24/11/2015

Por que a Igreja condena o Espiritismo?


Segundo a Federação Espírita do Brasil, o "espiritismo é o conjunto de princípios e de leis,revelados pelos Espíritos Superiores, contidos nas obras de Allan Kardec que constituem a Codificação Espírita". A revelação é por eles obtida pela invocação dos mortos, cujos espíritos seriam aqueles mencionados na definição. Esta é só a primeira das muitas incompatibilidades existentes entre o espiritismo e o cristianismo.




De forma prática, um espírita não pode ser considerado cristão pois não crê nas verdades básicas do Cristianismo. Basta observar rapidamente os princípios que o regem para perceber a enorme diferença entre ambos.

A Sagrada Escritura, para eles, é um documento histórico que contém aspectos de verdade. Um livro cujo conteúdo moral deve ser seguido. A Palavra de Deus, para os católicos, é uma pessoa. É Jesus Cristo, que se fez carne e habitou entre nós. A Bíblia é uma forma de transmitir e receber a presença da pessoa que é Jesus. Ele é a Revelação do Pai. É o centro, o cume e o ápice da revelação divina, pois é o próprio Deus.

Da mesma forma, os católicos creem que Jesus Cristo é Deus Encarnado. A segunda pessoa da Santíssima Trindade. O homem não poderia, por sua própria capacidade, alcançar Deus, ir até Ele. Assim, em sua infinita bondade e misericórdia, Deus se fez homem e habitou entre nós, na pessoa de Jesus Cristo.

A Igreja, para os católicos, é o Corpo de Cristo. Jesus é a cabeça e a Igreja é o seu corpo vivo inserido na história. Para estar em plena sintonia com Cristo é preciso ser membro da Igreja. Assim, o Cristianismo não é apenas uma doutrina, mas um acontecimento, pois o próprio Deus encarnado irrompe na história temporal e se encontra com o homem.

Além disso, Jesus Cristo é o Salvador. A sua morte na Cruz significa a redenção. Nas religiões pagãs é o próprio homem quem se salva; por isso, o espiritismo pode ser encaixado como pagão, ao pregar a reencarnação.

Trata-se de um outro mundo, completamente diferente. O espiritismo é o avesso do cristianismo. Não é possível ser católico e espírita, pois estes últimos não são cristãos, eles não acreditam que Jesus seja Deus, que Ele morreu e ressuscitou, que é o Salvador do mundo, não acreditam na Igreja, nos sacramentos, nos demônios - que para eles seriam apenas almas desencarnadas num estágio inferior -, nem nos anjos - que seriam apenas almas desencarnadas num estágio superior -, nem mesmo na intercessão dos santos, nem num lugar de destaque onde estão os santos e santas de Deus. Enfim, é tudo muito diferente.

Se é assim, por que tantos espíritas se dizem católicos? Por desonestidade dos dirigentes, os quais usam a propaganda de que não há incompatibilidade para ‘pescar’ católicos ingênuos e mal formados.

Seria muito salutar para ambos os lados se fosse informada a realidade pungente de que existe sim uma profunda e irremediável incompatibilidade entre o espiritismo e o catolicismo, pois são religiões em tudo diferentes e que não é possível pertencer às duas.


Texto: Padre Paulo Ricardo

13/11/2015

Exorcista fala sobre a degradação Moral e o Futuro

A degradação moral da nossa sociedade…
Padre José Fortea, Exorcista espanhol nos dá sua visão sobre como as coisas estão caminhando nos dias de hoje em nossa sociedade e como ele vê o futuro…
Exorcista fala sobre a degradação Moral e o FuturoQuando na década dos anos 90 eu escrevi meu romance Cyclus Apocalypticus, imaginei que o novo circo romano, o espetáculo de crueldade e execuções, seria a Televisão. Quão longe estava eu de imaginar qual seria o limite de perversões sangrentas que se chegariam os video games.
Aqui certamente temos a escola e o lugar de entretenimento dos futuros psicopatas.
Num futuro próximo, estou convencido de que haverá festas onde todos os jovens estarão completamente nus. Os programas de Televisão
conduzirão muitos ao abismo. O Suicídio, a Eutanásia e o Aborto não terão mais reprovações alguma. E em uma sociedade onde qualquer vício será aceito como normal, a única que não terá seu lugar nesta sociedade será a Igreja. A ela se perseguirá juridicamente, a assediarão até derruba – lá.
Depois veremos os problemas econômicos, sociais, geopolitícos, e as pessoas não associarão isso a degradação moral que cercará tudo. E somente nós, os cristãos, saberemos qual é a verdadeira raiz do problema.
Tudo isso que Padre Fortea nos apresenta é realmente algo muito sério, algo real e que não esta muito longe de acontecer…Por isso precisamos rezar! Mas não somente rezar; rezar e anunciar a Palavra de Deus. Anunciar a Palavra de Deus e denunciar as obras das trevas!
O nosso povo precisa que a verdade de Deus os liberte, os cure e os salve, mas se ninguém falar, se ninguém anunciar, como conhecerão?!
Estamos no tempo de apresentar Deus a todos aqueles que nos cercam…Não tenhamos medos!
Coragem!
Deus abençoe você!
Deixe seus comentários abaixo, será importante saber sua experiência ou opinião sobre o assunto!

12/11/2015

Sexo virtual: carências e consequências

A internet tornou-se uma ferramenta fácil para proliferar o sexo virtual

O sexo virtual começou pelo uso do telefone há bastante tempo; algumas agências até se especializaram em oferecer esse tipo de atividade com moças e rapazes “de programa” contratados para isso. Foram os famosos “Teles”: telefantasia, tele-erótico, telesexy, telegay, tele-horóscopo, teletarô, enfim… “telepecado”.
É incrível a capacidade do ser humano para descobrir novas formas de satisfazer a sede de prazer dos seus mais baixos instintos. Seduzido pelo “anjo das trevas” ele se deixa seduzir e põe os mais sofisticados recursos da inteligência e da técnica a serviço do mal; isto é, daquilo que ofende a dignidade da criatura e atenta contra o Criador.
Sexo virtual carências e consequências
Foto: Daniel Mafra/cancaonova.com

Sexto Mandamento violado

No entanto, a internet superou tudo isso! Primeiro, por causa da privacidade, comodidade e forma anônima com que oferece a fantasia; segundo, porque quase sempre é gratuita. Para ser sincero, nunca vi o Sexto Mandamento tão violado e Deus tão ofendido.
Nunca se viu tanta permissividade moral invadir os nossos lares! Nunca foi tão avassaladora a onda de lama a nos atingir. O Criador é ofendido e desprezado pela criatura mais bela que Ele criou à Sua “imagem e semelhança”, para ser a maior glória d’Ele na face da Terra.
A luxúria de Sodoma e Gomorra, e também da antiga Pompéia consumida pelo Vesúvio, globalizaram-se pela internet. Mas o que mais nos entristece e até revolta é constatar que tudo isso é promovido com a complacência e a conivência das autoridades públicas, que deveriam ser as primeiras a impedir tais absurdos.

Instrumentos de promiscuidade moral

Esses meios de comunicação tão úteis e práticos como o telefone e a internet jamais poderiam, por razões éticas e morais, ser transformados em instrumentos de promiscuidade moral. A nossa sociedade vive o neopaganismo; isto é, o Evangelho, que até alguns anos atrás era a referência para o comportamento da sociedade, não passa agora de letra morta para muitos.
Definitivamente, eliminou-se o “temor de Deus” no meio da sociedade, que, dessa forma, se torna mais individualista, narcisista, hedonista e pecadora. O ateísmo que se vive hoje é um ateísmo prático, selvagem, não mais filosófico. Não mais se pergunta se Deus existe; apenas se age como se Ele não existisse e pronto. Apesar disso, 95% dizem acreditar em Deus, mas ignoram as leis divinas.

O comércio imoral desenfreado pelo dinheiro

Pior do que o pecado cometido sob o peso da fraqueza da carne, é aquele cometido quando se explora comercialmente aquilo que é imoral, que atenta contra a dignidade do ser humano, transformando-o em um meio de lucro. Sem dúvida, estamos aqui diante de um pecado dobrado, praticado não pela fraqueza da natureza humana, mas pelo amor desenfreado pelo dinheiro, como disse São Paulo “razão de todos os males” (cf. 1Tm 6,10).

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) fala sobre o escândalo

“Quem usa os poderes de que dispõe, de tal maneira que induzam ao mal, torna-se culpado de escândalo e responsável pelo mal que, direta ou indiretamente, favorece. ‘É inevitável que haja escândalos, mas ai daqueles que o causar’ (Lc 17,1)” (CIC §2287).
É incrível constatar que há pessoas que consigam dormir em paz sabendo que “faturaram” às custas do pecado dos outros e da morte das suas almas. É incrível observar que a sede de dinheiro possa ser maior que o respeito à verdade, à pureza, ao amor ao próximo.

Casados em sites pornográficos

É incrível notar que Cristo continua a ser vendido por “trinta moedas”! Tenho acompanhado e orientado vários jovens mergulhados no vício de assistir à pornografia na web e que me pedem ajuda para sair dele. Tenho também recebido e-mails de esposas que se desesperam quando pegam seus maridos vendo sites pornográficos. A tentação é enorme e a facilidade é muito grande. Outros se enveredam pelos “chats” variados e acabam se complicando.
Tentei ajudar uma jovem e bela mãe que acabou deixando seus dois filhos pequenos e seu esposo para morar com outro homem que conheceu pela internet. É claro que essa moça trazia sérios problemas no casamento e carências que não foram resolvidas. Mas o pior é assim que complicou ainda mais as coisas.

Pessoas carentes são as mais envolvidas

Sem dúvida, esse tipo de relacionamento virtual atinge em cheio as pessoas mais carentes e que lutam contra uma afetividade não bem controlada nem bem equilibrada. Por outro lado, a carne é fraca e pode arrastar qualquer um, mesmo as pessoas espiritualizadas e que vivem um bom relacionamento com Deus. Muitas vezes, embaladas pela conversa virtual, muitas acabam se expondo a perigos de vários tipos, que não imaginam.
É preciso dizer também que a atividade sexual virtual diante da internet pode se transformar em vício; e o pior de tudo é que, muitas vezes, leva o cristão ao pecado da masturbação, fornicação, adultério ou mesmo a uma vivência sexual pervertida com a (o) esposa (o). Tudo isso prejudica a pessoa; em primeiro lugar, porque ofende a Deus e polui a alma e a mente com cenas eróticas que desvirtuam o sexo; em segundo lugar, essa pessoa fomenta em si mesma o sexismo; isso prejudica o namoro, o noivado e o casamento.
Nota-se hoje que práticas condenadas há muito tempo, e que antes não eram aceitas, como sexo anal e oral, começam a se tornar de certa forma aceitos por casais cristãos. Isso é fruto da pornografia que foi anestesiando suas mentes. Nem a pessoa solteira nem o casal cristão podem se entregar à perversidade da pornografia.

O Catecismo da Igreja Católica (CIC) é bem claro ao afirmar que:

“A pornografia (…) ofende a castidade, porque desfigura o ato conjugal, doação íntima dos esposos entre si. Atenta gravemente contra a dignidade daqueles que a praticam (atores, comerciantes e público), porque cada um se torna para o outro objeto de um prazer rudimentar e de um proveito ilícito. Mergulha uns e outros na ilusão de um modo artificial. É uma falta grave. As autoridades civis devem impedir a produção e a distribuição de materiais pornográficos” (CIC § 2354).
Como vencer esse vício ou essa tentação?
Em primeiro lugar é preciso ter calma; não desanimar nem se desesperar diante dele; mas lutar com fé e perseverança, mesmo que se caia um milhão de vezes. Deus quer mais a nossa determinação de lutar contra o pecado, “até o sangue” se for preciso, como manda a Carta ao Hebreus (Hb 12,4): “Ainda não resististe até ao sangue na luta contra o pecado”.
Jesus deixou-nos a receita básica para vencer qualquer pecado: “vigiai e orai”. Estar sempre em estado de oração, com a alma sempre ligada a Deus, sempre suplicando ao Senhor o auxílio de Sua graça para não cair na tentação. “Não nos deixeis cair em tentação…” Ele nos manda pedir essa graça ao Pai na grande oração do Pai-Nosso. “Mosca só assenta em prato frio”; então, não deixe sua alma esfriar pela falta de oração, comunhão, meditação da Palavra, oração do terço etc.
Em segundo lugar, é preciso “vigiar”. Fugir das ocasiões de pecado é uma fuga heroica; se você não se controla diante da internet e do sexo virtual, então não tenha acesso à rede mundial de computadores em seu computador enquanto não aprender a se dominar. Ou então, diante do computador, reze e prometa a Deus não acessar um site de pornografia ou de relacionamento perigoso por amor a Jesus, que, para o salvar, morreu na cruz. Só por amor a Deus podemos deixar de vez o pecado, nunca por medo d’Ele. Escreva sob a tela do monitor do seu computador: “Eu não vou pecar hoje por amor a Jesus; Ele merece isso”. Sem dúvida, o Senhor ficará muito feliz.
E se eu cair?
Levante-se imediatamente; não fique nem um minuto na lama do pecado. Peça perdão a Deus e prometa se confessar tão logo seja possível. Sim, é importante a confissão para que a graça divina lhe dê o perdão e a força para não voltar a pecar. Por outro lado, uma orientação psicológica e uma terapia de oração podem ajudá-lo a vencer o vício do sexo virtual.
O cristão tem que viver a castidade, porque é lei de Deus; e isso só será possível se fechar as janelas da alma (olhos, ouvidos, boca, nariz e mãos) para tudo o que o excita e traz o pecado para seu interior. Com a graça de Deus e a força de vontade, isso é possível.

Texto: Professor Felipe Aquino

11/11/2015

Oração pelo casamento que está passando por problemas

Encontre na oração sentido e força para superar os problemas no casamento

Deus de amor, Pai querido, meu matrimônio está passando por um grande conflito, que parece interminável; e quando penso que essa fase está acabando, começa tudo de novo.
Oração pelo casamento que está passando por problemas - 1600x1200
Foto: Wesley Almeida/ cancaonova.com
Há dias em que as nossas conversas são como alfinetes, como espinhos na carne: tudo parece acusação e ofensa.
Todas as coisas tornam-se desconfianças, tudo que dizemos transforma-se em agressões verbais; tudo é motivo para retomar fatos e erros passados, e só vemos os defeitos um do outro.
Há momentos em que me pergunto se meu casamento vai sobreviver aos desafios que estou vivendo. Se o matrimônio é um pacto divino, por que é tão difícil evitar que a santidade do amor seja contaminada pela suspeita? Se nos comprometemos um com o outro no altar do Senhor, se prometemos amar um ao outro, na alegria, na saúde e na doença, todos os dias de nossas vidas, como, de repente, nosso relacionamento se transformou em brigas e indiferença?
Artigos para você:
Ajuda-me, Senhor, a  me lembrar de quando nos conhecemos, das maravilhosas qualidades que vimos um no outro, dos dons, carinhos e sonhos de um futuro de amor e amizade, da relação fundamentada no respeito, do passo a passo da construção de uma família maravilhosa, de todos os sonhos que sonhamos juntos, de sermos amparo um para o outro, da época em que não brigávamos nem discutíamos, de quando não nos ofendíamos mutuamente. Sei que é importante lembrar sempre dos momentos alegres e felizes que vivemos a cada dia, por isso vem, Senhor, reacender em meu coração essas memórias, a chama de amor que nos mantém vivos e unidos, dá-nos essa graça.
Ajuda-me, Senhor, a superar as dificuldades da convivência diária e a lembrar que fizemos a opção de partilhar a vida juntos, até que a morte nos separe. Ajuda-me a fazer a minha parte para honrar e manter meus votos.
Sei que muitos problemas poderiam ser resolvidos sem mágoa, sejam financeiros – problemas de gastar demais ou economizar demais, deixar as contas atrasarem, comprar sem necessidade – ou afetivos – a cobrança exagerada de atenção e demonstração de afetos, a implicância com defeitos comuns, a indiferença, a desvalorização do outro, a priorização do trabalho ou de bens materiais. Tudo se torna motivo de raiva quando nos esquecemos de que estamos unidos no amor de Deus. Liberta-me, Senhor, desses males!
Que eu me disponha a deixar passar os pequenos desentendimentos, que nada significam se comparados com as grandes bênçãos partilhadas em nosso relacionamento.
Ensina-me a confiar no meu cônjuge e em Deus nos momentos mais difíceis e amar nos momentos de desacordo; a silenciar diante das ofensas verbais e críticas; a acreditar; a resignar-me diante de um olhar de acusação; a compreender o outro diante das ameaças de abandono, de separação; a lutar pelo casamento quando o outro diz que não há mais amor, porque em Deus o amor jamais acaba.
Dá-me a coragem e serenidade para enfrentar as situações e sabedoria para buscar soluções. Dá-me a graça de saber perdoar, e que todo o ressentimento seja lavado de minha alma pelo Teu sangue redentor.
Hoje, descobri que o casamento perfeito não existe e quero aprender a lidar com as imperfeições a partir de agora. Quero viver cada momento do meu matrimônio de forma plena, sabendo que o relacionamento precisa sempre de um estímulo e de um esforço para vermos mais as qualidades do outro do que seus defeitos. Nós nos casamos para nos apoiarmos um ao outro e para juntos superarmos as dificuldades que sozinhos não éramos capazes de enfrentar.
Obrigado, Senhor, por me lembar de tudo isso, pois quero buscar minha reconciliação, colocar docilidade e respeito no relacionamento, pois o amor só sabe amar. O que estávamos vivendo era apenas uma afetividade, uma relação, um coleguismo, e não o relacionamento matrimonial que nos comprometemos a ter diante de todos, no altar.
Peço, Jesus, que arranque de minha alma as lembranças dolorosas, que coloque Teus anjos em minha casa e expulse daqui todo mal, toda desconfiança, toda agressividade e mal-entendimento, toda e qualquer força maligna. Se alguém desejou algum mal para nós, para destruir nosso casamento, seja por inveja, seja por magia negra, feitiço ou de qualquer outra forma, entrego-o em Tuas mãos, e que essas pessoas sejam por Ti abençoadas, assim como eu quero que seja o meu lar.
Que tenham a graça do Senhor em todos os lares. Amém!
Padre Vagner Baia – Sacerdote missionário da Comunidade Canção Nova

10/11/2015

Meu corpo, minhas regras: uma propagação da cultura de morte.

“Meu corpo, minhas regras”, é uma defesa do aborto de crianças inocentes e indefesas

Alguns artistas da Rede Globo gravaram um vídeo intitulado “Meu corpo, minhas regras”, defendendo o aborto de crianças inocentes e indefesas. Além da propagação mórbida da “cultura morte”, o vídeo espalha mentiras sobre o que ensina a fé cristã, de modo especial sobre a Virgindade perpétua da Virgem Maria, que essas pessoas, que nada entendem de teologia e mariologia, interpretam como erro de tradução.
capa- meu corpo minhas regras
Reprodução: Youtube
A vida humana começa com o embrião; e isso é um dado científico. Segundo o maior geneticista do século XX, Dr. Jerome Lejeune, que descobriu a Síndrome de Down, o embrião é um ser humano pois nele já estão todas as mensagens da vida desta pessoa.

De que vale salvar a criança já nascida, senão defendemos e protegemos a que está em gestação?

É triste verificar que alguns artistas, usando de sua penetração nos lares, use de um meio tão poderoso da mídia para difundir a morte de seres inocentes, indefesos, que um dia poderiam caminhar, pensar, sorrir e abraçar seus pais. É muito triste e incoerente ver atores que pedem dinheiro para o Criança Esperança defendendo publicamente o assassinato de crianças inocentes e indefesas, no ventre materno! De que vale salvar a criança já nascida, senão defendemos e protegemos a que está em gestação?

A criança também é parte do corpo da mulher?

As artistas argumentam falsamente que a mulher tem direito a seu corpo; tem sim, e deve cuidar bem dele, mas jamais pode matar uma criança no seu ventre, que não faz parte do seu corpo; é uma vida independente.
Será que é papel de um artista defender o assassinato de crianças no ventre das próprias mães? A vida de um bebê deve ser protegida em todas as circunstâncias. Sabemos que hoje uma criança que nasce prematura, com 12 semanas de gestação já sobrevive. É bom papel de artista difundir a “cultura da morte”?

Não podemos nos calar diante de tanto sangue inocente derramado!

Eliminar a vida é um pecado que brada justiça aos Céus. Nossa Pátria não pode ter as bênçãos de Deus ofendendo tanto o Criador, sobretudo naquilo que é mais sagrado, o dom inviolável da vida.
Não se omita, não caia nesse pecado; participe, proteste contra o extermínio de milhões de crianças por suas próprias mães.

Um bebê de 12 semanas já está bem desenvolvido

O que o aborto mata é uma vida humana, então, a criança, desde os primeiros meses de gestação, tem os mesmos direitos à vida que um bebê de seis meses de idade. Apenas com 12 semanas de gestação, o bebê é já bem desenvolvido. As únicas mudanças básicas serão o crescimento e o aperfeiçoamento do que já está formado. Todos os sistemas orgânicos funcionam. Ele respira e urina também. Quando sua mãe dorme, ele dorme, mas quando ela desse uma escada, ouve um ruído forte, no ambiente exterior, ele acorda. Neste estágio, o bebê pode sentir dor e é muito sensível à luz, ao calor e ao barulho. Sua personalidade já está em formação. Com oito semanas, um bebê segura qualquer objeto que for posto em sua mão. Se for feito um eletrocardiograma, com instrumentos de precisão, até as batidas do seu coração serão ouvidas. Observe um bebê de seis semanas. Com o auxílio de um microscópio, descobrimos que este pequeno ser tem 46 cromossomos em cada célula de seu corpo, demonstrando claramente que é um ser humano.
Cada um de nós foi um óvulo fertilizado, uma simples célula. Tudo o que somos já estava contido nesta simples célula: cor dos olhos, do cabelo, tamanho do pé, o fato de ficarmos carecas aos 50 anos. Nada foi acrescentado ao óvulo fertilizado que um dia fomos, exceto a nutrição.

Quando a pessoa passa a ser humana?

Alguns, arbitrariamente, marcaram uma linha no tempo e disseram: antes dessa idade, por exemplo três meses, não há ser humano: depois sim. Quanto a isso, tais pessoas estão de acordo: discordam, porém, quanto à idade em que o ser começa a existir como pessoa humana. Mas, se nos valermos da idade para determinar o direito que o feto tem à vida, será igualmente lógico estabelecer para a pessoa um limite de idade máxima, por exemplo, 80 anos. Podemos declarar que todos, acima desta idade, não terão mais sua vida protegida pela lei? Ambos os casos se identificam.
Alguns dizem que o ser não é humano até que não tenha certa experiência do amor. Mas que será, então, dos não-amados? Outros dizem que o ser é humano só quando passa a ter uma certa consciência de si mesmo. Mas o que dizer da criança excepcional? Do jovem em estado de coma há três semanas, após um acidente ? De uma avó depois de um derrame ?

Pode-se dar ao filho o direito de matar a mãe?

Se hoje damos o direito à mãe de matar legalmente seu filho não nascido, porque é estorvo para ela, amanhã, logicamente, devemos dar ao filho o direito, também legal, de matar sua mãe que se tornou um peso para ele?
Devemos proteger igualmente todas as vidas humanas, ou permitir que os legisladores definam o direito à vida? Podemos conscientemente permitir que os grandes matem os pequenos, os fortes eliminem os fracos, os conscientes destruam os inconscientes?

Até  os reformadores protestantes professaram a virgindade de Maria

A intérprete oficial da Bíblia, que é a Igreja – pois foi ela quem a compôs – não tem dúvida da Virgindade de Maria. Ela sempre foi Virgem: “antes do parto, no parto e depois do parto”, disse Santo Agostinho. Foi o Papa Paulo IV que, em 7-8-1555, apresentou a perpétua virgindade de Maria entre os temas fundamentais da fé. Assim se expressou: “A Bem-aventurada Virgem Maria foi verdadeira Mãe de Deus, e guardou sempre íntegra a virgindade, antes do parto, no parto e constantemente depois do parto”.
Até mesmo os reformadores protestantes, como Lutero e João Calvino, professaram a virgindade de Maria. Em 1537, em seus “Artigos da Doutrina Cristã”, é o próprio Lutero quem diz: “O Filho de Deus fez-se homem, de modo a ser concebido do Espírito Santo sem o concurso de varão e a nascer de Maria pura, santa e sempre virgem”. Em 1542, João Calvino publicou o seu catecismo de Genebra, onde se lê: “O Filho de Deus foi formado no seio da Virgem Maria… Isto aconteceu por ação milagrosa do Espírito Santo sem consórcio de varão”.

O Corão de Maomé professa a virgindade de Maria

Até mesmo o Corão de Maomé, que reproduz certas proposições do Cristianismo, professa a virgindade de Maria. O Concílio Vaticano II, na Constituição dogmática “Lumem Gentium”, afirmou: “Jesus, ao nascer, não lhe violou, mas sagrou a integridade virginal” (LG, n. 57), repetindo o que já tinha sido afirmado no Concílio de Latrão, no ano de 649.
Os Santos Padres gostavam de chamar Maria de “Mater inviolata”, “Mãe perfeitamente virgem”. Santo Antonino, em sua “Summa”, resumiu tudo: “Mãe de todos nós, em plena virgindade; Mãe que, por primeira, independente de preceito, conselho ou exemplo de outros, ofertou a Deus o presente de sua virgindade e assim gerou todas as virgens, à medida que são virgens por imitação de sua virgindade” (MM, p. 26). E assim os Santos Padres não se cansavam de exaltar a virgindade de Maria: “Virgem que gerou a Luz, sem ficar com nenhum sinal, como outrora a sarça (de Moisés) que ardia em fogo sem se consumir”, dizia Santo Efrém; ou como Santo Epifânio: “Virgem ainda mais pura depois do parto”; ou São João Crisóstomo: “Virgem que permaneceu Virgem, mesmo sendo verdadeiramente mãe”. Ou São Gregório Magno: “Virgem que deu à luz e, enquanto dava à luz, duplicava a virgindade”.
O profeta Isaías profetizou a virgindade de Maria como um sinal do Senhor: “Uma Virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’” (Is 7,14). Por que haveria de ser uma virgem a dar ao mundo o Redentor? Primeiro, ensinam os santos Padres da Igreja, porque foi uma virgem (Eva) que o pecado entrou no mundo; então, também por outra Virgem (Maria), haveria de entrar a salvação.
Santo Irineu, bispo e mártir do século II (†200), opondo Maria a Eva diz: “Como por uma virgem desobediente foi o homem ferido, caiu e morreu, assim também, por meio de uma Virgem obediente à palavra de Deus, o homem recobrou a vida..

Texto: Professor Felipe Aquino

Aquele que é de Deus o demônio não toca na alma, nem na salvação...


Queridos irmãos e irmãs, por favor, abra a sua Bíblia na I carta de São João 5, 18. É deste versículo que nós tiramos o tema dessa pregação: “Sabemos que aquele que nasceu de Deus não peca, mas o que é gerado de Deus se acautela e o maligno não o toca”.


Aquele que é de Deus o demônio não toca

É a promessa da Palavra de Deus, mas ao falar isso há um problema teológico que temos que abordar. Ora, se aquele que é de Deus o demônio não toca, e o justo Jó que o demônio tirou família, saúde, amigos…? Ora se aquele que é Deus o demônio não toca e os mártires da Igreja: Tiago, Pedro, Paulo…? Como que eles foram feridos? E o São Padre Pio que o demônio judiava? Como explicar isso então?
Repita comigo: Aquele que é de Deus o demônio não toca… não toca na sua alma, na sua salvação porque nossa alma foi resgatada pelo Sangue de Jesus na Cruz.
Essa é a boa notícia: Mesmo que você padeça , mesma que sofras ou lhe tirem tudo, o demônio não toca na sua alma e mais ainda, Deus o reergue, Deus vai honrar você no final!
Para mostrar que o demônio não toca tomaremos dois exemplos na Bíblia. 
Tomemos a passagem de Jeremias 38:
Safatias, filho de Matã, Gedelias, filho de Fassur, Jucal, filho de Selemias, e Fassur, filho de Melquias, ouviram as palavras que Jeremias pronunciara diante de todos. Oráculo do Senhor, dizia ele: aquele que ficar na cidade morrerá pela espada, fome e peste, ao passo que o que sair, a fim de se entregar aos caldeus, viverá, e a vida a salvo será seu espólio. E viverá.Oráculo do Senhor: a cidade será entregue ao exército do rei de Babilônia, que a tomará de assalto. Disseram, então, os chefes ao rei: Seja esse homem eliminado, pois que desencoraja o que resta de guerreiros na cidade em todo o povo, proferindo semelhantes palavras. Não procura ele a salvação do povo mas a sua perdição. Respondeu-lhes o rei Sedecias: “Ele está em vossas mãos. O rei nada vos pode recusar. Tomaram então Jeremias e, por meio de cordas, o fizeram descer na cisterna de Melquias, o príncipe real, a qual se encontrava no pátio do cárcere. Não havia água na cisterna; havia, porém, lodo, onde Jeremias se atolou.
O nome Safatias, em hebraico, significa enrolador, embromador. Esse é o sentido desse nome, e ele vai caluniar contra Jeremias. Safatias simboliza o semeador de confusão, que é Satanás.

Deus deixou que Jeremias fosse o profeta daquele povo, e porque ele falava a verdade aquele povo queria eliminá-lo. O rei sabia que Jeremias era um homem justo, mas o rei era um rei inseguro e mentiroso, corrupto.

Se coloque no lugar de Jeremias que sabia que estava fazendo a vontade de Deus e foi caluniado. A Palavra de Deus disse que Jeremias se atolou, sem poder se mexer naquela lama. E o que Jeremias vai fazer no fundo do poço?

No Livro de Lamentações capítulo 3, 52-55 mostra a oração de Jeremias no fundo do poço:
Caçaram-me como a um pardal os que, sem razão, me odeiam. Quiseram precipitar-me no fosso rolando uma pedra sobre mim. Acima de mim subiam as águas: Estou perdido!, exclamei. Invoquei, Senhor, o vosso nome do profundo fosso.

Isso é para você que se sente no fundo do poço, sem forças para enfrentar os problemas. Onde está a promessa do Senhor: “ Aquele que é gerado por Deus o demônio não toca?”
Diga comigo: O Senhor vai me reerguer!
O nome de Jeremias significa elevado por Deus. Você é o Jeremias que Deus quer elevar, tirar da lama.
Voltando ao livro de Jeremias 38, 7-13: Um eunuco etíope do palácio real, chamado Abdemelec, soube, porém, que haviam lançado Jeremias na cisterna. Como estivesse o rei nesse momento assentado à porta de Benjamim, saiu ele do palácio para ir encontrá-lo. Ó rei, meu Senhor, disse-lhe o eunuco, andaram mal esses homens, tratando assim o profeta Jeremias e lançando-o na cisterna. 

Morrerá de fome, pois que não há mais pão na cidade. Respondeu-lhe então o rei com esta ordem: Leva daqui contigo trinta homens e faze com que retirem o profeta Jeremias da cisterna, antes que morra. Abdemelec, tomando então os homens consigo, dirigiu-se ao palácio e ao vestiário da tesouraria e de lá tirou pedaços de estofo e velhos andrajos. E, tomando uma corda, fê-los descer até Jeremias, na cisterna. Coloca, disse Abdemelec a Jeremias, estes pedaços de estofo e estes retalhos sob tuas axilas embaixo das cordas. Assim fez o profeta. Então, erguendo-o por meio das cordas, retiraram-no para fora da cisterna. E Jeremias ficou no pátio do cárcere.

Sabe o que significa Abdemelec? Significa “meu pai é rei”. Abdemelec tinha certeza que o seu pai, que era rei, iria escutá-lo. Diga você também: Meu pai é Rei! Ele vai me escutar!
Deus não deixa nenhum servo dele prostrado!
Olha o cuidado de Abdemelec com Jeremias. É preciso carinho e cuidado para tirar alguém da lama, do poço. 

Nossos pecados são esses trapos, e Deus é Poderoso para usar desses trapos uma corda para erguer você. Por que Jeremias foi elevado? Porque ele orou lá do fundo poço. Ele clamou ao Senhor e Deus usou uma pessoa que tinha o nome “meu pai é rei” para tirá-lo da lama.
Diga comigo: Senhor, eu sou um Jeremias que preciso ser levantado. Eu creio, Senhor, que se o inimigo tocou nas minhas coisas, minha família, eu proclamo: Maior é o meu libertador! Vamos ver agora o segundo exemplo: o livro de Jó.
Jó é um homem justo que perde tudo. Jeremias e Jó são muito parecidos; eles são pessoas que o inimigo atacou, mas tanto um quanto o outro não perdera m a confiança em Deus.
Veja em Jó 1, 20-22: “Jó então se levantou, rasgou o manto e rapou a cabeça. Depois, caindo prosternado por terra, disse: Nu saí do ventre de minha mãe, nu voltarei. O Senhor deu, o Senhor tirou: bendito seja o nome do Senhor!” Em tudo isso, Jó não cometeu pecado algum, nem proferiu contra Deus blasfêmia alguma. Jó ainda faz uma oração linda! Ele se sentia sem vida mas não sem esperança!

Irmãos, não tirem os olhos do Libertador, do Senhor. Não percam a esperança! Acompanhe a oração de Jó 14, 7-9: Para uma árvore, há esperança; cortada, pode reverdecer, e os seus ramos brotam. Quando sua raiz tiver envelhecido na terra, e seu tronco estiver morto no solo, ao contato com a água, tornar-se-á verde de novo, e distenderá ramos como uma jovem planta.

Se você se sente como essa árvore seca, sentindo-se no fundo do poço; talvez Satanás tenha tocado na sua vida, ou talvez você tenha perdido a paz, o amor, o emprego… Você é o “Jeremias” que Deus quer tirar do fundo do poço, tirar toda a tristeza que abate sobre seu semblante, seja qual for a sua dor.

Deus restituiu tudo a Jó, até mais!
Deus elevou Jeremias! E, hoje, Deus sabe como está o seu coração, atolado em lembranças do passado… Deixa Jesus, que é o Amor, regar o seu coração ressentido, deixa Ele curar a sua alma, suas feridas interiores, lá onde você não se sentiu amado, ou sentiu-se decepcionado por alguém, ou porque foi abandonado, e você sente-se um “trapo”, um “nada”.

Agora chegou o momento de Deus reerguer você! Apresenta seus “trapos” a Jesus, apresenta suas dores, especialmente, aquelas que você não consegue processar. Deixa Jesus reerguer você do seu abatimento. Você é “Jeremias” que Deus quer reeguer! Vc é “Jó” que Deus quer limpar as feridas.

Deixa Deus cuidar agora do seu coração desse “Safatias” que te caluniou, que te fez mal, que te roubou.
Jesus diz agora: Vinde a mim! Vinde beber da minha água, do meu amor.


Transcrição e adaptação: Tatiane Bastos

Fonte: Canção Nova

07/11/2015

De copo cheio e coração vazio...

Conteúdo enviado pelo internauta
“copo cheio e coração vazio” é uma metáfora para dizer que há quem procura encher-se de coisas a fim de adiar um encontro consigo mesmo

Por Higor Brito
Fonte: Destrave

Estava numa festa com amigos e, dentre tantas músicas que tocavam, ouvi uma cujo refrão dizia: “De copo sempre cheio e coração vazio, ‘tô’ me tornando um cara solitário e frio”. Até então, nada fora do comum; uma música amplamente conhecida no cenário nacional como tantas outras que haviam tocado e outas que viriam a tocar. Contudo, num posterior momento de observação, pude notar o quanto aquela letra era cantada com propriedade pelas pessoas que ali estavam, inclusive por mim, talvez pelo grande sucesso que a referida música tem feito atualmente. Mas será que é só isso?
Foto: 76306045 - KatarzynaBialasiewicz - iStock by Getty Images
                          









Analisando com um pouco mais de profundidade, não é difícil concluir que, em alguns aspectos, essa música reflete a realidade de muitos que, de fato, encontram-se de “copo cheio e coração vazio”. Não quero, entretanto, reduzir tal reflexão a uma questão meramente afetivo-emocional, como sugere a canção, seria muito pouco diante do que realmente podemos questionar.
Para início de conversa, por meio da metáfora do “copo cheio”, gostaria de fazer alusão a tudo o que toma nosso tempo, nossa energia, emoção e atenção, “esvaziando nosso coração”. Agendas, cabeças e vidas cheias, e por que não o “copo cheio” literalmente? Muitos problemas, compromissos, projetos, promessas, desilusões e expectativas acabam por nos tomar de quem realmente somos. 
O barulho e tamanha movimentação de uma vida cheia são um ótimo esconderijo para quem foge do encontro consigo; daí, torna-se comum encher-se de coisas, a fim de adiar esse encontro.
Ostentam-se rotinas agitadas, vidas sociais badaladas, luxo, baladas, currículos, influência, corpos esculturais e notoriedade; mas e o coração, como está? Essa é a questão! Quem é e como está a pessoa por trás de tudo isso?
Em tempos de total exposição de nossas vidas nas diversas redes sociais, nas quais fazemos nada mais nada menos que uma autopromoção de nossas personas, questiono-me: Somos quem e o que ostentamos? Parafraseando Antonie de Sain-Exupéry em ‘O Pequeno Príncipe’, que diz “o essencial é invisível aos olhos”, levanto a questão: O que nos é essencial? O que determina, de fato, a essência do que somos? O que apresentamos: nossa verdade ou uma personagem de fácil aceitação geral?
Na condição de filhos de Deus, somos criados à imagem e semelhança do Amor e para Ele vivemos. Em Sua busca nos encontramos desde o momento em que nos entendemos por gente. Cada um buscando da sua forma, com o seu jeito, usando do livre-arbítrio a nós concedido para alcançar essa meta, o que me leva à conclusão de que nosso coração se preenche à medida que nos aproximamos daqueles nos “devolvem” a nós mesmos e, consequentemente, aproximam-nos de Deus.
Na minha opinião, a verdadeira ostentação é ter ao nosso lado pessoas que nos aceitam, acolhem e amam por quem somos de fato, que marcam presença nas tempestades, quando o “copo” está quase transbordando; pessoas que, mesmo diante de nossos defeitos, preenchem nosso coração e nossa vida. A verdadeira ostentação é ter ao nosso lado alguém que nos conduz a Deus.

06/11/2015

A Virgem Maria: sinal de salvação

A verdadeira devoção a Virgem Maria como sinal infalível de salvação para o gênero humano
A verdadeira devoção a Virgem Maria como sinal infalível de salvação para a humanidade
Imaculada Conceição
Na história da Igreja, o amor e a devoção a Santíssima Virgem Maria é um dos sinais da salvação, da vitória de Jesus Cristo no madeiro da Cruz. No Antigo Testamento, “a virgem, o madeiro e a morte foram os sinais da nossa derrota. A virgem era Eva, pois ainda não conhecera varão. O madeiro era a árvore; a morte, o castigo de Adão. Mas agora, a virgem, o madeiro e a morte, que foram os sinais da nossa derrota, tornaram-se os sinais da nossa vitória. Com efeito, em vez de Eva está Maria; em vez da árvore do bem e do mal está o madeiro da cruz; em vez da morte de Adão está a morte de Cristo”1. Dessa forma, na Nova Criação, temos a Virgem Maria, o madeiro da Cruz e a morte de Cristo como sinais da Salvação. A respeito do primeiro sinal de salvação, Isaías já havia profetizado: “Por isso, o próprio Senhor vos dará um sinal: uma virgem conceberá e dará à luz um filho, e o chamará ‘Deus Conosco’”2. Na Nova Aliança, a Virgem Maria, a Nova Eva3, precede Jesus Cristo, o “Novo Adão”4.

O sinal da Virgem Maria

A Cruz e a morte de Cristo se fazem presentes em nossas vidas através do seguimento do Senhor, da renuncia de nós mesmos e do tomar a nossa cruz5, e estes são sinais infalíveis de salvação por excelência. Mas, como se manifesta o sinal da Virgem Maria em nossa existência terrena? São Luís Maria Grignion de Montfort ensina, no seu livro “Tratado da Verdadeira Devoção à Santíssima Virgem”, que “o sinal mais infalível e indubitável para distinguir um herético, um homem de má doutrina, um réprobo de um predestinado, é que o herético e o réprobo não têm senão desprezo ou indiferença pela Santíssima Virgem. Com suas palavras e exemplos, abertamente ou às ocultas, esforçam-se por lhe diminuir o culto e o amor, e isso por vezes sob belos pretextos. Ah! Deus Pai não disse a Maria para habitar com eles, porque são Esaús”6.

Sinal infalível de condenação: não ter estima e 
amor a Maria

A este respeito desses “Esaús”, que são figura dos condenados, “o douto e piedoso Suárez, da Companhia de Jesus, o sábio e devoto Justo Lípsio, doutor da universidade de Lovaina, e muitos outros, provaram incontestavelmente, apoiados na opinião dos Santos Padres, entre outros, Santo Agostinho, Santo Efrém, diácono de Edessa, São Cirilo de Jerusalém, São Germano de Constantinopla, São João de Damasco, Santo Anselmo, São Bernardo, São Bernardino, Santo Tomás e São Boaventura, que a devoção à Santíssima Virgem é necessária à salvação, e que é um sinal infalível de condenação – opinião do próprio Ecolampádio e vários outros hereges – não ter estima e amor à Santíssima Virgem. Ao contrário, é indício certo de predestinação, ser-lhe inteira e verdadeiramente devotado”7.

Sinal de salvação: a devoção a Nossa Senhora

Segundo o São Luís Maria, “onde está Maria, não entra o espírito maligno; e um dos sinais mais infalíveis de que se está sendo conduzido pelo bom Espírito, é a circunstância de ser muito devoto de Maria, de pensar nela muitas vezes, e de falar-lhe frequentemente. É esta a opinião de um santo8 que acrescenta que, como a respiração é sinal inconfundível de que o corpo não está morto, o pensamento assíduo e a invocação amorosa de Maria é um sinal certo de que a alma não está morta pelo pecado”9. Nesta certeza, Montfort convida: “os fiéis servos da Santíssima Virgem digam, portanto, com a ousadia de São João Damasceno: “Tenho confiança em Vós, ó Mãe de Deus, serei salvo. Tendo a Vossa proteção, nada temerei. Com o Vosso socorro combaterei e porei em debandada os meus inimigos: porque a Vossa Devoção é uma arma de salvação que Deus dá aos que quer salvar!”10.
Assista programa do Padre Paulo Ricardo sobre a “Devoção à Santíssima Virgem Maria“:


Sinal de predestinação: a imitação das virtudes de Maria

Além da devoção mariana, “os predestinados seguem os caminhos da Santíssima Virgem, sua boa Mãe. Isto é, imitam-na, e é nisto que consiste verdadeiramente a sua felicidade e devoção. É este o sinal infalível da sua predestinação como lhes assegura esta boa Mãe: ‘Bem-aventurados os que praticam as minhas virtudes e caminham nas pegadas da minha vida, com o auxílio da divina graça’11. São felizes neste mundo, durante a vida, pela abundância das graças e doçuras que da minha plenitude lhes comunico mais abundantemente que àqueles que não me imitam de tão perto. São felizes na morte, que é doce e tranquila, e a que assisto ordinariamente, para os conduzir, eu mesma, às alegrias eternas. Finalmente, serão felizes na eternidade, porque nunca nenhum dos meus servos dedicados, que imitou as minhas virtudes durante a vida, se veio a perder”12. Os condenados, ao contrário, “são infelizes durante a vida, na morte e na eternidade, porque não imitam as virtudes de Maria. Contentam-se tão somente de pertencer a alguma de suas confrarias, de recitar qualquer prece em sua honra, ou de realizar alguma outra devoção externa”13.

Sinal de condenação: desprezo à Ave-Maria e ao Terço

A respeito da oração da Ave-Maria, a Santíssima Virgem revelou ao Bem-aventurado Alano da Rocha: “Fica sabendo, meu filho, e fá-lo saber a todos, que um sinal provável e próximo de condenação eterna é ter aversão, tibieza e negligência em rezar a Saudação Angélica, que salvou todo o mundo”14. Palavras consoladoras e, ao mesmo tempo, terríveis, que dificilmente acreditaríamos se não tivéssemos este testemunho, bem como de São Domingos e de muitos outros grandes homens de Deus. “Sempre se verificou que os que trazem o sinal da condenação, como todos os hereges, os ímpios, os orgulhosos e os mundanos odeiam e desprezam a Ave-Maria e o Terço. Os hereges ainda aprendem e rezam o Pai-Nosso, mas não a Ave-Maria, nem o Terço. Têm-lhes horror; preferiam trazer consigo uma serpente a um Terço. Os orgulhosos, embora católicos, como têm as mesmas inclinações que seu pai Lúcifer, também desprezam ou votam indiferença à Ave-Maria, considerando o Terço como uma devoção para efeminados, própria para ignorantes e analfabetos. Pelo contrário, a experiência tem mostrado que aqueles e aquelas que apresentam
grandes sinais de predestinação amam, saboreiam e rezam com prazer a Ave-Maria, e que quanto mais são de Deus, tanto mais gostam desta oração”15.
Assista programa do Padre Paulo Ricardo sobre “A oração ‘Ave Maria’”:


Exame de consciência: Maria, sinal de salvação 
ou de condenação?

Portanto, a Virgem Maria é um desses três sinais de salvação – que nos foi dado a conhecer pela Palavra de Deus e pela Tradição da Igreja – juntamente com o sinal do madeiro da Cruz e da morte de Cristo. Sem negar a superioridade infinita do Mistério Pascal de Jesus Cristo – da Sua Paixão, Morte e Ressurreição – em comparação com o Mistério de Maria, apresentamos de forma especial o sinal da Santíssima Virgem. Fizemos isto não para possíveis comparações ou acusações, ou ainda para julgamentos de outras pessoas como predestinadas ou condenadas – mas para que nós façamos um bom exame de consciência: para nós, o sinal da Virgem Santíssima é sinal de salvação ou de condenação? Temos desprezo ou indiferença para com Maria? Amamos e estimamos a Mãe de Deus, que tanto nos ama? Somos verdadeiros devotos da Virgem, pensamos sempre nela e invocamos amorosamente seu nome? Imitamos as virtudes da Mãe da Igreja e caminhamos segundo as suas pegadas? Amamos, saboreamos e rezamos com prazer a Ave-Maria e o Terço? Todas estas perguntas nos ajudarão a avaliar se a Virgem Santíssima é para nós sinal de salvação ou de condenação. Que Nossa Senhora nos ajude a reconhecer nossos pecados, nossas dificuldades, e a crescer na devoção mariana, que nos aproxima de Jesus Cristo e da salvação.

Fontes de Estudos:

1 SÃO JOÃO CRISÓSTOMO. Sermão para Sexta feira Santa sobre a Cruz, 2 ; PG 49, 396.
2 Is 7, 14.
3 Cf. SANTO IRENEU. Adversus haereses, III 21, 10-22, 4.
4 Cf. 1 Cor 15, 21-22.45.
5 Cf. Mc 8, 34b.
6 Cf. TVD 30. Para São Luís Maria, Esaú representa a figura dos réprobos ou condenados.
7 TVD 40.
8 SÃO GERMANO. Orat. in Encaenia veneranda aedis B. V.
9 TVD 166.
10 Idem, 182.
11 Pr 8, 32.
12 TVD 200.
13 Idem, ibidem.
14 TVD 250.
15 Idem, ibidem.

Texto: Natalino Ueda

Natalino Ueda é brasileiro, católico, formado em Filosofia e Teologia. Na consagração a Virgem Maria, segundo o Tratado de São Luís Maria Grignion de Montfort, descobriu um caminho fácil, rápido, perfeito e seguro para chegar a Jesus Cristo. Desde então, ensina e escreve sobre esta devoção, o caminho “a Jesus por Maria”, que é hoje o seu maior apostolado.