31/01/2013

Os testemunhos nos arrastam!




Sem dúvida, todos nós precisamos de pessoas inspiradoras, que instiguem nosso modo de viver por meio do seu testemunho. Ansiamos por modelos autênticos de homens e mulheres, cujo olhar esteja voltado somente para Deus, e por um exemplo íntegro, apontem-nos o caminho a seguir, semelhantes a luzeiros que iluminam a estrada durante a noite. Pessoas que, muito além das palavras, mostrem com atitudes o amor ao próximo, que vivem incendiadas pelo fogo de amor vindo do Espírito Santo. O exemplo dessas pessoas é de singular importância, pois não poucos pautam suas vidas neste “outro Cristo”, que passa as mesmas angústias e aflições do Senhor, mas é notória a confiança depositada n’Ele para vencerem todo o obstáculo pela fé.

Desta maneira, urge a necessidade de modelos de fé tangíveis a nossos olhos, sobretudo para a juventude, tão carente de testemunhos cristãos. Por isso é imprescindível para um crente a vida coerente com os valores evangélicos, capazes de transformar a maneira de viver num atrativo testemunho de fé em Jesus Cristo, em meio à atual sociedade, a qual, cada vez mais, apresenta uma cultura de contra valores baseada na decadência moral e ética.

Percebendo a grande necessidade da época por modelos de fé arraigados na crença em Cristo, São Paulo, numa convicção intrépida, põe a si mesmo como modelo a se imitar e diz aos coríntios: “Tornai-vos os meus imitadores, como eu o sou de Cristo.”

Todavia, não há testemunho verdadeiro sem luta cotidiana pela santidade, e podemos afirmar que ela é o passaporte para o testemunho cristão. Almejar uma grande conquista sem desafios e dificuldades, sem perdas e sacrifícios, é margear um precipício de olhos vendados. Quem deseja o prêmio oferecido por Jesus - a salvação -, deve saber a direção e por qual caminho seguir, sem o qual a frustração é certa.

“Urge a necessidade de modelos de fé tangíveis a nossos olhos, sobretudo para a juventude, tão carente de testemunhos cristãos”

Santo Agostinho nos lembra algo relevante sobre o testemunho, “as palavras convencem, porém os testemunhos arrastam”. Seria maravilhoso ver jovens e adolescentes serem “arrastados”, evidentemente pelo testemunho de outros moços e moças, à vivência da Celebração Eucarística e dos demais sacramentos na convivência fraterna em comunidade. Percebemos, assim, que o exemplo de vida fala muito mais alto do que as palavras. No mundo contemporâneo, talvez, o testemunho de vida cristã seja a forma com maior eficácia na evangelização.

Sendo assim, com perspicácia rara de um pastor, o Papa Bento XVI alarga nossos horizontes acerca da força do testemunho cristão e nos assegura: “Como um pequeno fogo pode incendiar uma floresta, assim o testemunho fiel de alguns pode espalhar a força purificadora e transformadora do amor de Deus numa comunidade ou nação”. O vigário de Cristo não fala de uma grande chama, mas de ‘um pequeno fogo’ que, de maneira nenhuma, é diferente em relação ao testemunho dos cristãos, ou seja, não precisa mais que poucos anunciarem o Evangelho de Cristo com a própria vida para que se possa incendiar o mundo com a chama viva do amor de Deus.

Enquanto não entendermos que a lógica do mundo segue contrária à de Deus, desejaremos ver quantidade em vez de qualidade; portanto, entendamos: Deus anda por caminho diverso do homem, pois assim a Sagrada Escritura nos exorta: “Se alguém dentre vós se julga sábio à maneira deste mundo, faça-se louco para tornar-se sábio, porque a sabedoria deste mundo é loucura diante de Deus” (I Coríntios 3, 18-19). Deus faz proveito do que é fraco neste mundo para confundir os fortes. Desta maneira, quer o Senhor apenas um coração simples e disponível, sem muitas indagações, que Lhe dê livre acesso. Então, logo se iniciará uma obra admirável aos olhos dos homens e alcançará, sem maiores alardes, uma comunidade ou nação.

Fonte: Destrave

25/01/2013

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente

Imagem de Destaque


O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente

O amor só pode ser eterno à medida em que vivermos a conquista do outro todos os dias. E isso só vai acontecer a partir do momento em que o amor de Deus incendiar a nossa vida.

O amor é essa capacidade de ver o outro de forma diferente. No meio de tanta gente, alguém se torna especial para você e você se aproxima. Amar é começar a descobrir que, numa multidão, alguém não é multidão. O amor é essa capacidade de retirar alguém do lugar comum, para um lugar dedicado, especial. Alguém descobriu uma sacralidade em você.

Quando alguém se aproximou, foi porque você gerou um encanto. O outro se sentiu melhor quando se aproximou de você. A beleza da totalidade que você tem faz ele melhor. A primeira coisa que o amor esponsal e conjugal cura são as orfandades que a vida nos colocou.

Namoro tem de começar assim: “Tira as sandálias dos pés, eu não sou um território qualquer”. O primeiro encanto tem de ser essa consciência de que se Deus lhe deu esta pessoa, Ele é dono antes de você.

O amor quando não é amor, vira competição, disputa; por isso ele é iniciado e mantido em Deus; será sempre um amor de promoção do outro.

O casamento é um encantamento pelo o outro, o qual vai ganhando sentido quando o vou conhecendo. O amor para ser verdadeiro tem de passar pelas fases da descoberta. Você tem que saber quem é o outro.

A grande lição para quem se casa é esta: todos os dias você precisa se aproximar do outro e descobrir o motivo para continuar o respeito e a alegria de estar diante dele.

Casamento em que o outro é opressão, não é amor. O amor leva para o alto! Se vocês não se promovem mais, significa que estão esquecendo a vocação primeira do matrimônio: o de acender o fogo do amor, da dignidade e da felicidade nele.

O sexo errado na vida de um casal é a porta por onde o diabo pode entrar para fazer do parceiro um objeto. Cuidado com o que vocês trazem para a vida sexual de vocês, para não fazer o outro se sentir um objeto, uma prostituta (o).

Não levem para vida sexual instrumentais diabólicos. Que coisa ridícula a mulher se vestir de 'coelhinha' ou o marido de 'batman' ou sei lá mais o quê. E ainda vem com a desculpa de dizer que isso é para 'incrementar' a relação. Se o amor que você tem por ela não for o melhor incremento, esqueça!

Sejam criativos sim, mas sem perder a dignidade. A maior criatividade da vida sexual e para que vocês se sintam amados é carinho, afeto, dedicação!

Cuidado! A roupa de coelhinha, professorinha etc., pode fazer seu marido esquecer que você é sagrada. Cuidado com essa mentalidade mundana que está transformando as mulheres e homens em objeto. O incremento da vida sexual é carinho, afeto, dedicação. Isso nos faz sentir amados! Se não tem amor, depois do prazer você joga o outro fora. O amor do outro tem que promover na sua dignidade.

O único objetivo que o diabo tem é apagar nossa dignidade. Se você faz parceria com ele, o seu casamento está em risco.

Este corpo que você está abraçando é território santo, é vida que precisa continuar iluminada e digna.

Padre Fabio de Melo

Fonte: Canção Nova

24/01/2013

Construtor incansável

Imagem de Destaque

Construir é projetar realidades novas
Numa dimensão de fé, dizemos que Deus, o Criador do universo, continua construindo as realidades existentes de forma muito atuante e dinâmica. É um processo que acontece por meio da atuação de cada pessoa, a qual pode ser por um duplo caminho, seja aquele do bem ou o do mal. As marcas vão ficando na história da vida de cada comunidade.

A vida tem dimensão de caminhada, de esperança e de objetivos a serem atingidos. É fundamental a perseverança e a coragem em tudo que é realizado, um verdadeiro casamento com os objetivos do bem. Isto significa ser incansável, ter uma prática de vida que luta pelo melhor para todos, superando todo tipo de rotina e ritualismos vazios.

O que consegue dar verdadeira sustentação ao construtor do bem é a fidelidade à lei maior, que é o amor, fruto de uma vida de justiça e de coerência com o exercício da verdade. O mundo existe por causa da pessoa humana. Por isto deve ser trabalhado na dimensão da fraternidade, fazendo com que os ambientes sejam acolhedores.

Não podemos perder de vista que a vida acontece devido a desencontros, decepções, mas também de grandes esperanças. A conquista do bem comum passa por um itinerário de unidade na diversidade, porque cada pessoa é livre na execução de suas iniciativas. O importante é ter sinceridade e ser incansável.

Na cena das Bodas de Caná, na Galileia, numa festa de casamento, a água é transformada em vinho. Construir é projetar realidades novas, revitalizar as condições da existência e com um olhar focado na melhora de vida para todos. Não basta construir se isto não for feito para trazer condições de vida melhor e saudável.

O entusiasmo vem de encantamento, mas isto não pode ser fruto de atitudes imaturas e irresponsáveis. Amar o próximo implica trabalhar para que a vida seja preservada e vivida com plena dignidade. Até dizemos que a água deve estar sempre sendo transformada em vinho, passando de uma qualidade amena para outra de pleno vigor.
Dom Paulo, arcebispo metropolitano de Uberaba (MG)

Fonte: Canção Nova

23/01/2013

Olhar a sua volta!

Imagem de Destaque

O problema é que eu estava tão concentrada na minha própria ideia
Na busca incessante por um sentido na vida, corremos, diariamente, o risco de sermos levados pela distração. O passado e o futuro nos arrastam para um lado e para outro, e pouco conseguimos aproveitar do agora. Mais do que nunca, é preciso lutar por viver dignamente o presente, ou seja, centrar nosso coração no Reino de Deus. "Buscai, em primeiro lugar, o Reino de Deus e a Sua justiça, e tudo mais lhe será dado por acréscimo" (Mt 6,33).

Acredito que este Reino não é nenhuma terra distante, que um dia esperamos alcançar, nem é a vida depois da morte ou um estado de vida ideal. Este Reino é, antes de tudo, uma presença ativa e constante do Espírito de Deus agindo em nosso íntimo e nos oferecendo em toda e qualquer situação a liberdade que tanto almejamos. O Reino do Senhor acontece aqui e agora, onde estou escrevendo; e aí, agora, onde você está lendo, porque em Cristo o Reino de Deus está ao alcance de todos nós.

Sendo assim, pode surgir a pergunta: "Como eu posso centrar, acima de tudo, meu coração no Reino de Deus se Ele está preocupado com tantas outras coisas neste mundo?" O Espírito Santo responde, revelando-nos que é necessária uma mudança de coração; uma mudança não de lugar, mas sempre de mentalidade, para vivermos esta feliz realidade.

Certa vez, perdi muito tempo tentando encaixar a alça do meu vestido no espaço errado; depois de diversas tentativas, já havia machucado a mão e quase rasgado parte da roupa sem sucesso. Estava atrasada, irritada e sentia-me ridícula por não conseguir algo que parecia tão simples. Mas o pior foi constatar que eu estava tentando encaixar a alça no lugar completamente errado, enquanto, ao lado, havia o espaço certo que encaixava perfeitamente e sem esforço nenhum, pois havia sido feito para isso.

O problema é que eu estava tão concentrada na minha própria ideia que não conseguia lançar um olhar e perceber o que estava ao meu redor, mesmo que fosse óbvio.

A conversão me parece um pouco isso. É olhar em volta e constatar que não somos sempre os donos da razão, que existem soluções além das que nós elegemos e que os nossos problemas, por maiores que pareçam, não estão fora do alcance de Deus.

Quando paramos um pouco e damos atenção à voz de um amigo, por exemplo; quando lemos um livro, ouvimos uma música, fazemos um retiro, em fim, quando tiramos o problema do nosso foco e ousamos olhar em volta, vemos que, muitas vezes, nós é que estávamos tentamos encaixar “a alça do vestido” no lugar errado e, por apego à nossa ideia, não conseguíamos olhar com calma e perceber que existia outro espaço apropriado para isso.

Quando temos coragem de olhar a vida por esse prisma, percebemos que, na maioria das vezes, preocupamo-nos excessivamente com coisas banais e por isso nos cansamos. Ou pior ainda, chegamos mesmo a nos machucar e aos que estão ao nosso lado, geralmente os que mais amamos, só porque estamos apegados por demais às nossas ideias. E a voz suave de Deus nos diz: “Dá uma olhada à Sua volta, centra Seu coração no meu Reino. Abra mão dos seus apegos e Eu lhe darei a liberdade e a paz que seu coração deseja.”

Que, hoje, seja um dia de olharmos à nossa volta e darmos passos firmes na direção que Deus nos inspira seguir sem medo.

22/01/2013

Dizer 'sim' e dizer 'não'

Imagem de Destaque

Quando dizemos "não" a nós mesmos aprendemos a autodisciplina
Você já notou como lida com seus impulsos, com aquela vontade irresistível de fazer algo? Controlar nossos impulsos significa o quanto conseguimos ser capazes de adiar a gratificação por algo e, com isso, fazer escolhas mais inteligentes ou adaptáveis. Sabe o que é mais interessante: o controle dos impulsos se dá em nossa infância, quando lidamos com as primeiras frustrações e gratificações.

Quando dizemos “não” a nós mesmos, aprendemos a autodisciplina, palavra tão conhecida entre nós e citada em revistas, artigos, programas de TV. Essa habilidade é capaz de gerar felicidade e sucesso.

Nisso começa o desafio dos pais, cuidadores, professores, pois crianças nunca aprendem a autodisciplina sozinhas, mas também não aprendem na escola ou na sala de aula. Não há curso para isso [autodisciplina]. Aí entra a habilidade dos pais em dar limites aos filhos e ensiná-los que, para cada ato, há uma consequência, que as escolhas levam a determinados caminhos, positivos ou negativos.

Ao deixar claro para uma criança quais as expectativas que se tem sobre algo ou os limites e o resultado sobre aquilo que não se cumpriu, tudo fica mais claro. Ou seja, a criança aprende, desde pequena, que, se optar por algo errado, receberá sua escolha em troca, experimentando o resultado negativo das escolhas feitas.

O que é mais complicado quando é necessário dizer “não” para seu filho? Muitos pais podem dizer que a dificuldade está em ver que o filho ficou infeliz, ficou triste, desapontado. Claro que, como pais, o que se tenta fazer muitas vezes é, de fato, evitar o sofrimento, mas isso se torna uma forma enganosa de proteger. Será muito mais produtivo dar aos filhos formas de lidar com a perda e, com isso, criar formas de “amortecer” as situações e lindar com os obstáculos da vida.

Dizer “não” é muito mais complicado do que dizer “sim”; porém, olhando para o futuro os resultados de um “sim” e um “não”, no tempo certo, fazem toda a diferença quando seu filho for adolescente ou adulto. Não diga “sim” para acalmar o choro ou a irritação do seu filho, mas diga “sim” quando é necessário e “não” sempre que preciso, para que não colha dificuldades em longo prazo.

Na autenticidade e na democracia da relação pai e filho, nos dias atuais, cresce e liberdade em dizer o que se pensa e posicionar-se, porém, não podemos nos esquecer do papel de modelagem de comportamento que damos ao filhos. “Ninguém pode respeitar seus semelhantes se não aprender quais são os seus limites — e isso inclui compreender que nem sempre se pode fazer tudo que se deseja na vida. É necessário que a criança interiorize a ideia de que poderá fazer muitas, milhares, a maioria das coisas que deseja — mas nem tudo e nem sempre. Essa diferença pode parecer sutil, mas é fundamental.” (Zagury, T.)

Esse é o desafio da persistência, do amor, do cuidado e da certeza que um “sim” e um “não” bem colocados, e ao seu tempo, farão toda a diferença na construção de adultos saudáveis e resistentes aos embates da vida.

Fonte: Canção Nova

21/01/2013

Eu estava errado. Perdoe-me!

Imagem de Destaque

Por qual motivo temos dificuldade de pedir perdão?
Em muitas situações de desentendimento e desconfiança nos relacionamentos humanos, bem como nas separações, brigas no trabalho e nos ambientes sociais, é importante reconhecermos uma de nossas grandes falhas: a falta de um pedido de perdão. Não reconhecermos nossos erros é um grande obstáculo na qualidade do convívio.

Por qual motivo temos estas dificuldades? Um deles é admitir a “perda da nossa dignidade”, ter de passar por cima do nosso orgulho, sentirmo-nos ameaçados ao expormos nossos pontos fracos, ou que, ao pedirmos desculpas, o outro “nos 'passe na cara' ou use isto como uma vingança”, ou ainda que “seja lembrado pelos erros ou punido por ser honesto”. (Powell, J. 1985). Acho que, muitas vezes, você já viveu isto, não é mesmo?

Em várias situações, sentimo-nos inferiores ao pedir desculpas; temos a necessidade de passar parte de nossa vida provando que somos sempre certos, que somos sempre capazes, que somos fortes e invencíveis. De alguma forma, esta necessidade vai sendo imposta a nós e pode ser uma grande armadilha em nossas vidas.

Em outras situações, posso usar o seguinte pensamento: "se não recebi as desculpas do outro, por que eu vou me sujeitar a pedir desculpas?”. Isto nada mais é do que um grande processo de imaturidade, ao deixarmos que os comportamentos da outra pessoa possam determinar os nossos comportamentos e atitudes. É como achar certo roubar, porque alguém já roubou, não foi descoberto e nunca foi punido. 
 
Para que possamos chegar ao ponto de pedir desculpas, é válido encontrar um ponto de honestidade com nós mesmos, assumindo falhas e limitações. Esta honestidade interior faz com que vejamos, verdadeiramente, nossa responsabilidade nas situações, possamos reconhecer o que fizemos e entrar numa atitude de reconciliação com o outro. Talvez, nem sempre consigamos perdão, mas a atitude de reconhecer é totalmente sua e, certamente, muito libertadora.

Peça desculpas, mas livre-se dos que levam você a pensar: “você provocou isto”, “só reagi assim, porque você é culpado”, “estou tratando você como fui tratado por você”. Tais formas “racionais” de explicar um fato, apenas alimentam em nós mais raiva e mais ressentimento. Faz com que cubramos nossos erros e não permite que, honestamente, possamos admitir o que foi feito de errado.

“O perdão é instrumento de vida” (Cencini, A . 2005) e “força que pode mudar o ser humano”. Certamente, “a falha em pedir desculpas”  e em perdoar só servirão para prolongar a separação entre duas pessoas. Para isto, “a verdade precisa estar presente em todos os sinceros pedidos de desculpa” (Powell, J. 1985), compreendendo a extensão dos prejuízos que nossas atitudes, por vezes desordenadas e desmedidas, possam ter provocado na vida do outro.

Por vezes, precisamos quebrar nossas barreiras interiores e realizarmos um grande esforço ao dizer: “Eu estava errado, perdoe-me!”, pois este esforço fará sua vida muito melhor, mesmo que o outro não aceite, de imediato, seu pedido, mas sua vida já foi mudada a partir deste gesto.
 
Pense nisto: Para quem você gostaria de pedir perdão hoje? 
 
Fonte: Canção Nova

18/01/2013

Matricule-se na escola do perdão

Sabe perdoar quem aprendeu a amar

O perdão é uma escola? Se partir do princípio de que numa escola se aprende: Saber o que é? E como fazer? Então afirmo que "sim", o perdão é uma verdadeira escola de formação permanente. Com lições que se aprendem na prática da vida e não com teorias.

O perdão não é um sentimento, é uma decisão. Exige de nós uma atitude que nos “rasga” o coração, abaixa o nosso orgulho e derruba as nossas razões. Certamente não é esquecer o fato ou a pessoa que o machucou. Por mais que se tente não se consegue fazê-lo. Perdoar é colocar entre você e quem o feriu o Mestre do perdão. O Mestre do amor. Sabe perdoar quem aprendeu a amar.
É possível perdoar!

No Compêndio do Catecismo da Igreja Católica, no número 595, temos esta instrução: "Ora, mesmo se para o homem pareça impossível satisfazer essa exigência, (o perdão) o coração que se oferece ao Espírito Santo pode, como Cristo, amar até o extremo do amor, mudar a ferida em compaixão, transformar a ofensa em intercessão. O perdão participa da misericórdia divina e é um ponto alto da oração cristã" (conf. CIC 2840-2845-2862).
Posso acreditar nisso quando contemplo histórias de vida, como a sua, como a minha. Repletas de exemplos de superação, nas quais o perdão parecia impossível de acontecer, mas ele aconteceu. Aquele pai que perdeu as duas filhas, por exemplo, e perdoou o assassino, poderia ser você ou eu.

Quem não conhece uma história dessas também? É provável que você se recorde de alguém que conheça ou você mesmo tenha passado por situações semelhantes ou muito próximas a essas, pois as situações da vida acabam sendo enormes salas de aula, nas quais somos convidados a viver o ensinamento do perdão ou sair da sala e enfrentar as consequências do não aprendizado. São histórias reais, de pessoas reais; o que as torna diferentes? Aquela escola de perdão onde estão matriculados.
Mateus 18, 21: "Senhor, quantas vezes devo perdoar? Até sete vezes? Digo-te, não até sete vezes, mas até setenta vezes sete".
Eis o segredo: perdoar a vida inteira, nas pequenas circunstâncias ou nas grandes, na circunstância máxima da sua vida, perdoar. Nessa escola não há “cola”, mas a prática. Porém, atenção: esta não é uma escola para os fortes, mas para os fracos, que precisam do auxílio da graça divina para superar as fraquezas e fortalecer os propósitos.
Essa escola está sempre de matrículas abertas, não há número de vagas e o ano letivo durará a vida inteira, pois sempre teremos uma lição nova a aprender, sempre teremos uma pessoa nova a perdoar...

Eu espero encontrá-lo (a) na próxima aula.

17/01/2013

Nada pode me abalar!

Quando você está no sol escaldante, a primeira coisa que faz é procurar uma sombra. Quantas vezes vamos em busca de uma sombra para descansar, nos abrigar! Na hora do perigo, o que você procura para se abrigar? Sejam perigo de vida, riscos na profissão, o perigo de se separar ou alguma situação que o deixe sem chão.

O Salmista, hoje, ensina-nos a nos abrigarmos, nessa hora, à sombra do Altíssimo. O Salmo 57,1-4 diz: “Misericórdia, ó Deus; misericórdia, pois em ti a minha alma se refugia. Eu me refugiarei à sombra das tuas asas, até que passe o perigo. Clamo ao Deus Altíssimo, a Deus, que para comigo cumpre o seu propósito. Dos céus ele me envia a salvação, põe em fuga os que me perseguem de perto; Pausa Deus envia o seu amor e a sua fidelidade. Estou em meio a leões, ávidos para devorar; seus dentes são lanças e flechas, suas línguas são espadas afiadas".

Diga a Deus: “Senhor, eu abrigo a minha vida à sombra das asas do Deus Altíssimo, nenhum perigo pode me abalar, nenhum perigo pode me destruir, pois o Senhor está comigo até que passe o perigo, porque o perigo passa. Entregue-se ao Senhor, pois o que você está vivendo agora é passageiro.

Entregamos-nos totalmente a Vós, Senhor, que a sombra do Altíssimo esteja sobre aquele que está fraco, que está aflito, abatido, aquele que está passando por uma tribulação.

Que Sua sombra, Senhor, abrigue-me de todo mal, porque eu me deito entre leões espirituais, os quais querem devorar a minha alma, por isso eu me abrigo em Vós, Senhor.

Diga ao Espírito: “Eu me abrigo debaixo de Vossas asas e nada temerei!”

Salete Ferreira
Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova

11/01/2013

É hora de reassumir nossa vida cristã!

É hora de reassumir nossa vida cristã Quantas vezes, nós nos revoltamos contra Deus pensando que Ele está nos enviando desgraças e nos fazendo sofrer. E quando deixamos de ser radicais na vivência cristã e voltamos atrás por causa dos sofrimentos, deixamos de servir ao Senhor. A partir daí, aquele, que é ladino [maligno], ataca a nossa saúde e a de nossos familiares; assim como, nossas finanças, entre outros. Ele é covarde e faz tudo isso. Existe, sim, meus irmãos, minhas irmãs, esse tipo de perseguição. O inimigo quer nos derrotar. Tolos somos quando sedemos aos ataques dele.

Hoje é um dia em que o Senhor está falando forte para mim e para você: "Meu filho, ser cristão para valer, como todos precisam ser, e entrar na evangelização vai lhes ocasionar perseguições, dores, sofrimentos".

Por isso, rezemos: "Senhor, dá-nos a graça. Se desanimarmos, se largarmos tudo, obrigado porque tens misericórdia, estás de braços abertos para nos acolher e perdoar os nossos pecados. Senhor, tem piedade de nossas fraquezas, principalmente, se desanimarmos. Obrigado, Senhor, porque nos recebes; estamos voltando. Senhor Deus, perdoa-nos, nós queremos ser cristãos, queremos viver a vida cristã, queremos trabalhar por Ti, sem voltar atrás. Obrigado porque o Senhor nos acolhe e nos abraça. Nós recebemos este abraço e lhe dizemos: Eis-nos aqui. Vamos reassumir o nosso serviço por Ti. Amém".

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova

10/01/2013

Na hora da escolha...

Imagem de Destaque

Não podemos descartar os nossos valores
Há quem se diga “azarada (o)” para as coisas que se referem ao coração, pois nenhum de seus relacionamentos foram duradouros o bastante como  esperava.

Muitas pessoas reclamam da dificuldade de manter o namoro, argumentando as muitas incompatibilidades que apareceram ao longo do convívio. Aquele que demonstrava ser o príncipe de um conto de fadas, depois de um tempo, parece ter se transformado em sapo ao perceber que as palavras ou o romantismo envolvente dos primeiros encontros tinham data de validade.
 
Para muitas pessoas, encontrar alguém que esteja disposto a partilhar as coisas mais comuns do dia a dia parece ser uma tarefa difícil de ser realizada. Sabemos que ter alguém ao nosso lado, que nos ame e trabalhe pelo desenvolvimento da relação, traz muitos benefícios para a nossa vida; a começar pelo aspecto emocional. Contudo, em virtude de muitos outros relacionamentos fracassados, nós podemos nos tornar extremamente exigentes, buscando encontrar alguém que se adeque exatamente ao nosso modo de pensar e de agir.

Algumas pessoas falam do encantamento à primeira vista, mas, antes mesmo de iniciar um relacionamento, levado por uma paixão, precisamos nos lembrar das qualidades que julgamos imprescindíveis na pessoa com quem aspiramos iniciar um envolvimento amoroso.


A quem valoriza o porte físico – uma beleza semelhante a um ator de cinema –, coisas fora de um padrão natural podem desclassificar qualquer possível candidato. Outras consideram o fato de o pretendente ter sido casado ou se tem filhos, a idade, a ocupação profissional, o poder aquisitivo, a espiritualidade, etc. Entretanto, os aspectos sobre o caráter também precisam ser conhecidos e, entre esses, a inclinação da pessoa por algum tipo de vício ou hábitos que poderiam se tornar um problema futuro.

Se para adquirir um produto fazemos pesquisa de preços, verificamos a sua qualidade, entre outras coisas; é também importante não desconsiderar alguns valores que julgamos necessários identificar na personalidade da pessoa com que aspiramos partilhar nossa vida.

Viver um relacionamento duradouro é possível, mas requer esforço e compromisso do casal para resolver alguns conflitos gerados a partir das nossas diferenças.

Algumas incompatibilidades podem até ser negociáveis durante o namoro, mas vale a pena verificar o grau de importância que a pessoa atribuiu a elas, antes mesmo de nos aventurarmos num relacionamento, o qual, desde o início poderia demonstrar certa irredutibilidade por parte dos casais.

Para essas descobertas, não é preciso, necessariamente, estar envolvido num namoro para identificá-las. Por meio de processo de conhecimento, favorecido pela amizade inicial, teremos condições de perceber se a pessoa traz características de alguém que queremos como namorado (a).

As oportunidades de encontrar
alguém podem estar nas atividades sociais às quais gostamos de viver, seja numa danceteria, cinema, teatro… E mesmo que, nesses eventos, não aconteça o encontro com a pessoa especial, pelo menos novas amizades serão estabelecidas sem deixar de viver aquilo que é normal e saudável.

Um abraço,
Dado Moura - Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção - Nova Formação 

09/01/2013

Ano Novo, vida nova?

Imagem de Destaque

Reconheça seus limites e não se esqueça: sempre é tempo de recomeçar
Mais um ano novo se aproxima. Neste tempo, a esperança se renova e, com isto, fazemos uma série de promessas para nós mesmos; fazemos planos, determinamo-nos a fazer uma série de coisas como: perder peso, estudar, fazer exercício físico, etc. Porém, muitas vezes, só nos recordamos destas promessas quando chega o final do ano e paramos para fazer um balanço do que vivemos. Neste momento, algumas pessoas simplesmente dizem para si mesmas que "desta vez vai ser diferente", e fazem novos planos. Outras, ao se depararem com seus planos não realizados, sentem-se fracassadas e frustradas.

Precisamos fazer uma boa análise do que vivemos no decorrer do ano, verificarmos quais as metas atingimos e o que faltou. Naquelas que não alcançamos, precisamos ter coragem para identificar o que realmente foi falha nossa, reconhecer os erros e os limites, e o que foi resultado de situações fora do nosso controle, como doenças por exemplo.

Naquilo que falhamos, o que realmente faltou? Muitas vezes, os planos que fazemos, no final do ano, são tomados no calor da emoção, movidos pelo impulso ou pela influência de amigos ou até da mídia, faltando um verdadeiro comprometimento interior, um planejamento. Planos ditos “da boca para fora” são repetidos ano após ano, sem chegar a nenhum resultado. Ficar se lamentando, reclamando de si mesmo e do mundo não leva a nada. É preciso uma atitude ativa e corajosa.

Convido você, então, para olhar para dentro de si e responder: o que realmente eu quero para 2013? Com o que realmente eu vou me comprometer? Mudança de vida exige comprometimento, exige renúncia e esforço. Metas e planos não são alcançados sem luta. Depois de responder esta pergunta, você precisa pensar: "Quais são os passos que preciso dar? Precisarei buscar ajuda de alguém ou de algum profissional?" Ou seja, se você quer chegar ao final do ano com seus planos realizados, é necessário planejar o que você vai fazer. Um cuidado que você precisa tomar é o de não se encher com muitos planos e metas, pois o risco de chegar ao final do ano e deparar-se com a mesma situação é grande.

Independente de qualquer coisa, saiba reconhecer os seus limites e falhas, e nunca se esqueça que sempre é tempo de recomeçar.

Que você tenha um 2013 feliz e abençoado.

Manuela Melo
Comunidade Canção Nova

Fonte: Canção Nova - Formação

08/01/2013

Esperança

Imagem de Destaque

É bom gostar e curtir as esperanças fundadas na certeza de que Deus nos fez
Gostamos de ano novo, roupa nova, carro novo, gente nova e bonita, ruas limpas, cidade organizada. Ninguém foi feito para curtir o desgaste e a feiura. Alegra-nos pensar que nascem de novo nossas esperanças quando se abre o mês de janeiro. É muito bom gostar e curtir as esperanças fundadas na certeza de que Deus nos fez para um mundo digno e bem tratado. Fomos feitos para a felicidade!

Contudo, muitas esperanças são frustradas devido ao choque com a dura realidade, de forma a gerar em muitas pessoas um pessimismo crônico diante dos acontecimentos e do mundo. Quando todos os municípios de nosso país acolheram novos representantes para o poder legislativo e novos prefeitos à frente do executivo, sensações contraditórias tomaram conta dos cidadãos. De um lado, é sempre o novo que vem à tona, cheio de promessas. Mas o refrão repetido tantas vezes da desconfiança nos políticos pode esvaziar o entusiasmo. Mais ao nosso alcance cotidiano, emprego novo ou primeiro emprego, aumento de salário, volta de férias, novo chefe na repartição, casa diferente, transferência, o casamento esperado. As surpresas estarão à nossa espera nos próximos doze meses, um dia depois do outro. E a cada dia basta o seu cuidado (Cf. Mt 6,34)! Por que tantas inquietações tomam conta de nosso coração? Erramos o alvo ao apostar no que é novo e promissor? Quais as razões para as muitas frustrações? Como preveni-las?

Nas últimas semanas, muitas pessoas arrumaram a casa e a vida para o fim do mundo, que não veio. Outras correram avidamente às previsões das várias categorias de adivinhos disponíveis no mercado! E muita gente ganhou dinheiro com tais oráculos! Os cristãos que fizeram a opção por seguir Jesus Cristo e querem viver o Evangelho com seriedade se encontram numa situação diferente. O ensinamento da Carta de São Pedro revela-se oportuno: “Ora, quem é que vos fará mal, se vos esforçais por fazer o bem? Mais que isso, se tiverdes que sofrer por causa da justiça, felizes de vós! Não tenhais medo de suas intimidações, nem vos deixeis perturbar. Antes, declarai santo, em vossos corações, o Senhor Jesus Cristo e estai sempre prontos a dar a razão da vossa esperança a todo aquele que a pedir” (1 Pd 3,13-15). Nosso convite de início do ano é para que todos cheguem justamente a compartilhar as razões da esperança.

De esperanças passamos à Esperança. Esta é a chave! Não apostamos nossa vida no sucesso aparente do lucro ou da vitória garantida e fácil. Não confundimos salvação com prosperidade imediata, não queremos chamar Deus à obra de nossas mãos (Cf. Os 14,4). Se porventura o ano que começa nos encontrar na cruz, que a mesma fé e a mesma confiança em Deus subsistam em nós! Esperança é virtude teologal, dada de presente no Batismo. Trata-se de viver na esperança, não apenas de esperanças. Viver com a mesma firmeza, na luz ou na escuridão, diante da vida ou da morte, fortes ou fracos, segurando nas mãos de Deus.

A prática do bem e das diversas virtudes humanas, a serem exercitadas no dia a dia do ano novo, tem seu fundamento nas chamadas virtudes teologais (Cf. Catecismo da Igreja Católica, números 1812-1829), as quais fundamentam e orientam as ações dos cristãos. São dadas por Deus para que sejamos capazes de agir como seus filhos e merecer a vida eterna. São elas a Fé, a Esperança e a Caridade.

Com a virtude da Esperança, desejamos como nossa felicidade o Reino dos Céus e a vida eterna, colocando nossa confiança nas promessas de Cristo e apoiando-nos no socorro da graça do Espírito Santo, mais do que em nossas forças. “Continuemos a afirmar a nossa esperança, sem esmorecer, pois aquele que fez a promessa é fiel” (Hb 10,23). “Este Espírito, ele o derramou copiosamente sobre nós por Jesus Cristo, nosso Salvador, para que, justificados pela sua graça, nos tornemos, na esperança, herdeiros da vida eterna” (Tt 3,6-7). A aspiração à felicidade, plantada por Deus em nossos corações, é respondida pela virtude da esperança. Com ela, todas as expectativas que inspiram as nossas atividades são assumidas e ganham sentido. A partir dela, são purificadas as intenções, equilibrados os impulsos e eventuais exageros, moderada a concupiscência. Vale, sim, esperar o dia de amanhã, a aprovação num concurso, a casa nova e toda uma lista de coisas boas. Tudo encontra o seu lugar quando não é absolutizado. Só a escolha do seguimento de Jesus Cristo, aquele que é a única esperança, pode dimensionar adequadamente nossos afetos e sonhos.

“Espera, ó minha alma, espera. Ignoras o dia e a hora. Vigia cuidadosamente, tudo passa com rapidez, ainda que tua impaciência torne duvidoso o que é certo e longo um tempo bem curto. Considera que quanto mais pelejares, mais provarás o amor que tens a teu Deus e mais te alegrarás um dia com teu Bem-Amado em gosto e deleite que não podem ter fim” (Santa Teresa de Jesus, excl. 15,3). Para esta serenidade, é necessário confiar além do tempo e das vicissitudes dos dias que correm. O cristão, certo de que a “esperança é como uma âncora segura e firme” (Hb 6,19), tem a garantia de que o ano que começa será o melhor de todos e os que se seguirem, melhores ainda!
Dom Alberto Taveira Corrêa
Arcebispo de Belém - PA

Fonte: Canção Nova - Formação

07/01/2013

Evangelizar pela arte



Imagem de Destaque


Diante do que é belo nos resta a contemplação

Por vezes, nem mesmo a carência de necessidades básicas, como a falta de alimento, é capaz de extrair da pessoa a total capacidade de se atentar, ainda que por meros segundos, ao atrativo da beleza plástica, pois existe algo no núcleo dessa beleza que responde a um anseio do coração humano.

Afirma o Catecismo da Igreja Católica (27): “Somente em Deus o homem há de encontrar a verdade e a felicidade que não cessa de procurar”. Nisso existe a evidência de que a grande busca do ser humano não está na possibilidade de dominar as coisas existentes neste mundo, nem mesmo na saciedade de nossas necessidades primeiras, mas em algo que venha revelar a verdadeira grandeza e essência de nós próprios, também revelando assim nossa sede do transcendente.

Felizmente, no íntimo e no significado de uma obra artística podemos vislumbrar, de alguma forma, O Ser Altíssimo, o Criador que tanto ansiamos, “pois é a partir da grandeza e da beleza das criaturas que, por analogia, se conhece o seu autor” (Sb 13,5).

O ápice da beleza está no amor de Deus por nós. Ainda que, nem tudo tenha cunho religioso e possamos apreciar coisas bonitas em todas as áreas, todo belo acaba por indicar O Seu Autor. Por isso devemos, mais do que nunca, nesse tempo de tanta modernidade e tantos meios que podem ser empregados, evangelizar por meio de algo que tanto fala ao coração das pessoas.
 
A arte é capaz de emocionar e, em seguida, atravessar as nuvens dos sentimentos e aterrizar na terra firme da razão. Pela arte pode-se introduzir nos corações, os valores, a bondade, a misericórdia e nos ensinar como amar sempre mais, pois ela é o veículo que transporta um significado a mais que o simples entretenimento. Quem aprecia a arte aprende com prazer, adquire instrução no momento de descanso. 
Assista também: "Santidade é feita de instante", com padre Fábio de Melo

Davi era um homem de guerra (cf. I Rs 5,3), empenhado em lutas e conquistas sangrentas. Poucas vezes, pensamos nesse personagem como um guerreiro, como um general de exército, conhecedor de técnicas de batalha. Imaginamos um menino que, quase numa travessura, deu uma pedrada na cabeça de seu inimigo.

Talvez, numa primeira lembrança, tenhamos até uma imagem amenizada do homem Davi, esquecendo-nos da sua capacidade de dominar e submeter adversários, devido às obras que ele deixou. Ele tocava arpa e era compositor. Grande parte dos Salmos, foi Davi quem nos deixou, ainda orações e cânticos inspirados.

Há um ditado celta que diz: “Nunca dê uma espada a um homem que não sabe dançar”. Ou seja, o homem deve ter motivações nobres dentro de si, antes de, se lhe for preciso, empunhar um objeto assim para lutar pela sua defesa e dos seus. E a arte ajuda a alimentar tal sentido.

Quantas vezes, nas coisas de Deus, Ele próprio pediu trabalhos artísticos? “Vede, o Senhor nomeou especialmente Beseleel. Encheu-o do Espírito de Deus, de sabedoria, habilidade e conhecimento para qualquer trabalho como fazer projetos, trabalhar com ouro, prata e bronze, lapidar pedras e engastá-las, entalhar madeira e executar qualquer tipo de obra de arte” (Ex 35,30-33).

O significado do esplendor da obra é que “estes estão a serviço daquilo que é a representação e sombra das realidades celestes, como foi dito a Moisés, quando estava para executar a construção da Tenda: ‘Vê, faze tudo segundo o modelo que te foi mostrado’ (Ex 25, 40)” (Hb 8, 5). Diante de toda mudança, nestes últimos tempos em que o ser humano tem necessidade da verdade, a evangelização pela arte se faz mais que necessária, ela é urgente!

Devemos desenvolver nossa criatividade, cada um com seu talento, sua habilidade, pois há muita coisa que já foi feita para roubar a verdadeira ‘imagem e semelhança’ do homem e da mulher através do que pode encantá-los. “Os filhos deste mundo são mais espertos em seus negócios do que os filhos da luz” (Lc 16, 8).

Como são belos os pés do mensageiro! O Evangelho é belo por sua essência.
Foto
Sandro Ap. Arquejada
blog.cancaonova.com/sandro

04/01/2013

Você sabe como a Bíblia foi escrita?


Como foram escritos os primeiros livros da Bíblia?









Os textos da Bíblia começaram a ser escritos desde os tempos anteriores a Moisés (1200 a.C.). Escrever era uma arte rara e cara, pois se escrevia em tábuas de madeira, papiro, pergaminho (couro de carneiro). Moisés foi o primeiro codificador das leis e tradições orais e escritas de Israel. Essas tradições foram crescendo aos poucos por outros escritores no decorrer dos séculos, sem que houvesse uma catalogação rigorosa das mesmas. Assim foi se formando a literatura sagrada de Israel. Até o século XVIII d.C., admitia-se que Moisés tinha escrito o Pentateuco (Gen, Ex, Lev, Nm, Dt); mas, nos últimos séculos, os estudos mais apurados mostraram que não deve ter sido Moisés o autor de toda esta obra.
A teoria que a Igreja Católica aceita é a seguinte: O povo de Israel, desde que Deus chamou Abrão de Ur na Caldéia, foi formando a sua tradição histórica e jurídica. Moisés deve ter sido quem fez a primeira codificação das Leis de Israel, por ordem de Deus, no séc. XIII a.C.. Após Moisés, o bloco de tradições foi enriquecido com novas leis devido às mudanças históricas e sociais de Israel. A partir de Salomão (972 – 932), passou a existir na corte dos reis, tanto de Judá quanto da Samaria (reino cismático desde 930 a.C.) um grupo de escritores que zelavam pelas tradições de Israel, eram os escribas e sacerdotes. Do seu trabalho surgiram quatro coleções de narrativas históricas que deram origem ao Pentateuco:
1. Coleção ou código Javista (J), onde predomina o nome Javé. Tem estilo simbolista, dramático e vivo; mostra Deus muito perto do homem. Teve origem no reino de Judá com Salomão (972 – 932).
2. O código Eloista (E), predomina o nome Elohim (=Deus). Foi redigido entre 850 e 750 a.C., no reino cismático da Samaria. Não usa tanto o antropomorfismo (representa Deus à semelhança do homem) do código Javista. Quando houve a queda do reino da Samaria, em 722 para os Assírios, o código E foi levado para o reino de Judá, onde ouve a fusão com o código J, dando origem a um código JE.
3. O código (D) Deuteronômio (= repetição da Lei, em grego). Acredita-se que teve origem nos santuários do reino cismático da Samaria (Siquém, Betel, Dã,…) repetindo a lei que se obedecia antes da separação das tribos. Após a queda da Samaria (722) este código deve ter sido levado para o reino de Judá, e tudo indica que tenha ficado guardado no Templo até o reinado de Josias (640 – 609 a.C.), como se vê em 2Rs 22. O código D sofreu modificações e a sua redação final é do século V a.C., quando, então, na íntegra, foi anexado à Torá. No Deuteronômio se observa cinco “deuteronômios” (repetição da lei). A característica forte do Deuteronômio é o estilo forte que lembra as exortações e pregações dos sacerdotes ao povo.
4. O código Sacerdotal (P) – provavelmente os sacerdotes judeus durante o exílio da Babilônia (587 – 537a.C.) tenham redigido as tradições de Israel para animar o povo no exílio. Este código contém dados cronológicos e tabelas genealógicas, ligando o povo do exílio aos Patriarcas, para mostrar-lhes que fora o próprio Deus quem escolheu Israel para ser uma nação sacerdotal (Ex 19,5s). O código P enfatiza o Templo, a Arca, o Tabernáculo, o ritual, a Aliança. Tudo indica que no século V a.C., um sacerdote, talvez Esdras, tenha fundido os códigos JE e P, colocando como apêndice o código D, formando assim o Pentateuco ou a Torá, como a temos hoje. Se não fosse a Igreja Católica, não existiria a Bíblia como a temos hoje, com os 73 livros canônicos, isto é, inspirados pelo Espírito Santo.
Foi num longo processo de discernimento que a Igreja, desde o tempo dos Apóstolos, foi “berçando” a Bíblia, e descobrindo os livros inspirados. Se você acredita no dogma da infalibilidade de Igreja, então pode acreditar na Bíblia como a Palavra de Deus. Mas se você não acredita, então a Bíblia perde a sua inerrância, isto é, ausência de erro.
Demorou alguns séculos para que a Igreja chegasse à forma final da Bíblia. Em vários Concílios, alguns regionais outros universais, a Igreja estudou o cânon da Bíblia; isto é, o seu índice.
Garante-nos o Catecismo da Igreja e o Concílio Vaticano II que: “Foi a Tradição apostólica que fez a Igreja discernir que escritos deviam ser enumerados na lista dos Livros Sagrados” (DV 8; CIC,120).
Portanto, sem a Tradição da Igreja não teríamos a Bíblia. Santo Agostinho dizia: “Eu não acreditaria no Evangelho, se a isso não me levasse a autoridade da Igreja Católica” (CIC,119).
Prof. Felipe de Aquino

03/01/2013

Escolha a coragem de remar contra a correnteza do pecado


"Feliz é quem, na lei do Senhor Deus, vai progredindo" (Sl 118,23).

A palavra 'lei' não está bem traduzida aqui, porque o hebraico é uma língua bem diferente da nossa. Há uma cultura tão diferente, que não encontramos na nossa língua, uma palavra semelhante. Quando vemos escrito 'lei', pensamos em ordens e mandamentos, mas é muito mais do que isso, é Toráh, ou seja, todo o modo de vida que Deus nos dá para viver. A Bíblia tem também ordens e mandamentos, mas a maior parte nos mostra o modo de vida que Deus quer que vivamos, principalmente no Novo Testamento – o Evangelho e as cartas dos apóstolos. 

"Feliz é quem, na Toráh do Senhor, vai progredindo em Deus".

Precisamos conhecer o que Deus quer para nós. É grande a nossa tristeza, porque, nos tempos de hoje, o mundo está caminhando o oposto do modo de vida que Deus quer para nós. 

"Acreditando no Filho de Deus, temos força e coragem", afirma monsenhor Jonas


Já é tempo de pedirmos: "Vinde, Senhor Jesus" para que ninguém mais se perca. Nós queremos que Deus alongue o tempo da misericórdia. Nós mesmos somos consequências desse tempo em que Ele está derramando graças e misericórdias. Deus está de braços e coração abertos para nos receber.

Não podemos relaxar, afrouxar; ao contrário, a nossa vida cristã é uma luta, estamos, continuamente, lutando contra a correnteza. O mundo está nos empurrando para o lado errado. Eu sei que é duro, mas é o jeito que Deus quer. Não que nós queiramos sofrer, ficar lutando, mas mesmo nós, que tivemos a graça de uma conversão, sabemos o que vivíamos antes de nos entregarmos ao Senhor e dar a nossa vida a Ele. Deus vem nos alertar. Por um lado, precisamos progredir na Palavra, por outro lado, temos de remar ao contrário do jeito que o mundo vive, porque ele não nos leva à felicidade. 

No final dos tempos, o Senhor vai separar o mal do bem, o joio do trigo. Há muito trigo debaixo do joio, mas nós estamos sufocados por ele. "Vinde, Senhor Jesus, para que essa separação aconteça o mais rápido possível, porque este mundo está se tornando inabitável". 

"Depois que Jesus saciara os cinco mil homens, seus discípulos o viram andando sobre o mar. No dia seguinte, a multidão que tinha ficado do outro lado do mar constatou que havia só uma barca e que Jesus não tinha subido para ela com os discípulos, mas que eles tinham partido sozinhos. Entretanto, tinham chegado outras barcas de Tiberíades, perto do lugar onde tinham comido o pão depois de o Senhor ter dado graças. Quando a multidão viu que Jesus não estava ali, nem os seus discípulos, subiram às barcas e foram à procura de Jesus, em Cafarnaum. Quando o encontraram no outro lado do mar, perguntaram-lhe: 'Rabi, quando chegaste aqui?' Jesus respondeu: 'Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará. Pois este é quem o Pai marcou com seu selo'. Então perguntaram: 'Que devemos fazer para realizar as obras de Deus?' Jesus respondeu: 'A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou'" (João 6,22-29).

Neste trecho do Evangelho segundo São João, Deus multiplica os pães e os peixes. Jesus dá de comer àquela multidão, mas percebe que os apóstolos estavam no meio dela, entusiasmados porque queriam que Deus proclamasse a libertação deles, mas Jesus diz que o reino d'Ele não é desse mundo. Então, Ele obriga os discípulos a ir embora. 

Quando chegaram e encontraram Jesus em Cafarnaum, Ele lhes disse: "Em verdade, em verdade, eu vos digo: estais me procurando não porque vistes sinais, mas porque comestes pão e ficastes satisfeitos. Esforçai-vos não pelo alimento que se perde, mas pelo alimento que permanece até a vida eterna, e que o Filho do homem vos dará" (Jo 6,26-27).

Jesus já está entrando na Eucaristia, na transformação do vinho e do pão, no seu sangue e no seu corpo. 

"A obra de Deus é que acrediteis naquele que ele enviou" (Jo 6,29). Em outras palavras, Ele está pedindo para que acreditassem n'Ele. Era uma ousadia necessária, porque as pessoas pensavam que Ele tinha vindo para "virar a mesa". A história tem nos mostrado que o oprimido, quando vira a mesa, torna-se um opressor. O que resolve é o que o Salmo disse, esse modo novo de viver. 

Acreditando no Filho de Deus, temos força e coragem. É necessário vivermos assim. Ou partimos para o heroísmo cristão ou perecemos. Opte pela santidade, pelo heroísmo.

Oremos juntos: "Senhor, eu quero, sinceramente, viver do seu jeito, eu quero progredir na sua Toráh, no seu modo de viver. Eu preciso viver heroísmo, preciso viver santidade. Eu quero, Senhor. Daí-me a graça. Amém".

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

02/01/2013

Deus espera sua decisão!



Se você está com sede, não basta colocar água na boca e não engolir. Chega um momento em que é necessário engolir. Se não der um gole, você não mata sua sede e será totalmente inútil ter água na boca. Com a decisão é a mesma coisa. Decidir é uma coisa totalmente pessoal. É você quem decide. Decidir amar, decidir perdoar, depende de você. Na hora em que se decide o Senhor lhe dá a graça e a possibilidade. A graça vem de Deus, mas a decisão depende de você. A graça é acionada por sua decisão de amar e de perdoar. Você decide e Deus opera. 

Decido-me a perdoar: "Vem, Espírito Santo, arranca do meu interior toda a raiz da amargura, da decepção, da tristeza, do abatimento e do desânimo. Quero perdoar minha mãe, meu pai, meus irmãos, minhas irmãs. Quero perdoar meus parentes e amigos. Eu me decido a perdoar. Eu me decido a amar. Derrama, Senhor, sobre mim o Espírito Santo e dá-me a graça da decisão de perdoar, de amar. Quero perdoar a pessoa com quem me casei, apesar de tudo aquilo que fez. Quero perdoar todas as pessoas que agora vêm à minha mente. Aqueles que me prejudicaram, me ofenderam e falavam mal de mim, de minha família... Derrama, Senhor, Teu Espírito Santo, para que meu coração seja profundamente curado e que eu possa dizer com a vida: 'Eu quero amar, eu quero ser aquilo que Deus quer, sozinho eu não posso mais...' Eu me decido a amar. Eu me decido a perdoar". 

Onde há vontade, existe um caminho. Deus espera sua decisão. 

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

01/01/2013

Inicie este novo ano de mãos dadas com Nossa Senhora


O ano litúrgico antecipa-se ao ano civil, iniciando-se com o tempo do Advento que prepara o Natal. Na oitava do Natal, a Igreja dedica o dia 1º de janeiro a Virgem Maria, “Mãe de Deus”. Este título de Maria, atribuído pelo Concílio de Éfeso (431), realça a íntima união entre a divindade e a humanidade, revelada na Encarnação de Jesus. A maternidade divina de Nossa Senhora vem, de certo modo, preencher a carência do feminino na imagem tradicional de Deus, particularmente no Antigo Testamento. Nas devoções a Maria, os fiéis buscam a face materna de Deus.
Nos Evangelhos a Santíssima Virgem ocupa um papel mais discreto na Bíblia se comparado com a tradição católica. Os dados estritamente biográficos derivados dos Evangelhos dizem-nos que era uma jovem donzela virgem, quando concebeu Jesus, o Filho de Deus. Era uma mulher verdadeiramente devota e corajosa. O Evangelho de João menciona que, antes de Jesus morrer, Maria foi confiada aos cuidados do apóstolo João e a Igreja Católica viu aí que nele estava representada toda a humanidade, filha da nova Eva.
“Eis que a virgem ficará grávida e dará à luz um filho… José fez conforme o anjo do Senhor tinha mandado e acolheu sua esposa. E, sem que tivessem mantido relações conjugais, ela deu à luz o filho. E ele pôs o nome de Jesus” (Mateus 1,23-25), “Você ficará grávida e dará à luz um filho, e lhe porá o nome de Jesus. … será chamado Filho do Altíssimo.” Maria pergunta ao anjo Gabriel: “Como acontecerá isso, se não conheço homem?” O anjo respondeu: «O Espírito Santo virá sobre você, e o poder do Altíssimo a cobrirá com a sua sombra. Assim, aquele que nascer será chamado santo, Filho de Deus.» (Lucas 1,26-35).
As passagens nas quais a Virgem Maria aparece no Novo Testamento são:
O aparecimento do arcanjo Gabriel, e anúncio de que seria ela a Mãe do Filho de Deus, o prometido Messias (cf. Lucas 1,26-56 a Lucas 2,1-52; compare com Mateus 1,2).
A visitação à sua prima Santa Isabel e o Magnificat (cf. Lc 1,39-56).
O nascimento do Filho de Deus em Belém, a adoração dos pastores e dos reis magos (Lc 2,1-20).
A Sua purificação e a apresentação do Menino Jesus no Templo (cf. Lc 2,22-38).
À procura do Menino-Deus no Templo debatendo com os doutores da Lei (cf. Lc 2,41-50).
Meditando sobre todos estes fatos (cf. Lc 2,51).
Nas bodas de casamento em Caná da Galileia (cf. João 2,1-11).
À procura de Cristo enquanto este pregava e o elogio que Lhe faz (cf. Lc 8,19-21 e Mc 3,33-35).
Aos pés da cruz quando Jesus a aponta como mãe do discípulo e a este como seu filho (cf. Jo 19,26-27).
Depois da Ascensão de Cristo aos céus, Maria era uma das mulheres que estavam reunidas com restantes discípulos no derramamento do Espírito Santo no Pentecostes e fundação da Igreja Cristã (cf. Atos 1,14; Atos 2,1-4).
Lucas é o evangelista da misericórdia e dos pobres. Em sua narrativa, são os humildes pastores que, movidos pela esperança da libertação e do resgate de sua dignidade, vão ao encontro do Recém-nascido. Maria acolhe o novo que se manifesta e, em oração, medita sobre seu significado. Em Jesus, que recebeu um nome comum em Sua época, revela-se o projeto de Deus de nos conceder a salvação por meio da humildade e da comum condição da encarnação.
Convido você a dar o primeiro passo no novo ano de mãos dadas com Nossa Senhora, a Mãe de Deus e nossa Mãe. Ela nos dá segurança, porque traz em seus braços o Príncipe da Paz. Sem o acolhimento de Nosso Salvador, o mundo celebra inutilmente o Dia Mundial da Paz e da Fraternidade Universal.
Os homens têm provado, ao longo dos séculos, que são impotentes para construir a verdadeira Paz por si mesma. Continuam poderosos apenas para multiplicar a violência e provocar mortes. Por isso, hoje é um dia de súplica universal pela Paz e pela Fraternidade, as quais somente Jesus pode nos fazer construir. E nós suplicamos confiantes, porque ora conosco – e por nós – a Mãe de Deus, aquela que deu ao mundo a nossa única e verdadeira Paz: Jesus Cristo, o Príncipe da Paz!
Maria Rainha da Paz, dai-nos a Paz!
Padre Bantu Mendonça