21/08/2009

DE QUE MODO AMAS A DEUS? (Mt 22, 34-40)


Rezando e lendo o Evangelho, indo à Missa aos Domingos e Dias Santos de Guarda, pensando nas três pessoas da Santíssima Trindade, ouvindo e divulgando a sua Palavra, acreditando em Jesus. De que modo nós amamos as pessoas que fazem parte do nosso dia-a-dia na família, na escola e que são próximas a nós? Respeitando, evitando uma briga, não roubando, não prejudicando, sorrindo, cumprimentando, perdoando, tolerando, ajudando, demonstrando interesse, compreendendo, falando bem, mostrando seus erros, corrigindo, não sendo falso, mas amigo de verdade, não fazendo fofoca, não estragando as coisas dos outros, não fazendo bagunça durante às aulas, não tendo inveja e não desejando o mal a ninguém, não fazendo brincadeiras de mal gosto, obedecendo os professores e os pais, tendo pena e ajudando: os cegos, mendigos, paralíticos e outros deficientes, etc. Sendo honesto, dando esmola a um pobre, não mentindo, não sendo fingido, não caluniando, não guardando rancor, não tendo ódio, não sendo preguiçoso, não divulgando os defeitos dos outros, não ofendendo, não fazendo gozação, enfim, procurando acertar mais e errar menos, querendo para os outros exatamente o que desejamos para nós.

Cristão é aquele que vive o amor de Cristo e trabalha para construir um mundo melhor, combatendo as coisas erradas, por exemplo. O cristão cresce, ou se valoriza como pessoa, quando ele se preocupa com o verdadeiro desenvolvimento dos outros. Quando procura viver como irmão. E é esse amor fraterno que dá sentido a nossa vida e à vida das outras pessoas. Mas será que vivemos sempre esse amor fraterno? Será que no nosso dia-a-dia na família, na escola, no trabalho, nós nos esforçamos realmente para que este mundo seja melhor? Recebemos de Deus a tendência natural para fazermos o que Ele nos manda, de maneira que não podemos insurgir-nos, como se Ele nos pedisse uma coisa extraordinária, nem orgulhar-nos, como se déssemos mais do que aquilo que nos é dado. Ao recebermos de Deus o mandamento do amor, possuímos imediatamente, desde a nossa origem, a faculdade natural de amar. Não foi a partir do exterior que fomos por ela formados; e isto é evidente, porque procuramos naturalmente aquilo que é belo; sem que no-lo ensinem, amamos aqueles que nos são aparentados, pelos laços do sangue ou de uma qualquer aliança; enfim, de boa vontade damos provas de benevolência aos nossos benfeitores. Ora, haverá coisa mais admirável do que a beleza de Deus? Haverá desejo mais ardente do que a sede provocada por Deus na alma purificada, que exclama com emoção sincera: «Desfaleço de amor» (Cant 2, 5)? Esta bondade é invisível aos olhos do corpo, só podendo ser captada pela alma e pela inteligência. Sempre que iluminou os santos, deixou neles o aguilhão de um grande desejo, a ponto de eles exclamarem: «Ai de mim, que vivo no exílio» (Sl 119, 5), «Quando poderei eu chegar, para contemplar a face de Deus?» (Sl 41,3),

«Desejo partir para estar com Cristo» (Fil 1, 23) e «A minha alma tem sede do Senhor, do Deus vivo» (Sl 41, 3). É assim que os homens aspiram naturalmente ao belo.

Mas aquilo que é bom é também supremamente amável; ora, Deus é bom; portanto, se todas as coisas procuram o que é bom, todas as coisas procuram a Deus. Se o afeto dos filhos pelos pais é um sentimento natural, que se manifesta no instinto dos animais e na disposição dos homens para amarem as mães desde tenra idade, não sejamos menos inteligentes do que as crianças, nem mais estúpidos do que os animais: não nos apresentemos diante de Deus que nos criou como estrangeiros sem amor. Mesmo que não tivéssemos compreendido, pela Sua bondade, Quem Ele é, devíamos ainda assim, apenas pelo fato de termos sido criados por Ele, amá-Lo acima de tudo, e permanecer ligados à memória do que Ele é, como as crianças permanecem ligadas à memória de sua mãe pelo amor que essa lhe dedicou.

Só o amor de uma mãe pode tornar agradável a Deus a ação do homem: “Compreendo tão bem, que somente o amor pode nos tornar agradáveis ao Senhor, que isso constitui minha única ambição. O amor “é tudo.” O homem poderia fazer coisas grandiosas, mas sem o amor, permaneceriam vazias, completamente desvitalizadas como um corpo sem alma. Seu valor não depende da grandiosidade, mas do amor com o qual foram idealizadas e realizadas. O amor é o único elemento que pode plasmar e dar finalidade dignamente a todo o agir humano. “Com amor, não caminho apenas, ponho-me a voar.” Você já compreendeu que só o amor que você viver será agradável a Deus? Como você tem vivido o amor com o próximo? Você sabia que ser santo é amar? De que modo amas a Deus?

Pai, grava no meu coração o mandamento do amor a Ti e ao meu semelhante, de modo que toda a minha ação encontre seu sentido nesta dupla fidelidade.

Padre Bantu Mendonça K. Saila

Comunidade Canção Nova

20/08/2009

Onde está teu irmão ?


Onde estará aquele que eu concebi?

Confiei aos cuidados teus e agora nao está aqui?
Onde andarás o que um dia se descuidou?
Acaso os erros que cometeu são maiores que os teus?

Onde se esconde aquele que foi difamado?
Não pudeste limpar ao menos seu nome?
Olha sou eu, se ele sofre sou eu.
Falam de mim pois seu rosto é o meu.

Como receberás o sol noutro dia?
A luz te lembrará o semblante dele.
em cada manhã verás sua imagem.
Até que consoles o meu coração.
Onde está o teu irmão?

Como estará aquele que adoeceu?
Quando a infermidade chegou teu compromisso acabou?
Como andarás o que era de tua casa?
Novamente responderás: "Acaso sou eu o seu guarda?"

Braços fortes te dei, pra levantá-lo.
Meu amor eu te dei, pra aliviar a dor.
Que ele enfrentou por querer e nao ser fiel.
Mas igual a ti ele espera o céu.

Como receberás o sol noutro dia?

A luz te lembrará o semblante dele.
em cada manhã verás sua imagem.
Até que consoles o meu coração.
Onde está o teu irmão?

19/08/2009

Quaresma de São Miguel Arcanjo


Como fazer a Quaresma:

Providenciar um altar para São Miguel com uma imagem ou uma estampa.

Todos os dias:

- Acender uma vela benta.

- Oferecer uma penitência.

- Fazer o sinal-da-cruz.

- Rezar a oração inicial.

- Rezar a Ladainha de São Miguel

Oração inicial:

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede nosso refúgio contra a maldade e as ciladas do demônio!

Ordene-lhe Deus, instantaneamente o pedimos; e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai ao inferno a Satanás e a todos os espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas.

Amém.

Sacratíssimo Coração de Jesus! (três vezes)

Ladainha de São Miguel

SENHOR, tende piedade de nós.

JESUS CRISTO, tende piedade de nós.

SENHOR, tende piedade de nós.

JESUS CRISTO, ouvi-nos.

JESUS CRISTO, atendei-nos.

PAI CELESTE, que sois DEUS, tende piedade de nós.

FILHO REDENTOR do mundo, que sois DEUS, tende piedade de nós.

ESPÍRITO SANTO, que sois DEUS, tende piedade de nós.

SANTÍSSIMA TRINDADE, que sois um só DEUS, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.

São Miguel, rogai por nós.

São Miguel, cheio da graça de DEUS, rogai por nós.

São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.

São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.

São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do SENHOR, rogai por nós.

São Miguel, porta-estandarte da SANTÍSSIMA TRINDADE, rogai por nós.

São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.

São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.

São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.

São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.

São Miguel, luz dos Anjos, rogai por nós.

São Miguel, baluarte da verdadeira fé, rogai por nós.

São Miguel, força dos que combatem sob o estandarte da Cruz, rogai por nós.

São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.

São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.

São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.

São Miguel, mensageiro da sentença eterna, rogai por nós.

São Miguel, consolador das almas do Purgatório, rogai por nós.

São Miguel, a quem o SENHOR incumbiu de receber as almas depois da morte, rogai por nós.

São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.

São Miguel, nosso Advogado rogai por nós

Cordeiro de DEUS que tirais o pecado do Mundo, perdoai-nos SENHOR

Cordeiro de DEUS que tirais o pecado do Mundo, ouvi-nos SENHOR

Cordeiro de DEUS que tirais o pecado do Mundo, tende piedade de nós, SENHOR

- JESUS CRISTO ouvi-nos.

- JESUS CRISTO atendei-nos.

- Rogai por nós glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de JESUS CRISTO.

- Para que sejamos dignos das Suas promessas. Amém

Oremos

Senhor Jesus Cristo, santificai-nos por uma bênção sempre nova e concedei-nos, por intercessão de São Miguel, a sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas no Céu e a trocar os bens do tempo presente pelos bens eternos. Vós que viveis e reinais por todos os séculos dos séculos. Amém.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror do espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.

É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória.

Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa alma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

Amém.

18/08/2009

Difícil um rico entrar no Reino do Céu (Mt 19,23-30)


Depois de Jesus nos ter falado sobre o jovem rico, um estudioso da Lei, cumpre todos os parágrafos, não é desonesto, nem mentiroso, nem violento, nem adúltero, nos propõe hoje o texto que fala do perigo das riquezas. Vendo o homem, Jesus acha-o não longe do Reino do Céu por isso faz-lhe um convite a vender tudo e distribuí-lo aos pobres: se você quer ser perfeito, vá, venda tudo o que tem, e dê o dinheiro aos pobres, e assim você terá riquezas no céu. Depois venha e me siga. Porém, o conceito que ele tinha de riqueza diverge do conceito do Mestre.

Para Este a Lei é o varal da fraternidade, é resposta à Aliança gratuita e generosa oferecida por Deus. É partilha, é comunhão. Assim, se os bens não forem entendidos como dons que devem ser partilhados com os pobres não teremos direito a herdar o Reino do Céu. Veja que Jesus indica uma dificuldade real, uma necessidade de esforço penoso e não uma impossibilidade.

Ao jovem que já era fiel observante dos mandamentos, Jesus faz uma proposta radical: vender tudo, distribuir o dinheiro aos pobres e segui-lo. O jovem se retirou triste, porque era muito rico. Não teve coragem para desvencilhar-se de tudo, tornar-se discípulo e aderir ao compromisso de construir o Reino. E Jesus adverte sobre o perigo que a riqueza pode significar para a liberdade e o desenvolvimento pleno da pessoa. O Eclesiástico lembra que ela pode se tornar um forte obstáculo para a integridade (cf Eclo 32, 1-11). Certamente, a palavra de Jesus: Em verdade vos digo, dificilmente um rico entrará no Reino dos Céus. E digo ainda: é mais fácil um camelo entrar pelo buraco de uma agulha, do que um rico entrar no Reino de Deus (Mt 19, 23-24), além de alertar para o risco que corre o rico em ordem à sua salvação, alude à dificuldade para um seu engajamento mais pleno na construção do Reino, que é vida para todos, no aqui e no agora de nossa existência.

Os Padres da Igreja, dos primeiros séculos pós-catacumba, explicam que a razão da dificuldade tem a ver com minha relação com Deus, comigo mesmo, com os outros. O que entendem por rico e riqueza, não é quantidade absoluta de bens, mas situação na sociedade. Quem tem 10% dos bodes da tribo de criadores primitivos, é rico; não importa se dispõe de menos bens do que hoje vemos.

Riqueza é condição material concreta adequada do poder. Mas como o poder em si mesmo, ela em si não é má. O Senhor não condena nem os ricos nem as riquezas; mas adverte os seus discípulos do perigo que correm, se lhes entregarem o coração. Em contrapartida, a atitude desprendida de Pedro e dos outros Apóstolos é caminho certo para entrar no reino de Deus. O mundo novo que o Filho de Deus nos revelou na sua morte e ressurreição inaugurou a regeneração do Universo, em que tudo é julgado por outros critérios.

A graça de Deus pode fazer gente profundamente evangélica: Henrique II imperador da Alemanha, Luis IX rei de França, Isabel rainha de Portugal e a duquesa Edviges, cujo fundo rotativo de ajuda ao camponês encalacrado a fez padroeira de todos os endividados. Mas ser rico é risco. Risco em nossa relação com Deus, exposta a duas variantes da mesma tentação: o ateísmo prático e a idolatria.

A riqueza ameaça minha relação comigo. Os bens são nossos servos, para nossa vida e vida plena, nossa e de todos ao nosso redor, para nossa realização como pessoas, também diante de Deus. No momento em que eles não mais nos servem, mas nós servimos a eles, começa o desvio.

A riqueza me separa dos outros, afasta-me deles. Os bens deste mundo em si são bons, presentes carinhosos do Deus que quer que todos os seres humanos tenham vida e vida plena.

Que a verdade proferida por Jesus me ensine a ter um coração mais desapegado dos bens terrenos e mais rico da presença de Deus. Pois, o desapego dos bens terrenos é um caminho de sincera humildade e confiança em Deus. Pai, desapega meu coração das coisas deste mundo, livrando-me da ilusão de buscar segurança nos bens acumulados. E reforça minha fé na Providência!

17/08/2009

FALSAS DOUTRINAS: ADVENTISTAS DO 7º DIA


Os adventistas se tornaram bastante conhecidos entre nós pelos seus hospitais e seus programas radiofônicos intitulados "A voz da Profecia". Vejamos a sua origem e mensagem.

O fundador da denominação adventista é William Miller (1782-1849), camponês nascido de pais piedosos batistas. Em 1816, comparando os textos sagrados entre si, chegou à conclusão de que a segunda vinda de Cristo se daria em 1843. Com efeito, os 2300 dias mencionados em Dn 8,5-11 deveriam ser tidos como anos, que ele começava a contar a partir do retorno de. Esdras a Jerusalém, ou seja, a partir de 457 a.C. Donde 2300 - 457 = 1843. O fim do mundo, portanto, haveria de se dar, precisamente, entre 21/3/1843 e 21/3/1844; nesse período de tempo, Cristo reapareceria sobre a terra e reinaria com os santos pelo espaço de mil anos, durante os quais se daria a exaltação dos bons e a condenação dos maus, como parecia sugerido por Ap 20,6s.

Em 1842-1843 Miller realizou 120 assembléias nos campos, com a parti¬cipação global de 1500 ouvintes. A comunidade batista o excomungou. Miller tinha cinco mil discípulos em 22/10/1843.

Na verdade, porém, o prazo previsto passou sem novidade alguma... Então, o discípulo de Miller, S.S. Snow, refez o cálculo, alegando que o ano hebreu não correspondia ao ano cristão; por conseguinte, o termo exato da segunda vinda do Senhor seria o dia 22/10/1844. Foi por esta ocasião que os seguidores de Miller tomaram o nome de "adventistas". Todavia, também esta nova data decorreu sem alteração da história, e o entusiasmo de muitos discípulos se arrefeceu.

Surgiu então a figura ardorosa da sra. Ellen Gould White. Era metodista, quando aderiu à pregação de Miller e esperou a vinda de Cristo em 1844. Ellen dizia ter revelações que ela assim explicava: em 1844 se deu realmente algo de novo, não na terra, mas no céu. O santuário de que fala Dn 8,14 é o santuário celeste, do qual trata também Hb 9,11s; Jesus, naquele ano, entrou no "Santo dos santos" do céu. A sra. White dizia tê-lo visto com seus próprios olhos: podia atestar que, a partir de 22/40/1844, Jesus Cristo estava a examinar os homens defuntos, aprovando ou reprovando cada um deles. Quando essa obra gigantesca acabasse, os vivos passariam por semelhante julgamento, e o fim do mundo estaria próximo.

A tese, assim proposta pela "vidente", conseguiu convencer muita gente. Depois que Miller morreu (1848), tornou-se Ellen White a grande mestra do adventismo. Outra tese que a profetisa incutiu aos adventistas foi a da observância do sábado... Entre 1840 e 1844, alguns grupos batistas passaram a observar o sábado em lugar do domingo.

Os adventistas do sétimo dia (sabatistas) exigem a fé não somente nas Escrituras, mas também no espírito de profecia de Ellen Gould White. Eis a pergunta decisiva feita a todo candidato: "Aceita o espírito de profecia tal como se manifestou no seio da Igreja escatológica pelo ministério e os escritos de E. G. White?"

Impunha-se também aos novos crentes a abstinência de fumo e álcool, sob pena de excomunhão da Vida Eterna. A Ceia do Senhor era celebrada com suco de uva, sem álcool. Este rigorismo contribuiu para que os adventistas do sétimo dia se tornassem uma comunidade de elite, exigente e fanática, à semelhança das seitas.

À medida que os adventistas foram se organizando, as cisões se multiplicavam em seu âmbito, originando ramos diversos: adventistas evangélicos, cristãos adventistas, a Igreja de Deus, a União da Vida e do Advento, os adventistas da era vindoura...


Traços doutrinários



Os adventistas acreditam em Deus uno e trino. Aceitam Jesus como Deus e homem (à diferença das testemunhas de Jeová).


O homem é por si mortal. Mas a morte física não é senão um sono das almas. Os mortos, inconscientes como estão, ignoram por completo o que ocorre na terra. Todos os defuntos, bons e maus, permanecerão em seus túmulos até a ressurreição Os santos receberão o dom da imortalidade quando Cristo voltar, ao passo que os ímpios serão aniquilados.

O batismo é conferido, por imersão, somente aos adultos. É símbolo da conversão realizada anteriormente; não é meio eficaz de santificação.

Os adventistas do sétimo dia promovem campanhas em favor da higiene e da saúde do corpo. Chegam a distribuir livros de dietética e revistas de arte culinária ou de higiene. Tais impressos, às vezes, precedem os livros religio¬sos que os adventistas oferecem; servem, portanto, para abrir caminho ao proselitismo adventista. São banidos a carne de porco, o álcool, o café, o chá, os produtos excitantes, os narcóticos; o regime vegetariano é fortemente recomendado. O adventista que não se conforma com essas normas é excluído da comunidade; dizem-lhe que não poderá obter a Vida Eterna.

Em Síntese: a propaganda adventista é muito marcada por preceitos de higiene e pela notícia insistente de que o fim do mundo está próximo.


Uma avaliação



O adventismo pretende basear suas doutrinas sobre as Escrituras Sagradas, dando, porém, certa ênfase a proposições do Antigo Testamento, proposições estas que o cristianismo elucidou e reformulou.



Tenhamos em vista os seguintes pontos:



1) A tese de que as almas adormecem, pela morte, e se tornam inconscientes na outra vida, equivale à crença judia no cheol, região subterrânea onde se encontrariam inconscientes os bons e os maus (cf. Sl 87,11-13; Is 38,18s...). O Novo Testamento, ao contrário, ensina que, logo após a morte, o homem entra na sua sorte definitiva; os bons verão a Deus face a face (cf. FI 1,21-23; 2Cor 5,6-10; 1Jo 3,1-3... ).


2) O cálculo adventista da data do fim do mundo (1844) se apóia em interpretações fantasistas cio Livro de Daniel... Cristo não precisa de 151 anos para fazer o discernimento dos bons e dos maus (estamos em 1995!). O mundo pode durar ainda muitos séculos. O próprio Jesus se recusou a revelar aos apóstolos a data do Juízo Final; apenas quis incutir nos homens vigilância, a fim de que possam, a qualquer momento, receber o Juiz de toda a humanidade (cf. Mt 25,2;24,42.44; Mc 13,32). Por conseguinte, não é de se crer que a data do Juízo Final possa ser deduzida das Escrituras.

3) A crença num reinado milenar de Cristo sobre a terra tem suas raízes na literatura apocalíptica judaica, tendo sido professada por alguns escritores cristãos Mas, sem demora, a Igreja Católica a abandonou, consciente de que não corresponde à pregação de Cristo. Com efeito, o texto de Ap 20,6s, que faz alusão a esse reino milenar, há de ser lido sob a luz de Jo 5,25-29 (São João é o autor tanto do quarto Evangelho como do Apocalipse). Ora, naquela passagem do Evangelho, Jesus fala de duas ressurreições (cf vv. 25 e 28-29): a primeira se dá imediatamente (“já veio...”); a segunda é futura. Essas duas ressurreições correspondem à ressurreição primeira e à ressurreição segunda de Ap 20,5-7.

Significam a passagem da morte para a vida que se dá pelo batismo e pela graça santificante (ressurreição primeira) e a que ocorrerá no fim dos tempos, quando os corpos ressuscitarão, para que o homem - em corpo e alma possua a sua sorte eterna(ressurreição segunda). Entre uma e outra ressurreição, existe um intervalo de mil anos, conforme Ap 20,5-7... O número mil, aqui, designa bonança, vida... E com razão, pois viver em graça é viver desde já a Vida Eterna é, pois, viver mil anos (segundo o simbolismo dos antigos).

4) Quanto á observação do sábado, notemos: a palavra hebraica "shabbath” significa sete e repouso, de incido que qualquer sétimo dia (na seqüência dos dias do ano) consagrado ao repouso é sábado. Os cristãos deslocaram, de um dia, a observância do repouso ou do Sétimo dia, porque foi no dia posterior ao sábado - ou no domingo - que o Senhor Jesus ressuscitou dos mortos, apresentando ao mundo a nova criatura. Observemos que esse deslocamento se deve aos próprios apóstolos, como atestam 1 Cor 16,2; At 20,7 e Ap 1,40. O próprio Deus, colocando a ressurreição de Cristo no dia seguinte ao sábado, deu a entender que o dia do Senhor, por excelência, ou o sábado dos cristãos, deveria ser deslocado de um dia.

5) A proibição de certos alimentos também é vestígio do Antigo Testamento, ultrapassado pelos textos do Novo Testamento. Estes recomendam sobriedade e mortificação, mas já não proíbem os alimentos que a Lei de Moisés, por motivos de higiene e de pureza ritual, prescrevia. Diz, por exemplo, o Senhor Jesus: "Não percebeis que tudo quanto entra de fora no homem não o pode tornar impuro, porque não penetra no coração...?" (Mc 7,18s). São Paulo, por sua vez, escreve: "Alguns impostores proíbem o uso de alimentos que o Senhor criou paia que, com ação de graças, participem deles os fiéis e aqueles que conhecem a verdade. porque tudo o que Deus criou é bom e não é para desprezar, contanto que se tome com ação de graças, pois é santificado pela palavra de Deus e pela oração” (1Tm 4,2-5).


Vemos, pois, quanto os adventistas estão longe de representar o autêntico cristianismo!

16/08/2009

ASSUNÇÃO DE NOSSA SENHORA


Todo aquele intercâmbio de vida, todo aquele diálogo de amor à luz do Espírito Santo, leva Maria a um canto de ação de graças e de louvor, inspirado no canto de Ana, a mãe de Samuel (cf. Sm 2,1-10). É que tanto lá como aqui, se realimenta a esperança dos pobres por uma intervenção de Deus Salvador. Jesus, de fato, significa - Deus Salva! A primeira parte do canto apresenta o louvor e a santificação do nome de Deus por parte de Maria. Na verdade, Deus pôs seu olhar sobre aquela humilde jovem de Nazaré, fazendo grandes coisas em seu favor. Deus exalta sua humildade, de tal modo que todas as gerações têm a obrigação de chamar a Mãe de Deus de Bem-Aventurada, ou seja, de Santa.

Assim, Jesus é concebido como a misericórdia de Deus em ação, trazendo vida para todos, restaurando a fraternidade entre os filhos de Deus.

Ao descrever a visita de Maria a Isabel, Lucas quer mostrar Maria como um modelo de solidariedade, da comunidade fiel que atende a todos os irmãos necessitados. O serviço de Maria a Deus se concretiza no serviço aos irmãos e irmãs necessitadas. Descrevendo a visita de Maria a Isabel, Lucas quer ensinar como as pequenas comunidades devem fazer para transformar a visita de Deus em serviço aos irmãos e irmãs. Nossa acolhida à Palavra de Deus concretiza-se no serviço concreto às pessoas mais carentes.

Lucas acentua a prontidão de Maria em atender ao apelo de Deus contido nas palavras do anjo. O anjo tinha lhe falado da gravidez de Isabel. Imediatamente, Maria sai de sua casa para se colocar a serviço de Isabel. De Nazaré até as montanhas de Judá são mais de 100 quilômetros de caminhada. Tal atitude de Maria frente ao apelo da Palavra quer nos ensinar que não devemos nos fechar sobre nós mesmos, atendendo apenas as pessoas que nos são conhecidas ou que estão mais perto de nós. Devemos sair de casa, e estar bem atentos e atentas às necessidades concretas das pessoas e procurar ajudar na medida de nossas capacidades e possibilidades.

Até pouco tempo Maria levava uma vida “normal”; porém, depois do grande anúncio tudo muda; só Deus sabe o que passou em seus pensamentos, talvez muitas preocupações diante de um fato tão grandioso, do qual estava participando diretamente. Porém, uma coisa é certa: ela confia no Senhor. Não ficou presa no fato em si, mas põe-se, como nos diz a leitura, a caminho.

No diálogo que teve com o anjo, ‘na anunciação’, Maria fica sabendo que também Isabel foi agraciada milagrosamente: Também Isabel, tua parenta, concebeu um filho na velhice, e este é o sexto mês para aquela que chamavam de estéril. Maria vai visitar sua parenta e ao vê-la confirma-se o que anjo já lhe havia falado.

Quando Isabel ouviu a saudação de Maria a criança lhe estremeceu no ventre e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.

Ao chegar na casa de Isabel, após uma longa viagem de pouco mais de cem quilômetros, as duas mulheres se encontram, e não só elas, também os frutos da bondade e do amor de Deus. Aqui aproveito para abrir um pequeno parêntese: Maria estava com poucos dias de gestação, e ainda assim o seu filho foi percebido por Isabel, e o ainda não nascido João Batista. Como é que podem alguns ainda colocar em dúvida se o feto não constitui ainda um ser humano, capaz de reconhecer as grandes maravilhas de Deus, mesmo que estes sejam de poucos centímetros?

Maria foi a primeira anunciadora da boa nova, junto com ela, leva a mesma alegria recebida do anjo, leva também o Cristo e o Espírito Santo. Como não querer bem a uma mulher que soube realizar a vontade do Pai? Maria é aquela que conduz Jesus até aquela família, mais tarde será ela também que pede a Jesus para que ajude os noivos nas bodas de Caná; e ainda hoje ela continua atenta as nossas necessidades, com seu olhar materno.

Diante de tudo que recebeu, ela não se exalta, mas bendiz o Senhor: Minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito exulta em Deus meu Salvador. Este canto, que Lucas colocou nos lábios de Maria, relembra o que Deus fez em Maria, a Serva do Senhor. Mas recorda também o que Deus fez pelos pobres através de Jesus. Ele inverte as falsas situações humanas no campo religioso, político e social.

Pois Sua misericórdia perdura para sempre para os que o temem. Aos que não o temem - os orgulhosos - Ele dispersou com a força do seu braço. Ele derrubou do trono os poderosos. Quanto aos humildes, submissos e oprimidos, Ele os exaltou. Ele cumulou de bens os famintos e despediu os ricos de mãos vazias. Deixemo-nos visitar por Deus! Mas estejamos atentos com a mesma sensibilidade de Isabel e João Batista. Que possamos reconhecê-lo, acolhê-lo e com Ele alegrar-se.

Pai conduza-me pelos caminhos de Maria, tua fiel servidora, cuja vida se consumou, sendo exaltada por ti. Que, como Maria, eu saiba me preparar para a comunhão plena contigo.

15/08/2009

Jesus e as crianças (Mt 19,13-15)


No Evangelho de hoje dois pontos me chamam atenção. O primeiro é o fato das crianças se sentirem atraídas por Jesus a ponto de provocar um tumulto que os próprios discípulos acharam necessário intervir, para depois serem repreendidos pelo Mestre. Este é um ponto que eu considero interessante porque se prestarmos atenção, veremos que são pouquíssimas as pessoas que têm esse “magnetismo” com as crianças.

E as características em comum nessas pessoas são: a doçura, a simplicidade, o sorriso constante, a paciência, a alegria, a jovialidade, a espontaneidade… Em todos os lugares por onde Jesus passava, multidões vinham ouvi-lo, e as crianças vinham espontaneamente para que Ele impusesse suas mãos e orasse por elas. E Jesus se deleitava com isso. Nos quadros que tentam retratar essa cena, Jesus sempre está sentado, com um olhar sereno, com cada mão sobre a cabeça de uma criança super-comportada, e mais umas 3 crianças esperando pacientemente a sua vez. Se eu fosse pintar um quadro da forma como imagino que aconteceu, seria com dezenas de crianças correndo, pulando, gritando, brincando e fazendo a maior festa em torno de Jesus, que se divertia com elas, enquanto alguns discípulos tentavam, em vão, controlar a bagunça… Jesus sempre ensinou pelo exemplo e pelas palavras. Se Ele dizia que para entrar no Reino dos Céus, deveríamos ser como crianças, então Ele próprio se fazia criança, principalmente quando estava entre crianças.

O segundo aspecto que me fez refletir foi um questionamento para tentar entender melhor a psicologia de Jesus: Por que Ele deu tanta importância às crianças, a ponto de dizer que o Reino de Deus é delas, e para quem se faz como elas? O que Jesus via nas crianças, para chegar a dizer isso? Já ouvimos muitos dizerem que a criança é espontânea; que pode ficar com raiva, mas no minuto seguinte já faz as pazes e esquece; que não vê malícia em nada; dentre tantas outras características. Qual a experiência de Jesus com as crianças? O que Jesus realmente queria transmitir aos discípulos?

Quando será que nós adultos, pais, irmãos, professores, impedimos as crianças de irem até Jesus? Isso acontece de várias maneiras. Começando da nossa casa, nós, os pais, irmãos e padrinhos das crianças, as impedimos de irem até Jesus, quando não as levamos à missa, quando não as matriculamos na catequese, quando não lhes damos bons exemplos de cristãos etc. Ah! Já sei o que você está querendo dizer. Eu mandei meu filho para a missa, sim. Matriculei minha filha na catequese, e até ensinei os dois a rezar antes de dormir. Ótimo! Mas você deu o exemplo indo à missa também, rezando na presença deles, os levou para o catecismo?

É como diz o velho ditado. Palavras sem exemplos, são tiros sem balas. Para a criança, um bom exemplo dos pais vale por mil palavras. Se seu filho nunca viu você rezando, a fé dele está condenada. Seu filho, sua filha, são seus imitadores. Eles querem, exigem que as vossas palavras sejam seguidas de exemplos. Se você diz para seu filho que ele tem de ser honesto e logo em seguida pega o telefone e fica combinando com o seu amigo como dar um desfalque na empresa, ou como fazer uma pirataria, você acha que o seu filho vai escolher ser honesto? E o professor? Quando ele impede as crianças, seus alunos, de irem até Jesus? Quando na sua indiferença a qualquer religião, ele afirma para a classe. Deus? Ah! Deus está na mente das pessoas! Ou por outro lado, quando o mestre nunca semeia uma palavra de fé para seus alunos, ou mesmo quando fala mal da Igreja ou dos padres.

No Evangelho de hoje, a criança serve de exemplo não pela inocência ou pela perfeição moral. Ela é o símbolo do ser fraco, sem pretensões sociais: é simples, não tem poder nem ambições. Principalmente na sociedade do tempo de Jesus, a criança não era valorizada, não tinha nenhuma significação social. A criança é, portanto, o símbolo do pobre marginalizado, que está vazio de si mesmo, pronto para receber o Reino de Jesus.

Pai, seja a simplicidade e a pureza de coração das crianças um exemplo no qual devo inspirar-me para ser fiel a ti e consequentemente merecer o Reino do Céu.

14/08/2009

Diga não ao divórcio e SIM ao AMOR!


Deus, que é amor e criou o homem por amor, chamou-o a amar. Criando o homem e a mulher, chamou-os ao Matrimônio a uma íntima comunhão de vida e amor entre eles, “de maneira que já não são dois, mas uma só carne.

Esta é a verdade que a Igreja proclama ao mundo sem cessar. O Papa João Paulo II dizia que “O homem se tornou “imagem e semelhança” de Deus, não somente através da própria humanidade, mas também através da comunhão das pessoas que o varão e a mulher formam desde o princípio. Tornam-se a imagem de Deus não tanto no momento da solidão quanto no momento da comunhão (Audiência geral de 14.11.1979).

A família é uma instituição de mediação entre o indivíduo e a sociedade, e nada a pode substituir totalmente. Ela mesma apoia-se, sobretudo numa profunda relação interpessoal entre o esposo e a esposa, sustentada pelo afeto e compreensão mútua. No sacramento do Matrimônio, ela recebe a abundante ajuda de Deus, que comporta a verdadeira vocação para a santidade. Queira Deus que os filhos contemplem mais os momentos de harmonia e afeto dos pais e não os de discórdia e distanciamento, pois o amor entre o pai e a mãe oferece aos filhos uma grande segurança e ensina-lhes a beleza do amor fiel e duradouro.

O testemunho fundamental acerca do valor da indissolubilidade é dado com a vida matrimonial dos cônjuges, na fidelidade ao seu vínculo, através das alegrias e das provas da vida. Mas o valor da indissolubilidade não pode ser considerado o objecto de uma mera escolha privada: ele diz respeito a um dos pontos de referência de toda a sociedade. E por isso, enquanto devem ser encorajadas quer as iniciativas que os cristãos com outras pessoas de boa vontade promovem para o bem das famílias, deve evitar-se o risco do permissivismo em questões de fundo que se referem à essência do matrimônio e da família.

A família é um bem necessário para os povos, um fundamento indispensável para a sociedade e um grande tesouro dos esposos durante toda a sua vida. É um bem insubstituível para os filhos, que hão-de ser fruto do amor, da doação total e generosa dos pais. Proclamar a verdade integral da família, fundada no matrimônio, como Igreja doméstica e santuário da vida é uma grande responsabilidade de todos.

Diante do Senhor, a mulher é inseparável do homem e o homem da mulher, diz o apóstolo Paulo (1Cor 11,11). Através do Evangelho, o homem e a mulher caminham em conjunto para o Reino. Cristo chama conjuntamente, sem os separar, homem e mulher, que Deus une e a natureza junta, fazendo-os, por uma admirável conformidade, partilhar os mesmos gestos e as mesmas funções. Pelo laço do matrimônio, Deus faz que dois seres não sejam senão um, e que um só ser seja dois, de modo que assim descubra um outro de si, sem perder a sua personalidade, nem se confundir no casal.

Mas por que é que, nas imagens que nos dá do Seu Reino, Deus faz intervir deste modo o homem e a mulher? Porque sugere Ele tanta grandeza através de exemplos que podem parecer fracos e despropositados? Irmãos, um mistério precioso esconde-se debaixo desta pobreza.

Segundo a palavra do apóstolo Paulo, « É grande este mistério, pois que é o de Cristo e da Sua Igreja» (Ef 5,32). Isto evoca o maior projeto da humanidade. O homem e a mulher puseram fim ao processo do mundo, um processo que se arrastava há séculos. Adão, o primeiro homem, e Eva, a primeira mulher, são conduzidos da árvore do conhecimento do bem e do mal para o fogo do fermento da Boa Nova. Esses olhos que a árvore da tentação fechara à verdade, abrindo-os à ilusão do mal, a luz da Boa Nova abre-os fechando-os. Essas bocas tornadas doentes pelo fruto da árvore envenenada são salvas pelo sabor.

O matrimônio “é” indissolúvel: esta prioridade exprime uma dimensão do seu próprio ser objetivo, não é um mero fato subjetivo. Por conseguinte, o bem da indissolubilidade é o bem do próprio matrimônio; e a incompreensão da índole indissolúvel constitui a incompreensão do matrimônio na sua essência. Disto deriva que o “peso” da indissolubilidade e os limites que ela comporta para a liberdade humana mais não são do que o reverso, por assim dizer, da medalha em relação ao bem e às potencialidades inerentes à instituição matrimonial como tal. Nesta perspectiva, não tem sentido falar de imposição por parte da lei humana, porque ela deve refletir e tutelar a lei natural e divina, que é sempre verdade libertadora (cf. Jo 8, 32).

Esta verdade acerca da indissolubilidade do matrimónio, como toda a mensagem cristã, destina-se aos homens e às mulheres de todos as épocas e lugares. Para que isto se realize, é preciso que esta verdade seja testemunhada pela Igreja e, sobretudo, pelas famílias individualmente, enquanto “igrejas domésticas”, nas quais marido e esposa se reconhecem reciprocamente unidos para sempre, com um vínculo que requer um amor sempre renovado, generoso e pronto para o sacrifício.

Não nos podemos deixar vencer pela mentalidade divorcista: impede-o a confiança nos dons naturais e sobrenaturais de Deus ao homem. A atividade pastoral deve apoiar e promover a indissolubilidade. Os aspectos doutrinais devem ser transmitidos, esclarecidos e defendidos, mas são ainda mais importantes as ações coerentes. Quando um casal atravessa dificuldades, a compreensão dos Pastores e dos outros fiéis deve ser acompanhada da clareza e da fortaleza ao recordar que o amor conjugal é o caminho para resolver positivamente a crise. Precisamente porque Deus os uniu mediante um vínculo indissolúvel, marido e esposa, usando todos os seus recursos humanos com boa vontade, mas, sobretudo confiando na ajuda da graça divina, podem e devem sair dos momentos de perturbação renovados e fortalecidos.

Padre Bantu Mendonça K. Sayla

Comunidade Canção Nova

13/08/2009

Com Jesus temos tudo.


Creio que para Deus tudo é possível e que Ele se incumbe de transformar todas as situações em bem.

“Mostre-me, Senhor, Sua face. Venha depressa, escute o meu clamor e conceda-me a graça de viver da fé” (Salmo 102, 3). O inimigo tenta nos desanimar e investe noite e dia contra nossas vidas, mas nós devemos entregar tudo o que vivemos ao Senhor, porque somente n’Ele está a nossa vitória! As nações verão a glória de Deus. A Palavra nos diz:

“Pois o Senhor se inclinou do alto do seu santuário, dos céus olhou para a terra, para ouvir os gemidos dos cativos e libertar os condenados à morte” (Salmo 102, 20-21).

A oração precisa brotar do fundo do nosso coração, ainda que estejamos tristes, angustiados ou no desespero. Mesmo que constantemente você ouça que para o seu caso não há solução, não se esqueça de acreditar que tudo é possível ao Senhor; todo aquele que crê n’Ele não está desamparado.

A fé nos leva a superar qualquer obstáculo que possa aparecer na nossa vida, a transpor qualquer montanha e a superar qualquer problema.

É a fé em Jesus que nos sustenta enquanto vivemos. Às vezes, somos tentados a querer fazer todas as coisas somente pela nossa força humana e acabamos por nos decepcionar. Mas quando nos deixamos guiar pela fé, somos capazes de olhar além das nossas limitações e das situações, de modo que atraímos os favores de Deus, porque nos tornamos agradáveis a Ele e nos abrimos à Sua vontade.

Não podemos nos abater diante das situações, porque o Senhor é bom para os que n’Ele confiam.

“Eu vos exaltarei, Senhor, porque me livrastes; não permitistes que exultassem sobre mim meus inimigos. Senhor, meu Deus, clamei a vós e fui curado” (Salmo 29/30, 2-3).

Com a coragem da fé, podemos viver este dia de maneira diferente: Se no nosso trabalho, comunidade ou pastoral da qual participamos, na escola, entre outros, há intrigas e divisões, podemos ser sinal de unidade. Da mesma forma podemos ser esse sinal na nossa família e em todas as áreas da nossa vida.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago

(Comunidade Canção Nova)

12/08/2009

Um MAL chamado ESPIRITISMO

O Concílio Vaticano II chamou os leigos a participarem ativamente da vida da Igreja. Através do Decreto Apostolicam Actuositatem pede:

"Grassando na nossa época gravíssimos erros que ameaçam inverter profundamente a religião, este Concílio exorta de coração todos os leigos que assumam mais conscientemente suas responsabilidades na defesa dos princípios cristãos"(AA,6).

Em que pese a doutrina da Igreja, bem como a sua Tradição e o seu Magistério, mostrarem a radical incompatibilidade entre o Cristianismo e o espiritismo, muitos "católicos", fracos na fé e pouco conhecedores da doutrina, teimam em persistir neste sincretismo perigoso. Vão à missa e ao culto espírita, como se isto não fosse proibido pela fé católica.

É preciso ficar bem claro que o espiritismo (bem como suas derivações) contradiz "frontalmente" a doutrina católica em muitos pontos, sendo, portanto, impossível a um católico ser também espírita.


Em 1953, os Bispos do Brasil disseram que o espiritismo é o desvio doutrinário "mais perigoso" para o país, uma vez que "nega não apenas uma ou outra verdade da nossa fé, mas todas elas, tendo, no entanto, a cautela de dizer-se cristão, de modo a deixar , a católicos menos avisados, a impressão erradíssima de ser possível conciliar catolicismo com espiritismo" ( Espiritismo, orientação para os católicos, D.Boaventura Kloppenburg, Ed. Loyola, 5ªed, 1995,pag.11).

Muitas passagens da Bíblia comprovam o que está dito acima. A principal delas é a que está no livro do Deuteronômio:

"Não se ache no meio de ti quem faça passar pelo fogo seu filho ou sua filha [magia negra], nem quem se dê à adivinhação, à astrologia, aos agouros, ao feitichismo, à magia, ao espiritismo, à adivinhação ou à evocação dos mortos, porque o Senhor, teu Deus, abomina aqueles que se dão a essas práticas..." (Deutr 18,9-13).

Essas palavras da Bíblia são muito claras e fortes e não deixam dúvida sobre a proibição "radical" de Deus a todas as formas de ocultismo e busca de poder ou de conhecimento fora da vontade de Deus. E isto é um perigo para a vida cristã, porque "contamina" a alma. Deus "abomina" aqueles que se dão a essas práticas, diz a Palavra de Deus. Abomina quer dizer, detesta, odeia, rejeita. Não consigo imaginar nada pior nesta vida do que uma pessoa ser abominável a Deus, por própria culpa.


O livro do Levítico traz a mesma condenação:

"Não vos dirijais aos espíritas nem aos adivinhos: não os consulteis para que não sejais contaminados por eles" (Lev 19,31).

Essa "contaminação" espiritual é perigosa para o cristão. Por se tratar de um pecado grave, essa prática o coloca sob a influência e dependência do mundo tenebroso dos demônios.

A primeira conseqüência para a pessoa que se dá a essas práticas proibidas, é um "esfriamento" espiritual. Começa a esfriar na fé, deixa a oração, os sacramentos, e torna-se fraco na fé, na esperança e na caridade, até, digamos, morrer espiritualmente.

Se você entra num ambiente espírita, de macumba, candomblé, etc, mesmo que seja apenas por curiosidade, "sem maldade", você está pecando e colocando-se sob o jugo do demônio. Neste assunto, é a "curiosidade" que leva muitos católicos ao pecado.

Sabemos que o demônio pode se fazer presente nesses ambientes, já que a Igreja nos garante que nenhum "espírito" dos mortos anda perambulando pelo mundo e, muito menos "baixando" em lugar algum. Os espíritos que baixam nesses "centros", se baixam, são certamente espíritos malignos.

Repete a Palavra de Deus, pelo livro do Levítico:

"Se alguém se dirigir aos espíritas ou aos adivinhos para fornicar com eles, voltarei o meu rosto contra esse homem..." (Lev 20,6).

Por "adivinhos" devemos entender todas as formas de se buscar o conhecimento de realidades ocultas, conhecer o futuro, etc. Entre essas práticas estão, entre outras, a invocação dos mortos ( necromancia ), a leitura das mãos (quiromancia), a astrologia, os búzios, cartomancia, consultas aos cristais, tarôs, numerologia, etc.

Uma verdade bíblica que todo católico precisa saber, é o que disse São Paulo aos coríntios:

"As coisas que os pagãos sacrificam, sacrificam-nas aos demônios e não a Deus. E eu não quero que tenhais comunhão com os demônios. Não podeis beber ao mesmo tempo o cálice do Senhor e o cálice dos demônios. Não podeis participar ao mesmo tempo da mesa do Senhor e da mesa dos demônios. Ou quereis provocar a ira do Senhor?" (1 Cor 10,20-22).

Qual é o grande ensinamento que esta Palavra nos traz?

Que todo culto que se presta a uma entidade espiritual, é recebido ou por Deus ou por Satanás. Como os pagãos não prestam o seu culto a Deus, então, por exclusão, quem o recebe é o demônio. Daí podermos entender porque Deus abomina aqueles que se dão a essas práticas pagãs já citadas. Neste caso, Deus é rejeitado, é traído. E daí podemos entender também porque o "ambiente" fica propício à presença e manifestação do Mal.

O Antigo Testamento está repleto da "fúria" de Deus para com o seu povo eleito, quando esse povo "prevaricava", isto é, praticava a idolatria. Nessas situações, Deus abandonava o seu povo nas mãos dos seus inimigos, que os vencia nos combates, e muitas vezes os escravizava. O socorro de Deus só chegava depois que o povo se arrependia do mal que praticara. Pela boca do profeta Jeremias o Senhor diz:

"Eu os condenarei pelos males que cometeram, por me haverem abandonado, ofertando incenso a outros deuses e adorando a obra de suas mãos" (Jer 1,16).

"Ó céus, plasmai, tremei de espanto e horror ...

Porque o meu povo cometeu uma grande perversidade: abandonou-me, a mim, fonte de água viva, para cavar cisternas, cisternas fendidas que não retém a água"(Jer 2,11-13). E o povo de Deus tinha plena consciência de que era a prática da idolatria que atraia sobre ele os castigos:

"Porque decretou o Senhor contra nós todos esses flagelos? Qual é o pecado, qual é o crime que cometemos contra o Senhor nosso Deus? Tu lhe dirás: É que vossos pais me abandonaram - oráculo do Senhor - para correr após outros deuses, rendendo-lhes um culto e diante deles se prosternando. E porque me abandonaram e deixaram de cumprir a minha lei, e porque vós mesmos fizestes pior que vossos pais, cada qual, sem me ouvir, obstinou-se em seguir as más tendências de seus corações. Assim, expulsar-vos-ei desta terra para vos lançar numa terra que não conhecestes, nem vós, nem vossos pais. Lá, dia e noite, rendereis culto aos deuses estranhos, porque eu não vos perdoarei"(Jer16,10-13).

Os Atos dos Apóstolos, escrito por S. Lucas, contam que S. Paulo expulsou um "espírito de adivinhação" de uma moça escrava que, com suas adivinhações dava muito lucro a seus senhores. Disse S. Paulo a esse espírito de adivinhação:

"Ordeno-te em nome de Jesus Cristo que saias dela". "E na mesma hora saiu" (At 16,16-18).

É óbvio que S. Paulo não falara a um "fantasma" ou a algo inexistente, apelando para a autoridade do Nome de Jesus. São Paulo expulsou da escrava um demônio, um espírito de adivinhação que estava na moça e dava-lhe o poder de adivinhar.

Isso muitas vezes ocorre nos centros espíritas e nos terreiros de macumba. O demônio sabe se "transfigurar em anjo de luz" (II Cor 11,14), como nos alerta São Paulo. E muito católico desavisado cai nas suas armadilhas. Como ele é um anjo, embora decaído, conserva os seus poderes superiores aos nossos. Sua inteligência é muito mais perfeita que a dos homens. E ele faz também os seus "milagres". Para conferir isto com a Palavra de Deus, basta ler o que São Paulo fala na carta aos tessalonicenses:

"A manifestação do ímpio será acompanhada, graças ao poder de Satanás, de toda a sorte de portentos, sinais e prodígios enganadores. Ele usará de todas as seduções do mal com aqueles que se perdem, por não terem cultivado o amor à verdade que os teria podido salvar" ( 2 Ts 2,9-10).

O espiritismo nega pelo menos 40 verdades da fé cristã:

1 - Nega o mistério, e ensina que tudo pode ser compreendido e explicado.

2 - Nega a inspiração divina da Bíblia.

3 - Nega o milagre.

4 - Nega a autoridade do Magistério da Igreja.

5 - Nega a infalibilidade do Papa.

6 - Nega a instituição divina da Igreja.

7 - Nega a suficiência da Revelação.

8 - Nega o mistério da Santíssima Trindade.

9 - Nega a existência de um Deus Pessoal e distinto do mundo.

10 - Nega a liberdade de Deus.

11 - Nega a criação a partir do nada.

12- Nega a criação da alma humana por Deus.

13 - Nega a criação do corpo humano.

14 - Nega a união substancial entre o corpo e a alma.

15 - Nega a espiritualidade da alma.

16 - Nega a unidade do gênero humano.

17 - Nega a existência dos anjos.

18 - Nega a existência dos demônios.

19 - Nega a divindade de Jesus.

20 - Nega os milagres de Cristo.

21 - Nega a humanidade de Cristo.

22 - Nega os dogmas de Nossa Senhora (Imaculada Conceição, Virgindade perpétua, Assunção, Maternidade divina).

23 - Nega nossa Redenção por Cristo (é o mais grave! ).

24 - Nega o pecado original.

25 - Nega a graça divina.

26 - Nega a possibilidade do perdão dos pecados.

27 - Nega o valor da vida contemplativa e ascética.

28 - Nega toda a doutrina cristã do sobrenatural.

29 - Nega o valor dos Sacramentos.

30 - Nega a eficácia redentora do Batismo.

31 - Nega a presença real de Cristo na Eucaristia.

32 - Nega o valor da Confissão.

33 - Nega a indissolubilidade do Matrimônio.

34 - Nega a unicidade da vida terrestre.

35 - Nega o juízo particular depois da morte.

36 - Nega a existência do Purgatório.

37 - Nega a existência do Céu.

38 - Nega a existência do Inferno.

39 - Nega a ressurreição da carne.

40 - Nega o juízo final.

Apesar de tudo isso muitos continuam a proclamar que "o espiritismo e o Cristianismo ensinam a mesma coisa..."

Na verdade é o "joio no meio do trigo" (Mt 13,28), que o inimigo semeou na messe do Senhor. Nada como o espiritismo nega tão radicalmente a doutrina católica.

Ouçamos, finalmente, a palavra oficial da nossa Mãe Igreja, que tão bem nos ensina através do Catecismo:

"Todas as formas de adivinhação hão de ser rejeitadas: recurso a Satanás ou aos demônios, evocação dos mortos ou outras práticas que erroneamente se supõem "descobrir" o futuro. A consulta aos horóscopos, a astrologia, a quiromancia (leitura das mãos), a interpretação de presságios e da sorte, os fenômenos de visão (bolas de cristais), o recurso a médiuns escondem uma vontade de poder sobre o tempo, sobre a história e finalmente sobre os homens, ao mesmo tempo que um desejo de ganhar para si os poderes ocultos. Estas práticas contradizem a honra e o respeito que, unidos ao amoroso temor, devemos exclusivamente a Deus" (N° 2116).

"O espiritismo implica freqüentemente práticas de adivinhação ou de magia. Por isso a Igreja adverte os fiéis a evitá-lo" (N° 2117).

Os católicos que se deram a essas práticas condenadas pela Igreja podem e devem abandoná-las com urgência. Devem procurar um sacerdote, fazer uma confissão clara dos seus pecados e prometer a Deus nunca mais se dar a essas práticas.

É preciso também destruir todo material (livros, imagens, gravuras, vestes, etc) usadas e consagradas nesses cultos.

O pecado dessas práticas é contra o primeiro mandamento da Lei de Deus: "Amar a Deus sobre todas as coisas". A gravidade está no fato da pessoa ir buscar poder, fama, dinheiro, consolação, etc, num lugar e numa prática não permitida por Deus e pela Igreja. Isto ofende a Deus.

Essas práticas eram usadas na Mesopotâmia antiga, no Egito, entre os povos de Canaã, enfim, entre os pagãos, e eram terminantemente proibidas por Deus ao seu povo.

Parece que hoje, grande parte do povo, volta ao paganismo e às suas práticas idolátricas. Isto nega o Cristianismo. A Igreja, como Mãe bondosa e cautelosa não quer que os seus filhos se percam.

11/08/2009

Quem é o mais importante no Reino do Céu?


Ante a pergunta do discípulo, em três partes Jesus dividi o seu discurso. Primeira: Desmonta as grandezas dos pensamentos dos seus discípulos. Pois o Reino não é para aqueles que se fazem grandes mas sim os pequeninos. Depois Ele ameaça a quem fizer qualquer mal a um pequenino. E, por fim, fala como Deus se agrada de reaver um pequenino que estava perdido. Isso leva os discípulos de uma posição de superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizarem o poder, a vaidade, são levados a se colocarem à disposição. E Jesus faz tudo isso porque percebe a grande vontade deles em participar do Reino dos Céus!

O Evangelho conclui falando ainda que Deus se agrada mais de um pequenino que é resgatado, do que de 99 que não precisaram ser resgatados. Eis uma boa pista para quem quer agradar a Deus e garantir um bom lugar no Reino dos Céus. Ir ao encontro do irmão, da irmã, do filho, da filha, do marido ou esposa que qual ovelha perdida anda longe do rebanho e até mesmo fora de si mesmo.

Jesus dividiu o seu discurso em três partes bem claras. Primeiramente Ele tira a vontade dos discípulos serem grandes. A razão é simples. É que o Reino dos Céus é daqueles que se fazem pequeninos. Assim, todo o atentado contra eles não se deixará impune, ao ofensor. E, por fim, Deus manifesta a grande alegria que sente ao reencontrar um pequenino que estava perdido, um filho que estava morto e que agora ressuscitou, vive. Esta mensagem é para mim e para ti que somos os discípulos de hoje. Temos de nos mover dos conceitos que formamos sobre nós mesmos criados pelas posições que ocupamos dentro da igreja, que muitas vezes nos leva a nos considerarmos os melhores de todos e por isso merecedores de um lugar de distaque e consequentemente superiores, para uma posição de igualdade aos pequeninos. Ao invés de valorizaremos o poder, a vaidade, Jesus nos leva a nos colocaremos à disposição como servidores dos outros. É preciso que por exemplo eu que tomei como meu lema sacerdotal “ em tudo servir para a maior glória de Deus”, realmente me dobre e com a toalha à cintura lave os pés aos homens e mulheres despidos de sua dignidade. Jesus nos dirige estas palavras, porque percebe a grande vontade dos discípulos e hoje nossa em participar do Reino dos Céus!

Portanto, a lição prática que podemos levar conosco para a nossa vida hoje e sempre:

1) A humildade e simplicidade, ingenuidade no pecado e pureza do coração representados pela criança símbolo dos órfãos, excluídos, pobres e parginalizados pela sociedade; 2) A acolhida que se deve dar a estes excluídos condenados à comer o pão que o diabo amassou ou seja acolhida aos pequeninos; 3) E por último não só acolher, mas e, sobretudo, sair em busca dos pequeninos que se perderam, e resgatá-los.

Pai poupa-me de cair na tentação de querer fazer-me grande aos olhos do mundo, pois a verdadeira grandeza consiste em fazer-me amigo e servidor do meu próximo.