Suprirei o que te falta
Cristo – Eu amo a pureza e dou toda a
santidade. Busco um coração puro para nele repousar. Prepara-me uma
grande sala mobiliada e eu farei em tua casa a Páscoa com meus
discípulos (Lc 22,11-12). Se queres que venha a ti e que permaneça em
ti, purifica-te do velho fermento (1Cor 5,7) e limpa a morada de teu
coração. Nada admitas do mundo e do tumulto do mal que te habita.
Senta-te como um pássaro solitário no teto (Sl 101,8) e pensa em tuas
faltas na amargura de tua alma. Todo ser que ama prepara para seu
bem-amado habitação excelente e magnífica: é nisto que se reconhece a
afeição ao hóspede.
Fica sabendo: não conseguirás a preparação pela qualidade de teus atos, mesmo que te prepares durante um ano sem ter outra preocupação. Só minha bondade e minha graça te permitem ter acesso à minha mesa, como um mendigo convidado à mesa do rico: o mendigo nada pode retribuir ao rico por seus benefícios. Só pode humilhar-se e agradecer. Por isso, faze o possível, faze-o com cuidado, não por hábito nem por obrigação; mas com temor, respeito e amor, recebe o Corpo de teu Senhor bem-amado que se digna vir a ti. Sou eu que amo, eu que quero assim: suprirei o que te falta. Vem receber-me.
Dá graças a teu Deus quanto te concedo a graça do fervor, não porque sejas digno, mas porque tenho piedade de ti. Se não tens fervor, mas sentes grande aridez, persiste na oração, geme e bate. Não desanimes até que mereças receber uma migalha ou uma gota da graça da salvação. És tu que tens necessidade de mim, não eu de ti. Não és tu que vens santificar-me: sou eu que venho santificar-te e melhorar-te. Tu vens ser santificado por mim e unido a mim, para receber uma graça nova e inflamar-te de novo para o teu progresso. Não negligencies esta graça: prepara teu coração com muito cuidado, depois introduz em tua casa teu bem-amado.
Não basta que te disponhas ao fervor antes da comunhão; é preciso guardar-te com cuidado depois de receber a Eucaristia. Recolher-te depois da comunhão não é menos necessário do que dispor-se a ela. Recolher-se devidamente depois é a melhor preparação para receber uma graça maior. Toda boa disposição é aniquilada se logo depois se dispersa em preocupações exteriores. Cuidado com a tagarelice, permanece no segredo (cf. Mt 6,4.6.18) e alegra-te com teu Deus. Tu o tens, e o mundo inteiro não pode privar-te dele. É a mim que deves dar-te todo inteiro, de sorte que doravante não vivas em ti, mas em mim, ao abrigo de todo cuidado.
(Extraído do livro “A imitação de Cristo”)
Fica sabendo: não conseguirás a preparação pela qualidade de teus atos, mesmo que te prepares durante um ano sem ter outra preocupação. Só minha bondade e minha graça te permitem ter acesso à minha mesa, como um mendigo convidado à mesa do rico: o mendigo nada pode retribuir ao rico por seus benefícios. Só pode humilhar-se e agradecer. Por isso, faze o possível, faze-o com cuidado, não por hábito nem por obrigação; mas com temor, respeito e amor, recebe o Corpo de teu Senhor bem-amado que se digna vir a ti. Sou eu que amo, eu que quero assim: suprirei o que te falta. Vem receber-me.
Dá graças a teu Deus quanto te concedo a graça do fervor, não porque sejas digno, mas porque tenho piedade de ti. Se não tens fervor, mas sentes grande aridez, persiste na oração, geme e bate. Não desanimes até que mereças receber uma migalha ou uma gota da graça da salvação. És tu que tens necessidade de mim, não eu de ti. Não és tu que vens santificar-me: sou eu que venho santificar-te e melhorar-te. Tu vens ser santificado por mim e unido a mim, para receber uma graça nova e inflamar-te de novo para o teu progresso. Não negligencies esta graça: prepara teu coração com muito cuidado, depois introduz em tua casa teu bem-amado.
Não basta que te disponhas ao fervor antes da comunhão; é preciso guardar-te com cuidado depois de receber a Eucaristia. Recolher-te depois da comunhão não é menos necessário do que dispor-se a ela. Recolher-se devidamente depois é a melhor preparação para receber uma graça maior. Toda boa disposição é aniquilada se logo depois se dispersa em preocupações exteriores. Cuidado com a tagarelice, permanece no segredo (cf. Mt 6,4.6.18) e alegra-te com teu Deus. Tu o tens, e o mundo inteiro não pode privar-te dele. É a mim que deves dar-te todo inteiro, de sorte que doravante não vivas em ti, mas em mim, ao abrigo de todo cuidado.
(Extraído do livro “A imitação de Cristo”)
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