25/04/2011

O amor é o nosso tempero, a nossa medida


A Palavra meditada hoje está em Romanos 13, 8–14:

8. Não fiqueis devendo nada a ninguém… a não ser o amor que deveis uns aos outros, pois quem ama o próximo cumpre plenamente a Lei. 9. De fato, os mandamentos: “Não cometerás adultério”, “Não matarás”, “Não roubarás”, “Não cobiçarás”, e qualquer outro mandamento, se resumem neste: “Amarás o próximo como a ti mesmo”. 10. O amor não faz nenhum mal contra o próximo. Portanto, o amor é o cumprimento perfeito da Lei. 11. Sabeis em que momento estamos: já é hora de despertardes do sono. Agora, a salvação está mais perto de nós do que quando abraçamos a fé. 12. A noite está quase passando, o dia vem chegando: abandonemos as obras das trevas e vistamos as armas da luz. 13. Procedamos honestamente, como em pleno dia: nada de glutonerias e bebedeiras, nada de orgias e imoralidades, nem de contendas e rivalidades. 14. Pelo contrário, revesti-vos do Senhor Jesus Cristo e não atendais aos desejos e paixões da vida carnal.

A primeira coisa que a Palavra de hoje nos faz é nos despertar para tudo aquilo em que estamos em falta a alguém. Não devemos nada a ninguém, pois quem deve algo esta sob o “domínio” dessa pessoa. E se devemos e não pagamos, estamos lesando aquela pessoa que um dia o ajudou, fazendo o mal para quem nos fez o bem. Hoje a Palavra de Deus nos chama a despertar para a maneira como estamos pagando aqueles que um dia nos foram providência, seja num conselho, seja numa ajuda financeira, entre outros.

Em outras ocasiões, por causa de um cartão de crédito, muitas pessoas acabam se predendo a inúmeras dívidas, porque estão mergulhadas num espírito consumista. Há coisas que são indispensáveis, como o nosso sustento, mas há outras que podemos deixar para outra ocasião. Quem está vivendo envolvido nas dívidas precisa despertar para essa realidade e pedir a Deus a graça e a disposição para retomar a vida e providenciar a quitação dos credores.

A Palavra de Deus diz que não fiquemos devendo nada a ninguém, exceto o amor. Quem ama, não rouba, não cobiça, não oprime. Nós amamos quando não destruímos o outro, seja por meio de palavras, seja por meio de atos de humilhação. O amor não faz nenhum mal ao próximo, mesmo nos momentos de descontentamento, nem trama o mal contra alguém. Quem faz isso, tira a pessoa da vida social. Hoje, Deus quer nos alertar sobre tudo aquilo que tem nos anestesiado para coisas que nos levam a uma dormência.

Perdemos a sensibilidade espiritual quando caímos numa vida desregrada, tanto na gulodice como nas coisas imorais, nas contendas, etc... Tudo isso nos leva à morte. O amor é o nosso tempero, a nossa medida.

O amor nos mantém de pé e quando estamos vivendo algum desregramento, podemos ter certeza de que ali não há amor.

Podemos estar assumindo uma série de práticas que não preenchem o nosso coração. Trazemos coisas que não nos edificam, mas que nos fazem sofrer e, consequentemente, acabam por ferir aqueles que estão ao nosso lado. O objetivo da Palavra de Deus é nos levar à salvacão. E quando lemos as listas de advertência não é para colocar um jugo sobre nossos ombros, mas sim para nos despertar. Da mesma forma, Deus quer nos atentar para os nossos erros. Isso leva à inquietação e esta conduz à libertação porque você se tornou capaz de percerber que algo não estava bem em sua vida. Tudo isso se consegue pela intimidade com Deus, pela maturidade capaz de perceber a salvação cada vez mais próxima.

A salvação está mais perto de nós hoje do que estava naquele dia em que abraçamos a fé. De um modo ou de outro, teremos o encontro com Jesus Cristo. Quando perdemos alguém próximo, dói a nossa alma, mas precisamos nos conter para não questionar a Deus ou planejar vinganças. A Divina Providência nunca nos abandona e isso não se limita às coisas materiais, mas também às providências relacionadas ao amor, aos sentimentos, ao amparo e ao conforto de alguém que vive algumas tribulações.

Quem está na fé precisa sempre estar a caminho. Na vida espiritual quem não avança recua. Sabemos que os peregrinos, aqueles que estão acostumados a fazer grandes caminhadas, levam poucas coisas. Tudo aquilo que levamos a mais numa viagem longa se torna um peso desnecessário. Da mesma forma, na nossa vida não podemos colocar na nossa "mochila" a glutonaria, a contenda, a raiva, a depravação, os vícios, pois tudo isso torna a nossa existência pesada.

Disponha das coisas que são ruins, mas não abra mão do seu caráter nem das coisas que levaram tanto tempo para se conquistadas. Nesse tempo de renúncia, se desfaça das coisas que somente pesam no nosso coração. Hoje, em nome de Cristo, queremos nos revestir sem atender as paixões da vida carnal, querendo fazer apenas o bem. Não podemos fazer o mal. É o bem que devemos uns aos outros.

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