31/01/2014

8 conselhos para quem quer viver a castidade



Há uma geração de jovens que buscam a santidade, e um dos grandes desafios dessa juventude é viver a castidade. Por isso, coloco abaixo alguns conselhos para aqueles que almejam essa virtude:

1. Participar da Santa Missa, se possível todos os dias. A Celebração Eucarística é um grande encontro com Jesus, Ele que se fez pão, que nos traz vida em abundância. Sua constância produzirá diversos frutos, dentre eles, a fortaleza.

2. Oração pessoal, comunitária e a oração do santo terço. Estar em contato com Deus nos permite aprofundar a amizade com Ele. Qual amigo quer decepcionar o outro? Portanto, rezar nos permite ser livres para viver a vontade do Senhor. Ao rezar o terço, comece com uma Ave-Maria, depois duas… Quando perceber, estará rezando o rosário. Nossa Senhora é sua grande auxiliadora, não se esqueça disso!

3. Jejuar. O jejum, se bem praticado, por mais simples que seja produz frutos como a disciplina e o autocontrole.

4. Ler a Palavra. É preciso buscar a leitura e a reflexão diária da Bíblia. Muitas vezes, estaremos como Jesus no deserto; o demônio tentará nos convencer de que devemos pecar contra a castidade. Mas é possível combatê-lo com o auxílio de Deus, por meio de Suas palavras.

5. Buscar o Sacramento da Reconciliação. Os santos sempre se confessavam. Não seria bom fazer o mesmo? A confissão renova nossa amizade com o Senhor e traz paz e ânimo necessários para continuarmos a caminhada. Caiu? Não consegue se arrepender? Peça a ajuda de Deus. Levante-se!


6. Pensamentos, palavras e olhares para o céu. Diante das fragilidades, é necessário que sempre sejam evitados o pensamento, a palavra e o olhar impuros. É preciso cortá-los pela raiz! Se um ambiente, um site ou algum tipo de roupa não transmitir pureza, é melhor percorrer outro caminho. Lembre-se: um vazamento pequeno pode se transformar em uma inundação!

7. Fuga do pecado. Esse tipo de fuga não é covardia; pelo contrário, é muito corajosa! Muitas vezes, o rapaz e a moça pensam que são capazes de suportar a tentação. Cuidado! Camufladamente, isso pode ser falta de humildade. O cristão deve compreender quais são os seus limites.

8. Castidade como objetivo. Muitas vezes, o jovem quer viver a castidade, mas, por falta de determinação, acaba caindo em pecados que poderiam ser evitados. É necessário levantar para si mesmo essa bandeira. PHN, “Por hoje não quero mais pecar”!
Jovem, que Deus o ilumine e apresente mais caminhos seguros para você alcançar a castidade.

Lembre-se do que São Paulo disse ao jovem Timóteo: “Torna-te modelo para os fiéis no modo de falar e de viver, na caridade, na fé, na castidade”.

Nossa Senhora da Pureza, rogai por nós!

Fonte: DESTRAVE

30/01/2014

Deus é nosso auxílio em todas as coisas!

A Palavra meditada, hoje, está em Salmo 121,1-8.

"Feliz o homem que entra em qualquer situação acompanhado de Deus", afirma Márcio.
Foto: Wesley Almeida/Arquivo Fotos CN


A todos que estão se preparando, nesta manhã, para trabalhar, eu digo: o Senhor os protegerá ao saírem de suas casas. Ele nos protege quando saímos de casa e quando voltamos para ela. Por isso, ao sair, precisamos nos revestir da proteção de Deus, porque não sabemos o que vai nos acontecer na rua, não sabemos como as pessoas, que cruzarão nosso caminho, vão estar por dentro.

Na rua nós não encontramos o ambiente protegido e acolhedor que temos em casa, então, precisamos nos acostumar a pedir a proteção divina, dizendo: “Pelo sinal da Santa Cruz, livrai-nos Deus, nosso Senhor, dos nossos inimigos. Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.” Fazendo essa oração, conscientes de que a estamos dizendo de coração, nem chegaremos ao fim do caminho e o Espírito Santo já nos envolverá de sabedoria para lidarmos com as pessoas e com as situações do dia.

Nós também precisamos aprender a rezar quando voltamos para casa, antes de entrarmos nela, pois a nossa casa é sagrada, lugar da presença de Deus. Não podemos levar o lixo da rua para dentro dela com as contaminações emocionais, as agitações, o nervosismo e as preocupações exageradas, porque tudo isso contamina nossa casa e todos que estão nela.

Nós precisamos despachar do nosso coração as coisas ruins que se apegam a nós durante o dia. Tudo isso é lavado na misericórdia de Deus, quando dizemos: “O Senhor me protegeu ao sair e me protege ao voltar”.

Nosso Pai é tão bondoso e misericordioso, que não só nos protege ao sairmos ou entrarmos em casa, como também ao entrarmos e sairmos de uma tribulação. Todos, nesta vida, passam por tribulações: o pobre e o rico, o doente e o saudável, o que é de Deus e o que não é d'Ele; a diferença é como isso acontece com cada um.

A coisa mais importante ao entrarmos num túnel escuro é saber como sair dele, e quando você não o conhece, não há nada melhor do que ter uma pessoa para ajudá-lo. Não importa o túnel que você vai entrar, o Senhor estará com você quando entrar nele e sair dele.

Deus não nos impede de entrarmos num sofrimento ou numa tribulação, mas nos ajuda a passar por eles. Então, quando o túnel escuro chegar, passemos por ele com sabedoria, fazendo tudo que está ao nosso alcance, sabendo que tudo está nas mãos de Deus.

“Ergo os olhos para os montes: de onde virá o meu socorro?” Se, em qualquer situação, você olhar ao seu redor e não vir nenhuma ajuda, confie que, na falta do socorro humano, não lhe faltará o socorro de Deus.

O nosso auxílio vem de Deus. Não lancemos olhares desesperados à nossa volta, mesmo que tenhamos chegado às aflições, às tribulações, aos problemas por nossa culpa ou não. O Senhor virá nos socorrer, basta recorrermos a Ele e pedir a Sua ajuda. Deus não nos deixará vacilar, desde que nos apeguemos a Ele.

A nossa vida pode mudar num piscar de olhos, mas Deus continua cuidando de nós. Ele é o nosso guarda e protetor, protege-nos de todas as coisas em nosso dia e durante a noite também. O SEnhor nos preserva de todo o mal ao sairmos e ao voltarmos para casa.

Feliz o homem que entra em qualquer situação acompanhado de Deus. Feliz de nós que depositamos n’Ele a nossa fé e fazemos tudo com Ele! A nossa fé, na Palavra de Deus, torna-se forte ou fraca à medida que cremos no Senhor, sabendo que Ele cumprirá todas as Suas promessas. Hoje, o Senhor nos diz que é nosso auxílio e nos guarda de todo mal. Vamos dar fé ao que o Senhor nos diz?

A única coisa que traz tranquilidade ao nosso coração é a confiança de que Deus está conosco, de dia e de noite, ao entrarmos ou sairmos da tribulação; não por merecimento, mas porque Ele é cheio de amor e bondade e não muda com nossas inconstâncias, mas continua nos amando apesar de tudo.

Vamos crer na Palavra de Deus e encontrar o descanso do nosso coração?

Jesus, eu confio em Vós!

Márcio Mendes
Membro da Comunidade Canção Nova.
Fonte: Canção Nova

20/01/2014

Cientistas afirmam autenticidade do manuscrito do 3º Segredo de Fátima


Cientistas afirmam autenticidade do manuscrito do 3º Segredo de Fátima

Maria José Azevedo Santos, professora universitária da Faculdade de Letras da Universidade da Coimbra (Portugal), perita em paleografia (estudo de escrituras antigas), logo depois de analisar o manuscrito da terceira parte do segredo de Fátima assinalou que se trata de um documento “autêntico”.

Maria José Azevedo Santos foi convidada a analisar cientificamente o manuscrito da terceira parte do segredo de Fátima, de propriedade do Vaticano, e atualmente cedido ao Santuário da Fátima para a exposição  “Segredo e Revelação”, que durará até final de outubro de 2014.

Em uma entrevista ao periódico jornal do santuário Mariano da Fátima, “Voz dá Fátima”, que será publicada no próximo 13 de janeiro, a perita assinalou que “a Igreja nunca teve dúvidas de que o documento era original, e se a Igreja pede à ciência que a sua leitura seja-lhe submetida, poderíamos, é óbvio, encontrar algum elemento contraditório, o que não aconteceu. Trata-se de um documento autêntico, verdadeiro, que saiu das mãos da Irmã Lucia”.

“O documento tem uma dimensão universal, porque o interesse nele não se restringe apenas à comunidade cristã católica, é patrimônio da humanidade”, indicou.

Azevedo Santos assinalou que apesar de que não figure a assinatura da autora, a Irmã Lucia, isto não “invalida a autenticidade do documento”.

“Pudemos comparar a letra com outros documentos manuscritos da Irmã Luzia e chegar à conclusão de que este, que não está assinado, é da mesma autora. Esta é uma conclusão científica”, disse.

A perita assinalou que “meu testemunho é verdadeiramente um testemunho singular, porque o encargo que recebi também é singular. Fui a primeira mulher leiga a entrar em contato direto com o documento em questão, com prévia autorização de Sua Santidade, o Papa Francisco, concedida aos delegados do Bispo de Leiria-Fátima”, Dom António Augusto Marto.

Maria José Azevedo Santos, junto ao Pe. Luciano Cristino, diretor do serviço de Estudos e Difusão do Santuário da Fátima, junto do Padre Marco Daniel Duarte, diretor do Museu do Santuário da Fátima, visitaram Roma (Itália) em setembro de 2013, obtendo as permissões necessárias, incluindo a autorização do Arquivo da Congregação para a Doutrina da Fé (CDF), que custodia o manuscrito.

O manuscrito da vidente Lucia descreve o que Nossa Senhora lhe disse nas aparições em Fátima e seu conteúdo foi divulgado em 2000 pela Congregação da Doutrina da Fé, então presidida pelo Cardeal Ratzinger. O texto do segredo e a interpretação feita pelo mencionado dicastério, desmentindo certos rumores milenaristas de que o documento continha dados sobre o fim dos tempos, seguem publicados no site do Vaticano em: http://www.vatican.va/roman_curia/congregations/cfaith/documents/rc_con_cfaith_doc_20000626_message-fatima_po.html

Fonte: ACI Digital

17/01/2014

Briguei com meu amigo! O que fazer?

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Saber respeitar as decisões de quem feriu ou foi ferido

Muitos processos de amizade sofrem rompimentos ao longo da vida. Muitos são os motivos que desencadeiam esses rompimentos; desde uma simples palavra mal interpretada até uma complexa traição de confiança.

Quando a amizade é abalada, acontece o rompimento e surge a mágoa, a revolta, o desejo de vingança e outras inúmeras atitudes que brotam dessa situação conflituosa. Muitos, após um período de distanciamento, conseguem recuperar a mesma amizade de antes; alguns a recuperam parcialmente; outros, no entanto, jamais conseguem recuperá-la.

Diante do rompimento da amizade, fica o desejo de que tudo seja como era antes. Em muitos casos, é preciso ter consciência de que não mais será como antes. Onde há rompimento existem feridas que precisam de longas estações para serem cicatrizadas.

Há casos em que ambos os amigos se perdoam e retomam a amizade com o mesmo afeto de antes. Em outros casos, quando um dos lados não concede o perdão, surge a grande questão: o que fazer quando o outro não me perdoa? Nesse caso, não há muito o que fazer. É preciso saber respeitar o tempo dele.

Forçar uma aproximação pode ser tão prejudicial quanto o rompimento da amizade. Feridas abertas levam tempo para cicatrizar. Não adianta tentar buscar uma solução quando as poeiras da raiva e do ressentimento ainda estão altas. Nem todos conseguem fazer a digestão emocional das mágoas de maneira igual. Alguns precisam de muito tempo para perdoar, outros conseguem fazê-lo de maneira rápida. Cada caso é um caso, e cada ferida é uma ferida. Cada pessoa vivencia a sua vida em um determinado tempo.

Nem sempre é fácil respeitar a decisão de alguém que ainda não conseguiu perdoar. Muitas vezes, tenta-se forçar o perdão; como consequência, existe um aumento das feridas. Para que um vínculo de amizade seja restabelecido, é necessário que ambos os lados desejem restabelecer tal laço. Não existe amizade que volte a ser como antes apenas quando há o desejo de apenas um dos lados.

Da parte de quem concedeu o perdão deve haver o respeito por quem ainda não conseguiu digerir toda uma situação de rompimento. Deve haver também a consciência de que não existe amizade restabelecida à base de pressão psicológica ou espiritual. Amizade é fruto de um processo; e quando esse processo é rompido, faz-se necessário uma reconciliação com o tempo do outro. Saber respeitar as decisões de quem feriu ou foi ferido é também um gesto de amizade, mesmo que não seja compreendido logo de imediato.

 Padre Flávio Sobreiro
 

16/01/2014

Por Que o Católico não pode ser Espírita?

BOM-MOTIVO-PARA-CONTINUAR-CATOLICO 

Cada religião possui seus dogmas, seus artigos de fé. Se duas religiões possuíssem os mesmos pensamentos e dogmas não seriam duas, mas apenas uma. Por isso, uma pessoa não pode participar de duas religiões, pois não cumprirá honestamente nem uma, nem outra.

O católico não pode ser espírita porque:

1. O católico admite a possibilidade do Mistério e aceita Verdades sempre que tem certeza que foram reveladas por Deus.

2. O espírita proclama que não há mistérios e tudo o que a mente humana não pode compreender é falso e deve ser rejeitado.

3. O católico instruído crê que Deus pode e faz milagres.

4. O espírita rejeita a possibilidade de milagres e ensina que Deus também deve obedecer as leis da natureza.

5. O católico crê que a Bíblia foi inspirada por Deus e, portanto, não pode conter erros em questão de fé e moral.

6. O espírita declara que a Bíblia está cheia de erros e contradições e que esta nunca foi inspirada por Deus.

7. O católico crê que Jesus enviou o Espírito Santo aos apóstolos e seus sucessores para que pudessem transmitir fielmente a sua doutrina.

8. O espírita declara que os apóstolos e seus sucessores não entenderam os ensinamentos de Cristo e que tudo quanto transmitiram está errado ou foi falsificado.

9. O católico crê que o papa, sucessor de São Pedro, é infalível em questões de fé e moral. O espírita declara que os papas só espalharam o erro e a incredulidade.

10. O católico crê que Jesus instituiu a Igreja para continuar a sua obra. O espírita declara que até a vinda de Allan Kardec, a obra de Cristo estava inutilizada e perdida.

11. O católico crê que Jesus ensinou toda a Revelação e que não há mais nada para ser revelado. O espírita proclama que o Espiritismo é a terceira revelação, destinada a retificar e até mesmo substituir o Evangelho de Cristo.

12. O católico crê no mistério da Santíssima Trindade.

13. O espírita nega esse augusto mistério.

14. O católico crê que Deus é o Criador de tudo, Ser pessoal, distinto do mundo. O espírita afirma que os homens são partículas de Deus (verdadeiro panteísmo).

15. O católico crê que Deus criou a alma humana no momento de sua união com o corpo. O espírita afirma que nossa alma é resultado de lenta e longa evolução, tendo passado pelo reino mineral, vegetal e animal.

16. O católico que o homem é uma composição substancial entre corpo e alma. O espírita afirma que é composto entre perispírito e alma e que o corpo é apena um invólucro temporário, um “alambique para purificar o espírito”.

17. O católico obedece a Deus que, sob severas penas, proibiu a evocação dos mortos. O espírita faz desta evocação uma nova religião.

18. O católico crê na existência de anjos e demônios.

19. O espírita afirma que não há anjos, mas espíritos evoluídos e que eram homens; que não há demônios, mas apenas espíritos imperfeitos que alcançarão a perfeição.

20. O católico crê que Jesus Cristo é verdadeiramente o Filho Unigênito de Deus, Segunda Pessoa da Santíssima Trindade.

21. O espírita nega esta verdade fundamental da fé cristã e afirma que Cristo era apenas um grande médium e nada mais.

22. O católico crê também que Jesus é verdadeiro homem, com corpo real e alma humana. Grande parte dos espíritas afirma que Cristo tinha apenas um corpo aparente ou fluídico.

23. O católico crê que Maria é a Mãe de Deus, Imaculada e assumta ao céu. O espírita nega e ridiculariza todos os privilégios de Maria.

24. O católico crê que Jesus veio para nos salvar, por sua Paixão e Morte. O espírita afirma que Jesus não é nosso Redentor, mas apenas veio para ensinar algumas verdades e de modo obscuro; e que cada pessoa precisa remir-se a si mesma.

25. O católico crê que Deus pode perdoar o pecador arrependido. O espírita afirma que Deus não pode perdoar os pecados sem que se proceda rigorosa expiação e reparação feita pelo próprio pecador, sempre em novas reencarnações.

26. O católico crê nos Sete Sacramentos e na graça própria de cada Sacramento. O espírita não aceita nenhum Sacramento, nem mesmo o poder da graça santificante.

27. O católico crê que o homem vive uma só vez sobre a Terra e que desta única existência depende a vida eterna.

28. O espírita afirma que a gente nasce, vive, morre e renasce, e progride continuamente (reencarnação).

29. O católico crê que após esta vida exista o céu e o inferno.

30. O espírita nega, pois crê em novas reencarnações.

Por Frei Boaventura Kloppenburg, O.F.M. Bispo da Diocese de Novo Hamburgo (RS)

15/01/2014

O amor não vicia, mas o pecado sim!

Revolução sexual x Revolução do amor

Foto: Wesley Almeida/Foto CN
Louvado seja Nosso Senhor Jesus Cristo! É uma alegria estar aqui com vocês neste Acampamento "Revolução Jesus", que tem este belo tema:"Livres para amar". Uma das coisas mais extraordinárias que podem acontecer com o ser humano é, já aqui na terra, começar a amar. Mas não é uma coisa óbvia, pois, exatamente no centro da nossa vida, onde está a fonte da vida e da humanidade, parece que se instalou uma lei da morte e da escravidão.

O bem-aventurado Papa João Paulo II, logo que foi eleito em 1978, fez um grande esforço ao ensinar aos jovens a força existente no amor de Deus, que se manifesta na nossa própria natureza humana, nos nossos corpos e nos nossos corações. Esses ensinamentos mais tarde ficaram conhecidos como "Teologia do Corpo", que foram tema de 129 catequeses do Pontífice polonês para nos ensinar esta realidade. Ele fez isso, pois, como padre e bispo, notou a grande dificuldade que os jovens tinham de viver a lei de Deus com relação à sexualidade. A Igreja, hoje em dia, é tachada por muitas pessoas de repressora, algumas destas dizem: “Eu vivo o sexo como eu quiser! Esses homens velhos e solteirões da Igreja não entendem nada de sexo. A Igreja Católica é uma repressora por tentar impedir que as pessoas sejam felizes com seu impulso sexual”, essa é a grande acusação que fazem contra a Igreja e esta acusação é falsa.

Os religiosos, esses “velhos” como o Papa João Paulo II, entendem muito mais sobre amor do que os chamados libertadores e revolucionários da Revolução Sexual. Aqui está a grande proposta da Igreja, se o mundo fez a revolução sexual nós precisamos fazer a revolução do amor. Alguns perguntam por que a Igreja não muda estas normas, não as adaptam aos tempos modernos? O Papa, os bispos e os padres não podem mudar as leis morais, porque elas não foram feitas por eles. Eles são mensageiros d'Aquele que nos fez, o nosso "Fabricante", Deus, que vem com uma mensagem e nos diz: "Assim vocês serão felizes".

Vou fazer uma comparação para vocês entenderem. Se você tem um carro "flex" você pode abastecê-lo tanto com gasolina como com etanol. Você é livre para escolher qual combustível usar. Mas pensemos que você, revoltado, como um revolucionário, não quer se submeter a esta instrução de usar os combustíveis determinados pelo fabricante e, como dono do carro, abastece o veículo com diesel. O carro vai andar? Não.

Na nossa vida é da mesma forma, temos dois caminhos, temos que escolher entre eles. O primeiro caminho é o mais comum, a aliança de amor, chamada de "matrimônio" e o outro caminho chamado é o "celibato", que também é uma aliança de amor, uma oferenda da sua sexualidade para Deus. Esses são o "etanol" e a "gasolina" que você pode colocar no seu "tanque". Acontece que o homem moderno não quer obedecer às "instruções do Fabricante". Existe uma recomendação, mas queremos colocar outros "combustíveis no carro da nossa vida" e queremos obrigar esse carro a funcionar. Este é o problema! Existe um "Fabricante" que nos diz o caminho que devemos percorrer para sermos felizes e nós somos livres para escolher.

Quem é solteiro, está solto, disponível. Um padre, como eu, não é solteiro. O padre é comprometido em uma aliança de amor com Deus e deve viver assim. Nós precisamos entender isso, ninguém tem vocação para ser solto, para ser solteiro, no entanto, hoje, nossa sociedade acha que liberdade é você ser solteiro, mas não é assim. A liberdade do amor acontece quando selamos uma aliança de amor, quando celebramos uma aliança de amor nós somos livres para amar.

Para você que namora eu pergunto: Você tem vontade de matar sua namorado(a)? Não estou falando de momentos em que ele(a) o deixa com raiva. Digo se você já teve literalmente vontade de, com uma arma, matar seu(a) namorado(a) por estar com ódio dele (a). Outra pergunta: você tem vontade de matar sua mãe? Não! No entanto, existe um mandamento de Deus que diz: "Não matarás". Existe este mandamento, mas você não sente vontade de matar sua mãe, você não se sente escravo dessa lei, pois você não sente vontade de matá--la, não é? Você é livre. Quando seu coração obedece à lei de Deus você vive uma liberdade maravilhosa!

Vamos ver agora isso no campo da sexualidade. Você não tem vontade de ter relações sexuais com sua mãe, nem com seu pai. Você não vai dizer: "A Igreja castradora está me impedindo de fazer isso", pois seu coração está no lugar e não deseja isso. Você nem chega a imaginar isso, porque seu coração está em ordem, no lugar certo e é livre para amar.

A moral sexual da Igreja é a moral da família. Pegue todas as leis sexuais e você pode resumi-las na família, é a moral sexual que permite que exista família. Por que é que uma menina pode andar tranquilamente em sua casa, de pijama, sem ter medo de que seu pai e seus irmãos a desejem sexualmente? Isso acontece porque ela tem segurança de que, em sua casa, não existe um coração perverso. E por isso que o incesto é algo tão terrível, pois é uma desordem. A família é uma ilha de paz onde se tem segurança. A lei moral sexual, dentro da família, é muito clara e isso cria uma liberdade para amarmos. O projeto de Deus é que sejamos família.
"O amor não vicia, mas o pecado e o egoísmo sim!", recorda padre Paulo Ricardo
Foto: Wesley Almeida/Foto CN
Existe algo dentro de nós que não quer ser família, existe algo que perturbou este projeto divino. A moral sexual da Igreja poderia ser chamada de "moral familiar". O sexo só pode ser realizado em um projeto de família, em que um homem e uma mulher se unem de forma permanente para gerar filhos, não estou dizendo que ele é feito só para isso, mas ele tem a ver com esta obra linda de gerar crianças. Este é o projeto de Deus e é, porque perdemos a noção disso, que a moral sexual se tornou tão complicada para nós. Se eu, como padre, olhar para todas as pessoas como meus filhos espirituais eu não irei sentir desejo sexual por essas pessoas. Esse é o segredo do celibato: a paternidade. Quando o diabo joga uma flecha na minha imaginação para eu olhar de forma lasciva para uma pessoa, eu digo: "Não, ela é minha filha, não posso deixá-la órfã!" Se eu desejar uma mulher sexualmente ela ficará órfã, pois ela perdeu um pai espiritual. Nossa vocação é ser família. Ou você vai ser família biológica ou você vai ser família espiritual. O celibatário não é alguém sem família, ele tem uma família maior, espiritual.

O amor não vicia, mas o pecado e o egoísmo sim. Ninguém pode dizer que é viciado na castidade. O marido e a mulher castos não são viciados em fidelidade, embora eles possam cair a qualquer momento. Mas quem é viciado na infidelidade, no pecado, não consegue ser fiel em nenhum momento, pois ele fica viciado. Onde está a raiz disso?

Nas primeiras páginas da Bíblia é narrado o casamento de Adão e Eva e nas últimas páginas da Sagrada Escritura existe o casamento de Deus com a humanidade. O Papa João Paulo II nos ensina que Deus nos fez família aqui na terra, que nos casássemos aqui na terra para que isso fosse um sinal que aponta para o casamento definitivo de Cristo com a Igreja.

Eu sou vigário em uma paróquia de Cuiabá, e todos os meses eu preparo casais para o casamento. É bonito ver o casal de pombinhos. Na palestra eu pergunto a eles: "Quem vai se casar para ser feliz?" E todos respondem: "Eu!" A má notícia é que isso não dá certo. E por quê? Rapaz nenhum, mulher nenhuma, vai poder fazê-lo feliz! Moça, nenhum rapaz vai fazê-la feliz. O mesmo vale para os rapazes. Só Deus, no céu, vai fazê-la verdadeiramente feliz! Nós fomos feitos para estar unidos com Deus no céu em uma felicidade completa, sem limites, infinita. Todas as felicidades desta terra são passageiras.

Eu não estou dizendo para você não se casar. Se esta é a sua vocação, faça isso, mas não se case pensando que seu (a) marido (mulher) vai fazê-lo feliz, porque, senão, vocês dois estarão, daqui a algum tempo, trocando acusações. Se você está com seu (a) namorado(a) ou seu (a) esposo(a) diga para ele (a): "Eu não consigo te fazer feliz. Isso é no céu". Imagine o fardo de ter que fazer uma pessoa plenamente feliz! O casamento dos cristãos é um letreiro que diz: "No céu seremos todos felizes em um casamento que não tem defeito, a união perfeita com Deus".

Quando você vai a um casamento você tem lá o casal e o padre, que é a testemunha qualificada. Olhando para o padre e para o casal nós vemos um diálogo silencioso: O casal diz para o padre: "Todos nós fomos feitos para o casamento". E o padre diz para o casal: "Sim, mas o casamento a que nós somos chamados não é este, é o casamento definitivo com Deus". Por isso a Igreja precisa de celibatários, pois eles nos apontam que nosso casamento definitivo é com Deus.

O padre é escolhido para ser um sinal do Esposo. O padre usa a batina preta como sinal de que ele morreu para o mundo e deve viver agora para uma outra missão. Quem morreu? O Paulo Ricardo. E quem apareceu ali? Jesus Cristo, o Esposo. O padre é um outro Cristo. Quando você tem a Igreja reunida para a Eucaristia, você tem um sinal externo, simbólico do Esposo, que é Cristo, na pessoa do padre, e da esposa, que é a Igreja reunida. E é neste banquete maravilhoso que, um dia, vamos nos unir com Deus. Este é o projeto de Deus para nós, mas, infelizmente, ele [este projeto] foi deturpado.

"Homem, mostre como deve ser essa condução até Jesus!" 
Foto: Wesley Almeida/ Fotógrafo CN

Nossos corpos falam que nós somos incompletos. Existe algo escrito em nosso corpo. Todos os nossos órgãos são completos, exceto os órgãos reprodutivos. Eu explico. Quando eu abro o olho, ele é completo nele mesmo, eu o abro e vejo. Eu não preciso do olho de outra pessoa para ver. Assim também com meus ouvidos, com minha boca. Mas, por exemplo, quando eu olho para os órgãos reprodutores, os genitais de um homem, eles não têm sentido nenhum se não existe o órgão reprodutor da mulher. Permita-me fazer a analogia: é como uma chave para uma fechadura. Você já encontrou chaves que não se encaixam em nenhuma fechadura? Ela não tem sentido, não serve para nada. Assim são os órgãos sexuais, eles têm uma característica única, não têm sentido em si mesmos. O Papa emérito Bento XVI, quando ainda era o cardeal Ratzinger, disse que, quando ele publicou uma orientação pastoral para os homossexuais, não tem ideologia gay no mundo que consiga quebrar a força dessa realidade.   Você pode repetir quantas vezes quiser que a união entre dois homens e que a união de duas mulheres são a mesma coisa que a união de um homem com uma mulher. Você pode repetir várias vezes isso, mas isso é artificial, pois o mundo real grita que, quando um homem se une com uma mulher, acontece o milagre da vida. Quando dois homens se unem não acontece nada; e quando duas mulheres se unem também não acontece nada; e este é o mundo real. Desculpem-me, não estou discriminando ninguém. A Igreja não quer discriminar os homossexuais como se eles fossem inferiores. A Igreja quer somente dizer: Existe uma obra inscrita na criação, se nós obedecermos ao nosso Criador, ao ''Fabricante'', vai ser melhor para todos. As pessoas dizem que ficamos castrando os homossexuais ao afirmarmos que eles não podem usar o sexo como querem. Mas ninguém pode usar o sexo como quiser. A Igreja não discrimina ninguém, ela pede a castidade para todos. Os casais [homem e mulher] também são chamados à castidade.

Peguemos um versículo da Bíblia, Mateus 5, 27-28. Jesus, no Sermão da Montanha, fala a respeito da lei sexual. “Ouvistes que foi dito aos antigos: Não cometerás adultério. Eu, porém, vos digo, que qualquer que atentar numa mulher para a cobiçar, já em seu coração cometeu adultério com ela”. O Papa João Paulo II nos ensina que este mandamento de Jesus vale para todos, inclusive para os esposos, um não pode olhar para o outro apenas como uma coisa, como objeto. As pessoas não são objetos para ser desfrutados. Quando usamos o sexo, fora daquilo que Deus planejou, estamos tratando as pessoas como coisa, não como pessoas. A melhor forma de entendermos o projeto para o santo matrimônio é olhar para a cruz de Cristo, pois ali Jesus ensina como todo esposo deveria olhar para sua esposa. Da cruz Jesus nos diz: "Isto é o meu corpo que é dado por vós".
O sonho de Deus é que Ele nos colocou nesta vida para que nós preparemos um matrimônio maravilhoso que acontecerá no céu. Precisamos amar desde já e para isso precisamos seguir as instruções do Criador. O sexo só deve ser realizado quando houver um amor de quem entrega para toda a sua vida. O amor é que torna lícito o sexo.

Mas você pode dizer: "Eu amo minha namorada, padre! Estou disposto a dar a minha vida por ela. Eu a defenderia a vida dela com a minha". Se você está disposto a defender sua namorada, defenda-a de você, pois ela pode nunca receber um tiro, mas é maior o risco que ela seja usada por você e ser jogada fora. Quantas vezes já vimos casais de namorados que fizeram juras de amor e depois descartaram o outro. Se você, de fato, está disposto a dar a vida por ela, então se case com ela!

O sexo, fora do casamento, é sempre uma mentira, pois o corpo fala. O corpo é mais sincero que a boca. Muitas vezes, com sua boca, você diz uma coisa, mas o seu corpo diz outra. Na relação sexual, fora do casamento, o corpo diz que você é todo do outro, mas, no fim, você se levanta e vai embora. A lógica dos anticoncepcionais contradiz o amor de doação. O projeto de Deus, a revolução que Jesus Cristo quer colocar em nossos corações é a revolução do amor. Se, nas décadas de 60 e 70, o mundo fez uma revolução sexual, na década de 80, com o Papa João Paulo II, a Igreja fez uma revolução do amor. O Sumo Pontífice diz ao mundo inteiro que o sexo só tem sentido em um amor que entrega toda sua vida livre e fielmente, de forma fecunda para outra pessoa, quando um homem se entrega à outra pessoa para ser família. Deus abençoe vocês.
 
Transcrição e adaptação: Fabrício Neto

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Padre Paulo Ricardo
Sacerdote da Arquidiocese de Cuiabá (MT)
www.padrepauloricardo.org

14/01/2014

Atitudes positivas para o Ano Novo

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Para nunca lhe faltar dinheiro, trabalhe com seriedade
1 - Adicione fé e esperança aos seus sonhos. Todo sonho precisa ser alimentado, caso contrário ele será apenas uma teoria. 

2 – Nas encruzilhadas da vida, peça orientação ao Espírito Santo. Não queira resolver sozinho seus problemas; deixe espaço para que Deus participe de suas decisões.

3 – O diálogo é a base para uma convivência pacífica e saudável. Coloque as cartas na mesa quando algum problema surgir. Falar com respeito é melhor do que silenciar com ódio. 

4– Contemple as estrelas quando estiver estressado. O brilho que elas emanam faz com que se lembre que, mesmo em meio às trevas, o amor de Deus nos acompanha e ilumina os nossos caminhos.

5 – Se cruzar com um gato preto na rua, não se assuste, é apenas um animal que nem sabe que você é supersticioso (a).

6  - Comece cada dia deste novo ano com o pé direito: acredite em você mesmo, lute por seus ideais e faça o bem sem esperar retorno.

7 – Para conquistar um amor de verdade, tome um banho de dignidade e autoestima. Seja verdadeiro (a) com seus valores e acredite que uma vida a dois é fruto de um caminho de conhecimento, diálogo e partilha.

8 – Use folhas de louro para fazer uma deliciosa feijoada para os amigos. E não se esqueça de me convidar!

9 – Use e abuse das cores amarelas. Garanto que não vai lhe trazer dinheiro, mas, com certeza, vai lembrá-lo que dinheiro não cai do céu e Deus ajuda quem cedo madruga! 

10 – Nozes, avelãs, tâmaras e castanhas são ótimas para a saúde. Contudo, elas não trazem fartura, a não ser para o seu peso se forem consumidas em excesso.

11 – Para nunca faltar dinheiro, trabalhe com seriedade, não gaste com supérfluos e não faça contas maiores que o seu salário. 

12 – Para ter paz não precisa usar a cor branca, basta apenas ter consciência de que a paz começa com seus gestos, palavras e atitudes. 


Padre Flávio Sobreiro
 

13/01/2014

O que nos motiva a ser melhores

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O amor tem o poder de ser sempre novo

Se quiser ser de Deus, terá que viver as duas vias do Senhor: ‘Amarás ao Senhor teu Deus e ao próximo como a ti mesmo’.
 
O que você entende por esta palavra 'amor'? É impressionante o quanto o amor de Deus nos toca. Os poetas sempre tentaram decifrar esse sentimento, mas nunca o conseguiram. Assim como Luiz de Camões em seu célebre poema: ‘O amor é um fogo que arde sem se ver, é ferida que dói e não se sente, é um contentamento descontente, é dor que desatina sem doer’. O amor não se poetiza. Quantas vezes o sentimos e não sabemos onde realmente dói. O amor é revelação, inauguração, tem o poder de ser novo com aquilo que estava velho.

Jesus sabe da capacidade de olhar as coisas miúdas da vida, as que não damos valor e aquelas que ninguém havia visto antes. Colocando os pés no seguimento de Cristo, ouvimos a Palavra para olhar a vida diferente: ‘Amar a Deus sobre todas as coisas’. E o que significa amar o meu próximo? O que significa olhar para o meu irmão e saber que nele tem uma sacralidade que não posso violar? Como posso descobrir esse convite de Deus de abrir os olhos às pessoas? No dia de hoje, eu lhe proponho que acabe com os 'achismos' do amor. A primeira coisa que Deus precisa curar é o que nós achamos do amor. Pois, muitas vezes, em nome dele [amor], nós fazemos absurdos: sequestramos, matamos, fazemos guerra, criamos divisões.

O amor nos dá uma força que nem nós mesmos sabíamos que tínhamos. É a capacidade que ele tem de nos costurar. Quantas vezes olhamos para a objetividade do outro que nos motiva a ser melhores. É o amor com suas clarezas e suas confusões... Muitas vezes, em nome do amor tratamos as pessoas como ‘coisas’. Quando Deus entra em nossa vida e entramos na vida de outras pessoas, temos de entrar como Ele: agregando valores. Caso contrário é melhor que fiquemos de fora, porque você é um território que merece respeito.

Na passagem da sarça ardente (cf. Ex 3,2ss ) Deus se manifesta em uma árvore que pega fogo, mas não é consumida. Esse é o amor de Deus: Quanto mais nós amamos, mais somos consumimos; e se estamos esgotados é porque amamos ‘de menos’. Vamos ficando sem o vigor; mas a sarça queima sem se consumir. O fogo do amor não queima, pois é um fogo que faz outro fogo, e a experiência do amor de Deus é feita pelo amor de um para o outro.

Quantas vezes você passou noites inteiras acordado pelo seu filho? Quanto sono perdido? Isso é por amor... Amar o outro é levar prejuízo. Você vai saber o que é o verdadeiro amor quando você se consome, mas não se esgota. Você nunca vai dizer que está cansado de amar o seu filho. Você está cansada dos problemas causados por ele, mas não de amá-lo. Quantas pessoas que procuram e estão necessitadas do amor, mas em sua busca correm atrás das micaretas e baladas? A busca do amor está aguçada. Todos estão querendo saber o que é o amor e todos estão precisando de cura. Quantas pessoas foram amadas erroneamente, trazendo as marcas de um amor estragado.

Tenha coragem de tirar as histórias do passado que doem e que você as carrega até o dia de hoje. Nenhuma pessoa pode amar a Deus se não se ama. Nenhuma pessoa pode ter uma experiência com Deus se não for pelo amor a si própria, pelo respeito por si mesma. O amor a Deus passa o tempo todo pelo cuidado que eu tenho com a minha vida, com a minha história. Como sou capaz de amar o próximo como a mim mesmo se ainda não me amo? Faça caridade a você primeiro. Os seus amigos irão agradecer por você se amar.

Quando o amor nos atinge, somos mais felizes. Um povo que se ama é um povo que sabe aonde vai. Eu ainda acredito no que Deus pode em mim. Volte a gostar de você!

Padre Fábio de Melo

Fonte: Canção Nova

12/01/2014

O resgate de um relacionamento

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Há necessidade de reciprocidade nos esforços
Não é difícil encontrarmos pessoas que lutam para o resgate da saúde do seu namoro, quando, depois de algum tempo de convivência, percebem que o envolvimento com o outro tem deixado a desejar. Poderá, então, ser o momento de reavaliar os objetivos assumidos neste relacionamento. Entretanto, mais delicado que acolher a decisão do rompimento, é viver certos impasses dentro da relação conjugal.

Em qualquer relacionamento, seja no namoro ou no casamento, as nossas decisões, de certa maneira, afetam o nosso parceiro. Se os casais não aprenderem a acolher a opinião um do outro, antes de tomar uma decisão, eles, na verdade, estarão acumulando problemas para o futuro.
Das dificuldades que podemos enfrentar na vida conjugal, na sua grande maioria, está o fato de acreditarmos que a nossa maneira de viver o compromisso é a correta, e cabe ao cônjuge, que na nossa visão está errado, entender e aceitar, definitivamente, aquilo que propomos a ele. Na tentativa de cada um convencer o outro da sua verdade, muitas “farpas” são trocadas.

Na vida a dois, fica cada vez mais claro que não podemos ser felizes se quisermos viver o compromisso por nós mesmos. A exemplo disso, basta-nos lembrar das vezes que dizíamos: “Se fulano (a) está feliz, eu estou feliz também! Em outras ocasiões, compadecíamos das coisas que entristeciam o nosso cônjuge e também rejubilávamos por aquilo que lhe agradava, entre outras coisas. Tal disposição precisa ser reassumida e cultivada por ambos, não somente no período que estavam em  lua de mel, mas a todo tempo.

Todavia, podemos ter esquecido que o relacionamento conjugal por si une não somente os corpos, mas também realiza um vínculo emocional. Ao abandonarmos esse princípio, as crises podem ofuscar aquela nossa disposição – assumida no casamento – de acolher o outro, seja na alegria ou na tristeza, na saúde ou na doença, todos os dias da nossa vida. Consequentemente, o interesse pelo sentimento do outro é suprimido ou desprezado.

No convívio a dois, não há como apenas uma pessoa estar disposta a lutar pelo relacionamento ou desejar fazê-lo cada vez mais fecundo se não houver reciprocidade nos esforços. Quando as nossas expectativas, dentro da vida conjugal, vêm sendo ignorada pelo outro, pode parecer que há apenas uma opção: o rompimento!
Diante da radical possibilidade, somos tomados por uma grande agitação emocional, pois não sabemos se estamos fazendo a coisa certa. Mas, antes de qualquer atitude, e por mais difícil que possa ser, precisamos mostrar ao nosso cônjuge a nossa vulnerabilidade, naquilo que nos faz cogitar a ideia de assumir algo extremo para a relação.

Se acreditarmos que o casamento estabelece entre nós um vínculo também emocional, a maneira mais apropriada de resgatar nosso relacionamento é fazer com que o outro entenda que, por meio da imposição de regras unilaterais, não é a forma mais eficaz de viver um compromisso, especialmente às custas do silêncio ou do desrespeito do seu cônjuge, numa relação que tem como princípio o bem estar coletivo.
 
Dado Moura
Canção Nova
 

11/01/2014

O perigo das escolhas provisórias

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O que seria, para nós, sermos revolucionários da cultura do provisório?

"Eu peço que vocês sejam revolucionários, que vão contra a corrente; sim, nisto peço que se rebelem: que se rebelem contra esta cultura do provisório" 

(Discurso do Papa Francisco durante encontro com voluntários da JMJ Rio2013). Mas o que significa ser 'revolucionário' da cultura do provisório? O que é a 'Cultura do Provisório' e onde está a sua raiz?

Desde muito tempo, nós apresentamos como comportamento a necessidade de nos identificarmos com a sociedade em que vivemos. Buscamos responder ao que nos está sendo proposto com a única finalidade de conviver bem, isto é, agradar para ser aceito e, consequentemente, ser agradado. A tentativa de coabitar com quem está ao nosso redor,  devido às provocações da mídia e às tendências do mundo pós-moderno, coloca-nos diante de um processo de adaptação que afeta o nosso comportamento, e este, por sua fez, influencia o próprio ambiente, trazendo consequências boas e ruins.

Não é fácil corresponder ao que nos é proposto diariamente, quer seja diante do consumismo, da necessidade de satisfazer as nossas vontades, quer seja manter relacionamentos aparentemente feitos para durar ou na busca de autoconhecimento, do controle das nossas impulsividades e entendimento sobre o mundo no qual estamos inseridos, a fim de alcançar o equilíbrio necessário para que possamos nos sentir confortáveis, seguros e em paz. Mas como desempenhar essa função proposta pelo tão querido Papa Francisco?
Inúmeras são as causas que têm motivado a instalação da 'Cultura do Provisório'. As modificações que a nossa identidade cultural têm sofrido, ao longo dos anos, tornaram-se uma das principais causas desse fenômeno social.

Atualmente, o comportamento humano apresenta traços de uma identidade híbrida e vive sob o signo da pós-modernidade. Ele vai sendo formado de dentro para fora, acreditando, assim, que estamos nos ressocializando com esse novo modelo de viver. Contudo, adaptar-se é estar disposto a negar a possibilidade de viver plenamente, a ter a nossa própria identidade. Ser revolucionário da 'Cultura de Provisório' é nos tornarmos uma "Celebração Móvel: formada e transformada em relação às formas pelas quais somos representados ou interpelados nos sistemas culturais que nos rodeiam" (Hall, 1998). Assim, conscientes de que somos sujeitos, podemos, de fato, assumir que somos revolucionários da cultura híbrida, líquida e provisória. Precisamos continuar como sujeitos pós-modernos, mas temos de ter uma identidade fixa, mesmo que nascida da diversidade de culturas do mundo globalizado. Uma identidade construída e reconstruída permanentemente ao longo de nossa existência.
Ir contra a corrente é viver atento às tendências da pós-modernidade: relações frágeis, duvidosas, frouxas, livres e inseguras - sugere Bauman (2004), estudioso que escreve sobre o conceito de liquidez nas relações.

Ele defende a ideia de que as relações líquidas nos colocam diante de um problema: como apertar os laços e, ao mesmo tempo, mantê-los tão frouxos? Esse, para ele, é um novo modelo de relação amorosa: a relação líquida, frouxa. Da mesma maneira que queremos sair da solidão com a companhia do outro para mantê-lo próximo, é necessário uma distância que lhe permita o exercício da liberdade. Completa Baumam (2004): "Os casais estão sozinhos em seus solitários esforços para enfrentar a incerteza. A relação pode acabar numa manhã de sol que o outro – este que, um dia antes, disse "eu te amo" – levanta-se da cama e exclama: "Acabou!". Como entender tal mistério? Quais ideias  se auto-organizaram para tal catástrofe? – catástrofe para aquele que perde o objeto de amor “garantido”... E o o anel que era doce, se quebrou...
"Para seguir Jesus devemos nos despir da cultura do bem-estar e do fascínio provisório". Foi o que disse o Papa Francisco, no encontro com os voluntários, durante a JMJ, que ao exortar sobre o casamento, ressaltou que essa união não deveria ser vista como provisória. "Se der certo, deu; se não der, acabou".

Como sempre muito pertinente, o Papa também nos faz pensar sobre os nossos exageros frente à necessidade do bem-estar. O nascimento dos filhos, por exemplo. São tantos planejamentos em busca da segurança para tê-los, que este bem-estar nunca chega. As famílias estão cada vez menores, formando indivíduos egoístas e solitários. E, em sua sabedoria, eles fazem uma relação sobre a resistência do mundo diante das propostas de Jesus. De fato, são definitivas e,  segundo ele, nós temos medo do tempo de Deus.
“Peçamos ao Senhor que nos dê a coragem de prosseguir, despindo-nos desta cultura do bem-estar, com a esperança no tempo definitivo.” 

(Homilia do Papa Francisco, em 27 de maio de 2013, na Casa santa Marta)


04/01/2014

Sete anos sem Padre Léo...


Jesus participou da nossa humanidade, nascendo da Virgem Maria, também nos dá participar de sua vida no Reino. É graça que Deus nos concede, por mérito de Seu Filho Jesus.

Neste dia, 04 de janeiro de 2014, lembramos sete anos do falecimento do saudoso padre Léo.
Morrer, para nós católicos, é um novo começo, uma nova história, é encontro com Deus. Que maravilha! Sete anos contemplando a face do Senhor, sete anos na glória eterna.

O Pai poda a sua vinha. O Pai poda a cada um de nós. Quando enfrentamos uma situação difícil, é Deus nos podando, para dar frutos. Será que aceitamos essa experiência para crescermos espiritualmente?
Para Deus tudo é possível àquele que tem fé, mas é certo também que temos que nos render à sua vontade. Por isso precisamos aceitar a poda com fé, em união com Deus.

Padre Léo recebeu a notícia de que o câncer que o atingiu era maligno, declarou Dr. Roque Savioli, em sua pregação: “Dignidade de viver e de morrer”- Canção Nova.
Disse-lhe ainda que o quadro era grave e que esse tipo de tumor evolui rapidamente.
Com serenidade lhe respondeu: “eu entrego para Deus a minha doença e eu entrego para os médicos o meu tratamento, e vou aproveitar todos os segundos do meu câncer, porque depois vai nascer um homem novo desse homem, que sou eu”. 

A sua vida entregou ao Senhor para que tudo nele fosse restaurado, curado. “Ali eu percebi que o padre estava curado espiritualmente, aceitou a doença como forma de se entregar a Deus”. 
Aquele que faz a experiência do Cristo ressuscitado, já não estima mais o mundo, passa apenas a enxergar o que é essencial, as coisas do alto, ou seja, “vive para aquele que por ele morreu e ressuscitou” (IICor 5,15b). Deus suscitou em seu coração o homem novo.

“O plano de Deus é misterioso para nós. Padre Léo teve a pior dor do mundo, e mesmo assim Ele não abandonou a Deus, foi fiel até o fim”, diz Dr. Roque.
Em Cristo, padre Léo foi chamado a viver esse novo relacionamento com Deus, deixando-se guiar pelo Espírito Santo. Quando isso acontece deixamos de pertencer à velha natureza, tudo o que é velho passa e começamos a viver uma realidade nova. Em comunhão com Cristo surge a nova forma de viver.
Vida Nova é estar em constante comunhão com o Senhor. Esse foi o maior milagre, na vida do padre Léo.

Em 04 de Janeiro de 2007 foi ao encontro do Pai. Com a sua entrega e abandono em Deus, como ele viveu aqui, agora experimenta o sabor do fruto da poda que sofreu.

Fonte: Blog do Padre Léo Eterno

01/01/2014

Solenidade de Santa Maria Mãe de Deus

Oitavas de Natal de Nosso Senhor Jesus Cristo. Que graça para nós começarmos o primeiro dia do ano contemplando este mistério da encarnação que fez da Virgem Maria a Mãe de Deus!

Este título traz em si um dogma que dependeu de dois Concílios, em 325 o Concílio de Nicéia, e em 381 o de Constantinopla. Estes dois concílios trataram de responder a respeito desse mistério da consubstancialidade de Deus uno e trino, Jesus Cristo verdadeiro Deus e verdadeiro homem.
No mesmo século, século IV, já ensinava o bispo Santo Atanásio: “A natureza que Jesus Cristo recebeu de Maria era uma natureza humana. Segundo a divina escritura, o corpo do Senhor era um corpo verdadeiro, porque era um corpo idêntico ao nosso”. Maria é, portanto, nossa irmã, pois todos somos descendentes de Adão.

Fazendo a relação deste mistério da encarnação, no qual o Verbo assumiu a condição da nossa humanidade com a realidade de que nada mudou na Trindade Santa, mesmo tendo o Verbo tomado um corpo no seio de Maria, a Trindade continua sendo a mesma; sem aumento, sem diminuição; é sempre perfeita. Nela, reconhecemos uma só divindade. Assim, a Igreja proclama um único Deus no Pai e no Verbo, por isso, a Santíssima Virgem é a Mãe de Deus.

No terceiro Concílio Ecumênico em 431, foi declarado Santa Maria a Mãe de Deus. Muitos não compreendiam, até pessoas de igreja como Nestório, patriarca de Constantinopla, ensinava de maneira errada que no mistério de Cristo existiam duas pessoas: uma divina e uma humana; mas não é isso que testemunha a Sagrada Escritura. porque Jesus Cristo é verdadeiro Deus em duas naturezas e não duas pessoas, uma natureza humana e outra divina; e a Santíssima Virgem é Mãe de Deus.

Fonte: Canção Nova