
"Certa vez, um urso faminto perambulava pela  floresta em busca de alimentos. A época era de escassez, porém, seu faro  aguçado sentiu o cheiro de comida e o conduziu a um acampamento de  caçadores. Ao chegar lá, o urso, percebendo que o local estava vazio,  foi até a fogueira ardendo em brasas e dela tirou um panelão de comida.  Quando a tina já estava fora da fogueira, o animal a abraçou com toda a  sua força e enfiou a cabeça dentro dela, devorando tudo. Enquanto  abraçava a panela, começou a perceber algo o atingindo. Na verdade, era o  calor da tina... Ele estava sendo queimado nas patas, no peito e em  todos os lugares em que a panela encostava.
O urso nunca tinha experimentado aquela sensação.  Então interpretou as queimaduras por seu corpo como uma coisa que queria  lhe tirar a comida. Começou a urrar muito alto. E quanto mais alto  rugia, mais apertava a panela quente contra seu imenso corpo. Quando os  caçadores chegaram ao acampamento, encontraram o urso recostado a uma  árvore, próximo à fogueira, segurando a tina de comida. O animal tinha  tantas queimaduras por seu corpo que, mesmo morto, ainda mantinha a  expressão de estar rugindo".
Esta  mensagem foi muito importante, pois eu percebi que isso se dá também  conosco. Por muitas vezes, abraçamos certas coisas que julgamos ser  muito importantes para nossa sobrevivência, mas que, na verdade, são  riscos para nossa própria felicidade. Algumas delas nos fazem gemer de  dor, nos queimam por fora e por dentro e, mesmo assim, nos agarramos a  elas, julgando-as essenciais.
Ficamos com medo de abandoná-las, e esse medo nos  coloca em uma situação de sofrimento e de desespero. Apertamos essas  coisas contra nossos corações e terminamos derrotados por algo que tanto  protegemos, acreditamos e defendemos. Tirei uma lição dessa história:  para que tudo dê certo em nossa vida, é necessário reconhecermos, em  certos momentos, que nem sempre o que parece ser salvação vai nos dar  condições de prosseguir. 
Como diz São Paulo: "Examinai tudo e ficai só com o que é bom".  Tenhamos a coragem e a visão que o urso não teve. Tiremos de nosso  caminho tudo aquilo que faz o coração arder de dor e não de amor. Solte a  "panela"!
Que Deus nos abençõe!

 
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