Padre Alexandre Paccioli
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
A Igreja é muito fiel a Jesus Cristo, e ela não teria sentido se não fosse fiel a Ele. Também precisamos confiar que nossa Igreja é muito fiel ao que Jesus disse, pois, olhando para as mulheres, Ele vê a importância delas na história da salvação e as leva a se encontrarem com o poder de Deus. Nossa Igreja oferece, a todas as mulheres, a fidelidade de Cristo.
Bento XVI é um Papa atento à mulheres. Desde o início de seu pontificado, ele destaca a importância da dimensão feminina na Igreja e na sociedade. “Existem lugares e culturas em que a mulher é discriminada ou subestimada unicamente pelo facto de ser mulher, onde se faz recurso até a argumentos religiosos e a pressões familiares, sociais e culturais para sustentar a desigualdade dos sexos, onde se perpetram atos de violência contra a mulher, tornando-a objecto de atrocidades e de exploração na publicidade e na indústria do consumo e da diversão.”
Na Carta às Mulheres de João Paulo II, há também uma frase que me chama à atenção: “Obrigado a ti, mulher, pelo simples fato de seres mulher! Com a percepção que é própria da tua feminilidade, enriqueces a compreensão do mundo e contribuis para a verdade plena das relações humanas” (Oração Extraída da carta do Papa João Paulo II às mulheres).
Queridas mulheres, o Brasil é uma escola de santos. Quantas mulheres, nesse país, têm mudado de vida, se transformado, incendiado o coração com o Espírito Santo graças a um sinal de TV e rádio que chega a elas com uma pregação, uma oração, a homilia da Santa Missa. Temos a grande responsabilidade com o nosso país, por isso peço às mulheres que não deixem de lutar, que não tenham medo de dizer 'sim' à missão que o Senhor lhes pede.
As mulheres, pelo coração tão generoso que têm, parecem ter uma rede imensa para pescar as graças de Deus. Neste encontro, é o momento de dizermos: “Eis que faço novas todas as coisas”. Vamos dar uma resposta para deus sem medo. Nós estamos num combate e vocês, mulheres, travam, no dia a dia, um combate espiritual.
Quanto tempo você se dedica, na sua vida, às coisas materiais? Quanto você se dedica aos cuidados do seu corpo, acreditando que isso vai garantir felicidade ao seu casamento? Quanto tempo você dedica às compras de roupas, sapatos? Quanto tempo você passa na academia, em casa preparando a refeição, pensado que isso vai ser suficiente para que o amor por alguém possa voltar a nascer? Tudo isso é muito importante, mas como nos diz São Paulo, “nós não lutamos segundo a carne”.
“Finalmente, irmãos, fortalecei-vos no Senhor, pelo seu soberano poder. Revesti-vos da armadura de Deus, para que possais resistir às ciladas do demônio. Pois não é contra homens de carne e sangue que temos de lutar, mas contra os principados e potestades, contra os príncipes deste mundo tenebroso, contra as forças espirituais do mal (espalhadas) nos ares. Tomai, por tanto, a armadura de Deus, para que possais resistir nos dias maus e manter-vos inabaláveis no cumprimento do vosso dever” (Efésios 6,10-13).
"As mulheres, pelo coração tão generoso, têm uma rede imensa para "pescar" as graças de Deus."
Foto: Natalino Ueda/cancaonova.com
Deus vê as coisas no fundo do coração e, por isso, travamos em nossa alma um combate contra o mundo e nossa carne. Para quem dá mais importância ao corpo e à aparência, façam a experiência de ser de dentro para fora, de atrair as pessoas pelo que vocês são, não pelo que aparentam. Revesti-vos da força de Deus.
Quero colocar toda as mulheres em maior vigilância em sua vida espirital. O demônio é esperto e as envolve numa cilada, mas vocês nem percebem. O demônio usa da nossa carne e deste mundo para armar essas batalhas contra nós.
As Armas para o combate espiritual, para que sejam vencedoras:
1ª arma: “Felizes os pobres no espírito, porque deles é o reino dos céus”. Toda mulher é chamada (tendo ou não bens) a desapegar-se de tudo.
2ª arma: “Felizes as mulheres que choram, porque serão consoladas”. Não tenham medo de chorar, queridas mulheres.
3ª arma: “Felizes as mulheres mansas, porque receberão a terra em herança”. Mansidão, esta é a palavra. Vocês não vão resolver as situações com gritos nem desequilíbrios. Sei que nossa tendência é perder a paciência, mas a escuta é um termômetro da mansidão. Muitas mulheres querem falar, mas também precisam escutar.
4ª arma: “Felizes as mulheres misericordiosas”. Quantas pensam que pela falta de perdão vão vencer as situações em suas vidas! Mas Deus disse: “Eu preciso da capacidade de perdão de vocês, pois ela vai muito além do que vocês pensam.
Querida mulher, Deus está lhe dizendo, nestas palavras, que a vida espiritual não é remar num lago, mas num mar revolto, em que vocês têm de lutar contra a correnteza. Isso acontece devido à tentação que o demônio usa contra as mulheres, como o desânimo, por exemplo.
Em nome de Jesus diga: “Eu renuncio ao desânimo”. Se ele bater à sua porta, não a abra. Se ele entrar, logo, sem perceber, você estará com depressão. O desânimo é um dos males da sociedade.
Pensem em Maria, ela teria sido a primeira mulher a desanimar. Grávida do Espírito Santo 9de quem não se ouvia falar muito naquela época), mãe solteira, com 15 anos, mais ou menos, e que deveria ser apedrejada, fora da cidade, porque já era noiva, já estava prometida em casamento. Mas ela disse 'não' ao desânimo.
5ª arma: “Felizes sereis quando vos caluniarem, quando vos perseguirem e disserem falsamente todo o mal contra vós por causa de mim. Alegrai-vos e exultai, porque será grande a vossa recompensa nos céus, pois assim perseguiram os profetas que vieram antes de vós.
Queridas, cada vez que vocês forem perseguidas, não se entristeçam, porque de vocês, mulheres de fé, é o reino dos céus.
Padre Alexandre Paciolli
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