo Testamento. A comunidade cristã acabava de nascer e já sofria perseguição. Como é que viviam a fé?São Pedro o conta: Este Jesus vós o amais sem o terdes visto; credes nele sem o verdes ainda, e isto é para vós a fonte de uma alegria inefável e gloriosa, porque estais certos de obter, como preço da vossa fé, a salvação de vossas almas  (1 Ped 1,8-9).

Os testemunhos sobre a alegria da fé são inúmeros
. Quero trazer agora apenas um de tempo relativamente recente, o do jornalista André Frossard. Era filho do primeiro Secretário geral do Partido Comunista francês, e foi criado totalmente à margem da religião. Entrou um dia por acaso numa igreja, ponto de espera marcado por um amigo. De repente, instantaneamente, Deus o atingiu com a sua graça, e passou a crer sem nenhuma dúvida, a crer em “todas” as verdades da fé católica. Foi um milagre do amor de Deus, que jamais esqueceria. Assim o comentava posteriormente:
«Como esquecer o dia em que, numa capela subitamente rasgada de luz, se descobre o amor ignorado pelo qual se ama e  se respira, em que se aprende que o homem não está só, que uma presença invisível o penetra, o rodeia e o espera, que para lá dos sentidos e da imaginação existe um outro mundo, em comparação com o qual este universo material, por mais belo que seja e por mais atrativo que se apresente, não passa de vaga neblina e reflexo distante da beleza que o criou» (Há um outro mundo, Quadrante 2003).

Como já sabe, estamos no Ano da Fé, proclamado pelo Papa Bento XVI em 11 de outubro de 2011, com a Carta Apostólica Porta fidei (“A porta da pé”), comemorando os 50 anos do início do Concílio Vaticano II e 20 anos da publicação do Catecismo da Igreja Católica. Vai terminar na Solenidade de Cristo Rei, 24 de novembro de 2013. A carta Porta fidei incentiva-nos a desejar ter ou aumentar a nossa fé. Fala da «necessidade de redescobrir o caminho da fé, para fazer brilhar, com evidência sempre maior, a alegria e o renovado entusiasmo do encontro com Cristo» (n. 2).

Na audiência da quarta-feira 10 de outubro de 2012
, véspera do início deste Ano da Fé, o Papa voltou a exortar-nos a «redescobrir cada dia a beleza da nossa fé». No dia seguinte, inaugurando o Ano da Fé, voltava a referir-se em uma homilia à «alegria de crer e à sua importância vital para nós, homens e mulheres». E, poucos dias depois, na audiência da quarta-feira 17 de outubro, anunciou o seu propósito de dedicar, neste Ano da Fé, as alocuções das quartas-feiras à catequese sobre o tema da fé: «Quereria – dizia –que fizéssemos um caminho para reforçar ou reencontrar a alegria da fé, compreendendo que a fé não é algo alheio, separado da vida concreta, mas é a sua alma». Não deixe de ler, se puder, essas catequeses de Bento XVI, que pode encontrar no site www.vatican.va [em “Ano da fé” ou “Audiências”], e no sitenoticias.cancaonova.com, entre outros.

Na Carta Porta fidei o Papa faz um resumo sintético das finalidades dste ano: «Descobrir novamente os conteúdos da fé professada (as verdades da fé), da fé celebrada (nos Sacramentos), da fé vivida (na conduta, na vida real, na vida moral), e da fé rezada (da oração e da vida de oração)» (Porta fidei, n. 9).

Se você conhece o Catecismo da Igreja Católica, deve ter observado que, em poucas palavras, o Papa menciona as quatro partes em que o Catecismo se divide: I. A profissão da fé; II. A celebração do mistério cristão; III. A vida em Cristo; IV. A oração cristã.

É natural, pois, que a Carta Porta fidei insista em que «o Ano da Fé deverá exprimir um esforço generalizado em prol da redescoberta e do estudo dos conteúdos fundamentais da fé, que têm no Catecismo da Igreja Católica a sua síntese sistemática e orgânica [...]. Na sua própria estrutura, o Catecismo da Igreja Católica apresenta o desenvolvimento da fé até chegar aos grandes temas da vida diária» (n. 11).

Todos somos conclamados, portanto, a estudar e a difundir o conteúdo – assimilado, esmiuçado, traduzido em linguagem acessível – do Catecismo da Igreja e do seu Compêndio, bem como a redescobrir os documentos do Concílio Vaticano II. 
Deixe-me acabar esse trecho com uma pergunta: Você vai fazer alguma coisa? O que poderia fazer para aprofundar e dar a conhecer a “doutrina” católica, os “conteúdos” da fé?

Padre Francisco Faus
http://www.padrefaus.org/

19/12/2012


Queremos que todos deixem o pecado. Queremos que todos os que participam da nossa comunidade, do grupo de oração, das pastorais sejam santos. Não aceitamos que ninguém dê contratestemunho. Mas, sem misericórdia nada vamos conseguir de positivo. Precisamos ser cheios de misericórdia, pois cada um de nós se encontra em processo de conversão.
 

É preciso confiar em Deus e acreditar no outro. Como sempre digo: Não podemos excluir nem perder ninguém! O próprio Deus respeita e acompanha o processo duro e demorado da conversão de cada um de nós.

Para conseguirmos vencer os preconceitos e as barreiras que temos em relação aos outros, para termos um coração acolhedor e humilde e para sermos como nossa mãe, a Igreja, necessitamos da Eucaristia. Ela foi instituída para nos unir, por isso, nela precisamos celebrar nossa união. Por essa razão, não podemos celebrar a Eucaristia e alimentar mágoa no coração, porque a Ceia do Senhor é a Ceia do amor e da unidade. Como o próprio Jesus disse – é preciso que deixemos nossa oferta no altar e voltemos para nos reconciliar como nosso irmão.

Estaríamos nos deformando e dividindo a Igreja de Deus se celebrássemos a Ceia do Senhor, desunidos. Nossos corações precisam estar purificados de toda mágoa, ressentimento e rancor, para que então a Ceia do Senhor seja realmente proveitosa para nossa vida presente e para a eternidade.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova


Fonte: Canção Nova

18/12/2012

É preciso aprofundar-se nas riquezas de Deus!



Padre Moisés - Comunidade Obra de Maria
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com
É uma alegria para mim estar aqui na Canção Nova para este evento. È um dom especial ser comunidade. Uma grande introdução na primeira leitura, louvor e agradecimento. A preocupação de São Paulo aqui é a subsistência daquelas comunidades..

No entanto, fizestes bem em compartilhar as minhas dificuldades. Fl 4,14

“Em nossas comunidades vamos vivendo tudo em comum. Eu vi alegria em todos os membros da Canção Nova, quando fecharam os 100% da campanha. Eu via todos os membros da Canção Nova felizes vibrando, com mais aquela vitória de Deus. Isso é comunidade. Colocar tudo em comum.

No evangelho aprendemos o sentido da nossa vida que é Deus e não o dinheiro. È o coração do homem que cheio de vaidades, orgulho vai sendo mudado pela força e o poder do dinheiro na vida do ser humano.

A pedido do meu fundador Gilberto da Comunidade Obra de Maria, vou partilhar minha trajetória em Deus.

Desde a minha infância eu me sentia atraído pelo Senhor, mas tive medo e não dei o passo. Sempre fui muito resistente. Fui então tomando minha vida e seguindo minha carreira profissional. Fiz o curso de administração, e por causa desse curso fui ao Maranhão para um curso de administradores jovens. Lá participei de uma palestra sobre política e me decidi ser político. Para minha surpresa e de muita gente ingressei na política. Me candidatei a vereador, a cheguei até a ser presidente da câmara em minha cidade.

Eu tinha medo e me escondia do chamado de Deus. Eu me sentia atraído mas o medo me impedia.

De tanta insistência do Gilberto, segui então para o retiro da Comunidade Obra de Maria no intuito de somente cumprir um preceito. Eu que iria ficar somente um fim de semana, fiquei 15 dias. Após esse retiro fiquei ainda mais certo de que precisava tomar um decisão em minha vida.

Eu tinha medo de dizer para os meus pais que queria ser da comunidade e ser padre. Então me decidi e disse para Gilberto eu vou para comunidade! Meu chamado é ao sacerdócio. Terminei minha faculdade e ingressei na comunidade. Estou aqui já para testemunhar : É preciso fazer as escolhas certas. Sou feliz e realizado como padre e como comunidade.

"Comece a olhar para os seus irmãos da comunidade.
Eles são uma riqueza."
Foto: Natalino Ueda/Cancaonova.com


Jesus te convida para uma vida de santidade. Naquilo que Deus te convida é preciso dizer sim para Deus. Eu tive que renunciar a minha vida política para seguir a Cristo.

Mesmo com os medos, eu confiei que Deus queria isso para mim.

Meu pai ficou decepcionado e minha família ficou triste com a minha decisão. Mas eu precisava decidir por aquilo que era minha vida: Minha vocação!O medo não pode nos impedir de decidir pelo Senhor!

Esse era o grande tesouro que Deus me deu. Minha vocação é prova de que Deus pode nos fazer muito felizes! E estando na comunidade vejo como são preciosos aqueles que o senhor colocou ao meu lado. Comece a olhar para os seus irmãos, as pessoas da comunidade são uma riqueza. Ao que você tem dado valor em sua comunidade?

Veja bem: No evangelho sabemos que um homem quando descobre um tesouro no campo, ele compra todo o campo. Nossas autoridades em nossas comunidades são nossos tesouros dados por Deus para sermos melhores.“Precisamos nos aprofundar nas riquezas do amor de Deus.” Ao seu lado pode ter um tesouro escondido que hoje Deus te dê a graça de descobri-lo!

Transcrição e Adaptação: Cristiane Viana

Fonte: Canção Nova

17/12/2012

Que eu veja!



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Todos precisamos pedir fé





Todos os milagres que Cristo fez, nos corpos ou nos elementos materiais, simbolizam os que Ele faz nas almas mediante a graça do Espírito Santo. Por isso, São João chama sinais os milagres de Jesus.

Dentre eles, as curas dos cegos simbolizam a luz da fé que Cristo traz aos olhos da alma. Assim o lembrava Bento XVI na homilia de encerramento do Sínodo dos Bispos, em 28 de outubro de 2012: "Sabemos que a condição de cegueira tem um significado denso nos Evangelhos. Representa o homem que tem necessidade da luz de Deus – a luz da fé – para conhecer verdadeiramente a realidade e caminhar pela estrada da vida".

Vejamos brevemente o sinal da cura do cego de Jericó, a que o Papa se refere nessa homilia. Estava Jesus de passagem pela cidade de Jericó. À porta da cidade, achava-se um mendigo cego chamado Bartimeu, pedindo esmola. Ouvindo a multidão que passava – acompanhando Jesus –, perguntou o que havia. Responderam-lhe: “É Jesus de Nazaré que passa”. Ele, então, exclamou: “Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim” (Lc 18,36-38).

Quando os olhos da alma estão cegos e não vemos a luz de Deus, somos semelhantes a Bartimeu. Só temos noções imperfeitas das coisas da vida e do mundo: somos cegos, ainda que pensemos que enxergamos tudo bem; ficamos parados, ainda que creiamos que avançamos rumo à realização; não conseguimos usufruir os verdadeiros bens e belezas da vida, por mais que procuremos espremer os prazeres até a última gota; e não percebemos que tudo o que apanhamos não passa de migalhas de «mendigo do sentido da vida»…

Podemos dizer que estamos satisfeitos? Não é verdade que, muitas vezes, na solidão e no silêncio, temos vontade de chorar sem saber o porquê, pois sentimos um estranho vazio, uma pobreza interior, uma escuridão inexplicável? Talvez Santo Agostinho possa projetar luz sobre a nossa amarga cegueira. Lembremo-nos só das palavras que citávamos na meditação anterior: «Fizeste-nos, Senhor, para ti, e o nosso coração estará inquieto enquanto não descansar em ti».

O Catecismo da Igreja Católica, que Bento XVI aconselha como chave-de-luz para este Ano da Fé, diz uma grande verdade: «O desejo de Deus está inscrito no coração do homem, já que o homem é criado por Deus e para Deus; e Ele não cessa de atrair o homem a si e somente no Senhor o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar» (n. 27).

Assista também: "O que mais Jesus devia ter feito por você?", com mons. Jonas Abib

O primeiro passo para sairmos da cegueira que frustra o coração consiste em não sufocar o desejo de Deus que todos nós temos, desperto ou abafado, no fundo da alma; isso seria arrancar as nossas próprias raízes. Para tanto, precisamos a humildade de reconhecer a nossa indigência: «Condição essencial – dizia o Papa na homilia citada – é reconhecer-se cego, necessitado dessa luz; caso contrário, permanece-se cego para sempre (cf. Jo 9,34-41)».

Bartimeu desejava ardentemente ver: pediu, insistiu, e não parou até conseguir que Jesus o atendesse. “Que queres que te faça?” – Respondeu-lhe: “Senhor, que eu veja”. Jesus lhe disse: “Vê: a tua fé te salvou”. E imediatamente ficou vendo, e seguia Jesus, glorificando a Deus (Lc 18,41-43). Você não quer pedir “Faz com que eu veja”? Creia que não há ninguém que o tenha pedido com sinceridade e tenha ficado sem uma resposta.

Santo Agostinho, antes da conversão, rezava assim: «A ti, meu Deus, elevam-se meus suspiros, e peço-te uma e outra vez asas para subir até ti. Se tu me abandonares, logo a morte se abaterá sobre mim…» (Solilóquios, n.6). Pedia, porque reconhecia que precisava de Deus, ainda que não tivesse a coragem de abraçar a fé e de seguir-lhe o caminho. Da mesma forma, São Clemente de Alexandria, que o Papa cita, fazia a seguinte oração: «Até agora andei errante na esperança de encontrar Deus, mas porque tu me iluminais, ó Senhor Jesus, encontro Deus por meio de ti, e de ti recebo o Pai, torno-me herdeiro contigo, porque não te envergonhaste de me ter por irmão. Cancelemos, portanto, cancelemos o esquecimento da verdade, a ignorância…» (Protréptico, 113 ss.)

Nos tempos modernos, vale a pena evocar a conversão do Beato Charles de Foucauld. Esse aristocrata ateu foi um devasso esbanjador; estudou a carreira militar na Academia de Saint Cyr, e foi oficial, explorador científico e aventureiro no norte da África. Após anos de vida intensa e de toda a sorte de experiências, o vazio da sua alma revelou-se de maneira aguda e o derrubou (Deus agia na noite do seu coração). Voltou à França e estando em Paris, em 1886, sentiu um tremendo puxão interior que o impelia, mesmo descrente, a ir a uma igreja. «Comecei a ir à igreja sem ter fé. Experimentei que só me sentia bem lá, ficando longas horas a repetir essa estranha prece: “Meu Deus, se tu existes, faz com que eu te conheça”».

A graça da fé o invadiu e, um dia, com a ajuda do padre Huvelin, converteu-se e entregou-se totalmente a Deus, o Amor descoberto. Viveu bastantes anos, pobre, paupérrimo, desprendido de tudo, como monge eremita, exercendo a caridade no meio das tribos tuaregs do Sahara. Ninguém o acompanhou. Hoje, milhares de cristãos em todo o mundo o têm como mestre e padroeiro.

Agradecido pelo grande dom da fé, fazia esta oração: «Como és bom, meu Deus, como me guardaste, como me agasalhaste à sombra das tuas asas quando eu nem acreditava na tua existência! … Como estou feliz! Meu Senhor Jesus, tu puseste em mim esse amor por ti, tão terno e crescente, esse gosto pela oração, essa fé na tua Palavra, esse sentimento profundo do dever da caridade, esse desejo de imitar-te, essa sede de oferecer-te em sacrifício o melhor que eu puder dar-te… Como tens sido bom! Como sou feliz!

Neste começo do Ano da Fé, vamos examinar os porões da nossa alma. Alguns dos que leiam estas palavras talvez não tenham fé. Outros a temos, mas que espécie de fé é a nossa? Será que já experimentamos, como consequência da fé, aquela alegria que ninguém pode tirar (cf. Jo 16,22)? Não? Então a nossa fé é fraca, pobre ou doente: é ainda uma “fé-mendigo”, que deve pedir esmola como o cego de Jericó. Sendo assim pobres, façamos como os pedintes. Supliquemos com Bartimeu: “Jesus, tem piedade de mim…, que eu veja!”.

Esta é, realmente, a primeira coisa que precisamos fazer, porque a fé é um dom divino. Nestes começos do Ano da Fé, Bento XVI recorda-nos uma verdade que os catecismos já nos explicavam desde a nossa infância: «Perguntemo-nos – dizia o Papa na quarta-feira, 24 de outubro de 2012 –: de onde haure o homem a abertura do coração e da mente para acreditar no Deus que se tornou visível em Jesus Cristo, morto e ressuscitado, para acolher a sua salvação, de tal modo que Ele e o Seu Evangelho sejam guia e luz da existência? Resposta: só podemos crer em Deus, porque Ele se aproxima de nós e nos toca, porque o Espírito Santo, dom do Ressuscitado, nos torna capazes de acolher o Deus vivo. Quer dizer que a fé é, antes de tudo, uma dádiva sobrenatural, um dom de Deus».

Acrescenta o Papa que «a fé é dom divino, mas é também ato profundamente livre e humano». Nesta meditação, ficaremos só na primeira parte: o dom de Deus; sobre a segunda – o que o homem, além de pedir, deve fazer – trataremos nas próximas meditações. Que eu veja! Tomara que nos decidamos a “querer”, a rezar, a pedir, ainda que seja com a oração descrente com que Foucauld começou. Os Salmos oferecem-nos muitas súplicas “prontas”, maravilhosas. Transcrevo agora, para concluir, apenas algumas que talvez o possam ajudar:

Como a corça anseia pelas fontes das águas, assim minha alma suspira por ti, ó meu Deus. Minha alma tem sede de Deus, do Deus vivo! Quando irei ver a face de Deus? (Sl 41[42], 2-3).

– Escuta, Senhor, a voz da minha oração. Tem piedade de mim e ouve-me. Fala-te o meu coração; a minha face te procura. A tua face, ó Senhor, eu a procuro. Não escondas de mim o teu rosto (Sl 26[27], 7-9). – Tenha, Deus, compaixão de nós e nos abençoe. Faça resplandecer sobre nós a luz da Sua face! (Sl 66[67], 2).
Padre Francisco Faus
http://www.padrefaus.org/
Fonte: Canção Nova

14/12/2012

14 de Dezembro - Dia de São João da Cruz


Além de ser dia de São João Da Cruz, é meu aniversário de 32 anos também!

 O santo deste dia é conhecido como "doutor místico": São João da Cruz. Nasceu em Fontiveros, na Espanha, em 1542. Seus pais, Gonçalo e Catarina, eram pobres tecelões. Gonçalo morreu cedo e a viúva teve de passar por dificuldades enormes para sustentar os três filhos: Francisco, João e Luís, sendo que este último morreu quando ainda era criança. Como João de Yepes (era este o seu nome de batismo) mostrou-se inclinado para os estudos, a mãe o enviou para o Colégio da Doutrina. Em 1551, os padres jesuítas fundaram um colégio em Medina (centro comercial de Castela). Nele, esse grande santo estudou Ciências Humanas.

Com 21 anos, sentiu o chamado à vida religiosa e entrou na Ordem Carmelita, na qual pediu o hábito. Nos tempos livres, gostava de visitar os doentes nos hospitais, servindo-os como enfermeiro. Ocasião em que passou a ser chamado de João de Santa Maria. Devido ao talento e à virtude, rapidamente foi destinado para o colégio de Santo André, pertencente à Ordem, em Salamanca, ao lado da famosa Universidade. Ali estudou Artes e Teologia. Foi nesse colégio nomeado de "prefeito dos estudantes", o que indica o seu bom aproveitamento e a estima que os demais tinham por ele. Em 1567 foi ordenado sacerdote.

Desejando uma disciplina mais rígida, São João da Cruz quase saiu da Ordem para ir ingressar na Ordem dos Cartuxos, mas, felizmente, encontrou-se com a reformadora dos Carmelos, Santa Teresa D'Ávila, a qual havia recebido autorização para a reforma dos conventos masculinos. João, empenhado na reforma, conheceu o sofrimento, as perseguições e tantas outras resistências. Chegou a ficar nove meses preso num convento em Toledo, até que conseguiu fugir. Dessa forma, o santo espanhol transformou, em Deus e por Deus, todas as cruzes num meio de santificação para si e para os irmãos. Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro: força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: morrer desprezado e escarnecido pelos homens.

Pregador, místico, escritor e poeta, esse grande santo da Igreja faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591, com 49 anos de idade. Foi canonizado no ano de 1726 e, em 1926, o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja. Escreveu obras bem conhecidas como: Subida do Monte Carmelo; Noite escura da alma (estas duas fazem parte de um todo, que ficou inacabado); Cântico espiritual e Chama viva de amor. No decurso delas, o itinerário que a alma percorre é claro e certeiro. Negação e purificação das suas desordens sob todos os aspectos.

São João da Cruz é o Doutor Místico por antonomásia, da Igreja, o representante principal da sua mística no mundo, a figura mais ilustre da cultura espanhola e uma das principais da cultura universal. Foi adotado como Patrono da Rádio, pois, quando pregava, a sua voz chegava muito longe.

São João da Cruz foi um dos santos mais desconcertantes e ao mesmo tempo mais transparentes da mística moderna. Grande mestre da vida espiritual, transformou todas as cruzes em meios de santificação para si e para os irmãos.

Três coisas pediu e acabou recebendo de Deus: primeiro, dar-lhe força para trabalhar e sofrer muito; segundo: não o fazer sair deste mundo como superior de uma comunidade; e terceiro: deixá-lo morrer desprezado e escarnecido pelos homens. Pregador, místico, escritor e poeta, João da Cruz faleceu após uma penosíssima enfermidade, em 1591 com 49 anos de idade e o Papa Pio XI o declarou Doutor da Igreja.

Confira um pouco de sua riqueza espiritual expressa em suas frases:

"Não se contentar com o que diz o confessor é orgulho e falta de fé."

"A mosca que pousa no mel não pode voar; a alma que fica presa ao sabor do prazer, sente-se impedida em sua liberdade e contemplação."

"O mais leve movimento de uma alma animada de puro amor é mais proveitoso à Igreja do que todas as demais obras reunidas."

"Por causa de prazeres passageiros, sofrem-se grandes tormentos eternos."

"Meus são os Céus e minha é a Terra, meus são os homens, e os justos são meus; e meus os pecadores. Os Anjos são meus, e a Mãe de Deus, todas as coisas são minhas. O próprio Deus é meu e para mim, pois Cristo é meu e tudo para mim." (Sobre a Eucaristia)

"Não faça coisa alguma, nem diga palavra alguma que Cristo não faria ou não diria se encontrasse as mesmas circunstâncias."

"Renuncie aos desejos e encontrará e encontrará o que seu coração deseja."

"Que felicidade o homem poder libertar-se de sua sensualidade! Isto não pode ser bem compreendido, a meu ver, senão por quem o experimentou. Só então se verá claramente como era miserável a escravidão em que se estava."

"Quem se queixa ou murmura não é cristão perfeito, nem mesmo um bom cristão."

"Senhor, quero padecer e ser desprezado por amor de Vós."

"A pessoa que está presa por algum afeto a alguma coisa, mesmo pequena, não alcançará a união com Deus, mesmo que tenha muitas virtudes. Pouco importa se o passarinho esta com um fio grosso ou fino... ficará sempre preso e não poderá voar."

"Para possuir Deus plenamente é preciso nada ter; porque se o coração pertence a Ele, não pode voltar-se para outro."

"O demônio teme a alma unida a Deus como ao próprio Deus."

"O afeto e o apego da alma à criatura torna-a semelhante a esta mesma criatura. Quanto maior a afeição, maior a identidade e semelhança, porque é próprio do amor tornar aquele que ama semelhante ao amado."

"Dar tudo pelo tudo."

"A pessoa que caminha para Deus e não afasta de si as preocupações, nem domina suas paixões, caminha como quem empurra um carro encosta a cima."

"A constância de ânimo, com paz e tranqüilidade, não só enriquece a pessoa, como a ajuda muito a julgar melhor as adversidades, dando-lhes a solução conveniente."

"O amor não consiste em sentir grandes coisas, mas em despojar-se e sofrer pelo amado."

"O progresso da pessoa é maior quando ela caminha às escuras e sem saber."

"Deus quer mais de ti um mínimo de obediência e docilidade, do que todas as ações que realizas por ele."

"Mesmo carregado de grandes e molestas tentações, o homem pode ir a Deus, desde que sua razão e vontade não consintam nelas."

"Queira torna-te, no padecer, algo semelhante a este nosso grande Deus, humilhado e crucificado, pois que esta vida só tem razão de ser se for para imitá-lo."

"Quando a alma se acha livre e purificada de tudo, em união com Deus, nenhuma coisa poderá aborrecê-la. Daqui se origina para ela, neste estado, o gozo de uma contínua vida e tranqüilidade, que ela nunca perde nem jamais lhe falta."

"Tal é a alma que está enamorada de Deus. Não pretende vantagem ou prêmio algum a não ser perder tudo e a si mesma, voluntariamente, por Deus, e nisto encontra todo seu lucro."

"Não fujas dos sofrimentos, porque neles está a tua saúde."

São João da Cruz, rogai por nós!

Fonte: Canção Nova

13/12/2012

13 de Dezembro => Dia de Santa Luzia

 Conheça a história da santa protetora dos olhos

Santa Luzia (ou Santa Lúcia), cujo nome deriva do latim, é muito amada e invocada como a protetora dos olhos, janela da alma, canal de luz.

Conta-se que pertencia a uma família italiana e rica, que lhe deu ótima formação cristã, ao ponto de Luzia ter feito um voto de viver a virgindade perpétua. Com a morte do pai, Luzia soube que sua mãe queria vê-la casada com um jovem de distinta família, porém pagão. Ao pedir um tempo para o discernimento foi para uma romaria ao túmulo da mártir Santa Ágeda, de onde voltou com a certeza da vontade de Deus quanto à virgindade e quanto aos sofrimento por que passaria, como Santa Ágeda.

Vendeu tudo, deu aos pobres e logo foi acusada pelo jovem que a queria como esposa. Santa Luzia, não querendo oferecer sacrifício ao deuses e nem quebrar o seu santo voto, teve que enfrentar as autoridades perseguidoras e até a decapitação em 303, para assim testemunhar com a vida, ou morte o que disse: "Adoro a um só Deus verdadeiro, e a ele prometi amor e fidelidade".

Somente em 1894 o martírio da jovem Luzia, também chamada Lúcia, foi devidamente confirmado, quando se descobriu uma inscrição escrita em grego antigo sobre o seu sepulcro, em Siracusa, Ilha da Sicília. A inscrição trazia o nome da mártir e confirmava a tradição oral cristã sobre sua morte no início do século IV.

Mas a devoção à santa, cujo próprio nome está ligado à visão ("Luzia" deriva de "luz"), já era exaltada desde o século V. Além disso, o papa Gregório Magno, passado mais um século, a incluiu com todo respeito para ser citada no cânone da missa. Os milagres atribuídos à sua intercessão a transformaram numa das santas auxiliadoras da população, que a invocam, principalmente, nas orações para obter cura nas doenças dos olhos ou da cegueira.

Diz a antiga tradição oral que essa proteção, pedida a santa Luzia, se deve ao fato de que ela teria arrancado os próprios olhos, entregando-os ao carrasco, preferindo isso a renegar a fé em Cristo. A arte perpetuou seu ato extremo de fidelidade cristã através da pintura e da literatura. Foi enaltecida pelo magnífico escritor Dante Alighieri, na obra "A Divina Comédia", que atribuiu a santa Luzia a função da graça iluminadora. Assim, essa tradição se espalhou através dos séculos, ganhando o mundo inteiro, permanecendo até hoje.

Luzia pertencia a uma rica família de Siracusa. Sua mãe, Eutíquia, ao ficar viúva, prometeu dar a filha como esposa a um jovem da Corte local. Mas a moça havia feito voto de virgindade eterna e pediu que o matrimônio fosse adiado. Isso aconteceu porque uma terrível doença acometeu sua mãe. Luzia, então, conseguiu convencer Eutíquia a segui-la em peregrinação até o túmulo de santa Águeda ou Ágata. A mulher voltou curada da viagem e permitiu que a filha mantivesse sua castidade. Além disso, também consentiu que dividisse seu dote milionário com os pobres, como era seu desejo.

Entretanto quem não se conformou foi o ex-noivo. Cancelado o casamento, foi denunciar Luzia como cristã ao governador romano. Era o período da perseguição religiosa imposta pelo cruel imperador Diocleciano; assim, a jovem foi levada a julgamento. Como dava extrema importância à virgindade, o governante mandou que a carregassem à força a um prostíbulo, para servir à prostituição. Conta a tradição que, embora Luzia não movesse um dedo, nem dez homens juntos conseguiram levantá-la do chão. Foi, então, condenada a morrer ali mesmo. Os carrascos jogaram sobre seu corpo resina e azeite ferventes, mas ela continuava viva. Somente um golpe de espada em sua garganta conseguiu tirar-lhe a vida. Era o ano 304.

Para proteger as relíquias de santa Luzia dos invasores árabes muçulmanos, em 1039, um general bizantino as enviou para Constantinopla, atual território da Turquia. Elas voltaram ao Ocidente por obra de um rico veneziano, seu devoto, que pagou aos soldados da cruzada de 1204 para trazerem sua urna funerária. Santa Luzia é celebrada no dia 13 de dezembro e seu corpo está guardado na Catedral de Veneza, embora algumas pequenas relíquias tenham seguido para a igreja de Siracusa, que a venera no mês de maio também.

Oração 
Posso ver as maravilhas da natureza e tudo o que me cerca. Dai-me, sobretudo, Ó Deus, pelos merecimentos de santa Luzia, a graça da boa visão.
Agradeço o dom de enxergar, com o coração, a Vossa presença nos meus irmãos e nos acontecimentos.
Que eu saiba tudo observar e convosco partilhar em oração. Que eu tenha discernimento, para saber quando calar e quando agir.

Amém. 
 Santa Luzia, rogai por nós.

 

Fonte: Canção Nova

Como evangelizar os meus filhos?

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Os pais devem levar os filhos para a igreja

A Igreja ensina que os primeiros catequistas são os pais. É no colo deles que toda criança deve aprender a conhecer Deus, aprender a rezar e dar os primeiros passos na fé; também conhecer os mandamentos e sacramentos.
Os pais são educadores naturais e os filhos assimilam seus ensinamentos sem restrições. Será difícil levar alguém para o Senhor se isso não for feito, em primeiro lugar, pelos pais. É com o pai e a mãe que a criança tem de ouvir, em primeiro lugar, o nome de Jesus Cristo, Sua vida, Seus milagres, Seu amor por nós, Sua divindade, Sua doutrina. Eles são os responsáveis a dar-lhes o batismo, a primeira comunhão, a crisma e a catequese.
Quando fala aos pais sobre a educação dos filhos, São Paulo recomenda: “Pais, não exaspereis os vossos filhos. Pelo contrário, criai-os na educação e na doutrina do Senhor” (Ef 6,4). Aqui está uma orientação muito segura. Sem a “doutrina do Senhor” não será possível educar. Dom Bosco, grande “pai e mestre da juventude”, ensinava que não é possível educar sem a religião. Seu método seguro de ensinar estava na trilogia: amor – estudo – religião.
Nunca esqueci o terço que aprendi a rezar, aos cinco anos de idade, no colo de minha mãe. Pobre filho que não tiver uma mãe que o ensine a rezar! Passei a vida toda estudando, cheguei ao doutorado e pós-doutorado em Física e nunca consegui esquecer a fé que herdei de meus pais; é a melhor herança que deles recebi. Não é verdade que a ciência e a fé são antagônicas; essa luta só existe no coração do cientista que não foi educado na fé, desde o berço.

Os pais não devem apenas mandar os seus filhos à igreja, mas devem levá-los. É vendo o pai e a mãe se ajoelharem que um filho se torna religioso, mais do que ouvindo muitos sermões. A melhor maneira de educar, também na fé, é pelo exemplo. Se os pais rezam, os filhos aprender a rezar; se os pais vivem conforme a lei de Deus, os filhos também vão viver assim, e isso se desdobra em outros exemplos. Os genitores precisam rezar com os filhos desde pequenos, cultivar em casa um lar católico, com imagens de santos em um oratório, o crucifixo nas paredes, etc.; tudo isso vai educando os filhos na fé. Alguém disse, um dia, que “quando Deus tem Seu altar no coração da mãe, a casa toda se transforma em um templo.”
Um aspecto importante da educação religiosa de nossos filhos está ligado à escola. Infelizmente, hoje, ensina-se muita coisa errada em termos de moral nas escolas; então, os pais precisam saber e fiscalizar o que os filhos aprendem ali. Infelizmente, o Governo está colocando até máquinas para distribuir “camisinhas” nesses locais. Os filhos precisam, em casa, receber uma orientação muito séria sobre a péssima “educação sexual” que hoje é dada em muitas escolas, a fim de que não aprendam uma moral anticristã.
Outro cuidado que os pais precisam ter é com a televisão; saber selecionar os programas que os filhos podem ver, sem violência, sem sexo, sem massificação de consumo, entre outros. Hoje, temos boas emissoras religiosas. A televisão tem o seu lado bom e o seu lado mau. Cabe a nós saber usá-la. Uma criança pode ficar até cerca de 700 horas por ano na frente de um televisor ligado. Mais uma vez aqui, é a família que será a única guardiã da liberdade e da boa formação dessa criança. Os pais precisam saber criar programas alternativos para tirá-las da frente do televisor, oferecendo-lhes brinquedos, jogos, contando-lhes histórias, etc.. Da mesma forma, ocorre com a internet: os pais não podem se descuidar dela.

Mas para levar os filhos para Deus é preciso também saber conquistá-los. O que quer dizer isso? Dar a eles tudo o que querem, a roupa da moda, a camisa de marca, o tênis caro? Não! Você os conquista com aquilo que você é para o seu filho, não com aquilo que você dá a ele. Você o conquista dando-se a ele; dando o seu tempo, o seu carinho, a sua atenção, ajudando-o sempre que ele precisa de você. Saint-Exupéry disse no livro “O Pequeno Príncipe”: “Foi o tempo que você gastou com sua rosa que a fez ser tão importante para você”.

Diante de um mundo tão adverso, que quer arrancar os filhos de nossas mãos, temos de conquistá-los por aquilo que “somos” para eles. É preciso que o filho tenha orgulho dos pais. Assim será fácil você levá-lo para Deus. Muitos filhos não seguem os pais até a igreja, porque não foram conquistados por estes.
Conquistar o filho é respeitá-lo; é não o ofender com palavras pesadas e humilhantes quando você o corrige; é ser amigo dos seus amigos; é saber acolhê-los em sua casa; é fazer programas com ele, é ser amigo dele. Enfim, antes de dizer a seu filho “Jesus te ama”, diga-lhe: “eu te amo”.

Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Fonte: Canção Nova

12/12/2012

Saia da escuridão!

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Tem confiança levanta-te, Ele te chama
O Evangelho (Mc 10, 46-52) relata-nos a passagem de Jesus pela cidade de Jericó e a cura do cego Bartimeu, que estava à beira do caminho pedindo esmola. Pouco antes de Sua Paixão, Jesus está a caminho para Jerusalém, acompanhado dos Seus discípulos e grande multidão. Percebendo que Jesus passava, o cego começa a gritar:

“Filho de Davi, Jesus, tem compaixão de mim”. Muitos mandam que ele se cale, mas ele grita mais alto ainda, pedindo compaixão. Jesus se detém e diz: “Chamai-o”. Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem, levanta-te, Jesus te chama!”. Deixando seu manto, deu um pulo e foi até Jesus. Estabelece-se o diálogo decisivo. “O que queres que eu te faça?”. O cego respondeu: “Mestre, que eu veja!” Jesus lhe disse: “Vai, a tua fé te curou”. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho.

Esse homem, que vive na escuridão, mas sente ânsia de luz, de cura, compreendeu que aquela era a sua oportunidade: Jesus estava muito perto da sua vida. Quantos dias não tinha esperado por esse momento! O mestre está agora ao alcance da sua voz! Por isso, se bem que o repreendiam para que se calasse, ele não lhes fez caso nenhum e cada vez gritava mais alto. Não podia perder aquela ocasião.

Que exemplo para a nossa vida! Cristo, que nunca deixa de estar ao alcance da nossa voz, da nossa oração, passa às vezes mais perto para que nos atrevamos a chamá-Lo com força. Comenta Santo Agostinho: “Temo que Jesus passe e não volte”. Não podemos deixar que as graças passem como a água da chuva sobre a terra dura. Temos que gritar para Jesus muitas vezes: Jesus, filho de Davi, tem piedade de mim!

Ao chamar por Ele, consolam-nos estas palavras de São Bernardo que tornamos nossas: “O meu único mérito é a misericórdia do Senhor. Não serei pobre em mérito enquanto Ele não o for em misericórdia. E como a misericórdia do Senhor é abundante, abundantes são também os meus méritos”.
Com esses méritos, acudimos a Ele: Jesus, filho de Davi… Gritamos-Lhe, afirma Santo Agostinho, com a oração e com as obras que devem acompanhá-la. As boas obras, especialmente a caridade, o trabalho bem feito, a limpeza da alma pela confissão contrita dos nossos pecados, dão o aval a esse clamor diante de Jesus que passa.

O cego, depois de vencer o obstáculo dos que estavam à sua volta, conseguiu o que tanto desejava.
 
Percebe-se aqui o valor da perseverança, da constância! O Senhor tinha-o ouvido já da primeira vez, mas quis que Bartimeu nos desse um exemplo de insistência na oração, de perseverança até chegar à presença do Senhor.

Vale a pena meditar na cena quando Jesus, parando, mandou chamar Bartimeu! E alguns dizem-lhe: “Tem confiança; levanta-te; Ele te chama”. É a vocação cristã! Mas, na vida de cada um de nós, não há apenas um chamamento de Deus. O Senhor procura-nos a todo o instante: levanta-te – diz-nos – e sai da sua preguiça, do seu comodismo, dos seus pequenos egoísmos, dos seus "problemazinhos" sem importância. Desapegue-se da terra; está aí rasteiro, achatado e informe. Ganhe altura, peso, volume e visão sobrenatural.

O cego jogou o manto, deu um pulo e foi até Jesus. Atirou a capa! Não se esqueça de que para chegar até Cristo é preciso sacrifício. Jogar fora tudo o que estorva: manta, mochila, cantil. Tem de proceder da mesma maneira nesta luta pela glória de Deus, nesta luta de amor e paz com que procuramos difundir o reinado de Cristo.

Neste processo é decisiva a fé em Jesus Cristo, o Filho de Davi. Comentando a cura de Bartimeu, diz São Josemaría Escrivá: “Agora é contigo que Cristo fala. Diz-te: que queres de Mim? Que eu veja, Senhor, que eu veja! E Jesus: Vai, a tua fé curou. No mesmo instante, ele recuperou a vista e seguia Jesus pelo caminho. Segui-Lo pelo caminho! Tu tomaste conhecimento do que o Senhor te propunha e decidiste acompanha-Lo pelo caminho. Tu procuras seguir o seus passos, vestir-te com as vestes de Cristo, ser o próprio Cristo: portanto, a tua fé – fé nessa luz que o Senhor te vai dando – deverá ser operativa e sacrificada. Não te iludas, não penses em descobrir novas formas. É assim a fé que Ele nos pede: temos de andar ao Seu ritmo com obras cheias de generosidade, arrancando e abandonando tudo o que seja estorvo” (Amigos de Deus, 195 – 198).

Para aproximar-se de Jesus é sempre necessário deixar algo, nem que seja somente o manto! Importante ainda que se queira ver novamente! Então, basta confiar e corresponder: segui-Lo pelo caminho!

Possamos repetir ao longo do dia: Senhor, que eu veja o que queres de mim! Senhora, minha Mãe, que eu veja o que o Seu Filho me pede agora, nestas circunstâncias, e que eu, generosamente, faça-Lhe a entrega do que for descoberto!

Nunca duvidemos da segurança que Cristo nos dá, com o Seu olhar amabilíssimo pousado constantemente em nós!

Mons. José Maria Pereira
Diocese de Petrópolis (RJ)
Fonte: Canção Nova

11/12/2012

Você pode ser santo!

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Deus quis fazer-nos participantes da Sua santidade
Somente Deus é santo! A Ele toda a glória e adoração! É isso que dizemos em cada celebração eucarística: Santo, Santo, Santo! Desta maneira, nós celebramos a transcendência do Senhor que está acima de tudo e do qual tudo depende. Diante do Deus Santo e, neste sentido, do Totalmente Outro, a nossa proclamação acaba por emudecer-se, pois diante d'Ele cessam as palavras humanas: “à medida que nos aproximamos do cimo, as nossas palavras diminuirão e, no final da subida a essa montanha, nós estaremos totalmente mudos e plenamente unidos ao Inefável” (Pseudo-Dionísio Areopagita, Teologia Mística, c.3).

Não obstante, Deus quis fazer-nos participantes da Sua santidade. Por Seu desígnio salvador, nós fomos consagrados no momento do nosso batismo e nos aproximamos da montanha da santidade. A partir daquele momento, a santidade para nós pode ser descrita como um processo no qual confluem a graça de Deus e a generosa correspondência humana. Neste processo tem lugar uma luta constante na qual um filho de Deus vai se parecendo, cada vez mais, com o seu Pai-Deus à espera de que um dia se manifeste a plena semelhança com a divindade no próprio ser da criatura.
A santidade é acessível a todos, porque Deus quer que todos os homens e mulheres sejam santos, isto é, participem da Sua vida e de Seu amor. O Pai deseja que, por meio da ação do Espírito Santo em nós, nos pareçamos cada vez mais com Seu Filho Jesus Cristo. Em resumo, a santidade é o desenvolvimento da nossa filiação divina: “desde agora somos filhos de Deus, mas não se manifestou ainda o que havemos de ser. Sabemos que quando isto se manifestar, seremos semelhantes a Deus, porquanto O veremos como Ele é” (1 Jo 3,2).
Como se pode observar, a serpente astuta que aparece no livro do Gênesis, enganando os nossos primeiros pais, não estava tão equivocada: podemos ser como deuses, ou seja, podemos ser divinizados pela graça de Deus e nos parecermos com Ele já aqui nesta terra, e depois, eternamente no céu. O erro da serpente não estava nesta afirmação – sereis como deuses –, mas no método para alcançar esse objetivo. A serpente demoníaca propôs o orgulho e a desobediência para alcançar a divinização. Nada mais contraditório! O caminho é justamente outro: a humildade e a obediência acompanhadas da mais nobre de todas as virtudes: a caridade. 
 
“Deus é amor” (1 Jo 4,8.16) e nós podemos amar, “mas amamos, porque Deus nos amou primeiro” (1Jo 4,19). A santidade se mede pelo amor: quem mais ama é mais santo; quem menos ama é menos santo; quem não ama nada, não é santo. De tudo isso é fácil concluir que a santidade não é algo exterior, caricaturesca, rígida, sombria ou até mesmo triste. Não! O santo é uma pessoa com uma profunda vida interior, com uma grande unidade de vida, uma pessoa coerente, flexível, cheia de luz e de alegria. Uma pessoa santa é um ser humano bem normal no seu dia a dia, mas os outros intuem que leva dentro de si algo diferente: o amor de Deus atuante e atualizador. Se o Senhor, o Totalmente Outro, quis fazer-se um de nós, quanto mais nós, sendo o que somos, devemos ser nós mesmos! Que sejamos cada vez mais simples, amemos de verdade, façamo-nos próximos aos outros seres humanos. Nós estamos, efetivamente, inseridos na grande massa humana, nós somos como os outros. E, no entanto, Deus nos conhece pelo nome, nos fez Seus filhos e quer ver-nos um dia com Ele no céu.
Santidade! Esse é o segredo que o cristão deve ter para aproximar muitas pessoas de Deus. Mas, por favor, não vamos mostrar a santidade como uma coisa esquisita, rara, estranha. Vamos ser bem normaizinhos: comemos, bebemos, trabalhamos, saímos com os amigos e… até tomamos uma cervejinha (com moderação!). Na verdade, nós somos as pessoas verdadeiramente normais, porque a vivência das virtudes humanas (prudência, justiça, fortaleza, temperança etc.) e sobrenaturais (fé, esperança e caridade) vai não somente nos divinizar, mas também nos humanizar cada vez mais. Quem quer ser uma pessoa humana verdadeiramente realizada tem mais que olhar para aquele que é Perfeito Homem, Jesus Cristo, e unir-se a Ele para ser divinizado por Ele, que é Perfeito Deus.
Quem são os santos? Uns bem-aventurados, os felizes desta terra. Quem pode ser santo? Todos. Como ser santo? Basta se unir a Deus pelos sacramentos da oração e duma luta contínua para dar gosto ao Pai, ao Filho e ao Espírito Santo. Qual é a finalidade de uma pessoa santa? Unir-se ao Santo dos santos e arrastar livremente muitas outras pessoas que lutaram para alcançar a santidade, a felicidade, a plenitude da vida.
Padre Françoá Costa
Diocese de Anápolis (GO)
Fonte: Canção Nova

10/12/2012

O verdadeiro amor é eterno!

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Não nos contentemos com os amores passageiros
Nos dias de hoje, o amor se apresenta a nós de forma cada vez mais distorcida, pois se apela cada vez mais para os sentimentos, as paixões, os sonhos, as fantasias. Esse falso amor se apresenta nas músicas, nos filmes, nos videoclips, na fotografia. Esse amor irreal também faz parte da vida de muitas pessoas, no “ficar”, no namoro e até mesmo no casamento. Hoje em dia, muitas pessoas vivem anestesiadas pelas paixões, pelos falsos amores, pois desconhecem o verdadeiro amor.

O falso amor é convidativo, sedutor, pois explora as fantasias, as imagens, os sentimentos. Estes dão uma falsa impressão de amor, que se confunde com a paixão, o desejo, a luxúria. Essa caricatura de amor se faz presente principalmente nas novelas, nos filmes, nas séries e minisséries que assistimos. Isso faz com que, inconscientemente, façamos da nossa vida um prolongamento da vivência desse falso amor, movido somente pelo desejo, pelas paixões, pela fantasia.

Cada vez mais nos deparamos com pessoas feridas, machucadas por causa do engano desse “amor” que destrói amizades, relacionamentos, casamentos, famílias. Não podemos ficar indiferentes diante desse fenômeno, o qual, se não tomarmos consciência, fará parte de nossas vidas sem que o queiramos. Não deixemos que nossos relacionamentos sejam influenciados por um romantismo vazio, próprio de um amor falso e passageiro, pois fomos criados pelo amor de Deus, e somente Ele é capaz de nos realizar.
 
 O verdadeiro amor se manifestou a nós em Jesus Cristo. “De fato, Deus amou tanto o mundo que deu o Seu Filho único para que todo o que n'Ele crer não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3,16). O Pai enviou Seu Filho ao mundo pela Virgem Maria e é por ela que temos acesso ao verdadeiro amor de forma mais perfeita. Nossa Senhora nos ensina a acolher o amor de Deus encarnado, que é Jesus Cristo em nossas vidas. Consagremo-nos a Maria de todo o coração para que por ela conheçamos o amor que foi até as últimas consequências, no Calvário, no alto da cruz, por amor de nós.

Com a Virgem Santíssima, coloquemo-nos junto da cruz de Jesus, oferecendo nossas dores, nossos sofrimentos, mas também nossas alegrias e esperanças, unindo-nos ao único e eterno sacrifício de Cristo, pois, na cruz, conhecemos o amor verdadeiro, aquele não foge diante do desprezo, da humilhação, do sofrimento. Ao contrário, o verdadeiro amor, que se manifesta também em nós, assume a cruz da angústia e da dor, pois o sacrifício é próprio dele. Não nos enganemos, mas acolhamos o verdadeiro amor, Jesus Cristo Nosso Senhor, que veio ao mundo pelas mãos maternas da Virgem Maria. Por ela, Jesus vem a nós todos os dias até a consumação dos séculos e também no Reino dos Céus, pois o verdadeiro amor é eterno.

Natalino Ueda - Comunidade Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/tododemaria

Fonte: Canção Nova

07/12/2012

Rezemos por nossos antepassados!

Muitas pessoas acabam recebendo de seus antepassados tendências à depressão, ao furto, ao alcoolismo, ao homicídio, ao homossexualismo, à crueldade... É toda uma carga hereditária que podemos receber dos nossos antepassados. É uma herança do pecado do qual não temos culpa, mas carregamos as conseqüências em nossa vida concreta. O maravilhoso é que tudo pode ser mudado pela intervenção de Deus.

É por isso que precisamos buscar com afinco essa intervenção. A nossa árvore genealógica pode ser mergulhada na redenção de Cristo pela oração e, especialmente, pela oração por excelência: a Santa Missa. Podemos rezar e receber oração por nossos ancestrais que viveram essas situações. Podemos mandar celebrar Santas Missas em intenção deles; de maneira especial se temos conhecimento de situações negativas vividas por eles. Não há nada que não possa ser mudado pela oração. A redenção de Cristo atinge eficazmente o nosso passado.

Portanto, se queremos de fato e buscamos com sinceridade a cura das feridas e marcas que recebemos, por herança, dos nossos antepassados, podemos ser completamente curados e libertos. Por um lado, é imprescindível a intervenção de Deus; mas, por outro, a nossa abertura e a nossa decisão de buscar cura são indispensáveis também.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova