30/11/2019

Como deve ser o tratamento da depressão?

Que depressão é uma doença, todo mundo já sabe. Que precisa de tratamento, todo mundo já sabe também. Talvez, o que nem todos saibam é que dentro deste transtorno, classificado como transtorno de humor, pela alteração de humor que existe nela, há uma intensidade que precisa ser levada em consideração, pois nem todos que estão vivendo um momento de rebaixamento no humor, ou seja, tristeza, está com depressão.
A tristeza faz parte de uma das emoções básicas do ser humano, por isso ela chega para todos nós! O que diferencia é o tempo de permanência dessa tristeza e a intensidade dela. Nem toda tristeza é depressão, mas todo depressivo tem rebaixamento do humor/tristeza. Sendo assim, qual seria o tratamento mais eficaz para aquelas pessoas que apresentam esse quadro?
Como deve ser o tratamento da depressão?
Foto ilustrativa: KatarzynaBialasiewicz by Getty Images
Bom! O que, normalmente, acontece são aquelas pessoas que notam a manifestação de sintomas que se enquadram nessa classe diagnóstica, seja a pessoa ou alguém próximo, e logo marca uma consulta com o psiquiatra. Alguns rejeitam a ideia inicialmente, outros aceitam e, logo, iniciam o tratamento, o que é extremamente necessário. A medicação tem uma função de reorganizar a função neurológica que se encontra desconecta neste momento, ajudando a equilibrar a produção dos neurotransmissores, pois, realmente, existe uma alteração neuroquímica que impacta diretamente na alteração do humor.
A medicação tem, então, um papel fundamental no tratamento, especialmente em casos de distúrbio depressivo maior, depressão endógena e casos de moderado a grave. A medicação terá a função de “tirar com a mão”, a dor e os pensamentos negativos.

A psicoterapia é essencial no tratamento contra a depressão

No entanto, por mais importante que a psiquiatria seja, pois só ela pode prescrever o uso da medicação, sozinha ela não chega a lugar nenhum. Se a depressão não for tratada com o auxílio da psicologia, iniciado um processo de psicoterapia, quando retirada a medicação, a pessoa, bem provavelmente, retornará ao seu quadro inicial, pois, durante o seu tempo de “alívio” devido à medicação, não aprendeu a lidar com os pensamentos negativos e a dor que eles geram.
O segredo da eficácia desse tratamento está em dedicar-se no processo psicoterápico, enquanto se usa a medicação, para aprender a lidar com seus pensamentos negativos e essa sensação de tristeza constante, para assim retirar, aos poucos, a medicação. É um tratamento que conta mais com o empenho da pessoa que vive esse quadro de depressão do que da medicação ou do psicólogo e do psiquiatra. Entender isso é crucial, para não virar escrava da medicação e a ganhar força para lidar com as questões do dia a dia.
Não tenha medo do psiquiatra nem seja resistente à medicação, apenas faça a sua parte do tratamento e verá que o resultado virá.

Autora: Aline Rodrigues

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