16/10/2009

A Farsa do Código da Vinci - Parte II

- Lembrando que “O Código Da Vinci” é um bestseller (já vendeu 40 milhões de exemplares), de autoria de Dan Brown, um romancista que não é historiador, norte-americano, que foi professor de inglês da Philips Exeter Academy de New Hampshire. - O filme movido por um milionário marketing deve ser visto por 800 milhões de pessoas. O seu efeito será muito maior do que o livro.

O QUE PRETENDE O AUTOR


1 - mostrar que “o Cristianismo é uma falsidade e uma impostura”, uma invenção da Igreja Católica, mantida a preço de crimes e guerras ao longo dos séculos. Criado por Constantino, e não por Jesus Cristo.

2 – Cristo não é Deus; foi feito Deus por Constantino no Concílio de Nicéia (325)


3 – questionar a veracidade histórica do Cristianismo,


4 - a confiabilidade histórica da Bíblia. Constantino queimou 80 evangelhos e reescreveu a Bíblia.


5 - a origem e o desenvolvimento da fé católica e as reais atividades dos Apóstolos.


6 - a cultura judaica- cristã é fundada em uma mentira misógina (aversão a mulheres).


7 - aproveitar o escândalo para fazer sucesso com um público carente de formação
Nota: O autor emprega a maliciosa tática de encher páginas e páginas com informações supostamente verdadeiras, mas que na verdade não têm nenhuma base religiosa, artística, histórica e cultural. Trata-se de uma ficção travestida de história.




A TRAMA DE BROWN


1 - Jesus teria sido casado com Maria Madalena, com quem teria tido uma filha; ambas teriam fugido para a França perseguidas pelos Apóstolos.


2 - Jesus teria confiado a chefia da Igreja a Madalena, mas isto teria sido silenciado pela Igreja e pelos Apóstolos ao longo dos séculos, usando para isto crimes e guerras.


3 - Na França os descendentes de Jesus e Madalena, no século V, teriam se casado com pessoas de sangue real francês dando origem à linhagem dos merovíngios, da qual nasceu o rei Godofredo de Bulhões (1099).


4 – Este rei, descendente de Jesus e Madalena, teria fundado a sociedade secreta “Irmandade do Priorado de Sião”, para proteger a “verdade” sobre Madalena e a sua descendência. Teriam criado para isto os “Cavaleiros Templários”.


5 - Esta entidade transmite seus segredos em códigos ocultos. Daí aparece a figura de Leonardo da Vinci (1452-1519), que teria sido membro do Priorado de Sião, assim como o fisico Isaac Newton, Victor Hugo e outros. As obras famosas de Da Vinci (Mona Lisa, Ultima Ceia, Homem Vitruviano, etc.) conteriam sinais e símbolos secretos do Priorado de Sião.


6- Há uma nítida tentativa do autor de jogar a mulher e o feminismo contra a Igreja, mostrando-a inimiga da mulher. A Igreja Católica, representada pelo Vaticano e pelo Opus Dei, (www.opusdei.org.br) teria assassinado cinco milhões de mulheres (bruxas) e hereges. (um absurdo histórico)


7 - O Opus Dei é apresentado como uma sociedade secreta a serviço da Igreja e que confronta o Priorado de Sião na busca do Santo Graal (sangue real).


8 - Os Cruzados teriam tentado encontrar esses documentos mas não conseguiram porque foram impedidos pelos Cavaleiros Templários, que os encontraram.





MAIS ALGUNS ERROS DO LIVRO E DO FILME


1 - Nem os evangelhos gnósticos, usados pelo autor, evangelho de Felipe e evangelho de Maria (Madalena) afirmam que Jesus era casado com Madalena e, muito menos, que teria deixado a chefia da Igreja com ela.
2 - O Opus Dei só foi fundado em 1928 por S. Josemaria Escrivá de Balaguer e nunca foi entidade secreta. 3 - A primeira instituição chamada Priorado de Sião só surgiu no ano 1100; uma Ordem monástica católica (Mosteiro de Nossa Senhora de Sião), em Jerusalém, que deixou de existir em 1617. 4 – Nenhuma literatura séria coloca Da Vinci como membro de seita secreta.


Fontes usadas:


- O Código da Vinci, Dan Brown, Ed. Sextante, SP, 2005


- A Igreja ante o Código Da Vinci, Documento do Episcopado mexicano (29mar06).


- O Opus Dei e o próximo filme “O Código da Vinci”, zenit.org 13jan06


- A Verdade por trás de “O Código da Vinci”, Richard Abanes, Ed. Rideel. SP, 2004


- Decodificando Da Vinci, Amy Welborn, Ed. Cultrix, SP


- O Pensamento Vivo de Da Vinci, Martin Claret Editores, 1986, SP

15/10/2009

A Farsa do Código da Vinci - Parte I


O livro “O Código Da Vinci” é um bestseller (já vendeu 40 milhões de exemplares), de autoria de Dan Brown, um romancista que não é historiador, norte-americano, que foi professor de inglês da Philips Exeter Academy de New Hampshire. O filme, com o mesmo nome, será lançado no mundo todo a partir de 19 de maio, por um milionário marketing; calcula-se que será visto por 800 milhões de pessoas. O seu efeito será muito maior do que o livro.

A trama do romance, que é uma ficção histórica, pretende mostrar que “o Cristianismo é uma falsidade e uma impostura”, uma invenção da Igreja Católica, mantida a preço de crimes e guerras ao longo dos séculos.


Vários objetivos são nitidamente visados pela obra, que deseja questionar: a veracidade histórica do Cristianismo, a verdadeira divindade de Jesus Cristo, a confiabilidade histórica da Bíblia, a origem e o desenvolvimento da fé católica e as reais atividades dos Apóstolos.
Deseja-se mostrar que a cultura judaico-cristã é fundada em uma mentira misógina (aversão a mulheres).

Pretende-se, na verdade, aproveitar o escândalo que o livro e o filme provocam nas pessoas para fazer sucesso com um público carente de formação religiosa, mas ao mesmo tempo ávido de fantasia e de suspense religioso.
O autor emprega a maliciosa tática de encher páginas e páginas com informações supostamente verdadeiras, mas que na verdade não têm nenhuma base religiosa, artística, histórica e cultural. Trata-se de uma ficção travestida de história.

A trama de Brown afirma que Jesus teria sido casado com Maria Madalena, com quem teria tido uma filha; ambas teriam fugido para a França por causa da perseguição dos Apóstolos, protegida porém por alguns defensores. Ali na França geraram uma descendência que teria no século V se casado com pessoas de sangue real francês dando origem à linhagem dos merovíngios, do qual surgiu o rei Godofredo de Bulhões. Este rei, descendente de Jesus e Madalena, teria fundado a sociedade secreta Irmandade do Priorado de Sião, para proteger a “verdade” sobre Madalena e a sua descendência. Esta entidade transmite seu segredos em códigos ocultos. Daí aparece a figura de Leonardo da Vinci (1452-1519), que teria sido membro do Priorado de Sião, assim como o fisico Isaac Newton e outros. As obras famosas de Da Vinci (Mona Lisa, Ultima Ceia, Homem vitruviano, etc.) conteriam sinais e símbolos secretos do Priorado de Sião.

Por exemplo, no quadro da “Santa Ceia”, pintado durante três anos numa parede do Convento de Santa Maria delle Grazie, em Milão, com nove metros de comprimento e quatro de altura, a figura junto a Cristo não seria de São João, mas de Madalena. No entanto, os peritos em arte afirmam que Leonardo quis retratar o momento no qual Cristo anuncia haver um traidor entre os discípulos.
Jesus teria confiado a chefia da Igreja a Madalena, mas isto teria sido silenciado pela Igreja e pelos Apóstolos ao longo dos séculos, usando para isto crimes e guerras; algo que não tem fundamento histórico algum.

O autor prefere confiar mais no enredo do filme “A última tentação de Cristo” do que nos sérios relatos históricos de vinte séculos de estudos bíblicos.


Nem mesmo os evangelhos gnósticos, usados pelo autor, evangelho de Felipe e evangelho de Maria (Madalena) afirmam que Jesus era casado com Madalena e, muito menos, que teria deixado a chefia da Igreja com ela.




A Igreja Católica é mostrada na obra como uma grande mentira histórica, invenção do imperador Constantino (séc IV), que teria feito do Cristianismo uma religião para todo o império, com o objetivo de unificá-lo, transformando Jesus em Deus no Concilio de Nicéia, em 325, e substituindo o culto da deusa Vênus por Cristo.

O imperador Constantino teria fundido os ensinamentos cristãos com as tradições pagãs, para que fossem mais facilmente aceitos pelo povo.
Para que tudo isso acontecesse o imperador teria mandado destruir todos os relatos evangélicos e reescrevê-los, para demonstrar a divindade e Cristo. Cerca de oitenta evangelhos teriam sido queimados. No entanto, nenhum registro dos paleontólogos e da história confirmam isto. Assim, teria sido suprimida a figura da “mulher de Jesus” nos quatro Evangelhos canônicos, e apresentada uma nova imagem de Madalena como prostituta.

A partir daí a Igreja Católica teria recusado o aspecto feminino e sexual da religião cristã.
Há uma nítida tentativa do autor de jogar a mulher e o feminismo contra a Igreja, mostrando-a inimiga da mulher. Nesta ficção histórica o autor descreve a Igreja Católica, representada pelo Vaticano e pelo Opus Dei, capaz de todo tipo de crimes, chegando a assassinar cinco milhões de mulheres (bruxas) e hereges; o que é um absurdo histórico. Em oposição à mentira e impostura do Cristianismo, o autor apresenta como verdadeira a religião dos cultos pagãos anteriores ao Cristianismo, que adoravam a divindade feminina e praticavam o sexo sagrado.

O Opus Dei é apresentado como uma sociedade secreta a serviço da Igreja e que confronta o Priorado de Sião na busca do Santo Graal (sangue real), que seria o túmulo de Maria Madalena, onde estariam outros documentos preciosos escritos por Jesus e deixados para Madalena, escondidos sob as ruínas do templo de Herodes. Quem tivesse posse desses documentos seriam poderosos. Os Cruzados teriam tentado encontrar esses documentos mas não conseguiram porque foram impedidos por um grupo de “nobres cavaleiros da verdade” chamados de Cavaleiros Templários; que estavam a serviço do Priorado de Sião.


Os Templários teriam encontrado o Santo Graal e teriam negociado com o Vaticano enormes exigências. Saiba que nesta época a Igreja não tinha a sua sede no Vaticano e sim no Palácio do Latrão, doado pelo imperador Constantino. A residência do Papa no Vaticano só foi construída muito mais tarde.
O livro é repleto de erros históricos. Os descendentes de Maria Madalena na França teriam sido protegidos contra a Igreja pela Irmandade secreta chamada Priorado de Sião, desde o século IV. No entanto, a primeira instituição com este nome só surgiu no ano 1100; uma Ordem monástica católica (Mosteiro de Nossa Senhora de Sião), em Jerusalém, que deixou de existir em 1617.



O livro quer levar a entender que é necessário a Igreja Católica reconhecer a sua impostura e os seus crimes, voltando a adorar a divindade feminina, e assim mudar a sua doutrina moral sobre a sexualidade, inclusive aceitando o sacerdócio de mulheres e outras coisas. Há muita invenção, maldade e perversão na obra. No entanto, os leitores mais despreparados podem ficar com a idéia de que a Igreja Católica, e em particular o Vaticano e o Opus Dei, é uma Instituição que não é digna de confiança. Visa-se, portanto, desprestigiar a Igreja.

Se de um lado o livro e o filme de Brown atacam pesadamente a Igreja e o Cristianismo, por outro lado abre as portas para uma evangelização junto àqueles que gostarão de saber a verdade.
Por isso é necessário estarmos preparados para apresentar as devidas explicações históricas e religiosas. Deus, como sempre faz, saberá tirar desse mal algum bem para a Igreja; ela é invencível, jamais as portas do inferno a vencerão (cf. Mt 16, 18).


Fontes:

- A Igreja ante o Código Da Vinci, Documento do Episcopado mexicano (29mar06).


- O Opus Dei e o próximo filme “O Código da Vinci”, zenit.org 13jan06


- A Verdade por trás de “O Código da Vinci”, Richard Abanes, Ed. Rideel. SP, 2004


- Decodificando Da Vinci, Amy Welborn, Ed. Cultrix, SP

- O Pensamento Vivo de Da Vinci, Martin Claret Editores, 1986, SP
- O Código da Vinci, Dan Brown, Ed. Sextante, SP, 2005

14/10/2009

Aparições de Nossa Senhora


Nossa Senhora de Aparecida


Em síntese: Em 1717 três pescadores, após frustrada tentativa de apanhar peixes no rio Paraíba do Sul perto de Guaratinguetá (SP), colheram em suas redes o corpo de uma estátua de Maria SS. e, depois, a cabeça da mesma. A este fato se seguiu farta pescaria, que surpreendeu os três homens. Tendo limpado e recomposto a imagem, expuseram-na à veneração dos fiéis em casas de família. Verificaram-se, porém, alguns portentos, que chamaram a atenção do Pe. José Alves Vilela, pároco de Guaratinguetá. Este então decidiu construir para a Santa Mãe uma capela capaz de satisfazer ao crescente número de devotos da Virgem. Tal capela foi substituída por outra maior no morro dos Coqueiros em 1745, morro que tomou o nome de “Aparecida” (hoje cidade de Aparecida do Norte). Em 1846 foi iniciada a construção de templo mais vasto, que ainda hoje subsiste. No ano de 1980 foi concluída monumental basílica, alvo de peregrinações numerosas durante o ano inteiro. Em 1930 o Brasil foi solenemente consagrado a Nossa Senhora Aparecida pelo Cardeal D. Sebastião Leme na presença do Sr. Presidente da República e de numerosas autoridades religiosas, civis e militares.

Os acontecimentos de fins de 1995 chamaram a atenção para Maria Santíssima tal como é venerada em Aparecida do Norte (SP) e no Brasil inteiro na qualidade de Padroeira do nosso país. Sabe-se que tal devoção se deve a uma pesca surpreendente cercada de fatos extraordinárias, que suscitaram a piedade dos fiéis da região de Guaratinguetá e, posteriormente, a da população de todo o Brasil. Em 1930 a Virgem Santíssima foi proclamada Padroeira do Brasil sob o título de Nossa Senhora da Conceição Aparecida (ou Nossa Senhora Imaculada em sua Conceição e Aparecida nas águas do rio Paraíba do Sul).¹

Já que versões diversas correm sobre o desenrolar dessas aparições e os atos subseqüentes, apresentaremos, a seguir, a genuína história dos eventos registrados.



1. APARIÇÃO E AS PRIMEIRAS MANIFESTAÇÕES

POPULARES (1717-1745)


Como se deu a manifestação de Nossa Senhora Aparecida?


Eis o que relatam os documentos históricos:

Em princípios do séc. XVIII lutas, por vezes sangrentas, agitavam os exploradores dos veios de ouro em Minas Gerais.


Em março de 1717, embarcou em Lisboa, com destino ao Rio, Dom Pedro de Almeida e Portugal, Conde de Assumar, que vinha substituir Dom Braz Balthasar da Silveira no governo da

Capitania de São Paulo e Minas.


Chegando ao Rio em junho de 1717, o Conde de Assumar mostrou-se logo interessado em conhecer a situação da sua capitania. Seguiu, pois, em agosto para São Paulo, sede do governo respectivo, do qual tomou posse aos 4 de setembro do mesmo ano. Em vista, porém, dos tumultos registrados em Minas por motivo das minas de ouro. Dom Pedro de Almeida e Portugal resolveu dirigir-se ao local das desordens. Partiu, portanto, de São Paulo aos 25 ou 26 de setembro de 1717, deixando como substituto nessa cidade Manoel Bueno da Fonseca, oficial de grande patente.

Após cerca de 17 dias de viagem, isto é, aos 11 ou 12 de outubro de 1717, chegava o Conde de Assumar, com sua comitiva, à região de Guaratinguetá. Entre os acontecimentos faustosos que então se deram relatam os manuscritos da época o seguinte:


“A Câmara da Vila notificou então os pescadores que apresentassem todo o peixe que pudessem haver para o dito governador.

Entre muitos, foram pescar em suas canoas Domingos Martins Garcia, João Alves e Felipe Pedroso e, principiando a lançar suas redes no porto de José Corrêa leite, continuaram até o porto de Itaguassú, distância bastante, sem tirar peixe algum. E lançando neste porto João Alves a sua rede, de rasto tirou o corpo da Senhora, sem cabeça, e, lançando mais abaixo outra vez a rede, tirou a cabeça de mesma Senhora, não se sabendo nunca quem ali a lançasse.

E, continuando a pescaria, não tendo até então peixe algum, dali por diante foi tão copiosa em poucos lances que, receosos de naufragarem pelo muito peixe que tinham nas canoas, ele e os companheiros se retiraram a suas moradas, admirados deste sucesso” (cf. Marcondes Homem de Mello, Álbum da Coroação. Brasílio Machado, A Basílica de Aparecida).

Eis o que referem os documentos mais antigos em torno do aparecimento da Virgem.


A título de ilustração, pode-se acrescentar que o porto de José Corrêa Leite, donde partiram os três mencionados pescadores, se achava à margem esquerda do rio Paraíba no bairro Tetequera (município de Pindamonhangaba). A imagem encontrada media 38 cm de altura e apresentava cor bronzeada.

Impressionados pelo fenômeno, principalmente pela pesca portentosa que se seguiu à descoberta da estátua, os três mencionados pescadores limparam com grande cuidado a imagem, e verificaram que representava Nossa Senhora da Conceição, que o povo sem demora passou a chamar “Senhora Aparecida”. Felipe Pedroso conservou a imagem em sua casa durante vários anos; por fim, resolveu dá-la a seu filho Atanásio, que morava em Itaguassú, porto onde se dera o encontro da estátua. Atanásio, movido então pela sua fé, ergueu um pequeno oratório, onde depositou a venerável efígie; aí começou o povo da vizinhança a reunir-se aos sábados à noite, a fim de rezar o santo rosário e praticar as suas devoções.

Certa vez, durante uma dessas práticas aconteceu que, embora a noite estivesse muito calma, de repente se apagaram as velas que alumiavam a imagem da Senhora. Os fiéis, querendo reacendê-las, verificaram com surpresa que elas por si, sem intervenção de alguém, se reacenderam.



Foi este o primeiro prodígio registrado em torno da Senhora Aparecida. O mesmo portento se repetiu em outras ocasiões, chegando a notícia ao conhecimento do pároco de Guaratinguetá, Pe. José Alves Vilela. O sacerdote decidiu então construir para a estátua uma capelinha mais ampla, capaz de satisfazer ao crescente número dos devotos da Virgem, a qual ia multiplicando graças a benefícios sobre os fiéis. Em breve, também essa capelinha se tornou pequena demais. Foi preciso pensar em nova construção em lugar mais elevado que a margem do rio. Escolhido o morro dos Coqueiros, o mais vistoso e acessível dos que margeiam o Paraíba, começou-se ali em 1743 a edificação de novo santuário, com a provisão do bispo do Rio de Janeiro, Dom Frei João da Cruz; aos 26 de julho de 1745, a obra terminada foi devidamente benta, dando lugar à celebração da primeira Missa. Doravante o morro e suas cercanias tomaram o nome de “Aparecida”, designação até hoje conservada. “Aparecida do Norte” é designação popular, pois a cidade fica a sudeste do Estado de São Paulo.

Entre os milagres que muito provocavam o fervor do povo, conta-se o do escravo, ocorrido por volta de 1790 e famoso nos tempos subseqüentes. Segundo a versão mais abalizada, as correntes se soltaram das mãos do escravo, quando este implorava a proteção de Nossa Senhora Aparecida diante da respectiva imagem. Eis como o refere o Pe. Claro Francisco de Vasconcelos pelo ano de 1838:


“Um escravo fugitivo, que estava sendo conduzido de volta à fazenda pelo seu patrão, ao passar pela Capela, pediu para fazer oração diante da Imagem. Enquanto o escravo estava em oração, caiu repentinamente a corrente, deixando intato o colar que prendia seu pescoço. A corrente se encontra até hoje pendente da parede do mesmo Santuário como testemunho e lembrança de que Maria Santíssima tem suprema autoridade para desatar as prisões dos pecadores arrependidos. Aquele senhor, tocado pelo milagre, ofereceu a Nossa Senhora o preço dele e o levou para casa com uma pessoa livre, a fim de amar e estimar aquele seu escravo como pessoa protegida pela soberana Mãe de Deus” (relato extraído da obra de Júlio J. Brustoloni, A Mensagem da Senhora Aparecida, Ed. Santuário, Aparecida, SP, 1994).


2. DE 1745 AOS NOSSOS DIAS:

A DEDICAÇÃO DO BRASIL À VIRGEM SS.


A nova igreja foi diversas vezes reformada e aumentada, até que em 1846 foi iniciada a construção de um templo ainda mais vasto. Os trabalhos, porém, diversas vezes interrompidos, só chegaram a termo em 1888; aos 8 de dezembro desse ano, Dom Lino Deodato de Carvalho, oitavo bispo de São Paulo, procedeu à bênção do novo santuário, que até nossos dias subsiste em Aparecida, ornado com o título de “Basílica Menor”, título concedido por S. Pio X aos 29 de abril de 1908.

Para atender aos numerosos grupos de peregrinos que afluíam ao local, o mesmo prelado obteve a vinda dos RR. PP. Redentoristas, os quais desde 1894 têm a seus cuidados o santuário e a respectiva cura pastoral.


Aos 8 de setembro de 1904, realizou-se a solene coroação de Nossa Senhora Aparecida, com a participação do Sr. Núncio Apostólico Dom Júlio Tonti, do representante do Presidente da república, do Episcopado do Brasil Meridional e de grande multidão de sacerdotes e fiéis.

Finalmente, o S. Padre Pio XI houve por bem acolher o pedido da hierarquia e dos fiéis, que desejavam fosse Nossa Senhora Aparecida proclamada Padroeira principal de todo o Brasil. Aos 16 de julho de 1930 publicava S. Santidade o seguinte “Motu proprio”:


“… Por conhecimento certo e madura reflexão Nossa, na plenitude de Nosso poder apostólico, pelo teor das presentes letras, constituímos e declaramos a mui Bem-aventurada Virgem Maria concebida sem mancha, sob o título de “Aparecida”, Padroeira principal de todo o Brasil diante de Deus. Este padroado gozará dos privilégios litúrgicos e das outras honras que costumam competir aos Padroeiros principais de lugares ou regiões. Concedendo isto para promover o bem espiritual dos fiéis no Brasil e aumentar cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que cada vez mais a sua devoção à Imaculada Mãe de Deus, decretamos que as presentes letras estejam e permaneçam sempre firmes, válidas e eficazes, surtindo seus plenos e inteiros efeitos”.


Este decreto pontifício foi publicado na Basílica de Nossa Senhora Aparecida, fazendo-se a consagração do Brasil à Virgem Ssma., com grande júbilo dos fiéis.


No ano seguinte, o mesmo ato se repetiu em termos mais solenes na capital da República. A imagem da Virgem foi, sim, entusiasticamente levada de Aparecida para o Rio de Janeiro, onde percorreu em procissão o centro da cidade aos 31 de maio de 1931. Finalmente na Esplanada do Castelo, em presença do Sr. Presidente da república, de altas autoridades civis e militares, de numerosas divisões das Forças Armadas, do Episcopado Brasileiro e de enorme multidão de fiéis, o Cardeal-Arcebispo do Rio de Janeiro proferiu o ato de consagração de todo o Brasil a Nossa Senhora Aparecida, recomendando à Excelsa Padroeira todos os interesses e as necessidades da pátria.


Este ato, que mereceu os aplausos da opinião pública em geral, estava bem na linha de venerável tradição da nação brasileira, a qual sempre mostrou especial devoção à Virgem Imaculada. Entre outros fatos expressivos dessa estima, pode-se notar que, ao proclamar a independência do Brasil, D. Pedro I, o primeiro Imperador, confirmando aliás antiga provisão de Sua Majestade o rei de Portugal do ano de 1646, declarou a Virgem da Conceição Padroeira do Brasil.


Numerosos são os relatos de milagres que tanto a imprensa como a voz do povo atribuem à Virgem Aparecida. As autoridades eclesiásticas não se empenham por definir a autenticidade de tais portentos, nem mesmo a dos episódios concernentes à aparição da Senhora Imaculada no porto de Itaguassú em 1717. Doutro lado, não vêem razão para se opor à devoção de Nossa Senhora Aparecida: ao contrário, esta tem produzido os melhores frutos, espirituais e corporais, no povo brasileiro. É por isto que os Srs. Bispos têm mesmo patrocinado e fomentado a piedade para com a Excelsa Padroeira do Brasil. Contudo, a bem da verdade, deve-se notar que tal atitude favorável é independente de qualquer pronunciamento da autoridade eclesiástica sobre a genuinidade dos prodígios que se narram em torno da Virgem e do Santuário de Aparecida.



A Santa Igreja de modo nenhum entende fazer de tais relatos matéria de fé; deixa, antes, a cada um de seus filhos a liberdade de ponderar o grau de autoridade que merecem os respectivos documentos (o que de resto não desmerece o valor de autenticidade que realmente possa caber a tais episódios).


A presença do sobrenatural em Aparecida exigiu que se empreendesse a construção de nova e mais vasta Basílica. Esta, iniciada em 1955 sob os auspícios do Cardeal Dom Carlos Carmelo de Vasconcellos Motta, estava concluída, com todas as suas capelas e quatro naves, em 1980. A área construída é de 23.000 m² e a área coberta mede 18.000 m². A lotação normal é de 45.000 pessoas, podendo a lotação máxima chegar a 70.000 pessoas. Até hoje são relatados milagres e favores de ordem física obtidos por intercessão de Nossa Senhora Aparecida em seu Santuário; todavia o que mais importa aí, são os numerosos casos de conversão espiritual e reencontro da paz interior alcançada pelo patrocínio de Maria SSma.


O fato de que a imagem da Senhora Aparecida tem a cor preta, tem sido objeto de comentários …

Na verdade, o fenômeno se explica bem pela longa permanência da estátua dentro da água do rio.

Na época da descoberta o fato não deve ter tido a repercussão e importância que hoje lhe querem atribuir.




O título “Nossa Senhora Aparecida” designa a Santíssima Mãe de Deus tal como ela apareceu na localidade do Estado de São Paulo que hoje traz o nome de
“Aparecida do Norte”
(nas proximidades de Pindamonhangaba e Guaratinguetá).

Lá Nossa Senhora se manifestou com as notas que, na arte sacra, a caracterizam como imaculada em sua conceição; daí dizer-se comumente “Nossa Senhora da Conceição Aparecida”. – A mesma Virgem Ssma., tendo-se manifestado em Fátima, é chamada

“Nossa Senhora de Fátima”; tendo aparecido em Lourdes, é dita “Nossa Senhora de Lourdes”, etc. Tais denominações não supõem diversas “Nossas Senhoras”, mas significam sempre a mesma Santa (“Santa Maria, Mãe de Deus …”), apenas invocada sob títulos diferentes.


A propósito recomenda-se a leitura do livro do
Pe. Júlio J. Brustoloni:

A Mensagem da Senhora Aparecida
,
Ed. Santuário, Rua Padre Claro Monteiro, 342, Aparecida (SP), 1994.




13/10/2009

Somos enviados por Deus!

'A arte não tem fim em si mesma, a arte tem que edificar, tem que tocar as pessoas',diz Diacono Nelsinho

No Reino de Deus, nós que temos um ministério, não somos nós que nos enviamos, é Deus quem nos envia.
E quando começa este envio nosso? Em que dia de nossas vidas fomos enviados? A partir do nosso batismo fomos enviados! Naquele dia você já recebeu a graça de ser enviado. Qual é a graça do nosso batismo, ele não somente nos purifica dos nossos pecados, mas nos faz criaturas novas, somos templos do Espírito Santo.

A Santíssima Trindade dá ao batizado a graça santificante. Nós recebemos como sementes as virtudes teologais a fé, caridade e esperança. Essas são algumas das graças que recebe o batizado. Tudo o que você recebeu no dia do batismo era uma sementinha e daquele dia em diante foi necessário que se trabalhasse a terra para que essa semente crescesse e desse frutos. Precisamos comemorar o nosso batismo, é preciso celebrar nosso batismo.

Feito membro da Igreja o batizado não pertence mais a si mesmo, mas pertence Àquele que morreu e ressuscitou por nós, logo é chamado a submeter-se aos outros, diz o Catecismo da Igreja Católica. Você que tem um ministério, você é chamado com a sua arte a submeter-se aos outros. A sua arte não está acima do que a Igreja determina. Tem grupos de dança que querem fazer algo que o padre não aceita, a sua arte deve submeter-se a liturgia da Igreja.

Nossa arte as vezes cai no ridículo, porque não se prepara bem. É preciso ter a roupa certa, ensaiar direito para que as coisas sejam feitas da forma correta. Nós temos deveres como batizados, devemos ter uma postura e há coisas na arte que não devem ser feitas. Você que é batizado é chamado a evangelizar, do jeito que você sabe falar, o que você tem partilhe, dê, pois quando somos batizados recebemos uma graça, a graça da vida nova e você é chamado a anunciar, a testemunhar a Palavra de Deus.



O artista é dotado de uma sensibilidade que o diferencia de outras pessoas. É graça dada por Deus a sensibilidade do artista. A arte é universal atinge a todos, se pegarmos uma partitura feita por músicos nossos daqui da Canção Nova, se alguém for tocar esta partitura, na África, no Japão, tocarão a mesma coisa, pois a música é universal, para a arte não tem fronteiras.

A arte não tem fim em si mesma, a arte tem que edificar, tem que tocar as pessoas. Tem uns caras que são muito inteligentes, que compõem músicas maravilhosas, mas há alguns que usam do dom e não fazem algo que preste. As expressões da arte são ligadas, por exemplo, a dança e a música trabalham em conjunto.

Nós somos enviados por Deus para expressar a nossa arte, hoje no dia de Nossa Senhora Aparecida podemos dizer que ela é exemplo para nós de simplicidade, pois por ela veio ao mundo nosso Salvador. Ela é para nós exemplo de santidade. Precisamos estar com os corações abertos, para saber que somos enviados por Deus para expressar nossa arte.

O batismo sela o cristão com uma marca indelével, ou seja, que não se apaga! Assim como Maria serviu sua prima Isabel, nossa arte também nos leva a servir aos outros. Tem ministério que assume encontros só se tiver um determinado número de pessoas, mas você tem que servir, tem que exercer seu ministério e fazer suas apresentações bem feitas independente do número de pessoas que tiver, seja para cinco pessoas ou para uma multidão, você tem que ter o mesmo ânimo para servir.


Ponha seu ministério a serviço, faça o melhor! Não é detalhe ter Nossa Senhora como referência de serviço para todo o tipo de arte, ela é para nós a referência.


Diácono Nelsinho Corrêa
Comunidade Canção Nova

12/10/2009

Dia de Nossa Senhora de Aparecida


A história de Nossa Senhora da Conceição Aparecida tem início em meados de 1717. Tudo começou com a visita de Dom Pedro de Almeida e Portugal, governador da província de São Paulo e Minas Gerais, à Vila de Guaratinguetá, caminho de Vila Rica, hoje, cidade de Ouro Preto (MG).

Convocados pela Câmara de Guaratinguetá, os pescadores Domingos Garcia, Filipe Pedroso e João Alves saíram à procura de peixes no Rio Paraíba do Sul. Desceram o rio, mas nada conseguiram. Depois de muitas tentativas sem sucesso, chegaram ao Porto Itaguaçu. João Alves lançou a rede nas águas e apanhou o corpo da imagem de Nossa Senhora da Conceição sem a cabeça. Lançou novamente a rede e apanhou a cabeça da mesma imagem. Daí em diante, os peixes chegaram em abundância para os três humildes pescadores.

Durante 15 anos seguidos, a imagem ficou com a família de Felipe Pedroso, que a levou para casa, onde as pessoas da vizinhança se reuniam para rezar. A devoção foi crescendo em meio ao povo e muitas graças foram alcançadas por aqueles que rezavam diante da imagem. A fama dos poderes extraordinários de Nossa Senhora foi se espalhando pelas regiões do Brasil. A família construiu um oratório, que logo se tornou pequeno. Por volta de 1734, o Vigário de Guaratinguetá construiu uma Capela no alto do Morro dos Coqueiros, aberta à visitação pública em 26 de julho de 1745. Mas o número de fiéis aumentava e, em 1834, foi iniciada a construção de uma igreja maior (atual Basílica Velha).

No ano de 1894, chegou a Aparecida um grupo de padres e irmãos da Congregação dos Missionários Redentoristas para trabalhar no atendimento aos romeiros que acorriam aos pés da Virgem Maria para rezar com a Senhora "Aparecida" das águas. A 8 de setembro de 1904, a Imagem de Nossa Senhora da Conceição Aparecida foi coroada, solenemente, por Dom José Camargo Barros. No dia 29 de abril de 1908, a igreja recebeu o título de Basílica Menor.

Vinte anos depois, no dia 17 de dezembro de 1928, a vila que se formara ao redor da igreja, no alto do Morro dos Coqueiros, tornou-se município. E, em 1929, Nossa Senhora foi proclamada "Rainha do Brasil e sua padroeira oficial" por determinação do Papa Pio XI. Com o passar do tempo, a devoção a Nossa Senhora Aparecida foi crescendo e o número de romeiros foi aumentando cada vez mais. A primeira Basílica tornou-se pequena.

Era necessária a construção de outro templo, bem maior, que pudesse acomodar tantos romeiros. Por iniciativa dos missionários redentoristas e dos bispos, teve início, em 11 de novembro de 1955, a construção de uma outra igreja, a atual Basílica Nova. Em 1980, ainda em construção, foi consagrada pelo Papa João Paulo ll e recebeu o título de Basílica Menor. Em 1984, a Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) declarou oficialmente a Basílica de Aparecida Santuário Nacional, "maior Santuário Mariano do mundo".

O encontro milagroso

Depois de muitos lances, João Alves, ao recolher sua rede, percebeu que ela havia apanhado alguma coisa. Surpresos, os três pescadores viram que se tratava do corpo de uma pequena imagem de barro, da qual faltava a cabeça. Tornando a lançar a rede um pouco mais abaixo, o mesmo pescador recolheu a cabeça da imagem, o que deixou a todos maravilhados. Logo reconheceram que se tratava de uma representação de Nossa Senhora da Conceição, pois a Virgem calçava a lua debaixo dos pés. Esta invocação glorifica a Virgem Santíssima enquanto concebida sem o pecado original. Escolhida para ser a Mãe do Salvador, foi Ela preservada da mancha original, pelos méritos antecipados de seu divino Filho, Jesus Cristo.

Fonte e mais sobre Nossa Senhora de Aparecida :

http://wiki.cancaonova.com/index.php/Nossa_Senhora_Aparecida

11/10/2009

Padre Fabrício: "Maria, modelo aos artistas."


Assim como foi se desgastando o valor da palavra amor, a ponto do nosso Papa escrever uma encíclica sobre este assunto para resgatar o valor dessa palavra. Um acampamento para artistas, quer ser antidoto para o esvaziamento com que se tem aplicado palavra artista. Nós modernos fomos reduzindo a um personagem, alguém que representa, que sobe no palco com luzes e microfones e depois vivi algo diferente. Fomos comercializamos o conceito da palavra artista, quando sinônimo de artista é quem tem fama e dinheiro, mudamos quando fomos prostituindo a arte e aqueles que fazem a arte. Reduzimos a um produto e ai vale de tudo para vender a minha arte, realidade de hoje.

Mas nós queremos recuperar a sacralidade que a arte tem. A arte nunca perdeu a sacralidade, o que foi perdido foi a consciência dos homens e mulheres que toda arte revela o sagrado, o que falta são olhos, sensibilidade e coração, o que falta é a perícia que os homens tem de reconhecer os rastros que o sagrado deixa por trás de cada arte.

Nós queremos recuperar por isso o tema do acampamento para artistas “em ordem de batalha” . Porque é ter a consciência que uma batalha precisa ser travada. Ajudar a recuperar nossos irmãos artistas que desacreditaram do seu ministério. Artista é todo aquele que desempenha uma tarefa ou missão com beleza e maestria. E acrescento com unção.

O que diferencia nossa arte de evangelizar de um artista que sobe no palco é a maestria com que evangelizamos. Nossa arte passa pela artista que fez bem todas as coisas, Jesus Cristo. O mesmo empenho que jesus falava para os 12, ele falava para uma multidão. O artista não se vende pela quantidade da plateia, ele se empenha pelo valor da arte que se comunica. Por isso um padre não espera ver quantas pessoas tem na plateia para dar o melhor, porque acredita na beleza daquele que comunica. É essa arte que este acampamento quer resgatar, nos que são portadores de um dom, e possuem a capacidade de transmitir o sagrado, mas não sabem o valor do dom que tem.



Precisamos ter coragem de acreditarmos no nosso dom, para acreditar que nossa música, pregação tem a força de uma bomba, para destruir o pecado, porque foi comunicado aquele que é o artista por excelência. Confiado na sua arte explodir toda estrutura do pecado, o que o PHN tem feito? O que a Canção Nova tem feito, senão ser destruir as estruturas do pecado?

Quem reconhece que Deus está entre nós, é capaz de reconhecer através de uma florzinha a arte da criação. E capaz de ligar a TV assistir um show e vendo que mais do que o artista, ver o Deus através do artista.

Enquanto a nossa evangelização de artista, se aplicar em copiar a arte secular, nossas apresentações, não passarão de mera pirataria, e perderá a autenticidade. Buscar aprender técnicas formas novas e modernas, isso é inteligência, burrice é não assumir essas técnicas, mas copiar as coisas do mundo, isto é pirataria, é contaminar o sagrado, piratas da evangelização.

Os nossos modelos não estão nas bandas seculares, estão no evangelho. Nossos modelos podem ser encontrados no simples abrir do evangelho.

Hoje eu trago um modelo, uma artista que soube evangelizar, fazer bem todas as coisas, aquela que souber trabalhar com os dons que recebeu, com originalidade, a Virgem Maria. Ela que deu um show na anunciação, nas Bodas de Cana, mas ela realizou um show maravilhoso quando chegou na casa de Isabel, foi um grande espetáculo, um grande modelo de quem realiza com beleza, maestria e unção.





Isto é uma arte cristã, uma evangelização pura. Artistas cristãos comecem a se espelhar neste grande show que ela [Maria] deu na sagrada escritura e eu duvido que sua evangelização, não irá produzir frutos Ela entrou na casa de Zacarias e saudou Isabel. Quando Isabel ouviu a saudação de Maria, a criança pulou de alegria em seu ventre, e Isabel ficou repleta do Espírito Santo.” A primeira coisa que esse modelo fez, foi saudar Isabel. Aqui faz inveja a qualquer animador, imagina, como seria se apenas como um simples saudação, comunicasse o Espírito Santo. Uma simples saudação promoveu a Experiência do Espírito.

“Com voz forte, ela exclamou: “Bendita és tu entre as mulheres e bendito é o fruto do teu ventre! Como mereço que a mãe do meu Senhor venha me visitar? Logo que a tua saudação ressoou nos meus ouvidos, o menino pulou de alegria no meu ventre.” (Lc 1,42-44) O que ressoou nos nossos ouvidos? A música, se acreditarmos na arte que nos foi dada, as pessoas ficaram cheias do Espírito. Mas se nós começarmos a copiar a arte secular correremos o risco, de não ficar conhecido como a Virgem Maria, sem dizer nada. Se continuarmos a piratear teremos que nos identificar como show católico, pois as pessoas não conseguirão perceber a unção.

Já vi muitas pregações falando como um artista perseverar no sofrimentos, mas o grande perigo não está nas humilhações e sim nos elogios.


E quando se realiza com beleza maestria os elogios vem, mas precisamos aprender com Nossa Senhora como acolher aos elogios. Veja como maria reage aos elogios: “Maria então disse: 47.“A minha alma engrandece o Senhor, e meu espírito se alegra em Deus, meu Salvador” (Lc 1,46-47) o verdadeiro artista, sabe engradecer o senhor com os elogios que recebem, o falso pregador, se engradece com os elogios e se perde.

A virgem maria sabe apontar a fonte, porque olhou para humildade de sua serva, porque o poderoso fez em sim, ela reconhece quem fez, dispersou os que tem planos orgulhosas, quantas pessoas se orgulham porque tem feito muito.


“porque ele olhou para a humildade de sua serva. Todas as gerações, de agora em diante, me chamarão feliz, 49.porque o Poderoso fez para mim coisas grandiosas. O seu nome é santo”(Lc 1,48-49) Veja como ela reage ao elogios, ela reconhece que o poder não vem dela.

“e sua misericórdia se estende de geração em geração sobre aqueles que o temem. Ele mostrou a força de seu braço: dispersou os que tem planos orgulhosos no coração.”(Lc 1,50-51) Quanta gente se orgulhou porque fez muito e foi dispersado.

“Acolheu Israel, seu servo, lembrando-se de sua misericórdia,” (Lc 1, 54) O bom artista, lembra que só é artista por misericórdia.

O que falta nas nossa pregações é consciência do que enche nossa arte de unção é o que está cheio nosso coração.


Artistas não vendam seu ministério, patrocinador nenhum pode pagar o valor do seu dom.


Ser um bom cristão é arte. O desafio que é você saia desse acampamento repleto, grávidos da arte que vem do céu. Existe uma arte do céu, que é capaz de reconhecer o rastro do sagrado.


10/10/2009

Santa Scholástica


Hoje, recordamos o testemunho daquela que foi irmã gêmea de São Bento, pai do monarquismo cristão. Ambos nasceram em 480, em Núrsia, região de Umbria, Itália.

Santa Escolástica começou a seguir Jesus muito cedo. Mulher de oração, ela sempre foi acompanhando o irmão por meio de intercessão. Depois, ao falecer seus pais, ela deu tudo aos pobres. Junto com uma criada, que era amiga de confiança e seguidora também de Cristo, foi ter com São Bento, que saiu da clausura para acolhê-la. Com alguns monges eles dialogaram e ela expressou o desejo de seguir Cristo através das regras beneditinas.

São Bento discerniu pela vocação ao ponto de passar a regra para sua irmã e ela tornou-se a fundadora do ramo feminino: as beneditinas. Não demorou muito, muitas jovens começaram a seguir Cristo nos passos de São Bento e de Santa Escolástica.

Uma vez por ano, eles se encontravam dentro da propriedade do mosteiro. Certa vez, num último encontro, a santa, com sua intimidade com Deus, teve a revelação de que a sua partida estava próxima. Então, depois do diálogo e da partilha com seu irmão, ela pediu mais tempo para conversar sobre as realidades do céu e a vida dos bem-aventurados. Mas São Bento, que não sabia do que se tratava, por causa da regra disse não. Ela, então, inclinou a cabeça, fez uma oração silenciosa e o tempo, que estava tão bom, tornou-se uma tempestade. Eles ficaram presos no local e tiveram mais tempo.



A reação de São Bento foi de perguntar o que ela havia feito e desejar que Deus a perdoasse por aquilo. Santa Escolástica, na simplicidade e na alegria, disse-lhe: “Eu pedi para conversar, você não aceitou. Então, pedi para o Senhor e Ele me atendeu”.

Passados três dias, São Bento teve a visão de uma pomba que subia aos céus. Era o símbolo da partida de sua irmã. Não demorou muito, ele também faleceu.

Santa Escolástica, rogai por nós!