23/12/2015

Boas Festas!




Eu vim ao mundo numa noite fria e eis que nasci em uma pobre manjedoura, pois não havia lugar para mim na hospedaria. Mesmo diante das circunstâncias que o mundo me ofereceu, recebi um profundo amor de Maria e José, meus pais, que antes do meu nascimento prepararam tudo para a minha chegada. 

 O tempo foi passando e fui crescendo em sabedoria e humildade, e fiz a minha opção em buscar as coisas do Pai. Em virtude desta minha escolha, vieram muitas coisas boas. Realizei curas, milagres, prodígios. Com isso, muitas pessoas mudaram de vida, se converteram, passaram a crer em Deus e suas vidas se modificaram. Mas ao aceitar os planos do Criador em minha história, apareceram as dificuldades, tribulações e sofrimentos que me levaram à morte na cruz. 

 Apesar de tudo o que passei, se fosse necessário, faria tudo novamente. Pois o Pai jamais me abandonou, e me ensinou que o significado do amor está em dar a vida por amor ao próximo, e é perdendo que se ganha a eternidade. E esta é minha história que se comemora todo ano, recordando o menino que veio salvar o que estava perdido. 

E você pode se tomar um Salvador de Almas, acolhendo a estas palavras e deixando que eu entre em seu coração. "Eis que estou à porta e bato; se alguém ouvir a minha voz, e abrir a porta, entrarei em sua casa e com ele cearei, e ele comigo." Ap 3,20. 

 "Não temas; de agora em diante serás pescador de homens." Lc 5,10. Um Santo Natal e que Jesus e Maria abençoem você e sua família. 

 E que venha um Ano Novo cheio de paz!

17/12/2015

Se Deus existe, por que existe o sofrimento?

Se Deus existe, por que existe o sofrimento?

O sofrimento faz parte da vida do homem, contudo, este se debate diante dos problemas. E o que mais o faz sofrer é o sofrimento inútil, sem sentido.
Saber sofrer é saber viver. Os que sofrem fazem os outros sofrer também. Por outro lado, os que aprendem a sofrer podem ver um sentido tão grande no sofrimento que até o conseguem amar.
Por que existe o sofrimento -
No entanto, só Jesus Cristo pode nos fazer compreender o significado do sofrimento. Ninguém sofreu como Ele nem soube enfrentá-lo [sofrimento] e dar-lhe um sentido transcendente. Ninguém o enfrentou com tanta audácia e coragem como Cristo.
Há uma distância infinita entre o Calvário de Jesus Cristo e o nosso; ninguém sofreu tanto e tão injustamente como Ele. Por isso, Ele é o “Senhor do sofrimento”, como disse Isaías, “o Homem das Dores”.

Os materialistas e ateus não entendem o sofrimento

Só a fé cristã pode ajudar o homem a entender o padecimento e a se livrar do desespero diante dele.
Muitos filósofos sem fé fizeram muitos sofrer. Marcuse levou muitos jovens ao suicídio. Da mesma forma, Schopenhauer, recalcado e vítima trágica das decepções, levou o pessimismo e a tristeza a muitos. Zenão, pai dos estóicos, ensinava diante do sofrimento apenas uma atitude de resignação mórbida, que, na verdade, é muito mais um complexo de inferioridade. O mesmo fez Epícuro, que estimulava uma fantasia prejudicial e vazia, sem senso prático. Da mesma forma, o fazia Sêneca. E Jean Paul Sartre olhava a vida como uma agonia incoerente vivida de modo estúpido entre dois nadas: começo e fim; tragicomédia sem sentido à espera do nada definitivo.
Os materialistas e ateus não entendem o sofrimento e não sabem sofrer; pois, para eles o sofrer é uma tragédia sem sentido. Os seus livros levaram o desespero e o desânimo a muitos. ‘O “Werther”’, de Goethe, induziu dezenas de jovens ao suicídio. “’A Comédia Humana”’, de Balzac, levou muitos a trágicas condenações. Depois de ler ‘“A Nova Heloísa’”, de Rosseau, uma jovem estourou os miolos numa praça de Genebra. Vários jovens também se suicidaram, em Moscou, depois de ler ‘“Os sete que se enforcaram”’, de Leonid Andreiv.
Um dia Karl Wuysman, escritor francês, entre o revólver e o crucifixo, escolheu o crucifixo. Para muitos, essa é a alternativa que resta.
Esses filósofos, sem fé, levaram muitos à intoxicação psicológica, ao desespero e à depressão, por não conseguirem entender o sofrimento à luz da fé.

Quem nos ensinará sobre o sofrimento?

Quem nos ensinará sobre o sofrimento? Somente Nosso Senhor Jesus Cristo e aqueles que viveram a Sua doutrina. Nenhum deles disse um dia: “O Senhor me enganou!” Não. Ao contrário, nos lábios e na vida de Cristo encontraram força, ânimo e alegria para enfrentar o sofrimento, a dor e a morte.
Alguns perguntam: “Se Deus existe, por que Ele permite tanta desgraça, especialmente com pessoas inocentes?”. 
Será que o Todo-poderoso não pode ou não quer intervir em nossa vida ou será que não ama Seus filhos? Cada religião dá uma interpretação diferente para essa questão. A Igreja, com base na Revelação escrita e transmitida pela Sagrada Escritura, nos ensina com segurança. A resposta católica para o problema do sofrimento foi dada de maneira clara por Santo Agostinho († 430) e por São Tomás de Aquino († 1274): “A existência do mal não se deve à falta de poder ou de bondade em Deus; ao contrário, Ele só permite o mal porque é suficientemente poderoso e bom para tirar do próprio mal o bem” (Enchiridion, c. 11; ver Suma Teológica l qu, 22, art. 2, ad 2).

Como entender isso?

Deus, sendo por definição o Ser Perfeitíssimo, não pode ser a causa do mal, logo, esta é a própria criatura que pode falhar, já que não é perfeita como o seu Criador. Deus não poderia ter feito uma criatura ser perfeita, infalível, senão seria outro deus.
Na verdade, o mal não existe, ensina a filosofia; ele é a carência do bem. Por exemplo, a doença é a carência do estado de saúde; a ignorância é a carência do saber, e assim por diante.

O mal pode ser também o uso errado de coisas boas

Por outro lado, o mal pode ser também o uso errado de coisas boas. Uma faca é boa na mão da cozinheira, mas na mão do assassino… Até mesmo a droga é boa, na mão do anestesista.
O Altíssimo permite que as criaturas vivam conforme a natureza de cada uma; permite, pois, as falhas respectivas. Toda criatura, então, pelo fato de ser criatura, é limitada, finita e, por isso, sujeita a erros e a falhas, os quais acabam gerando sofrimentos. Assim, o sofrimento é, de certa forma, inerente à criatura. O Papa João Paulo II, em 11/02/84, na Carta Apostólica sobre esse tema disse: ““O sentido do sofrimento é tão profundo quanto o homem mesmo, precisamente porque manifesta, a seu modo, a profundidade própria do homem e ultrapassa esta. O sofrimento parece pertencer à transcendência do homem”” (Dor Salvífica, nº 2). “De uma forma ou de outra, o sofrimento parece ser, e de fato é, quase inseparável da existência terrestre do homem” (DS, nº 3).

Texto: Prof. Felipe Aquino

Advento, tempo de faxina interior

No Advento da vida, as estações do coração se tornam tempo propício para limpar os quartos da alma à espera do Cristo que vem

As estações da natureza nos ensinam a reconciliar, em nosso coração, o tempo dos mistérios que abraçam nossa fé. Advento é tempo da espera. Ainda não é Natal, mas antecipa-se a alegria desta festa. Viver cada tempo litúrgico com o coração é um jeito nobre de não adiantar um tempo que ainda não chegou. Na sobriedade que este tempo litúrgico exige, vamos tecendo a colcha das alegrias do Cristo que vem ao nosso encontro.
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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
Esperar é uma alegria antecipada de algo que ainda não chegou. A mulher grávida vive na alma a felicidade antecipada pela vida que, em seu ventre, vai sendo gerada no tempo que lhe cabe. A natureza cumpre o ritual das estações para que cada tempo seja único. Os casais apaixonados esperam o momento do encontro. As famílias organizam a casa no cuidado da espera dos parentes que vão chegar. Esperar é uma metáfora do cotidiano da vida. No contexto do Advento, a espera ganha tonalidades alegres e sóbrias.

Cuidado e organização

Casa mal arrumada não é adequada para acolher os amigos e familiares que vão chegar. Jardim sujo não pode se tornar um canteiro para novas sementes. Esperar é também tempo de cuidado e organização.
No tempo da espera, o tempo do cuidado na vida espiritual. Chegando ao fim de mais um ano, muitos corações se encontram totalmente bagunçados. Raivas armazenadas nos potes da prepotência, mágoas guardadas nas gavetas do rancor, amizades sendo consumidas pelo micro-ondas da inveja, tristezas crescendo no jardim da infelicidade, violência sendo gerada no silêncio do coração.

Balanço da vida espiritual

Enquanto as lojas fazem o balanço [de seu patrimônio], somos convidados a fazer o balanço de nossa situação emocional. No balancete da vida, o amor deve sempre ser o saldo positivo que nos impulsiona a sermos mais humanos a cada dia.

Tirar o pó que asfixia o amor

Casa mal arrumada não é local adequado para receber quem nos visita. Coração bagunçado dificilmente tem espaço para acolher quem chega. Neste tempo do Advento, a faxina da espera deve remover as teias de aranha dos sentimentos que estacionaram em nossa alma. O pó que asfixia o amor deve ser varrido. Tempo novo exige coração novo. Jesus, com Seu amor sem limites, adentrava o coração de cada pessoa e fazia uma faxina de amor; abria as janelas da vida, que impediam cada pessoa de ver a luz de um novo tempo chegar; devolvia às flores, já secas pelas dores e tristezas, as alegrias da ressurreição; semeava nos sertões sem vida as sementes do amor e da paz.
No Advento da vida, as estações do coração se tornam tempo propício para limpar os quartos da alma à espera do Cristo que vem. Se o jardim do coração estiver sendo cuidado, as sementes da esperança vão germinar no tempo que lhes cabe, e o Amor nascerá nas alegrias da chegada.

Autor: Padre Flávio Sobreiro

16/12/2015

A superação do sentimento de inferioridade

Uma pessoa refém do complexo de inferioridade terá dificuldade na vivência de seus relacionamentos

Com alguma certeza, podemos afirmar que todo ser humano já experienciou algum sentimento de inferioridade, seja em sua infância ou na fase adulta. Esses sentimentos, geralmente, são oriundos de frustrações, incompreensões, rejeições, traumas ou dificuldades de relacionamento; enfim, de origens vastas e complexas, presentes nos enredos de nossa história.
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Foto: Wesley Almeida/cancaonova.com
As primeiras pesquisas que, de fato, desenvolveram uma expressão mais científica acerca do que seja o sentimento (e o complexo) de inferioridade foram realizadas pelo psicólogo austríaco Alfred Adler. Em sua concepção, existem duas espécies de sentimentos de inferioridade: os primários e os secundários.

Sentimento de inferioridade primário

O sentimento de inferioridade primário é aquele que está enraizado em uma experiência de fraqueza, desamparo ou dependência vivenciada por uma criança, intensificada por comparações com outros irmãos, amigos, vizinhos, adultos etc. Trata-se do sentimento de inferioridade iniciado por feridas e experiências provenientes da infância, sendo que este é um estágio de profunda sensibilidade afetiva e emocional.

Sentimento de inferioridade secundário

Já o sentimento de inferioridade secundário relaciona-se com as experiências vividas na fase adulta. Um adulto que, por exemplo, não conseguiu atingir objetivos estabelecidos em sua vida, ainda que fossem inconscientes; que não foi escolhido em uma promoção profissional, não conseguiu um bom desempenho diante dos demais ou ainda foi “trocado” por outra pessoa em um relacionamento, é o concreto estereótipo desse tipo de sentimento.
Sentir-se inferior e desajustado em algumas ocasiões é natural. Contudo, essa situação se torna um problema quando as feridas de inferioridade começam a interferir diretamente na vida e nas escolhas da pessoa em questão, gerando sistemas de compensação e algumas neuroses inconscientes.

Desistir por medo de tentar

Uma pessoa refém do complexo de inferioridade terá dificuldade na vivência de seus relacionamentos, não conseguindo, muitas vezes, neles se aprofundar em virtude de sentir-se incapaz e sem atrativos. Tal pessoa acabará se tornando o exemplo típico daqueles que desistem por medo de tentar, pois se verá incapaz de arriscar e vencer suas fraquezas, não encontrando, assim, forças para bem viver suas interações.
Cura interior

Tendência em procurar defeitos nos outros

O pior é que muitas dessas pessoas são seres humanos fantásticos e repletos de dons, os quais, por sua vez, acabam perenemente soterrados debaixo do sentimento de inferioridade. Uma pessoa que se sente inferior terá a tendência de sempre procurar defeitos nos outros, já que isso se manifestará como um psicológico mecanismo encontrado por seu coração para justificar sua inferioridade, assim se sentindo melhor (“menos inferior”) diante dos demais.
Tal coração encontrará dificuldade de se sentir amado, pois, constantemente, se perceberá indigno do amor de qualquer pessoa, além de acreditar que todos ao seu redor o estão desaprovando em tudo por causa de seus limites e fraquezas .

14/12/2015

14/12 -> Dia de São João da Cruz


E também aniversário deste blogueiro que vocês postam mensagens. (risos)
A vida de São João da Cruz  foi marcada pela pobreza. ”Pobreza que primeiro o abraçou e que depois fora por ele abraçado como valor no qual achou um grande tesouro”.
Quando seu pai morreu, São João da Cruz tinha apenas dois anos. Com nove anos foi acolhido numa espécie de orfanato para meninos pobres e ali recebe os primeiros estudos e os meios para sobreviver. Precisou trabalhar desde cedo para ajudar no sustento da família. Teve, portanto, uma infância pobre e difícil, marcado por privações de todo o tipo.
Esta realidade dura da vida poderia ter-lhe enchido de revolta e o levado a sucumbir à ganância de ter o que lhe faltou. Mas ao contrário, para São João da Cruz a pobreza que ele viveu foi à chave para as suas grandes experiências no caminho de Deus. É por ela que conseguimos compreender a noite, a negação, o nada. Ele experimentou concretamente a ausência de tudo o que o coração humano deseja (bens, afetos, consolações) e nesta ausência encontrou Deus, o Tudo, diante do qual todas as coisas são nada.
A experiência da pobreza, por ele vivida à flor da pele, molda profundamente o seu espírito.
Fez-se carmelita logo jovem. Mas descontente com a vivência autêntica do evangelho do Carmelo estava decidido ir para a ordem Cartuxa, que possui uma vivência particularmente radical da vida consagrada. Foi quando conhece Santa Tereza de Jesus, que lhe garante poder viver essa radicalidade almejada no Carmelo mesmo. Para tanto, fala de seus anseios reformadores já em exercícios e o convida a ajudá-la a iniciar a reforma no ramo masculino. Seus anseios e suas buscas coincidiam, havia uma comunhão de desejo e ideal entre eles, dois grandes corações que se identificam, de modo que empreendem juntos a reforma do Carmelo.
Houve um momento onde a reforma carmelita começa a ser perseguida para desacelerar o processo. Os Padres calçados tomam medidas para impedir a expansão e até mesmo conseguir a eliminação dos calçados. Em meio a esses conflitos frei João da Cruz foi o que mais sofreu as consequências sendo preso duas vezes: uma no início de 1576 e outra em dezembro e 1577. Esse último foi o tempo mais doloroso, mais também o mais rico da vida de João da Cruz.
Foi nos nove meses de prisão – num rincão sujo, sem luz nem diálogo, respirando o mesmo ar e vestindo a mesma roupa – que tem a maior experiência do nada que o acompanhou a vida toda e ele nunca hesitou em abraçar. Transformou o momento doloroso de privações de toda espécie num profunda experiência religiosa e psicológica. Em meio a escuridão, o isolamento, o abandono por parte de seus irmãos, a privação da Eucaristia, os maus tratos, ele confirma suas convicções evangélicas para saborear Deus na sua total pureza sem misturá-lo com os consolos terrenos. Privado de tudo, de toda espécie de consolo material, humano ou espiritual ele se une a Deus num amor verdadeiramente puro.
Depois da prisão ele reassume seus cargos no Carmelo até o momento em que, num capítulo da ordem ele teve que se opor aos caminhos que queriam tomar contrários às inspirações de Tereza, já falecida. Em função disso tiram tudo dele e até querem expulsá-lo da ordem; ele é posto de lado, maltratado, desprezado, abandonado, caluniado e passa por mais uma terrível noite. Mas com o seu coração abrandado e unido a Deus, não se deixa abater. No fim de sua vida, já doente, onde poderia escolher um tratamento melhor, prefere ir para um mosteiro cujo o superior o olhava com maus olhos. Oprimido pelas dores físicas e morais era consolado pela sua união de amor com Deus, falecendo em 1591.
São João da Cruz é místico, filósofo, teólogo e escritor – poeta – e doutor da Igreja. São João da Cruz define o amor como trabalhar em despojar-se e desnudar-se por Deus de tudo que não é Deus (2º livro da Subida, 5,7), colocando em relevo a necessidade de purificação do amor, partindo da realidade desordenada em que o amor se encontra e revelando aquilo que toca o homem no seu ordenamento.
“Para vires a saborear TUDO, não queiras ter gosto em NADA…”
Para saborearmos a Deus, o Tudo, é preciso nos desapegar de todos os nossos gostos, de todos os nosso gozos, mesmo os espirituais, para que reste apenas Ele, o Absoluto, o Tudo.

12/12/2015

Como ser luz no Natal?

Aprenda a ser luz no Natal e iluminar todos os dias do novo ano

Com a chegada do fim de mais um ano, muitos renovam no coração gestos de solidariedade e paz. O clima deste tempo transforma até mesmo os corações mais duros. Celebrar o Natal é renovar nosso amor no Senhor. Aquele que veio um dia nos trazer a salvação continua vindo ao nosso encontro todos os dias do ano, nas mais diversas pessoas e situações.
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Foto: JackFrog, 74220053, iStock by getty images

Síndrome do Papai Noel

Muitos assumem, no tempo natalino, a síndrome do Papai Noel. Do dia para a noite, fazem um processo de conversão relâmpago. Abraçam a todos e distribuem presentes. Mas, terminado o Natal, voltam a praticar os mesmos atos de maldade. Tais pessoas não se converteram de fato; têm apenas um impulso emocional para desencargo de consciência.
Jesus Cristo nos ensinou que não existe dia específico para a prática do bem e do amor. Todo dia é dia de amar. O irmão necessitado não sente fome somente no tempo do Natal, mas também todos os outros meses do ano.

Qual o melhor presente?

Não adianta você dar o melhor presente para seus pais, se você passa os outros onze meses do ano ausente da vida deles. O melhor presente a ser ofertado é a mudança de suas atitudes e a conversão permanente do seu coração. Gestos de amor brilham na eternidade.
Neste tempo em que nos preparamos para celebrar o nascimento do Senhor, somos convidados a ser luz. A cada semana, vamos nos aproximando da Luz Maior, que é o próprio Jesus Cristo. Em meio a tantas situações de trevas, devemos levar a luz da paz, do amor, da misericórdia, da solidariedade e da esperança para as pessoas. Brilhe para que muitos se aqueçam com o seu testemunho e façam o retorno ao coração amoroso do Pai.
Você não é uma luz pisca-pisca usada nas árvores de Natal e decorações natalinas. Não! A sua luz é permanente, porque a fonte que faz você brilhar nasce do coração de Deus. O amor do Senhor é a usina que gera a luz e faz o Seu brilho resplandecer frente à escuridão do mundo. Você é luz, porque é gerado no amor de Deus.

Não podemos encaixotar o nosso brilho

Ao terminar as festas de fim de ano, as luzes usadas na decoração serão retiradas da tomada e encaixotadas para que, no outro ano, voltem a ser utilizadas. Não podemos encaixotar o nosso brilho, a nossa misericórdia e o nosso amor. Somos gerados para amar. A memória do nascimento de Cristo renova em nosso coração a esperança na vida. A Luz Maior deixa sempre um rastro luminoso em nossa alma. Somente quem foi iluminado pelo Senhor pode brilhar na vida de outras pessoas.
Na esperança de um novo tempo de misericórdia e paz, renove sua confiança no Senhor. Brilhe com Seu testemunho de vida, para que as trevas do mundo se afastem, para dar lugar ao alvorecer de um novo tempo gerado no amor de Deus.

Autor: Padre Flávio Sobreiro

11/12/2015

O ateísmo é uma opção religiosa

Se formos a fundo, veremos que o  ateísmo é uma opção religiosa

Ateu vem da palavra grega “atheos”, ou seja, aqueles que negam (“a”) a existência de Deus (“Theos”). Ateu, portanto, é todo aquele que não acredita em Deus, ou seja, em um ser superior. É uma atitude de descrença perante a afirmação religiosa de que existem divindades e que elas exercem influência no universo e na conduta humana. Porém, dentre esses, existem aqueles que militam pela causa da não existência de Deus e aqueles que simplesmente negam a existência d’Ele por não achar provas racionais para tal. Esses últimos estão na linha dos agnósticos, que negam o Senhor, porque Sua existência não pode ser provada. Hoje, no mundo, por volta de 749,2 milhões de pessoas se dizem não crentes, ou seja, 11% da população. O país mais ateu do mundo em porcentagem é a Suécia com 85% de Ateus. O Brasil se encontra entre as populações mais religiosas com 76% de crentes (pessoa que acredita em alguma forma de religiosidade).
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Todavia, se formos a fundo na questão do ateísmo, vamos ver que a verdadeira descrença em seres superiores é bem rara. Na verdade, desde sempre, o ser humano é marcado pela religiosidade, a tal ponto que, na arqueologia, a diferença fundamental entre restos mortais de primatas e seres humanos é a presença de religiosidade através de sinais de ritos religiosos nos ossos humanos (sacrifícios) e nos utensílios que eles usavam. Embora a propaganda pós- iluminista e midiática insista em querer enganar as pessoas no sentido de que a razão e a fé são antagônicas, na verdade “a fé e a razão constituem como que as duas asas pelas quais o espírito humano se eleva à contemplação da verdade” (São João Paulo II).

Grandes cientistas religiosos

É curioso observar que a maior parte dos grandes cientistas é de religiosos como, por exemplo, Nicolau Copérnico († 1543), fundador da cosmovisão moderna; Newton († 1727), fundador da física teórica clássica; Ampére († 1836), que descobriu a lei fundamental da corrente elétrica, Gaus († 1855), importante matemático alemão; Darwin († 1882), criador da teoria da evolução; Albert Einstein († 1955), fundador da física contemporânea e da teoria da relatividade; Millikan († 1953), físico ganhador do prêmio Nobel de 1923; Plank († 1947), fundador da física quântica e Nobel em 1918; Erwin Schrödinger († 1961), criador da mecânica ondulatória e ganhador do prêmio Nobel de 1933; Wernher von Brown († 1977), americano criador dos foguetes espaciais.
Após essa lista de crentes, poderíamos fazer outra de famosos ateus, anticlericais, que se converteram em seu leito de morte, como Voltaire e Antonio Gramsci (conforme noticiado recentemente em diversos jornais e sites).

É difícil achar um verdadeiro ateu

A verdade é que muitos que negam ou desprezam Deus e a religião, tantas vezes buscam o transcendente (ser ou força superior) de outras formas. Penso que seja bem difícil achar um verdadeiro ateu. Não é coincidência que, enquanto cresce o ateísmo no mundo, crescem outras formas mais ou menos veladas de busca de transcendência, como a fixação por ETs, a atração pelo mórbido, como os zumbis e outros. Coisas ainda mais sutis revelam a busca de “algo a mais”, como o endeusamento na ciência pelo cientificismo, a absolutização do prazer no consumismo e até o uso e abuso de drogas entorpecentes que trazem sensações transcendentais.
Nessas formas veladas de transcendência podemos ver o risco que o ateísmo pode representar para a sanidade pessoal e social. Daí, é muito fácil cair em ideologias grotescas como o comunismo, o nazismo, o feminismo radical e a moderna ideologia de gênero, ou até as formas bizarras de religiosidade e superstições, que pautam suas crenças em forças ocultas de objetos, mantras, astros e animais.

O ateísmo é um opção religiosa

Importante notar que o ateísmo, na verdade, ele não deixa de ser uma opção religiosa. Se para os ateus é impossível provar racionalmente a existência de Deus, é preciso dizer que o inverso é verdadeiro. Ninguém pode provar que Deus não existe. Se não existe uma definição racional ou científica definida, tudo fica no plano da fé: eu acredito ou não. Fica claro que o ateísmo tem uma configuração religiosa e isso se evidencia entre os ateus que militam pela causa ateia como se fosse realmente uma religião que quer “converter adeptos”.
Querendo ou não, mesmo que se negue, o amor e o transcendente são a marca mais profunda do ser humano. A busca da beleza e do amor, impossível aos animais, mostra que o homem anseia por algo superior e, como Santo Agostinho, lembrando de seus tempos de paganismo, muitos poderão dizer: “Tarde Te amei, ó beleza tão antiga e tão nova… Estavas comigo, mas eu não estava contigo. Assim, longe de Ti, me detinha nas criaturas que nada seriam, se em Ti não existissem”.

Autor: André Botelho

A obesidade está ligada diretamente a fatores emocionais?

Uma gama de fatores que variam entre os indivíduos contribui para o desenvolvimento da obesidade

O que é obesidade? Uma doença? Falta de controle alimentar? Sua origem vem de fatores internos (orgânicos) ou externos (meio)?
São muitas as indagações que podemos fazer a respeito da obesidade, mas a quem realmente devemos atribuir o ônus dela?
A obesidade está ligada diretamente a fatores emocionais - 1200 x 1600
Foto: esolla, 69482467, iStock  by getty images
A palavra vem do latim obesus (“ob” muito; “edere” comer), uma definição de aumento da quantidade de gordura corporal ou do tecido adiposo. Segundo o DSM-V (Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais, 5º edição), “a obesidade (excesso de gordura corporal) resulta do excesso prolongado de ingestão energética em relação ao gasto energético. Uma gama de fatores genéticos, fisiológicos, comportamentais e ambientais, que variam entre os indivíduos, contribui para o desenvolvimento da obesidade; dessa forma, ela não é considerada um transtorno mental. Entretanto, existem associações robustas entre obesidade e uma série de transtornos mentais (p. ex., transtorno de compulsão alimentar, transtornos depressivo e bipolar e esquizofrenia).”

Quais são os fatores que influenciam na obesidade?

O controle de ingestão de alimentos e o peso possuem complicadores devido às diversas influências: hereditárias e ambientais/culturais. No âmbito hereditário, existem síndromes genéticas que tiveram suas associações com a obesidade, assim como as alterações no campo do hipotálamo. Não entraremos no detalhe genético no momento, pois sabemos que a prevalência da obesidade está no fator externo, ambiental/cultural, e é nele que entramos no momento.
A comida e o afeto combinam-se desde o primeiro momento em que a mãe alimenta seu filho. O alimento não serve apenas para suprir as necessidades biológicas, mas também como resposta às tensões emocionais. O bebê depende integralmente de sua mãe, seja para que ela troque sua fralda, cuide de suas dores, faça-o dormir e alimente-o. Nessa dependência, o bebê já aprende que, quando ele chora, logo sua mãe o pega nos braços e, por muitas vezes, oferece-lhe o leite materno. Essa necessidade manifestada pelo choro nem sempre é fome, pode ser só um desejo de estar com a mãe; mas como sua única via de se comunicar é por meio do choro, a mãe pode não compreender que a necessidade dessa criança seja apenas afetiva e não nutricional, e a criança acaba associando o ato de comer ao colo da mãe, pois não há nada melhor que o colinho dela.
O ato de ser amamentado não só é rico em afeto, como também o ato de sugar oferece prazer para o bebê. É possível ver a reprodução desse estímulo no ato de chupar a chupeta ou o próprio dedinho, meios que não oferecem nenhum tipo de alimento, mas têm o mesmo movimento que sugar o peito da mãe. Percebam o quanto o ato de comer está ligado ao afeto.

Comer em excesso pode ser um mecanismo de defesa

Se, no entanto, o ato de comer é um comportamento aprendido desde bebê (a criança nasce com o instinto para comer, mas são seus cuidadores que a ensinaram a se alimentar), o ser humano pode associar o ato de alimentar-se à solução de suas necessidades emocionais, como aprendido no início de sua vida. Com isso, o comer em excesso poderia ser um mecanismo de defesa para aplacar essa angústia ou para enfrentar sentimentos de inadequação pessoal.

Formas de amenizar a angústia

O comportamento alimentar inadequado seria uma reação emocional “desajustada”, uma forma que o indivíduo encontra de minimizar suas angústias. Se ele descarrega suas angústias e tensões no alimento, será um forte candidato a desenvolver um quadro de obesidade, seja em grau leve como sobrepeso, seja em grau mais avançado como obesidade mórbida.
Aliado ao quadro emocional estão as reações neuroquímicas provocadas pelo alimento em nosso organismo, pois há vários alimentos que oferecem estímulos para melhorar nosso ânimo, prazer, bem estar e bom humor. O neurotransmissor mais comum e mais falado é a serotonina, pois a ausência dela pode manifestar carência de emoção, irritabilidade, sentimento de menos valia, choro e inúmeras alterações emocionais. Por isso, quando comemos um brigadeiro, um chocolate ou alimentos ricos em carboidratos, temos uma sensação de bem-estar.

Excessos na alimentação

Não é possível esconder-se atrás de uma forma alimentar, muito menos tornar-se escravo de um comportamento impulsivo ou compulsivo, em que não se consegue obter controle sobre o que se come. Podemos comer de tudo, porém, de forma equilibrada, sem excessos. Se você percebe alguns excessos em sua alimentação, já tentou várias formas de emagrecer e não conseguiu, avalie suas emoções e procure um psicólogo para ajudá-lo a encontrar o ponto de equilíbrio entre elas e a alimentação.

Autora: Aline Rodrigues

09/12/2015

Esclerose Múltipla: o que é e quais são os sintomas?

Conhecer os sintomas da Esclerose Múltipla é importante para ter qualidade de vida
30 de agosto é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), uma doença crônica (evolução gradativa durante anos), que afeta o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula) e interfere na capacidade de controlar áreas e funções do corpo. Seu início geralmente acontece entre 20 e 50 anos e é mais frequente em mulheres. Hoje, no Brasil, cerca de 35 mil pessoas são portadores de EM, mas o diagnóstico é difícil de ser dado, porque a doença pode ter sintomas muito variados e em áreas diferentes ao longo dos anos. Por isso, é muito importante que todos nós conheçamos um pouco sobre ela.
Esclerose multipla o que é e quais são os sintomas
A medicina ainda não sabe tanto sobre a esclerose múltipla. A causa não é conhecida ao certo, mas fatores imunológicos e ambientais têm influência comprovada. Ainda não há cura, mas o tratamento e acompanhamento podem melhorar a qualidade de vida do paciente.
A doença age por meio da desmielinização dos neurônios (para entender, pense como se fosse um fio elétrico desencapado) e da inflamação em diversos pontos do cérebro e medula em momentos diferentes. Cada vez que atinge uma área, produz um sintoma, uma crise. Depois, frequentemente, esse sintoma melhora e surge outro, muito diferente, em outra área do corpo.
Os sintomas mais comuns são: alterações visuais (inflamação do nervo óptico causando turvação visual, cegueira temporária, total ou parcial, e dor nos olhos); alterações na sensibilidade em alguma região do corpo como dor ou formigamento em braço, perna e tórax; dificuldade de movimento ou da força em um ou mais membros; falta de controle dos esfíncteres (urina e fezes) e alterações no tronco cerebral com falta de coordenação motora, tremor, dificuldade para segurar objetos e labirintite. Existe um sinal que não é muito frequente, denominado sinal de Lhermitte, uma sensação de choque que percorre a medula (espinha) quando se encurva a cabeça para frente. Esse sinal, quando presente, é muito sugestivo da Esclerose Múltipla.
Por causa da grande variedade de possibilidades de sintomas e pelas características que surgem em momentos diferentes da vida, o diagnóstico pode ser difícil. Por isso é importante conhecer um pouco sobre a doença para estar atento. O acompanhamento é feito com o médico neurologista, com diagnóstico clínico, baseado nos Critérios de McDonald. A ressonância magnética cerebral e da coluna confirmam a suspeita ao mostrar lesões diversas em várias áreas.
Se percebeu em você alguns desses sintomas ou os vê em algum familiar, tenha coragem de procurar o médico. O diagnóstico precoce ajuda no tratamento e melhora a qualidade de vida. Deus está sempre próximo, vive em nós cada desafio que enfrentamos, cada vitória e cada derrota. Não há motivo para medo. Se estivermos em Deus, o que há de vir será sempre o melhor. Sua saúde é um dom que Ele lhe deu, e é seu dever cuidar do corpo da melhor maneira possível.

Autora: Roberta Castro

Esclerose Múltipla: o que é e quais são os sintomas?

Conhecer os sintomas da Esclerose Múltipla é importante para ter qualidade de vida
30 de agosto é o Dia Nacional de Conscientização sobre a Esclerose Múltipla (EM), uma doença crônica (evolução gradativa durante anos), que afeta o Sistema Nervoso Central (cérebro e medula) e interfere na capacidade de controlar áreas e funções do corpo. Seu início geralmente acontece entre 20 e 50 anos e é mais frequente em mulheres. Hoje, no Brasil, cerca de 35 mil pessoas são portadores de EM, mas o diagnóstico é difícil de ser dado, porque a doença pode ter sintomas muito variados e em áreas diferentes ao longo dos anos. Por isso, é muito importante que todos nós conheçamos um pouco sobre ela.
Esclerose multipla o que é e quais são os sintomas
A medicina ainda não sabe tanto sobre a esclerose múltipla. A causa não é conhecida ao certo, mas fatores imunológicos e ambientais têm influência comprovada. Ainda não há cura, mas o tratamento e acompanhamento podem melhorar a qualidade de vida do paciente.
A doença age por meio da desmielinização dos neurônios (para entender, pense como se fosse um fio elétrico desencapado) e da inflamação em diversos pontos do cérebro e medula em momentos diferentes. Cada vez que atinge uma área, produz um sintoma, uma crise. Depois, frequentemente, esse sintoma melhora e surge outro, muito diferente, em outra área do corpo.
Os sintomas mais comuns são: alterações visuais (inflamação do nervo óptico causando turvação visual, cegueira temporária, total ou parcial, e dor nos olhos); alterações na sensibilidade em alguma região do corpo como dor ou formigamento em braço, perna e tórax; dificuldade de movimento ou da força em um ou mais membros; falta de controle dos esfíncteres (urina e fezes) e alterações no tronco cerebral com falta de coordenação motora, tremor, dificuldade para segurar objetos e labirintite. Existe um sinal que não é muito frequente, denominado sinal de Lhermitte, uma sensação de choque que percorre a medula (espinha) quando se encurva a cabeça para frente. Esse sinal, quando presente, é muito sugestivo da Esclerose Múltipla.
Por causa da grande variedade de possibilidades de sintomas e pelas características que surgem em momentos diferentes da vida, o diagnóstico pode ser difícil. Por isso é importante conhecer um pouco sobre a doença para estar atento. O acompanhamento é feito com o médico neurologista, com diagnóstico clínico, baseado nos Critérios de McDonald. A ressonância magnética cerebral e da coluna confirmam a suspeita ao mostrar lesões diversas em várias áreas.
Se percebeu em você alguns desses sintomas ou os vê em algum familiar, tenha coragem de procurar o médico. O diagnóstico precoce ajuda no tratamento e melhora a qualidade de vida. Deus está sempre próximo, vive em nós cada desafio que enfrentamos, cada vitória e cada derrota. Não há motivo para medo. Se estivermos em Deus, o que há de vir será sempre o melhor. Sua saúde é um dom que Ele lhe deu, e é seu dever cuidar do corpo da melhor maneira possível.