 A mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça
A mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaçaNa Carta às Famílias, escrita em 1994, no Ano da Família, o Papa João Paulo II afirmou:
 "Nos  nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados  por meios muito  poderosos parecem apostados na desagregação da família.  Muitas vezes até  parece que se procura, de todas as formas possíveis,  apresentar como  'regulares' e atraentes, conferindo-lhes externas  aparências de  fascínio, situações que, de fato, são 'irregulares'  [...]. Fica  obscurecida a consciência moral, aparece deformado o que é  verdadeiro,  bom e belo, e a liberdade acaba suplantada por uma  verdadeira e própria  escravidão" (CF, 5).
 Mostrando que a mentalidade consumista e antinatalista é uma ameaça à família, o saudoso Pontífice declara:
 "(...)  uma civilização, inspirada numa mentalidade consumista  e antinatalista,  não é uma civilização do amor e nem o poderá ser  nunca. (FC 13).
 Mostrando os riscos que o "amor livre" e o "sexo seguro" representam hoje para a família, o Santo Padre adverte:
 "O  chamado 'sexo seguro', propagandeado pela civilização  técnica, na  realidade é, sob o perfil das exigências globais da pessoa,   'radicalmente não seguro', e mais, gravemente perigoso. 
 "Sem  dúvida, contrário à civilização do amor é o  chamado 'amor livre', tanto  mais perigoso por ser habitualmente  proposto como fruto de um  sentimento 'verdadeiro', quando, efetivamente  destrói o amor. Quantas  famílias foram levadas à ruína precisamente  por causa do 'amor livre!  [...]. Mas não se tomam em  consideração todas as consequências que daí  derivam, especialmente,  quando além do cônjuge, devem pagá-los os  filhos, privados do pai ou da  mãe e condenados a serem, de fato, 'órfãos  de pais vivos' " (CF, 14).
 
Quando,  em 1994, justo no Ano da Família (pasmem!), o  Parlamento Europeu,  tristemente, reconheceu a validade jurídica dos  matrimônios entre  homossexuais, até admitindo a adoção de crianças por  eles, João  Paulo II reagiu de maneira forte e  imediata:
 "Não  é moralmente admissível a aprovação jurídica da prática  homossexual.  Ser compreensivos para com quem peca, e para com quem não é  capaz de  libertar-se desta tendência, não significa abdicar das  exigências da  norma moral [...]. Não há dúvida de que estamos diante de  uma grande e  terrível tentação" (20/02/94).
 O  pior problema, hoje, das famílias desestruturadas, não é de  ordem  financeira, mas moral. Quando os pais têm caráter, fé, ou como o  povo  diz: "tem vergonha na cara", por mais pobre que seja, será capaz  de  impedir a destruição do seu lar. São inúmeros os casais pobres,  mas  que com uma vida honesta, de trabalho e honradez, educaram muitos   filhos e formaram bons cristãos e honestos cidadãos.
 Não  consigo aceitar a desculpa de um pai ao afirmar que a sua  família se  destruiu por causa da sua pobreza. Sempre haverá alguém com  o coração  aberto para ajudar um pai trabalhador, especialmente quando  este tem filhos para criar.
 Na  Exortação Apostólica Familiaris Consórtio (Sobre a Família), o Papa  João Paulo II apontou os graves perigos que ameaçam hoje a família:
 "Não  faltam sinais de degradação preocupante de alguns  valores fundamentais:  uma errada concepção teórica e prática da  independência dos cônjuges  entre si; as graves ambiguidades acerca da  relação de autoridade entre  pais e filhos [...]. O número crescente dos  divórcios; a praga do aborto; o  recurso cada vez mais frequente à  esterilização; a instauração de uma  verdadeira e própria mentalidade  contraceptiva" (FC, 6).
 A Declaração do Rio de Janeiro sobre a Família, que traz as  conclusões do Congresso Teológico-Pastoral, realizado em 3 de outubro,  denunciou:
 
"A família está sob a mira de ataque em muitas nações. Uma  ideologia  antifamília tem sido promovida por organizações e indivíduos  que,  muitas vezes, não obedecem a princípios democráticos" (1.1).
 "Temos  testemunhado uma guerra contra a família, em nível  tanto nacional  quanto internacional. Nesta década, em Conferências das  Nações Unidas,  têm sido vistas tentativas para 'desconstruir' a  família, de forma que o  sentido de 'casamento', 'família' e  'maternidade' é agora contestado.  Tem sido estabelecida uma falsa  posição entre os direitos da família e  os de seus membros individuais.  Sob o nome de liberdade, têm sido  promovidos 'direitos sexuais'  espúrios e 'direitos de reprodução'.  Entretanto, estes direitos estão,  de fato, principalmente, a serviço do  controle populacional. São  inspiradas em teorias científicas em  descrédito, num feminismo  ultrapassado e numa mal direcionada  preocupação com o meio ambiente"  (1.2).
 "Uma  linha social-materialista, ao lado do egoísmo e da  responsabilidade,  contribui para a dissolução da família, deixando uma  multidão de vítimas  indefesas. A família está sofrendo com a  desvalorização do casamento  através do divórcio, da deserção e da  coabitação [...]. Tanto a violência  contra as mulheres aumenta, como a  violência do aborto; o infanticídio e  a eutanásia calam fundo no  coração da família. Na verdade, as famílias  de hoje estão ameaçadas por  uma sub-reptícia cultura da morte" (1.4).
 "A dissolução da família é uma das maiores causas da pobreza em muitas sociedades [...]" (1.5).
 "A  família é o 'santuário da vida'. Seu compromisso com a  proteção e a  nutrição da vida, desde o momento da concepção, é  preenchido  verdadeiramente com a paternidade responsável" (3.3).
  
 
Esses  alertas do Papa e do Congresso Teológico são  seríssimos e devem  colocar cada cristão em prontidão para uma  verdadeira cruzada em defesa  da família, ameaçada até pela ONU!