29/10/2019

Ter tempo é ter vida!

Em nosso cotidiano, em pleno século 21, julgando-nos superdotados por todo conhecimento e aquisições que estamos adquirindo ao longo dos séculos – automóveis, aviões, telefones, televisores, celulares, fibra ótica, ônibus espaciais com direito a viagens turísticas e tudo! –, vivemos cada vez mais e mais ocupados, de modo que vamos deixando de lado para tantas coisas, pessoas e fatos, e até mesmo tornando-nos cegos para todas elas.
Assim, aos poucos, as frases chavões do tipo: “estou tão estressado”, “ah! agora não tenho tempo!”, “depois eu faço, pois, no momento, tenho outra prioridade” vão tomando conta do nosso dia a dia sem que nos apercebamos. Ou será que não temos tido tempo para percebê-las, afinal, estamos muito estressados e atarefados para isso?!
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Foto Ilustrativa: Wesley Almeida/cancaonova.com
Quantos idosos você conhece que vivem sós e abandonados, e que estão ansiando por uma visita sua? Quantas pessoas estão aguardando um sorriso seu? Afinal, será que você tem tido tempo para sorrir?

Não podemos deixar que a nossa rotina e as novas tecnologias tirem o nosso tempo de viver

Você já parou para pensar quantas pessoas podem estar esperando que você as ouça, incentive e lhes dê uma simples palavrinha? E que para que mudem de vida podem estar dependendo disso?
Assim, vamos vivendo nossa vida sempre atarefadas, deixando de lado as pessoas, os fatos e as coisas que, realmente, têm valor. Quantas vezes deixamos de visitar, telefonar ou mesmo mandar um bilhetinho aos nossos amigos e entes queridos, porque, como sempre, “não temos tempo!”? Ou será que, na linguagem cibernética do século 21, não ter tempo é apenas uma desculpa que se convencionou utilizar para justificar a nossa falta de vontade e amor?
Quantas vezes nem sequer damos um beijo e um abraço em nossos irmãos pelo mesmo motivo; e, principalmente, quantas vezes deixamos de adorar e orar a Deus por essa mesma falsa justificativa da falta de tempo?

Afastamento de Deus

Levados por essa onda de consumismo, excesso de ocupação e de autossuficiência, onde temos de produzir, produzir e produzir – pois para que façamos parte do mundo, como os outros, temos de SER (os melhores, os mais bonitos, os mais bem sucedidos), TER (o máximo possível de coisas materiais, para que não nos sintamos inferiores aos demais), PODER (o máximo que conseguirmos para alimentar o nosso egocentrismo) -, vamos nos afastando, cada vez mais, de Deus e das pessoas.
De modo que podemos ficar horas e horas assistindo a filmes; horas a fio estudando; dias, meses e anos viajando e nos divertindo. Porém, quando se trata de Deus e de tudo que se refere a Ele, bem como ao nosso próximo, as coisas mudam! Para tal, já temos a referida resposta convencionada na ponta da língua: “Ah! Não, agora não dá!”, “Amanhã, se der, talvez”. Ou quem sabe, “quando eu me aposentar, eu….”
Assim, com a nossa sofreguidão, vamos nos tornando cada vez mais distantes, egocêntricos e alienados em relação às situações e às pessoas, principalmente em relação a Deus. E, afinal, para que serve tanta ocupação e tecnologia se estamos perdendo o verdadeiro sentido da vida? Pois sempre que me afasto de meu irmão afasto-me de Deus.
Denise Dinkel

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