30/04/2012

Imagens de Deus

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No amor de Cristo encontramos o verdadeiro rosto do Pai

Nosso relacionamento com Deus passa pelas imagens que d'Ele temos cultivadas em nosso coração. Imagens deturpadas do Senhor fazem com que nossa relação com o Senhor seja difícil e, por vezes, inconstante. Muitas vezes, será preciso realizar uma purificação em nosso coração para que a verdadeira imagem de Deus Pai possa habitar todo o nosso ser. Contudo, um processo de purificação não acontece do dia para a noite, é todo um processo de tomada de consciência.

Desde crianças fomos influenciados por inúmeras imagens de Deus que nos foram transmitidas por nossos pais e por tantas outras pessoas que conviveram conosco. Muitos tiveram essa experiência negativa nos primeiros anos da infância, ao ouvirem de seus pais: “Não faça mais isso, pois Deus te manda para o inferno!”, “Deus vai te castigar, viu?”. Interessante é notarmos que estas imagens negativas de Deus Todo-poderoso continuam muito atuais em nossa sociedade. Todos os dias o nome d'Ele é usado para impor medo nas crianças e, muitas vezes, também em pessoas já na fase adulta.

Alguns, quando crescem, conseguem se libertar dessas imagens distorcidas de Deus que lhes foi ensinado em determinadas épocas da vida. Outros não! O impacto que receberam, ao ouvirem que Deus castiga e se vinga de Seus filhos, foi tão grande e deixou marcas tão profundas na vida deles que, no hoje da vida, sofrem com as imagens negativas que ainda estão muito vivas em seu coração.

Pessoas adultas, quando são afligidas por alguma doença ou algum sofrimento, desenvolvem o seguinte pensamento: “O que será que eu fiz para Deus me castigar assim?”, “Deus me enviou esta doença para que eu pague pelos meus pecados”. Muitos impactos, acerca de um Deus tirano e castigador, podem acompanhar a vida de uma pessoa por longos estágios emocionais.


Assista: "Quem é Deus para mim?, com padre Demétrio Gomes


Quando olhamos para o Antigo Testamento encontramos muitas imagens distorcidas do Altíssimo. Era a mentalidade de um povo que cultivava uma imagem de um Deus tirano e vingativo. Quando não se compreende o contexto de um livro do Antigo Testamento é comum criar imagens negativas em cima de outras imagens negativas. Mas mesmo tendo essas imagens ofuscadas do Senhor, o que prevalece nos relatos é o rosto de um Deus misericordioso que sempre se compadece do Seu povo.

É em Jesus Cristo que nos é revelado o verdadeiro rosto do Pai: um Deus-amor, misericordioso, que sempre acolhe Seus filhos e filhas com os braços abertos. No amor de Cristo descobrimos a verdadeira imagem de Deus!

Nem sempre é fácil nos libertarmos de uma mentalidade que pode ter nos acompanhado durante décadas de nossa vida. Mas se desejamos ter um relacionamento profundo em Deus é necessário iniciarmos um processo de purificação em nossa maneira de pensar. A misericórdia e o amor que Deus tem por cada um de nós são muito maiores dos que medos que foram colocados em nosso coração.

Em Jesus descobrimos o amor do Pai em gestos concretos: acolheu os excluídos de Seu tempo dando a cada um a chance de recomeçarem a reescrever novas páginas de suas vidas; olhou com misericórdia para quem somente recebia olhares de condenação...

No amor e na misericórdia de Deus encontramos sempre novos motivos para olhar a vida com novos olhares. Prisioneiros de um inverno de medos, no amor de Deus encontramos uma linda primavera de possibilidades. No amor de Cristo encontramos o verdadeiro rosto do Pai, que nos impulsiona a sermos testemunhas da Misericórdia Divina a todos aqueles que buscam uma nova experiência de fé no cotidiano da vida. Novos olhares nascem de novas concepções. Novas imagens de Deus nascem da experiência de um verdadeiro amor.

Padre Flávio Sobreiro
Fonte: Canção Nova

27/04/2012

Deixe o que é velho para trás e siga em frente

"Se alguém está em Cristo é uma nova criatura. O mundo do antigo passou, eis que aí está uma realidade nova" (II Cor 5,17).

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura. Nossas palavras são pobres quando dizemos “nova criatura”. Pobres para expressar tudo o que aconteceu conosco. Passou o que era velho. Eis que tudo se fez novo. Somos realmente novas criaturas!

"Considere-se morto para o pecado porque o Senhor já o libertou, e ponto final! Agora você está vivo para Deus, em Cristo Jesus!", exclama monsenhor Jonas Abib


É por isso que o Senhor quer que você viva em novidade de vida, deixando o velho para trás e olhando para frente. Seguindo em frente, para rumos novos, como filho de Deus.

São Paulo teve a grande graça de experimentar isso. Ele escreveu porque experimentou. Ele não falava de teorias, e sim de vida, de algo que estava vivendo. Por essa razão se expressou com tanto vigor na Carta aos Romanos. Desde o início do capítulo seis, o apóstolo dos gentios fala da salvação de Jesus, do que Cristo nos fez e conquistou para nós.

Quando chega ao versículo onze, Paulo afirma: "Do mesmo modo também vós: considerai que estais mortos para o pecado e vivos para Deus em Jesus Cristo" (Rm 6,11).

Cada palavra que está nesse versículo é preciosa. Este “considerai” não é uma consideração qualquer. Não é considere você, mas sim, se considere, saiba quem é você é e, porque é, considere-se e viva assim.

Imagine o filho de um rei: ninguém pode mudar essa realidade, mas, infelizmente, ele não está levando isso em consideração, não está vivendo como o filho de um rei. Então dizemos a ele: “Considere-se o filho de um rei. Por favor, viva como o filho de um rei. Deixe de lado esta vida miserável que você vive! Você é filho de um rei, então, considere-se assim”.

"Portanto, que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal para vos fazer obedecer às suas concupiscências" (Rm 6,12).

Não, você não pode mais viver assim. Considere-se morto para o pecado porque o Senhor já o libertou, e ponto final! Agora você está vivo para Deus, em Cristo Jesus. Portanto, considere-se vivo em Cristo Jesus.

São Paulo continua na Carta aos Romanos:

"Não ponhais mais os vossos membros a serviço do pecado como armas da injustiça; mas, como vivos saídos de entre os mortos, fazendo dos vossos membros armas da justiça, ponde-vos a serviço de Deus. Pois o pecado não terá mais domínio sobre vós, visto que já não estais sob a lei, mas sob a graça" (Rm 6,12-14).

Em geral, consideramos o pecado apenas como uma culpa que contraímos diante de Deus, como algo jurídico, e não como o que ele é realmente: uma doença. O pecado é assim. Ele existe: é rebelião contra Deus, é situação de “não” a Deus. Para que esse mal se manifeste, ele precisa reinar em alguém. A Palavra de Deus nos diz isso.

Não permita que o pecado se abrigue em você. Que esse mal não reine mais em seu corpo mortal! O pecado está por aí, procurando alguém a quem possa subjugar. Não permita isso!


Trecho do livro "Pão da Palavra - Vol. 2" de monsenhor Jonas Abib

26/04/2012

Precisamos aprender com as mulheres da Bíblia

Antonieta
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
No livro de Juízes, capítulo 4, conhecemos Débora. Juíza, ela nos traz muitas virtudes. Profeta e temente a Deus, ela foi uma líder militar, porque traçou metas que levaram seu povo à vitória na guerra.

Minhas amadas, a característica daquela mulher nos ensina a buscarmos, em Deus, aquilo que precisamos aprender para sermos líderes. Muitas vezes, nós enfraquecemos em nossa luta como mãe e como dona de casa, porque não sabemos lutar.

Débora soube administrar seu tempo e não tomar decisões precipitadas. Ela soube esperar em Deus. A juíza é um exemplo para nós.

Outra mulher que gosto de me lembrar é Rute. Vamos nos deter neste livro, capítulo 1,16-18. Rute é um modelo de mulher que precisamos conhecer. Antes dela, precisamos conhecer Noemi. Mãe de dois filhos – um deles casado com Rute -, Noemi vê seu marido e filhos morrerem na guerra.

Sozinha, ela resolve sair daquela terra e chama suas noras para se despedir delas, pois já não tinha filhos para se casarem com elas. Rute, no entanto, recusa-se a partir por amor à sua sogra. Não quis separa-se dela. “Não insistas comigo, respondeu Rute, para que eu te deixe e me vá longe de ti. Aonde fores, eu irei; aonde habitares, eu habitarei. O teu povo é meu povo, e o teu Deus, meu Deus” (Rute 1,16).

Sozinhas em nova terra estavam Noemi e Rute. Esta vai trabalhar no campo, pegar o que sobrou da colheita para fazer disso o seu alimento e de sua sogra. Rute, sempre fiel a Deus, acabou se casando com Bozz. Ela soube ser fiel e dedicada à sua sogra e gerou os descendentes de Jesus Cristo.

Rute é uma mulher que nos ensina a cultivar uma amizade sadia, pois soube se desprender de sua família para abraçar a fé de sua sogra. Ela foi responsável, amiga, trabalhadora, confiável. Além de ser forte e destemida, ela também era doce, íntegra em tudo, no trabalho, no casamento, na família. Ela nos ensina a confiar em Deus diante das tribulações.

Outra mulher maravilhosa da Sagrada Escritura é a rainha Ester. Uma das rainhas mais importantes para o povo de Israel. Órfã, criada por parentes, ela foi parar no reino e se casou com o rei. A partir daí, lutou por seu povo. Ela era judia, mas o rei não sabia, pois ele era pagão.

Quando soube dos planos para acabar com seu povo, ela se preparou em Deus e fez, com suas amigas, um jejum de três dias com oração. Apresentando-se diante de seu rei, ela salvou seu povo.

Diante das armadilhas do demônio, precisamos fazer como mulheres de fé, precisamos fazer três dias de jejum e oração. Nas situações difíceis, Ester foi destemida e tinha uma fé admirável. Ela era uma mulher humilde, e a humildade cativa o coração de Deus.

Outras mulheres que se destacam estão no Evangelho. As mulheres do terceiro dia, que foram até o túmulo, mas não encontram Jesus, porque Ele havia ressuscitado. “Ide depressa e dizeis aos discípulos que Ele ressuscitou”.

Jesus apareceu primeiramente para uma mulher: Maria Madalena. Isso nos faz lembrar que precisamos ser as mulheres do terceiro dia.

"Ser uma mulher de fé não é difícil, pois é na simplicidade que isso acontece."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

“Mulher, por que choras?” Nós somos choronas, choramos de alegria e de tristeza. Maria Madalena corre para anunciar aos discípulos que ela tinha visto o Senhor. No primeiro momento, eles acharam que ela estava fazendo confusão, mas foram elas que anunciaram que o Senhor estava vivo. E porque Ele está vivo, seus problemas têm solução. Maria é a mulher que venceu e vencerá na batalha final, porque ela é a mãe do Salvador. Ela soube silenciar e nos ensina também viver a graça desse silêncio. Ela nos ensina a fazer a vontade de Deus.

Com essas mulheres da Escritura, lembrei-me de minha mãe, uma mulher de fé que, apenas com a 4ª série do ensino fundamental, conhece a Bíblia de cór, porque guarda a Palavra em seu coração. Também me lembrei de minhas três filhas, elas me surpreendem com a força que têm.

Ser uma mulher de fé não é difícil, pois é na simplicidade que isso acontece. Ser mulher de fé é fazer as coisas que não aparecem, mas que são feitas pelos filhos, pelos amigos, pelos colegas de trabalho.

Hoje, apresentamos Débora, mulher de fé, batalhadora que foi para guerra e venceu. Falamos de Rute, amiga e fiel. Aprendemos também com as mulheres do terceiro dia, porque precisamos proclamar que Jesus ressuscitou. Só podemos evidenciar essas virtudes com a ação do Espírito Santo, pois, sem Ele, é impossível.

Tudo o que precisamos para ser mulheres de fé é ser mulher do Espírito Santo.

“Quero ser, Senhor, essa mulher do terceiro dia que proclama: 'O Senhor está vivo'”.

Antonieta Santana Pereira Sales
Consagrada da Comunidade Canção Nova.

Fonte: Canção Nova

25/04/2012

As armas espirituais das mulheres

Padre Alexandre Paccioli
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
Como nós homens poderíamos deixar de agradecer a cada mulher por sua vida, por sua entrega? Nossa Senhora está muito atenta ao coração de cada mulher para que dele não saiam apenas sentimentos, mas propósitos concretos de entrega ao Senhor.

A Igreja é muito fiel a Jesus Cristo, e ela não teria sentido se não fosse fiel a Ele. Também precisamos confiar que nossa Igreja é muito fiel ao que Jesus disse, pois, olhando para as mulheres, Ele vê a importância delas na história da salvação e as leva a se encontrarem com o poder de Deus. Nossa Igreja oferece, a todas as mulheres, a fidelidade de Cristo.

Bento XVI é um Papa atento à mulheres. Desde o início de seu pontificado, ele destaca a importância da dimensão feminina na Igreja e na sociedade. “Existem lugares e culturas em que a mulher é discriminada ou subestimada unicamente pelo facto de ser mulher, onde se faz recurso até a argumentos religiosos e a pressões familiares, sociais e culturais para sustentar a desigualdade dos sexos, onde se perpetram atos de violência contra a mulher, tornando-a objecto de atrocidades e de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão.”

Na Carta às Mulheres de João Paulo II, há também uma frase que me chama à atenção: “Obrigado a ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas” (Oração Extraída da carta do Papa João Paulo II às mulheres).

Queridas mulheres, o Brasil é uma escola de santos. Quantas mulheres, nesse país, têm mudado de vida, se transformado, incendiado o coração com o Espírito Santo graças a um sinal de TV e rádio que chega a elas com uma pregação, uma oração, a homilia da Santa Missa. Temos a grande responsabilidade com o nosso país, por isso peço às mulheres que não deixem de lutar, que não tenham medo de dizer 'sim' à missão que o Senhor lhes pede.

As mulheres, pelo coração tão generoso que têm, parecem ter uma rede imensa para pescar as graças de Deus. Neste encontro, é o momento de dizermos: “Eis que faço novas todas as coisas”. Vamos dar uma resposta para deus sem medo. Nós estamos num combate e vocês, mulheres, travam, no dia a dia, um combate espiritual.

Quanto tempo você se dedica, na sua vida, às coisas materiais? Quanto você se dedica aos cuidados do seu corpo, acreditando que isso vai garantir felicidade ao seu casamento? Quanto tempo você dedica às compras de roupas, sapatos? Quanto tempo você passa na academia, em casa preparando a refeição, pensado que isso vai ser suficiente para que o amor por alguém possa voltar a nascer? Tudo isso é muito importante, mas como nos diz São Paulo, “nós não lutamos segundo a carne”.

“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever” (Efésios 6,10-13).

"As mulheres, pelo coração tão generoso, têm uma rede imensa para "pescar" as graças de Deus."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

Deus vê as coisas no fundo do coração e, por isso, travamos em nossa alma um combate contra o mundo e nossa carne. Para quem dá mais importância ao corpo e à aparência, façam a experiência de ser de dentro para fora, de atrair as pessoas pelo que vocês são, não pelo que aparentam. Revesti-vos da força de Deus.

Quero colocar toda as mulheres em maior vigilância em sua vida espirital. O demônio é esperto e as envolve numa cilada, mas vocês nem percebem. O demônio usa da nossa carne e deste mundo para armar essas batalhas contra nós.

As Armas para o combate espiritual, para que sejam vencedoras:

1ª arma: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o reino dos céus”. Toda mulher é chamada (tendo ou não bens) a desapegar-se de tudo.

2ª arma: “Felizes as mulheres que choram, porque serão consoladas”. Não tenham medo de chorar, queridas mulheres.

3ª arma: “Felizes as mulheres mansas, porque receberão a terra em herança”. Mansidão, esta é a palavra. Vocês não vão resolver as situações com gritos nem desequilíbrios. Sei que nossa tendência é perder a paciência, mas a escuta é um termômetro da mansidão. Muitas mulheres querem falar, mas também precisam escutar.

4ª arma: “Felizes as mulheres misericordiosas”. Quantas pensam que pela falta de perdão vão vencer as situações em suas vidas! Mas Deus disse: “Eu preciso da capacidade de perdão de vocês, pois ela vai muito além do que vocês pensam.

Querida mulher, Deus está lhe dizendo, nestas palavras, que a vida espiritual não é remar num lago, mas num mar revolto, em que vocês têm de lutar contra a correnteza. Isso acontece devido à tentação que o demônio usa contra as mulheres, como o desânimo, por exemplo.

Em nome de Jesus diga: “Eu renuncio ao desânimo”. Se ele bater à sua porta, não a abra. Se ele entrar, logo, sem perceber, você estará com depressão. O desânimo é um dos males da sociedade.

Pensem em Maria, ela teria sido a primeira mulher a desanimar. Grávida do Espírito Santo 9de quem não se ouvia falar muito naquela época), mãe solteira, com 15 anos, mais ou menos, e que deveria ser apedrejada, fora da cidade, porque já era noiva, já estava prometida em casamento. Mas ela disse 'não' ao desânimo.

5ª arma: “Felizes sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.

Queridas, cada vez que vocês forem perseguidas, não se entristeçam, porque de vocês, mulheres de fé, é o reino dos céus.

Padre Alexandre Paciolli
Legionário de Cristo

Fonte: Canção Nova

24/04/2012

Tudo posso, mas nem tudo me convém

Gisela Savioli
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
Fomos feitos à imagem e semelhança de Deus. É interessante vermos como nosso corpo se conserta de maneira extraordinária. Quem estuda a ciência do metabolismo e não acredita em Deus é tolo, porque não acreditar n'Ele é não render graças à perfeição do corpo humano.

Cada vez que você respira, é Deus lhe dizendo: “Eu amo você”, porque é muita coisa para dar errado, mas acaba dando certo.

Nós não nascemos sabendo e, muitas vezes, somos filhos de uma geração errada. Deus nos fez únicos, e, por isso, o que é bom para mim, pode ser veneno para o outro. Você precisa a aprender a conhecer a sua individualidade bioquímica.

Somos nós mulheres que determinamos o que a nossa família vai comer. Quem faz as compras? Quem vai ao supermercado? Quem determina a alimentação do marido e dos filhos? Você mulher, enquanto gestante, já está definindo a saúde do seu filho por meio da alimentação.

Hoje, vemos que, infelizmente, a obesidade é uma realidade e, cada vez mais, é difícil emagrecer, porque, depois dos 30 anos, nosso corpo fica mais lento. Outro fator que vivemos na sociedade atual, na qual tudo é automático, é o sedentarismo, porque nós já não temos mais o hábito de andar.

Ultimamente, tem sido protocolo de pediatra pedir exame de colesterol para saber se a criança já não tem, aos 8 e 9 anos, problemas com obesidade.

No meu livro “Tudo posso, mas nem tudo me convém”, explico as razões da obesidade e como livrar-se dela.

Deus colocou, no Gêneses, as razões para seguirmos uma alimentação adequada. O Senhor disse: "Produza a terra plantas, ervas que contenham semente e árvores frutíferas que dêem fruto segundo a sua espécie e o fruto contenha a sua semente. E assim foi feito” (Gêneses 1,11).

É com a ajuda das frutas, verduras e legumes que vamos conseguir antioxidantes para ajudar o nosso corpo. Nosso organismo sempre vai nos pedir aquilo que Deus fez para nós. Basta olhar como Ele fez as coisas.

"Somos nós mulheres que determinamos o que a nossa família vai comer."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

As frutas precisam ser comidas, mastigadas. Se o correto fosse consumir as frutas por meio de sucos, Deus já nos mandaria elas líquidas, nas árvores, como fez com o coco. A mastigação é muito importante, porque, na saliva, temos um promotor de crescimento das nossas bactérias do intestino. Enquanto mastigamos, nossa língua manda informações para outros órgãos, para que estes se preparem para receber o alimento.

Temos toda uma sintonia no nosso organismo. Então, para nós é melhor que mastiguemos as frutas. Se você toma o suco da fruta ao invés de comê-la, você quebra as fibras e não manda as substâncias necessárias para seu intestino.

Deus disse: "Pululem as águas de uma multidão de seres vivos, e voem aves sobre a terra, debaixo do firmamento dos céus." (Gêneses 1,20). É churrasco? Não é peixe, é ave. Deveríamos comer mais aves e peixes, porque eles são fontes de proteínas. Os estudo científicos também nos mostram que podemos comer ovos. Até dois ovos por dia não fazem mal à saúde; além dele ser importante para a saúde da gestante e do bebê.

Arroz e feijão são saudáveis, é a comida do brasileiro e não engordam. E Deus não é monótono. Você pode variar o arroz, dar preferência para o arroz integral. E quanto ao feijão? Quantos tipos diferentes de feijão Deus nos deu! Por que comemos o mesmo todos os dias? Opte pelo feijão preto, feijão-de-corda, feijão fradinho... Há também a ervilha, o grão-de-bico, a lentilha.

Precisamos de nutrientes, porque é ele quem vai dar gás para nosso figado trabalhar e eliminar as toxinas.

"Nós temos, por meio da comida, que colocar saúde em nosso organismo."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com

Você já guardou molho de tomate num pote? Já observou o que acontece? Cria-se uma camada de gordura no plástico que você não consegue mais tirar. Quando o molho entra em contato com o plástico, ele troca com este gorduras. O plástico passa a sua gordura tóxica para o molho e o molho passa sua gordura para o pote.

Uma pesquisa mostra que, conforme foram mudando as embalagens, mais foi aumentando o gráfico de obesidade. Antigamente, no tempo da nossa avó, não existia plástico. Tudo era colocado em vidros. Hoje, se a avó de vocês fosse visitar a sua dispensa, o que ela diria sobre os alimentos? “Esse eu não conheço”. Há muitos alimentos industrializados, ninguém quer saber mais de cozinhar, de preparar a comida. Esses hábitos precisam ser retomados. Comece tirando da sua rotina alimentos industrializados. Coma comida de verdade.

Comece olhando a composição dos alimentos quando for ao supermercado. Veja se há algum nome de comida que você conhece lá. Se não tiver, devolva para a prateleira, porque é tudo produto químico industrializado e o corpo sofre para eliminá-lo.

Se fizermos uma reflexão bíblica sobre o alimento, vamos nos perguntar: “Por onde o pecado entrou?” Pela comida, pela boca. Esse já é um sinal de como é difícil dizermos 'não' para alguma coisa. Não que a maçã seja ruim, pelo contrário, ela é ótima para nosso corpo. Na verdade, a maçã de Adão e Eva é uma fruta apenas simbólica.

“Tudo posso, mas nem tudo me convém” é um livro que mostra, já na capa, a mão de uma mulher levando a comida para o homem, porque somos nós que colocamos a comida na mesa para nossa família.

Quando comemos bem, não ficamos com a mente agitada. Nós precisamos estar com o organismo bom para ouvirmos o que o Senhor nos diz, porque se tudo em nós não estiver em ordem, como vamos captar a voz de Deus e ouvir o que Ele tem a nos dizer?

“Nunca sejas guloso em banquete algum; não te lances sobre tudo o que se serve, pois o excesso no alimento é causa de doença, e a intemperança leva à cólica. Muitos morreram por causa de sua intemperança, o homem sóbrio, porém, prolonga sua vida” (Eclesiástico 37, 32-34).

Nós temos, por meio da comida, que colocar saúde em nosso organismo, pelo menos, três vezes ao dia.

Meu livro fala de diversos alimentos que são pró-inflamatórios. Eu convidei um ex-paciente meu para escrever o livro de receitas “Escolhas e impactos – gastronomia funcional”. Além das receitas, o chef conta que, quando foi tirar alguns alimentos da sua vida, foi uma dificuldade para ele.

Um exemplo de alimentação saudável, um maná do século XXI é a banana verde. Ela é fantástica, uma biomassa que você pode incluir no suco, porque dá textura, aumenta o volume e é alimento das suas bactérias intestinais. A banana verde segura a glicemia e é tudo de bom para quem tem colesterol.

Muitas pessoas melhoram sua saúde quando voltam a comer comida e a fazer atividade física. Temos de voltar ao tempo da vovó, a comer as coisas da terra. Não podemos passar mais de três horas sem comer, porque isso quebra a nossa musculatura.

Deus colocou, em Suas Palavras, várias citações para que você possa ser uma ferramenta útil para Ele. Vamos pensar com carinho e colocar, no nosso dia a dia, comida de verdade. Lembre-se: “tudo posso, mas nem tudo me convém”.

Gisela Savioli
Nutricionista e apresentadora do programa "Mais Saúde",
da TV Canção Nova.

23/04/2012

Mulher, esposa e mãe

Salette Ferreira
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com
“Abre tua boca a favor do mundo, pela causa de todos os abandonados; abre tua boca para pronunciar sentenças justas, faze justiça ao aflito e ao indigente. Uma mulher virtuosa, quem pode encontrá-la? Superior ao das pérolas é o seu valor. Confia nela o coração de seu marido, e jamais lhe faltará coisa alguma. Ela lhe proporciona o bem, nunca o mal, em todos os dias de sua vida. Ela procura lã e linho e trabalha com mão alegre. Semelhante ao navio do mercador, manda vir seus víveres de longe. Levanta-se, ainda de noite, distribui a comida à sua casa e a tarefa às suas servas. Ela encontra uma terra, adquire-a. Planta uma vinha com o ganho de suas mãos. Cinge os rins de fortaleza, revigora seus braços. Alegra-se com o seu lucro, e sua lâmpada não se apaga durante a noite. Põe a mão na roca, seus dedos manejam o fuso. Estende os braços ao infeliz e abre a mão ao indigente. Ela não teme a neve em sua casa, porque toda a sua família tem vestes duplas. Faz para si cobertas: suas vestes são de linho fino e de púrpura. Seu marido é considerado nas portas da cidade, quando se senta com os anciãos da terra. Tece linha e o vende, fornece cintos ao mercador. Fortaleza e graça lhe servem de ornamentos; ri-se do dia de amanhã. Abre a boca com sabedoria, amáveis instruções surgem de sua língua. Vigia o andamento de sua casa e não come o pão da ociosidade. Seus filhos se levantam para proclamá-la bem-aventurada e seu marido para elogiá-la. Muitas mulheres demonstram vigor, mas tu excedes a todas. A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se deve louvar. Dai-lhe o fruto de suas mãos e que suas obras a louvem nas portas da cidade.” Provérbios 31,8-31

Essa é a palavra para nós mulheres. Nossa Senhora foi uma mulher como nós, santa sim, pura sim, imaculada e sem pecado, mas o dia-a-dia de Maria foi como o nosso. Talvez você me vê na TV e não sabe que sou mãe, que tenho 2 filhos que são grande graça que Deus me deu para que eu possa viver esse dom profundíssimo que é a maternidade. Dom de mim mesma para eles, ainda que eu esteja cansada, com sono, para mães que trabalham como eu tem que primar a qualidade do tempo, procuro como mãe dar qualidade nas horas que estou com eles, quando estou aqui, estou inteira com vocês, quando estou em casa sou toda deles. Ser mãe, é um toque do céu na nossa humanidade. Como pode ainda existir mulheres que aprovam o aborto? Eu sou mãe de 2 filhos, e tive 2 abortos espontâneos e até hoje sinto um vazio pelos 2 filhos que perdi, se é maravilhoso ter 2 filhos, imagina ter 4, você pode pensar que é muito trabalho, muito corrido, muita noite sem dormir, mais isso faz parte da nossa vida de ser mãe, é um sacrificio de amor, não é um peso. Saiba que você sera santa pela sua maternidade! Faz parte da minha maternidade me doar! Se você não quer se doar, não se case! Mas as mulheres que são chamadas para o matrimônio, trazem em si essa potencialidade, essa capacidade de dar-se, de doar-se. Nós mulheres temos essa força natural que Deus nos deu, para segurar nossa família, para formar nossos filhos, para nos mantermos de pé diante das dificuldades da vida, das dores e sofrimentos. Esse negócio de mulher fraca, não existe, você foi criada por Deus dotada de fortaleza. O homem foi criado por Deus dotado de força física, e as mulheres de força interior. O casamento cai quando deixamos nosso papel para vivermos a superficialidade que o mundo oferece.

“A graça é falaz e a beleza é vã; a mulher inteligente é a que se deve louvar.”
Foto: Maria Andrea/Cancaonova.com

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Maria é a nossa referência de mulher, esposa e de mãe. Temos força para vencer a dor. Deus nos cumulou dessa força, que não está nos braços e nem em ocupar o lugar dos homens, a força da mulher vem de dentro, a capacidade que temos de atravessar uma doença, recomeçar em meio a separação, de criar os filhos sozinha... Essa força que Deus nos dotou vem do alto. Eu preciso estar aonde Deus quer que eu esteja, precisamos rever nossa 'agenda', principalmente você que é musico, você que é mãe e esposa, porque para o pai ainda damos o desconto, porque o homem foi feito para o trabalho, mas a mulher precisa equilibrar a sua vida familiar com a missão. A evangelização começa dentro da minha casa, eu não deixo de sair em missão, mas preciso conciliar. Cuide do seu marido, porque se você não cuidar, outra vai cuidar, se você não for atenta a ele, outra vai ser. Precisamos ter a nossa profissão, mas não podemos deixar de lado a nossa vocação de ser mãe, nascemos para amar. Todas trazemos a maternidade em nós, se não biológicas, sim espirituais. E quantas vezes pelo nosso testemunho geramos filhos espirituais. Não existe mulher infértil para Deus. Mulheres que não podem ter filhos, já pensaram em adotar? Existem crianças esperando um colo, um lar que as acolham, Deus não esqueceu essas crianças, ele escolheu você, te reservou para assumí-las. Deus é providente! Tudo o que fazemos reflete na vida dos nossos filhos e do nosso esposo. A mulher que não reza não sabe lhe dar com as dificuldades, porque quem nos dá a luz para sair das situações é Deus, por isso precisamos ser uma mulher orante em todas as circunstâncias, interromper a vida, é interromper a história.

Transcrição e Adaptação : Edna Carvalho

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Salette Ferreira
Ministra de música e missionária da Comunidade Canção Nova

20/04/2012

O segredo da paciência

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Aprenda a cultivar este dom

“Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras” (Provérbios 16,32).

Um dos sentimentos mais perturbadores da atualidade tem nome: impaciência! A falta de paciência tem feito com que muitas pessoas se desesperem quando entram em contato com esta realidade na vida. Muitos conflitos, raivas e mágoas têm ganhado vida devido à impaciência. Mas o que desencadeia esse sentimento [impaciência]? Como podemos exercitar a paciência em nossa vida? Como controlar a falta dessa virtude? Quais os segredos para ser paciente?

Paciência é uma virtude. Poderíamos defini-la como a capacidade de autocontrole diante de inúmeras realidades que ultrapassam os nossos limites emocionais, sociais e espirituais.

A falta de paciência nasce na vida em função de inúmeros fatores. Fato é que a paciência faz parte do nosso processo humano. Há dias em que acordamos sem essa virtude. As dificuldades começam a se agravar quando a impaciência começa a ocupar grande parcela de nossos pensamentos e, como consequência disso, desestrutura nossa relação com o próximo, com nós mesmos e também com Deus.

Quando o nível de impaciência adquire espaços indevidos em nossa vida, entramos em um campo complexo que necessita de reflexão e, que, na maioria das vezes, exige mudança de atitudes em relação ao que nos rouba a paz interior. Muitos dizem que não têm paciência, mas quando são questionados sobre o que lhes tira a paciência não sabem responder. Quando esta resposta não é clara temos um quadro bastante complexo e que precisa ser analisado tanto na área humana quanto na espiritual. Geralmente quando definimos um sentimento que nos incomoda e não sabemos de onde ele surge, estamos diante de uma realidade que não conhecemos, ou talvez por medo não queiramos entrar em contato com ela. O medo das próprias sombras nos impede de alcançar a luz que ilumina as nossas mais profundas realidades sombrias.

Nem sempre é fácil aceitar o diferente. E está é uma das realidades que mais roubam a paz de muitas pessoas. Na maioria das vezes desejamos que o outro seja como nós, pense, sinta e veja o mundo a partir dos nossos olhares. As relações interpessoais estão marcadas pela falta de paciência com o diferente. Muitos casais, após um tempo de namoro ou de casamento, acabam descobrindo que o namorado ou marido, ou a esposa ou a namorada, é uma pessoa diferente daquilo que imaginavam. Quando isso acontece surgem os conflitos internos que desencadeiam, muitas vezes, sérios desentendimentos conjugais.

Muitos processos de namoro idealizam o outro como o protótipo da perfeição. Imaginam que estão diante de um ser humano perfeito. Quando este mito da perfeição começa a ser desconstruído surge a decepção, a tristeza e a desilusão. Nem sempre é fácil aceitar que durante muito tempo se conviveu com alguém que não era tão perfeito como antes se havia imaginado. Geralmente, quando isso acontece, muitos casais se defrontam com uma verdade com a qual até o momento não haviam tido contato. Superar a ilusão que foi criada e aceitar que o outro não é tão perfeito como se havia imaginado é um processo, muitas vezes, doloroso e que só é superado com muita compreensão e paciência.


Assista: "Há um tempo certo para cada coisa", com Dunga.


Essa falta de paciência se reflete também em muitas famílias. Pais se desentendem com os filhos quando entram em contato com a realidade familiar e descobrem que estes não estão correspondendo ao que um dia lhes fora ensinado. Este fato tem causado muitos desajustes em inúmeras famílias. Durante a infância, os genitores educaram os filhos com a melhor das intenções e procuravam levá-los à igreja; e acreditavam sinceramente que estes iriam seguir os passos que um dia lhes fora ensinado. Mas a adolescência chega e os filhos já não querem ir mais à Santa Missa, não obedecem tanto quanto antes obedeciam. Muitos se tornam rebeldes. Como enfrentar esta situação de desajuste nas relações familiares?

O princípio da paciência é fundamental. Nem sempre é fácil para os pais aceitarem que seus filhos, muitas vezes, não vão seguir tudo aquilo que eles ensinaram. Muitos genitores, quando se defrontam com esta realidade, entram em crise e tentam pela força obrigá-los a fazer o que lhes fora ensinado um dia. A experiência mostra que forçar o outro a fazer aquilo que desejamos provoca muitas confusões e desajustes no lar. Na maioria das vezes a rebeldia dos filhos em não querer ir à igreja é uma maneira camuflada de enfrentarem e dizerem aos pais: “Agora quem manda na minha vida sou eu!”. A oração é fundamental para quem enfrenta situações desse tipo. No diálogo com Deus encontra-se sabedoria para enfrentar situações complicadas e de difícil solução. Contudo, é preciso que os pais procurem conhecer os filhos e o momento que eles estão vivendo. O diálogo em família é fundamental. Mas sempre vale lembrar que a abertura para os filhos começa desde a infância destes. O que não foi construído no tempo dificilmente será construído na pressa. Quem nunca conseguiu se aproximar dos filhos quando estes eram pequenos dificilmente vai conseguir fazê-lo na adolescência destes.

Se a relação de impaciência dos pais com os filhos pode ser conflitiva, o mesmo acontece em relação aos filhos com os pais. Nem sempre os filhos conseguem compreender as “cobranças” dos genitores. Interessante notar que muitos adolescentes querem que seus pais compreendam o mundo no qual estão vivendo atualmente. Esta tentativa nem sempre é frutífera, pois os pais viveram em épocas diferentes das quais os adolescentes e jovens vivem hoje. Tiveram uma educação diferente, de acordo com a época na qual viviam. Os filhos, portanto, precisam desenvolver este olhar compreensivo em relação a seus pais. Tudo isso faz parte da bagagem humana e espiritual destes [pais]. Sempre será preciso que haja compreensão e paciência de ambas as partes para que o respeito e o diálogo possam ser exercidos. O olhar de compreensão é fundamental nas relações familiares. Quando este olhar é descuidado, a paciência cede lugar aos conflitos e desentendimentos.

Muitos funcionários vivem à beira de um ataque de nervos na empresa em que trabalham. Diante de uma variedade enorme de diferentes formas de pensar, por vezes a falta de paciência acaba lhes roubando a paz do ambiente profissional. Nas relações empresariais a impaciência pode ser um dos sentimentos que predominam em quase todos aqueles que convivem diariamente e dividem o mesmo espaço durante todo um ano. O jeito de ser do outro pode causar sérias irritações em todos ou em alguém especificamente. Geralmente, todos desejam que todos sejam iguais. Quando esta postura é adotada pelos funcionários as divergências começam a surgir. O patrão gostaria que o secretário fosse tão ágil no pensamento como ele o é. O secretário acredita que o contador deveria ser tão simpático quanto ele o é. O contador, por sua vez, pensa que a cozinheira deveria ser tão organizada como ele o é... Na maioria das vezes sempre se exige que o outro seja como somos. Quando essa realidade se apresenta estamos diante de um sério conflito de impaciência nas relações interpessoais que atingem diversos funcionários.

A impaciência nas empresas surge muitas vezes de conflitos pessoais mal resolvidos. Muitos projetam suas sombras em outras pessoas. E quando isso acontece o que eles veem de negativo no outro são suas próprias realidades negativas que não foram trabalhadas. Outros passam a vida distribuindo suas sombras interiores para seus colegas de trabalho. Outros ainda nunca tiram férias, pois se ficarem um tempo maior sem suas sombras projetadas, entrarão em desespero, pois terão que enfrentar seu lado sombrio. Sempre será mais fácil projetar no outro aquilo que não se tem coragem de enfrentar.

Outros ao longo da vida desejam que todos caminhem no seu ritmo espiritual. A vida é como um jardim com muitas flores. Algumas estão nascendo, outras começaram a crescer, outras estão com botões, outras já estão florindo. A impaciência no campo espiritual faz com que pensemos que todos estão no mesmo processo que o nosso. E a realidade mostra que não é bem assim. Cada pessoa está em uma etapa no processo de amadurecimento espiritual. Alguns estão bem adiantados na caminhada, outros estão engatinhando, outros ainda estão descobrindo o que é a fé. Cada pessoa exige um ritmo próprio de caminhar. Saber respeitar o tempo de cada um é sabedoria que nasce de um profundo relacionamento com Deus e com o próximo. Corremos o risco de exigir que o outro pule etapas em seu processo de amadurecimento espiritual. Quando isso acontece muitos se sentem sufocados, pois não lhes foi permitido que percorressem o processo necessário de amadurecimento na fé com paciência. Imagine o que seria da primavera se o outono não cumprisse seu tempo? A primavera é um processo de estações. O amadurecimento espiritual é um processo de paciência que nasce de um olhar de respeito diante do tempo de cada ser humano.

Inúmeras comunidades vivem em profundas crises pela impaciência entre seus membros. O diferente sempre é motivo de questionamentos e incompreensões. Diante daquele que pensa de maneira diferente muitos acabam se colocando na defensiva. Talvez, a paciência necessária nas relações comunitárias poderia fazer com que todos aprendessem com quem pensa diferente da maioria. O outro nunca deve ser visto como opositor. Quando o jeito de ser do outro nos questiona e nos retira de nossas seguranças é chegado o momento de refletir e descobrir novos caminhos para criar relações de paz. Não será excluindo quem pensa diferente da maioria que chegaremos a algum lugar. A diferença do outro é motivo para crescer sempre em comunidade de fé. Os discípulos de Cristo não eram iguais entre si. Cada um tinha um estilo de ser. E foram essas diferenças que deram origem às primeiras comunidades cristãs. Jesus sabia que, com a paciência, seria possível compreender a cada sem excluir ninguém do Seu plano de amor.

O excesso de impaciência na vida pode ser fruto da falta de paciência consigo mesmo. Muitas pessoas não conseguem ter paciência com elas mesmas. Muitos vivem reféns do passado. Algemaram em seu coração situações tristes: raiva, mágoas, falta de perdão. Hoje não conseguem ter uma vida de paz. Não se reconciliaram com o que passou e dão vida no presente ao que nunca mais voltará. Quem faz este processo, muitas vezes doentio, perde a oportunidade de reescrever seu presente com tonalidades de esperança. Ter consciência dos processos que aprisionam o presente ao passado pode ser fonte libertadora para dar início a uma nova vida. Reconciliar-se com as próprias sombras é apenas o início de uma caminhada que não tem data marcada para terminar.

Diante de todos aqueles que estavam aprisionados pelos sofrimentos passados, Jesus não condenou, apenas olhou com esperança diante das páginas da vida que cada um deveria escrever. O olhar de possibilidades de Cristo devolveu a cada um a paciência necessária para recomeçar uma nova história.

Em um tempo no qual poucos tinham paciência com o pecador, Jesus iluminou com um olhar de acolhida o coração de todos aqueles que faziam da impaciência uma lei para julgar quem era diferente. Enquanto muitos paravam nos erros, Cristo caminhava pela história de cada pessoa e adentrava no coração de cada uma. O olhar de Cristo Ressuscitado nos ensina hoje o caminho para a prática da paciência no cotidiano da vida. Ver além das aparências, acolhendo a quem pensa diferente, é um caminho para descobrirmos os segredos da paciência.

O cultivo da paciência é um exercício diário. Muitas vezes, o processo da paciência em nós é lento. Mas nem por isso devemos desanimar. Deus é extremamente paciente com as nossas limitações, erros, egoísmos, mentiras. Será cultivando a paciência no jardim de nossa alma que vamos colher flores de bondade e tolerância. A paciência somente será construída no meio de nós, quando Jesus for nosso modelo de amor para com todos.


Vale mais ter paciência do que ser valente; é melhor saber se controlar do que conquistar cidades inteiras” (Provérbios 16,32).

Um dos sentimentos mais perturbadores da atualidade tem nome: impaciência! A falta de paciência tem feito com que muitas pessoas se desesperem quando entram em contato com está realidade na vida. Muitos conflitos, raivas e mágoas tem ganhado vida a partir da impaciência. Mas o que desencadeia a impaciência? Como podemos exercitar a paciência em nossa vida? Como controlar a falta de paciência? Quais os segredos da paciência?

Paciência é uma virtude. Poderíamos defini-la como a capacidade de autocontrole diante de inúmeras realidades que ultrapassam os nossos limites emocionais, sociais e espiritualidade.

A falta de paciência nasce na vida a partir de inúmeros fatores. Fato é que a paciência faz parte do nosso processo humano. Há dias em que acordamos sem paciência. As dificuldades começam a se agravar quando a impaciência começa a ocupar grande parcela de nossos pensamentos e como consequência disto desestrutura nossa relação com o próximo, conosco mesmo e também com Deus.

Quando o nível de impaciência adquire espaços indevidos em nossa vida, entramos em um campo complexo que necessita de reflexão e que na maioria das vezes exige mudança de atitudes em relação ao que nos rouba a paz interior. Muitos dizem que não tem paciência, mas quando são questionados acerca do que lhes tira a paciência não sabem responder. Quando está resposta não é clara temos um quadro bastante complexo e que precisa ser analisado tanto na área humana quanto na espiritual. Geralmente quando definimos um sentimento que nos incomoda e não sabemos de onde ele surge, estamos diante de uma realidade que não conhecemos, ou talvez por medo não queiramos entrar em contato. O medo das próprias sombras nos impede de alcançar a luz que ilumina as nossas mais profundas realidades sombrias.

Nem sempre é fácil aceitar o diferente. E está é uma das realidades que mais roubam a paz de muitas pessoas. Na maioria das vezes desejamos que o outro seja como nós, pense, sinta e veja o mundo a partir dos nossos olhares. As relações interpessoais estão marcadas pela falta de paciência com o diferente. Muitos casais após um tempo de namoro ou de casamento acabam descobrindo que o marido, ou a esposa, é uma pessoa diferente daquilo que imaginavam. Quando isto acontece surgem os conflitos internos que desencadeiam muitas vezes em sérios desentendimentos conjugais.

Muitos processos de namoro idealizam o outro como o protótipo da perfeição. Imaginam que estão diante de um ser humano perfeito. Quando este mito da perfeição começa a ser desconstruído surge a decepção, a tristeza e a desilusão. Nem sempre é fácil aceitar que durante muito tempo se conviveu com alguém que não era tão perfeito como antes se havia imaginado. Geralmente quando isso acontece muitos casais se defrontam com uma verdade que até o momento não haviam tido contato. Superar a ilusão que foi criada e aceitar que o outro não é tão perfeito como se havia imaginado é um processo muitas vezes dolorido e que só é superado com muita compreensão e paciência.

Esta falta de paciência se reflete também em muitas famílias. Pais se desentendem com seus filhos quando entram em contato com a realidade familiar e descobrem que seus filhos não estão correspondendo ao que um dia lhes foi ensinado. Este fato tem causado muitos desajustes em inúmeras famílias. Durante a infância, os pais educaram os filhos com a melhor das intenções e procuravam leva-los para a Igreja; e acreditavam sinceramente que seus filhos iriam seguir os passos que um dia lhes fora ensinado. Mas adolescência chega e os filhos já não querem ir mais para a Missa, não obedecem tanto quanto antes obedeciam. Muitos se tornam rebeldes. Como enfrentar esta situação de desajuste nas relações familiares? O princípio da paciência é fundamental. Nem sempre é fácil para os pais aceitarem que seus filhos muitas vezes não irão seguir tudo aquilo que eles ensinaram. Muitos pais quando se defrontam com esta realidade entram em crise, e tentam pela força obrigarem os filhos a fazerem o que lhes foi ensinado um dia. A experiência mostra que forçar o outro a fazer aquilo que desejamos provoca muitas confusões e desajustes no lar. Na maioria das vezes a rebeldia dos filhos em não querer ir a Igreja é uma maneira camuflada de enfrentarem e dizerem aos pais: “Agora quem manda na minha vida sou eu!” A oração é fundamental para quem enfrenta situações neste nível. No diálogo com Deus encontra-se sabedoria para enfrentar situações complicadas e de difícil solução. Contudo, é preciso que os pais procurem conhecer seus filhos e o momento que eles estão vivendo. O diálogo em família é fundamental. Mas sempre vale lembrar que a abertura para os filhos começa desde a infância. O que não foi construído no tempo dificilmente será construído na pressa. Quem nunca conseguiu se aproximar dos seus filhos quando pequenos dificilmente irá conseguir na adolescência.

Se a relação de impaciência dos pais com os filhos pode ser conflitiva, o mesmo acontece em relação aos filhos com os pais. Nem sempre os filhos conseguem compreender as “cobranças” dos pais. Interessante notar que muitos adolescentes querem que seus pais compreendam o mundo no qual estão vivendo atualmente. Está tentativa nem sempre é frutífera, pois os pais viveram em épocas diferentes das quais os adolescentes e jovens vivem hoje. Tiveram uma educação diferenciada, de acordo com a época na qual viviam. Os filhos, portanto, precisam desenvolver este olhar compreensivo em relação a seus pais. Tudo isto faz parte da bagagem humana e espiritual dos pais. Sempre será preciso que haja compreensão e paciência de ambas as partes para que o respeito e o diálogo possam ser exercidos. O olhar de compreensão é fundamental nas relações familiares. Quando este olhar é descuidado a paciência cede lugar aos conflitos e desentendimentos.

Muitos funcionários vivem a beira de um ataque de nervos na empresa em que trabalham. Diante de uma variedade enorme de diferentes formas de pensar, por vezes a falta de paciência acaba roubando a paz do ambiente de trabalho. Nas relações empresariais a falta de paciência pode ser um dos sentimentos que predominam em quase todos aqueles que convivem diariamente e dividem o mesmo espaço durante todo um ano. O jeito de ser do outro pode causar serias irritações em todos ou em alguém especificamente. Geralmente todos desejam que todos sejam iguais. Quando esta postura é adotada pelos funcionários as divergências começam a surgir. O patrão gostaria que o secretario fosse tão ágil no pensamento como ele é. O secretário acredita que o contador deveria ser tão simpático quanto ele é. O contador pensa que a cozinheira deveria ser tão organizada quanto ele é... Na maioria das vezes sempre se exige que o outro seja como somos. Quando esta realidade se apresenta estamos diante de um sério conflito de impaciência nas relações interpessoais que atingem diversos funcionários.

A impaciência nas empresas surge muitas vezes de conflitos pessoais mal resolvidos. Muitos projetam suas sombras em outras pessoas. E quando isto acontece o que eles veem de negativo no outro são suas próprias realidades negativas que não foram trabalhadas. Outros passam a vida distribuindo suas sombras interiores para seus colegas de trabalho. Outros ainda nunca tiram férias, pois se ficarem um tempo maior sem suas sombras projetadas, entrarão em desespero, pois terão que enfrentar seu lado sombrio. Sempre será mais fácil projetar no outro aquilo que não se tem coragem de enfrentar.

Outros ao longo da vida desejam que todos caminhem no seu ritmo espiritual. A vida é como um jardim com muitas flores. Algumas estão nascendo, outras começaram a crescer, outras estão com botões, outras já estão florindo. A impaciência no campo espiritual faz com que pensemos que todos estão no mesmo processo que o nosso. E a realidade mostra que não é bem assim. Cada pessoa está em uma etapa no processo de amadurecimento espiritual. Alguns estão bem adiantados na caminhada, outros estão engatinhando, outros ainda estão descobrindo o que é a fé. Cada pessoa exige um ritmo próprio de caminhar. Saber respeitar o tempo de cada um é sabedoria que nasce de um profundo relacionamento com Deus e com o próximo. Corremos o risco de exigir que o outro pule etapas em seu processo de amadurecimento espiritual. Quando isto acontece muitos se sentem sufocados, pois não lhes foi permitido que percorressem o processo necessário de amadurecimento na fé com paciência. Imagine o que seria da primavera se o outono não cumprisse seu tempo? A primavera é um processo de estações. O amadurecimento espiritual é um processo de paciência que nasce de um olhar de respeito diante do tempo de cada ser humano.

Inúmeras comunidades vivem em profundas crises pela impaciência entre seus membros. O diferente sempre é motivo de questionamentos e incompreensões. Diante daquele que pensa de maneira diferente muitos acabam se colocando na defensiva. Talvez, a paciência necessária nas relações comunitárias poderia fazer com que todos aprendessem com quem pensa diferente da maioria. O outro nunca deve ser visto como opositor. Quando o jeito de ser do outro nos questiona e nos retira de nossas seguranças é chegado o momento de refletir e descobrir novos caminhos para criar relações de paz. Não será excluindo quem pensa diferente da maioria que chegaremos a algum lugar. A diferença do outro é motivo para crescer sempre em comunidade de fé. Os discípulos de Cristo não eram iguais entre si. Cada um tinha um estilo de ser. E foram estas diferenças que deram origem as primeiras comunidades cristãs. Jesus sabia que com a paciência seria possível compreender a cada sem excluir ninguém do seu plano de amor.

O excesso de impaciência na vida pode ser fruto da falta de paciência consigo mesmo. Muitas pessoas não conseguem ter paciência com elas mesmas. Muitos vivem reféns do passado. Algemaram em seu coração situações tristes: raiva, mágoas, falta de perdão... Hoje não conseguem ter uma vida de paz. Não se reconciliaram com o que passou e dão vida no presente ao que nunca mais voltará. Quem faz este processo, muitas vezes doentio, perde a oportunidade de reescrever seu presente com tonalidades de esperança. Ter consciência dos processos que aprisionam o presente ao passado pode ser fonte libertadora para dar inicio a uma nova vida. Reconciliar-se com as próprias sombras é apenas o inicio de uma caminhada que não tem data marcada para terminar. Diante de todos aqueles que estavam aprisionados pelos sofrimentos passados, Jesus não condenou, apenas olhou com esperança diante das páginas da vida que cada um deveria escrever. O olhar de possibilidades de Cristo devolveu a cada um a paciência necessária para recomeçar uma nova história.

Em um tempo onde poucos tinham paciência com o pecador, Jesus iluminou com um olhar de acolhida o coração de todos aqueles que faziam da impaciência uma lei para julgar quem era diferente. Enquanto muitos paravam nos erros, Jesus caminhava pela história de cada pessoa e adentrava no coração de cada um. O olhar de Cristo nos ensina hoje o caminho para a prática da paciência no cotidiano da vida. Ver além das aparências, acolher quem pensa diferente é um caminho para descobrirmos os segredos da paciência.

O cultivo da paciência é um exercício diário. Muitas vezes o processo da paciência em nós é lento. Mas nem por isso devemos desanimar. Deus é extremamente paciente com as nossas limitações, erros, egoísmos, mentiras... Será cultivando a paciência no jardim de nossa alma que iremos colher flores de bondade e tolerância. A paciência somente será construída no meio de nós, quando Jesus for nosso modelo de amor para com todos.

Pe. Flávio Sobreiro

Padre Flávio Sobreiro

Fonte: Canção Nova

19/04/2012

As famílias estão ameaçadas!

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O grave dano de uma péssima lei

As leis devem apoiar e privilegiar a virtude e o bem. É claro que para se chegar a esse fim são necessários o sacrifício, a renúncia ao mal e a força de vontade moral. No entanto, o mundo de hoje quer “soluções fáceis e rápidas para problemas difíceis”, como dizia Paulo VI. Não quer mais saber de sacrifício nem de virtude; elimina a moral com a “ditadura do relativismo” (como ensina Bento XVI), a qual justifica qualquer comportamento, seja bom ou mau; ou seja, elimina a moral, os bons costumes, aquilo que o Catecismo da Igreja Católica ensina em sua terceira parte, o “lex vivendi”.

Sabemos que não há solução fácil e rápida para problemas difíceis; nenhum médico vai receitar apenas algumas aspirinas a quem tem um grave câncer. Não, a pessoa terá talvez que ser operada, fazer sessões de radioterapia e quimioterapia. Da mesma forma, nas doenças da sociedade também não adianta dar “aspirinas” para curar o doente; é preciso mais. Uma dessas leis negativas e perniciosas foi a Emenda Constitucional 66, publicada em julho de 2010, que extinguiu os prazos necessários para a realização do divórcio. Antes, era necessário estar separado judicialmente há um ano ou separado, de fato, por dois anos para o casal poder se divorciar”, afirma em nota a assessoria de imprensa do órgão.

Nesse período de “carência” o casal separado poderia ainda se reconciliar, pensar, amadurecer os motivos da separação, que nem sempre são tão graves. Quantos chegaram à reconciliação mediante o perdão! Mas quando a lei facilita a separação, o mal cresce e destrói mais ainda, ao invés de construir. Os cartórios de notas passaram a lavrar escrituras de divórcio em 2007, com a aprovação da lei 11.441/07, que desburocratizou o procedimento e permitiu a realização de divórcios consensuais nesses locais.


Assista: "Família, Igreja doméstica", com professor Felipe Aquino


Podem se divorciar em cartório os casais sem filhos menores ou incapazes. Também é necessário que não haja litígio entre eles. Na escritura, o casal deverá estipular as questões relativas à partilha dos bens, ao pagamento ou dispensa de pensão alimentícia e à definição quanto ao uso do nome se um dos cônjuges tiver adotado o sobrenome do outro.

Por essa razão, o número de divórcios cresceu quase 50%, em 2011, em cartórios de São Paulo.

Um levantamento divulgado dia 14/3/2012 pelo Colégio Notarial do Brasil – Seção São Paulo, mostra que, em 2011, os cartórios paulistas realizaram 13.909 divórcios, número 48,3% maior em relação a 2010 – quando foram 9.377 casos. (Do UOL, em São Paulo – 14/3/2011). Chegamos diante desses números à triste conclusão já esperada e anunciada pela Igreja: a lei, em vez de fortalecer a família e o casamento, os empurra ainda mais para o abismo.

A taxa geral de divórcios registrados no Brasil atingiu em 2010 o seu maior nível em 26 anos: 1,8 para cada mil habitantes com 20 anos ou mais, de acordo com as estatísticas do Registro Civil, divulgadas pelo IBGE (Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística). Em 2000, por exemplo, esse índice foi de 1,2; em 2005, de 1,3. A taxa de separação (processo no qual as partes ainda ficam impedidas de formalizar uma nova união), por outro lado, caiu para o menor patamar desde o início da série histórica, iniciada em 1984: 0,5 para cada mil habitantes. Em números absolutos, foram 243.224 divórcios e 67.623 separações no país durante o ano.

É claro que esses números estão diretamente ligados à mudança da legislação, que acabou com o tempo mínimo necessário de separação para dar entrada no divórcio. Esse foi um fator decisivo para que o rompimento legal de vínculo de matrimônio entre cônjuges tivesse esse aumento tão expressivo. Em contrapartida a Igreja continua afirmando que o casamento válido é indissolúvel.

Fonte: Canção Nova

18/04/2012

Pai não fique calado, abra o diálogo!

pais e filhos

Os dias atuais gritam pelo “pai como referência masculina”.

Estamos numa época em que reunião é o que não falta. Falam-se muito em planos, metas, objetivos, sonhos e prioridades. Falamos e escutamos tanta gente e tantas coisas e não paramos para dialogar com quem está em nossa casa. Acabamos esquecendo, deixando passar.

Você que é pai sabe que é preciso ter foco e tempo para realizar as metas e não apenas ficar sonhando. Pai, quando você olha para a sua lista de prioridades, em que ordem de importância está a sua família e os seus filhos? Eles são os primeiros da lista?

Dialogar com os filhos é uma necessidade básica e também um aprendizado diário, hora conversar com o “filho homem” e hora com a “filha mulher”, os assuntos são diversos para cada idade.
Falar com a filha nem sempre é fácil para o pai, pois se tem em mente que é papel da mãe, existem os tabus e as dificuldades que devem ser superados.

Muitas vezes as filhas sendo meninas ainda com dúvidas ou mulheres já praticamente formadas, sentem vergonha de iniciarem conversas com o pai ou o próprio pai coloca barreias na comunicação, travando ou não dando espaço para o diálogo. De maneira alguma isso pode acontecer.

Eu como pai de duas meninas sei como às vezes é meio confuso tratar alguns assuntos como roupas, jeito de se vestir, comportamento, pois nós homens temos um jeito diferente de dizer das mulheres: ás vezes mais rápidos, com poucas palavras, ás vezes como ordem. Mesmo assim é necessário que elas cresçam com uma referência masculina dentro de casa, referência que elas vão levar para a fase adulta e pelo resto da vida.

Eu acredito no diálogo e quero crescer neste ponto fundamental do relacionamento entre pai e filha. Três verbos são base na minha vivência como pai: dialogar, confiar e perdoar. É na conversa do dia-a-dia que semeio os valores da fé e da moral no coração das minhas filhas. A Rebeca, a filha primogênita, já escutou várias vezes da minha boca isso: eu confio em você!

pais e filhos

E quero dizer também para a Sofia, a filha caçula.

Essa confiança precisa ser incondicional, pautado no “amor incondicional de Deus por nós, seus filhos”.

Caso a filha pise na bola, não posso castigar e sim perdoar. Claro, elas sabem de “direitos e deveres” que são aplicados conforme o comportamento; mas o perdoar deve perpetuar em nosso relacionamento.

“Ensina teu filho e ocupa-te com ele, para que não venhas a sofrer com a sua depravação” Eclo 30,13 (o significado de depravação é: corrupção, devassidão, perversão, degeneração de costumes). Portanto pai tome posse da sua paternidade, seja presença na vida da sua filha e abra o caminho da amizade através do diálogo.

Ainda é tempo de refletir: o que é mais importante?

Fique com Deus!

Fonte: Tem Jeito

17/04/2012

A oração dos 7 passos

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Uma forma prática para crescer na vida de oração

Por incrível que pareça é cada vez mais comum as pessoas do nosso tempo buscarem alguma forma para entrar em contato com o “ser superior” (como alguns chamam). Esse Ser Superior, para os cristãos e a maioria da humanidade, se chama “Deus”! Ele traz um profundo desejo de estar cada vez mais próximo de você e de conversar com você. Um dos meios mais comuns para entrar em contato com o Senhor se chama: “oração“. Porém, a maioria das pessoas sente muita dificuldade para orar e costuma dizer:

1. “…não sei o que é isso direito…”
2. “…não sei como começar isso…”
3. “…até sei começar, mas logo paro de rezar (orar)…” [inconstância]
4. “…só rezo (oro) quando passo por dificuldades…”
5. “rezo (oro), sim, mas do meu jeito…”
6. “rezo (oro) sempre, em todo lugar… (na maioria das vezes uma desculpa de que ainda não aprendeu a orar direito).

Então, para tentar resolver alguns desses problemas, quero mais do que ficar dando explicações teológicas sobre oração. Vou lhe mostrar uma forma muito fácil e prática para você aprender a orar, a ter constância e crescer no relacionamento com esse “Ser Superior”, a quem chamamos de Deus. Prepare-se, vamos aprender a “Oração dos 7 Passos“.

1° Passo:
Determine um lugar para você orar, esse será o seu “cantinho de oração”; nada daquela história de “oro no ônibus”, “no caminho para a escola”, claro você também pode fazer isso nestes momentos, mas Deus é Pai e não quer que você fique só com “lanchinhos”, entende? A oração pessoal deve ter lugar próprio, porque é refeição completa! Você precisa de um lugar no qual as pessoas não o fiquem atrapalhando ou o interrompendo, estamos em busca de um lugar que lhe proporcione intimidade. Existem muitas opções: uma capela (igreja), um lugar mais afastado da casa, um quarto, etc. Agora descubra o seu lugar de oração!

2° Passo:
Geralmente estamos acostumados a orar (rezar) enquanto sentimos vontade de orar (rezar), mas aprendi que “sem disciplina não há santidade” e poderia dizer mais: “sem disciplina não há intimidade”, por isso existem dias em que você ora (reza) muito tempo e outros em que você não quer rezar (orar) nada, e diz: “estou sem vontade”… “estou cansado”… “com sono”… “foi muito corrido o dia”; e por aí vai. Por isso você precisa determinar quanto tempo você vai dar para Deus por dia, talvez para alguns fique fácil de entender assim: é como um dízimo do tempo, pense quanto tempo você deu para a internet? Para a TV? Para os amigos? Para a família? Para o trabalho? Etc. E para Deus? Quanto tempo você tem? Uma dica e uma regra, primeiro a dica: nunca comece com muito tempo, é como na academia: vá devagar no começo (10 minutos?) e depois vá aumentando; e a regra: o tempo sempre pode aumentar, mas nunca diminuir! O importante para Deus não é quantidade, mas o amor com que você reza (ora) e não importa se está cansado ou coisa do tipo; o Senhor o aceita mesmo assim! Não tem desculpa. E aí? Quanto tempo vai dar para Deus? Ah! Escolha também o melhor horário do dia (manhã, tarde, noite ou madrugada?).

3° Passo:
Rezar (orar) um Pai-Nosso e uma Ave-Maria. O Pai-Nosso foi a oração que Jesus nos ensinou (cf. Mt 6, 9-13), nela vamos encontrar grandes ensinamentos que o Senhor nos deixou; e também a Ave-Maria, pois, quando recitamos essa oração, realizamos uma profecia bíblica, você sabia? Veja o que a Bíblia diz em Lucas 1, 48: “…Sim, de agora em diante todas as gerações me proclamarão bem-aventurada”. A maior proclamação que ela é “bem-dita” na verdade é feita pelo próprio Deus, o Anjo Gabriel, disse: “Ave Maria, cheia de Graça, o Senhor é convosco” (Lc 1, 28). Recitar a Ave-Maria é fazer eco da voz de Deus no tempo que se chama hoje; e na segunda parte: “Santa Maria mãe de Deus, rogai por nós, pecadores, agora e na hora da nossa morte, amém”. Não há nada de errado também; que ela é santa todo o mundo sabe, nós a chamamos de Mãe de Deus somente porque Jesus é Deus e, no fim, pedimos que interceda por nós, mais ou menos como muitas pessoas fazem pedindo uns aos outros oração. Fique tranquilo, pode rezar (orar) sem medo.

4° Passo:
Chegou a hora de louvar, isso significa agradecer. Neste momento você deve ir se lembrando de tudo o que você passou neste dia ou no dia anterior, ou até mesmo lembranças que vierem à sua mente neste momento, pode agradecer a Deus, pode fazer mais ou menos assim: “Senhor, eu Te louvo, porque hoje eu abri meus olhos e vi as nuvens no céu, elas estavam lindas. Senhor, eu Te louvo, porque hoje não me faltou o alimento, Te louvo porque sei que estás sempre ao meu lado. Eu Te louvo por tudo… por aquilo que foi bom e por aquilo que ainda não foi bom…”.

5° Passo:
Todo o mundo erra, não é verdade? Então vamos pedir perdão ao Senhor por todas as coisas que fizemos e não foram muito legais, um dia li no Evangelho que Jesus chorava (cf. Lc 19,41), Ele chorava porque os pecados que aquelas pessoas cometiam não machucavam somente elas mesmas, mas machucavam também o Seu Coração… E o mesmo Jesus que as amava o ama também. Por isso, vamos pedir perdão ao Senhor pelas vezes em que erramos e fizemos aquilo que não deveríamos fazer; pode começar assim: “Senhor, me perdoe… hoje eu menti, tive vergonha de assumir a verdade. Senhor, me perdoe também quando fiquei com muita raiva daquela pessoa… Senhor, perdão…”.

6° Passo:
Agora é o mais fácil: chegou a hora de pedir, fazer a sua prece, seus pedidos. Uma dica: você pode começar pedindo pelos outros e deixar para o fim os seus pedidos pessoais. Quando fizer os seus pedidos lembre-se disso: “A confiança que depositamos nele é esta: em tudo quanto lhe pedirmos, se for conforme à sua vontade, Ele nos atenderá” (I Jo 5,14).

7° Passo:
Oração é diálogo, é conversa, e em uma conversa sempre existe a hora de ouvir; portanto, chegou a hora de ouvir. Hora de ouvir a Deus, talvez pense: “Nossa! Isso é muito difícil…” Não é não! Vou lhe mostrar: você tem Bíblia? Se não tiver é bom comprar uma, se perdeu é bom achá-la (risos). E se você estiver lendo esse texto no computador é só procurar no Google (ou outro buscador) por “Bíblia”, se quiser tem uma versão em pdf. Então pegue sua Bíblia e leia (ouça… risos) uma parte qualquer e depois em silêncio. Deixe ressoar dentro de você a “Voz de Deus”, viu como é fácil? Uma dica: se você está começando a ter contato com a Sagrada Escritura agora, então comece pelo Novo Testamento, é uma linguagem mais próxima da nossa ou então pelos Salmos, também será um bom começo e quando não entender alguma coisa, procure pessoas que realmente o ajudem e não o deixem mais confuso (a).

Pronto! Agora você já pode ter uma vida de oração constante, seja fiel, se marcou um lugar e uma hora, então você tem um encontro: “Um encontro com Deus”. Não falte, tenha certeza: Ele não vai faltar! Não pare de caminhar, esses simples 7 passos vão levá-lo ao Céu!

Deus os abençoe!

Padre Sóstenes Vieira
Comunidade Canção Nova

16/04/2012

Amizade entre pais e filhos

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Os bons exemplos jamais são esquecidos

Os pequenos detalhes podem mudar toda uma história. Foi assim com a minha família e poderá ser com a sua também. Meu avô tem um Corsel azul ano 78, um carro bem antigo e conservado, uma verdadeira relíquia, e há mais de 30 anos ele colocou um adesivo nele com a seguinte frase: “Adote seu filho, antes que um traficante o faça!”

Jamais me esqueci desse autoadesivo, aquele simples detalhe trazia estampado o lema de nossa família, o amor e o cuidado do meu avô, livrou-nos das mãos dos traficantes. Infelizmente, a realidade das drogas se agravou muito nos últimos tempos, as razões que levam um jovem a recorrer a elas são inúmeras, mas o amor dos pais sempre será um excelente caminho de prevenção para esse mal.

Muitos jovens têm se perdido nas drogas, na violência, na prostituição, procurando na maioria das vezes preencher a solidão, o vazio e a falta de amizade não encontrada em casa nesses meios. Na verdade, eles querem ser ouvidos e se sentir amados. Buscam nas "aventuras" que as drogas proporcionam meios para ser felizes, querem ser acolhidos por seus pais, buscam o abraço não recebido, a palavra de consolo não dada e, indireta e equivocadamente, fazem dos traficantes seus heróis, pois estes são aparentemente capazes de fornecer o seu objeto de felicidade: a droga.


Assista: "PHN - Relação pais e filhos" - Dunga

Vídeo Canção Nova


Ora, os jovens apenas querem encontrar alguém que os escute e compreenda, e acima de tudo, os ame como eles são. Mas nesta dinâmica não podemos fechar os olhos para o mistério da liberdade. Conheço muitos pais que amam os filhos, mas estes, infelizmente, escolheram o caminho das drogas. No entanto, somente no amor o homem é verdadeiramente livre. Por isso, os que estão vivendo essa situação somente pelo amor serão resgatados e libertos.

Sou jovem, mas já pude perceber que o mal do mundo não está nas drogas, no álcool, na prostituição, na violência em si, etc., o mal do mundo está na falta de AMOR, de acolhimento, de presença – falta de Deus. É certo que a formação de uma pessoa normalmente passa por três organismos: família, escola e Igreja. É triste ver que esta educação está sendo deixada nas mãos dos meios de comunicação de massa, os quais, na maioria das vezes, deformam em vez de formar os homens. Convido você a fazer a seguinte reflexão:

O que seus filhos têm visto na TV? Quais músicas eles têm escutado? Em quais sites andam navegado? Como está sua relação com eles? Gaste tempo com seus filhos, converse com eles, interesse-se pelos sonhos e projetos deles, seja amigo deles!

Proponho um desafio: "Adote" seu filho! Isso não quer dizer que você não deva corrigi-lo, pois quem ama corrige! Nunca esqueça: um jovem não quer um cúmplice, quer um pai, um amigo, alguém que o ame e, principalmente, deixe estampado em sua vida o lema do amor, pois, os bons exemplos jamais serão esquecidos.

“Não basta ser pai, tem que participar.” Lembra desse slogan?

Agora quero convidar você que é pai e mãe, professor (a), avô, avó, tio (a), etc., a adotar os jovens. Adote seu filho! Seja presença, escute-o, conte suas histórias, mostre a eles suas relíquias, não tenha medo de propagar o lema da sua família. Com certeza, muita coisa mudará dentro de sua casa. Ame seus filhos, pois o amor poderá salvá-los das mãos do inimigo.

O carro do meu avô certamente não durará mais 30 anos, porém, o conteúdo daquele adesivo, o pequeno detalhe, gravado em uma frase, e testemunhado com a sua vida, este, sim, jamais será esquecido.

Os pequenos detalhes podem mudar toda uma história. Foi assim, com a minha família e poderá ser com a sua também.

Meu avô tem um Corsel azul ano 78, um carro bem antigo e conservado, uma verdadeira relíquia, há mais de 30 anos ele colocou neste carro um adesivo com a seguinte frase: “Adote seu filho, antes que um traficante o faça!”

Jamais me esqueci deste adesivo, aquele simples detalhe trazia estampado o lema de nossa família, o amor e o cuidado do meu avô, livrou-nos das mãos dos traficantes.

Infelizmente a realidade das drogas se agrava nos últimos tempos, as razões que levam um jovem a recorrer a elas são inúmeras, mas o amor dos pais é um excelente caminho de prevenção a elas.

Muitos jovens têm se perdido nas drogas, na violência, na prostituição, procurando nestes meios o acolhimento dos seus pais, o abraço não recebido em casa, buscam nos traficantes alguém que o escute, e compreendam.

Conheço muitos pais que amam os seus filhos, mas que eles infelizmente escolheram pelo caminho das drogas, creio que o amor dos pais será a única via no qual estes filhos agora escravos das drogas, serão libertos pelo amor.

Sou jovem, mas já pude perceber que o mal do mundo não está nas drogas, no álcool, na prostituição, na violência, etc, o mal do mundo está na falta de AMOR, de acolhimento, de presença – Falta de Deus.

É certo que a formação de uma pessoa normalmente passa por três organismos: família, escola e igreja. É triste ver que esta educação está sendo deixada nas mãos dos meios de comunicação de massa, convido você a seguinte reflexão:

O que seus filhos tem visto na TV? Quais músicas eles tem escutado? Quais sites andam navegado? Como está a relação com seus filhos?

Convido você a gastar tempo com seus filhos, converse, interesse-se pelos seus sonhos, projetos, seja amigo do seu filho. Proponho um desafio:

Adote seu filho!

E isso não quer dizer que você não deva corrigi-lo, quem ama corrige. Nunca se esqueça: um jovem não quer um cúmplice, quer um pai, amigo, alguém que o ame, e principalmente deixe estampado em sua vida o lema do amor, pois, os bons exemplos jamais são esquecidos.

“Não basta ser pai, tem que participar.” Lembra desse slogan?

Teríamos muito a falar sobre esse tema, e voltaremos a fazê-lo, mas agora quero convidar a você que é pai e mãe a adotar seu filho! Seja presença, escute, conte suas histórias, mostre a eles suas relíquias, o lema da sua família, com certeza muita coisa mudará dentro de sua casa.

Ame seus filhos, pois o amor poderá preveni-los das mãos do inimigo.

O carro do meu avô certamente não durará mais 30 anos, porém o conteúdo daquele adesivo, o pequeno detalhe, gravado em uma frase, e testemunhado com a sua vida, este sim jamais será esquecido.

Emanuel Stênio @emanuelphn
Missionário da Comunidade Canção Nova