Hoje gostaria de partilhar com você um ditato que diz: “Quem obedece não erra!”. Já ouviu falar? Aqui na Canção Nova, como vivemos da Providência, somos convidados a todos os dias sermos obedientes a Deus. Convido você a ser obediente ao Senhor, porque tenho certeza de que não vai errar. Pisará em terra firme, porque estará nas mãos Dele. A imagem abaixo diz tudo, não é mesmo?
Não adianta planejar, organizar e correr atrás de tudo para tentar resolver um problema sozinho e ficar desesperado. Deixe que Deus tome conta de você, que Ele tome as rédias das situações. Ele sabe o que é melhor para você. Se determinada coisa deu errado, não era para ser. Não era para acontecer. Simples assim. Agradeça e não murmure.
Nós que estamos na luta do dia a dia, precisamos cada vez mais estar com Deus para sermos conduzidos em tudo que Ele nos deu. O que Ele colocou em suas mãos para você administrar? Qual a obrigação que você tem no dia de hoje? Diante de tudo isso, você já conversou com Ele hoje? Pediu orientação e força para que você possa superar os obstáculos desse dia? Faça isso…
Amar é construir o outro, fazendo-o feliz e ajudando-o a crescer
O relacionamento de duas pessoas, sejam amigos, namorados ou casados, tem a sua base no amor mútuo, que une os dois e os faz crescer. Sem isso, qualquer relacionamento cai no vazio. Amar é construir o outro, fazê-lo feliz e fazê-lo crescer como pessoa. Mas, para isso acontecer, é preciso possuir-se; ser senhor de si mesmo; porque para amar alguém é preciso saber renunciar-se. E só pode renunciar-se a si mesmo quem aprendeu a se dominar.
As pessoas transformam o amor em egoísmo, porque não têm o domínio de si mesmas, por isso não conseguem amar verdadeiramente.
A grande crise do homem moderno é que ele dominou o macrocosmo das estrelas e o microcosmo das bactérias e dos átomos, mas perdeu o domínio de si mesmo; por isso não consegue amar realmente; continua muito egoísta.
Para que você possa amar de verdade, como Deus quer, é preciso que você caminhe "de pé", isto é, respeitando a primazia dos valores: em cima, o espírito; abaixo o racional e mais abaixo o físico. Assim você terá o controle e o comando dos seus atos e de sua vida. Se o seu corpo dominar o seu espírito, então você caminhará de cabeça para baixo.
Se você não se dominar diante da força dos instintos e das paixões, então, você se arrastará e não será capaz de amar.
Você também pode deixar de caminhar de pé se a sensibilidade comandar os seus atos, e não o espírito e a razão. É claro que a sensibilidade é importantíssima; ela nos diferencia dos animais, mas não pode ser a imperatriz dos nossos atos. Não podemos ser conduzidos apenas pelo "sentir".
Se for assim, você pode achar que uma pessoa está certa apenas porque lhe é simpática, ou muito amiga e não porque, de fato, ela tem razão.
A sensibilidade está comandando a sua vida quando você troca o sonho pela realidade, quando não se aceita a si mesmo como você é; entre outros. Para caminhar de pé é precioso que o seu espírito, fortalecido pelo Espírito Santo, comande a sensibilidade e o corpo.
A sensibilidade é bela, é ela que o faz chorar diante da dor e do sofrimento do outro, mas ela precisa ser controlada pelo espírito.
Um cavalo fogoso pode levá-lo muito longe se você tiver firme as suas rédeas; mas pode jogá-lo ao chão se não for dominado.
Por essa razão, para amar é preciso possuir-se e, para isso ocorrer, é preciso exercitar o amor. Jesus foi o que amou da melhor forma, porque tinha o domínio perfeito de si mesmo. Nunca o egoísmo falou mais alto do que o amor dentro d'Ele. Assim também foram os santos. Mas tem uma coisa que você precisa saber: Só por nossas próprias forças não poderemos caminhar de pé. Cristo nos avisou que "o espírito é forte, mas a carne é fraca". Portanto, você precisa da força de Deus para suportar a sua natureza enfraquecida pelo pecado original.
A pessoa que caminha de pé sabe pensar independentemente da opinião pública e da propaganda, sabe ser calma, tranquila e paciente, não se agita nem se desespera; não grita nem bate, vive com simplicidade e tem o pé no chão. Assim como, não despreza ninguém, sabe valorizar a todos, não é vaidosa e arrogante e não precisa de aplausos para ser feliz. E está sempre pronta para aprender e para ensinar, sabe aceitar a opinião dos outros quando esta é melhor que a sua, cultiva a verdade, tem mente de homem e coração de menino, conhece-se a si mesma como é e ama a Deus.
Enfim, a pessoa de pé é a pessoa madura que aprendeu a se dominar para poder, de fato, amar.
Eu vim trazer para vocês o testemunho de um milagre, por meio do qual uma mulher se tornou santa: a santa Gianna Beretta Molla. Ela é pouca conhecida, mas mudou a minha vida. Aconteceu comigo o milagre que a levou à canonização.
Santa Gianna foi uma médica nascida na Itália. Ela sempre teve grande vontade de morar no Brasil, porque pretendia se unir ao irmão, padre Alberto, médico e missionário em nosso país. Este, com a ajuda de Francesco, seu outro irmão, que era engenheiro, construíram um hospital na cidade de Grajaú, no Estado do Maranhão. Mas, por sua saúde frágil, ela foi desaconselhada pelo Bispo Dom Bernareggi a vir ao Brasil.
Com essa situação, a santa italiana optou pela vocação matrimonial. Ela teve quatro filhos e dois abortos naturais. Na quarta gravidez, viu-se atingida pelo sofrimento e pela dor. Apareceu-lhe um fibroma no útero. Três opções lhe foram apresentadas: retirar o útero enfermo, o que ocasionaria a morte da criança, abortar o feto, ou a mais arriscada: submeter-se a uma cirurgia de risco e preservar a gravidez.
Antes de ser operada, embora sabendo o grave perigo de prosseguir com a gestação, suplica ao cirurgião para salvar a criança e , então, entrega-se à Divina Providência e à oração. Submeteu-se à cirurgia no dia 6 de setembro de 1961. Com o feliz sucesso da operação, agradece intensamente a Deus a salvamento da vida do filho. Passa os sete meses que a distanciam do parto com admirável força de espírito e com a mesma dedicação de mãe e de médica. Receia e teme que seu filho possa nascer doente e suplica a Deus que isso não aconteça.
Alguns dias antes do parto, sempre com grande confiança na Providência Divina, demonstra-se pronta a sacrificar sua vida para salvar a do filho. Deu entrada, no hospital, para o parto na Sexta-feira da Semana Santa de 1962. Na manhã do dia seguinte, nasce Gianna Emanuela. Apenas teve a filha por breves instantes nos braços. Apesar dos esforços para salvar a vida de ambas, na manhã de 28 de abril morre santamente. Tinha 39 anos. Para a Itália, que tem o aborto como uma prática legal, a história ficou muito conhecida. Ela deu a vida pela filha e, tempo depois, se tornou beata.
"Em defesa da vida, contra o aborto, ela investiu na família"
Foto: Wesley Almeida
O Papa João Paulo II a compara com o Bom Pastor, que dá a vida pelas Suas ovelhas. Em defesa da vida, contra o aborto, ela investiu na família. E precisa de mais um milagre para se tornar santa.
Em 2000, conheci a história da beata Gianna. Eu era casada e já tinha três filhos. Nessa época, meu marido descobriu que tinha HIV. Passamos momentos difíceis, mas sempre em oração. Sempre acreditando que Deus nunca nos dá problemas que não podemos suportar. Por milagre, seis meses depois da descoberta da doença, os exames deram negativo. Nesse contexto, engravidei. No quarto mês de gestação, rompeu a minha bolsa e eu fui internada. Os médicos disseram que não havia como a criança sobreviver. Achavam que eu tinha de abortar, porque o feto, para a medicina, era considerado inviável. Naquele momento, a médica começou uma luta muito grande para que eu aceitasse [abortar] , porque corria risco de morte, mas não queria isso.
"Para espanto de todos, eu tive a minha Gianna, perfeita! Sem nenhum problema!"
Foto: Wesley Almeida
Apesar da fé que eu sempre professei, precisei fazer uma escolha. Era a minha vida que estava em risco por algo que ninguém acreditava. Mas se eu abortasse eu não estava sendo uma cristã. É muito fácil dizer que eu sou católica, mas não é fácil viver como Jesus. Eu era uma mãe com três crianças pequenas. Que mãe escolhe morrer e deixar três filhos pequenos? Confiei no Senhor!
Eu pedi a meu marido que fosse atrás de um padre para dizer a médica que a Igreja não aceita o aborto. Era no mesmo Deus ,que curou meu marido, que eu acreditava que ia salvar meu bebê! Apareceu um bispo na minha sala. Eu queria um padre, mas apareceu um bispo, o qual estava no hospital por outros motivos.
O bispo me me deu um livro da beata Gianna e rezou para que ela intercedesse pela minha cura junto a Deus a fim de que eu conseguisse o milagre para que ela se tornasse santa. Eu tomei posse e pedi para a doutora mais uma noite. Fui fazer o ultrassom, no outro dia de manhã, feliz, esperando o milagre. E, de repente, a médica disse que eu corria ainda mais riscos. Não sabia mais o que fazer para convencê-la de que eu acreditava no milagre.
À tarde, minha filha, que hoje tem 17 anos, me ligou e implorou para eu não morrer. Foi o momento mais difícil para mim. Era uma escolha muito séria. Mas eu continuei acreditando no Deus do impossível. A médica me mandou para casa e, três meses depois, no dia 31 de maio de 2000, marcou a cesariana. Eu sabia dos riscos, se ela sobrevivesse poderia ter várias sequelas. Para espanto de todos, eu tive a minha Gianna, perfeita! Sem nenhum problema! Agora, ela tem 10 anos. É esperta, muito cheia de fazer arte.
Ela não tem nenhuma sequela, porque Deus, quando faz o milagre na nossa vida, não o faz pela metade. Depois do parto, eu tive uma hemorragia muito intensa, fiquei entre à beira da morte, mas Jesus me salvou. Hoje, meu ministério é divulgar essa santa. O caso foi para o Vaticano e, em 2004, o Papa João Paulo II a canonizou. Estivemos diante do Sumo Pontífice vivendo este momento lindo. Gianna Beretta é a patrona da família!
O Senhor nos olha com grande misericórdia e amor. Ele sabe que somos um povo sofrido, pisado por satanás como se fôssemos barro. Ele sabe que o inimigo tem nos submetido ao seu trabalho infame e sujo.
Talvez, justamente por sermos tão pisados pelo maligno, acreditemos que a vida seja assim mesmo, sem alegria de sentir o amor de Deus, sempre com a sensação de sermos rejeitados, esquecidos, marginalizados, julgados, acusados e condenados. Habituamo-nos de tal forma a essa vida de miséria espiritual que isso parece ser algo normal.
O inimigo de Deus só ressalta o que é negativo e põe perante nossos olhos os erros, a sujeira, as infidelidades, os pecados, fazendo com que nos afundemos na lama de um passado irreal e inexistente. Ele faz questão de agir assim.
Mas o Senhor se compadece de Seus filhos e não quer que soframos dessa forma. Jesus está em nosso meio se condoendo da nossa situação. Não se trata de ter dó, mas sim, de sentir a nossa dor. Jesus chora em nosso meio. Ele conhece a nossa condição e sabe que a situação que vivemos é consequência da ação do maligno, que também é inimigo d'Ele. Satanás não quer que sintamos o amor do Senhor por nós. Por isso ele pisa em nós e recalca nossas mentes e pensamentos como barro.
O Senhor quer deixar claro que não é Ele quem tem agido dessa maneira conosco, mas o inimigo d'Ele. Jesus não quer mais que acreditemos que somos inferiores, incapacitados, rejeitados, não amados, condenados, acusados, mas que creiamos n'Ele. Ele está no nosso meio e estende a mão para nos tirar de sob os pés do inimigo e de seu tacão. Quer que acreditemos no amor d'Ele e saibamos que Ele não nos tem acusado. Satanás é que tem feito isso, condenando-nos, jogando em nossa cara os erros presentes e passados e fazendo-nos crer que é Cristo que tem agido assim.
Jesus quer que creiamos no Seu amor, na Sua misericórdia. Ele sabe que cometemos erros, porém, está no nosso meio para nos levantar. É nosso Irmão mais velho, Aquele que se adiantou e que cumpriu o desejo do Pai de que Ele fosse igual a nós, exceto no pecado. Está aqui no nosso meio para nos estender a mão e nos dizer que já pagou todo o preço do pecado. Cristo se faz presente no nosso meio como Salvador e Redentor. Seu nome é Jesus, que quer dizer Salvador, uma vez que Ele é a nossa salvação.
Ele mesmo nos diz:
"Quero que vocês creiam em mim e saibam que não há mais necessidade de estarem sob o fardo do pecado. Aqui estou para tirá-los da lama do pecado e do sentimento de serem acusados e condenados. Eu os amo, os aprecio e os vim salvar, esta é a minha missão. Acima de tudo e de qualquer coisa, por sobre todo erro, pecado, incapacidade e, sobretudo, aquilo que vocês foram no passado e que são agora, saibam que Eu os amo.
Não os acuso, pelo contrário, quero levantá-los e fazê-los sentir que meu amor é misericórdia, perdão, bondade, e tudo isso para que vocês cresçam. Quero trocar suas ideias. Não olhem mais para o inimigo. Desviem os olhos de tudo aquilo que o inimigo já imprimiu em suas mentes, em seus pensamentos e ideias, em suas recordações e olhem para mim. Não acreditem mais naquilo que acreditavam, porque são coisas que o maligno semeou em vocês.
Creiam em mim e no que lhes estou dizendo e fazendo em vocês e por vocês. Amo cada um de vocês e quero que essa verdade fique registrada em cada coração, no fundo do ser: 'Eu os amo!' Estou gravando isso agora no coração de cada um de vocês: Eu os amo".
Trecho do livro Curados para amar - Monsenhor Jonas Abib Comunidade Canção Nova
Os casos de traição são sempre tratados pelos filmes e novelas de maneira romântica, na tentativa de se viver um amor verdadeiro. Os protagonistas, nesses episódios, se envolvem quase sempre num jogo de sedução, no qual as justificativas para a infidelidade são muitas, como a agressividade do parceiro, o desgaste da relação, a falta de atenção do cônjuge, entre outros argumentos. Esse tema, quando tratado nas novelas, além de garantir a essas atrações televisivas muitos ponto de audiência, poluem, com fantasias, a mente dos telespectadores, os quais, muitas vezes, se revestem das razões apresentadas pela ficção. Entretanto, na vida real, os relacionamentos extraconjugais provocam sequelas muito mais profundas do que vemos nas telas, pois sempre são apresentados de modo glamoroso e fantasioso pela cinematografia.
Um relacionamento progride na cumplicidade e na confiança mútua, ainda assim, crises e diferenças de atitudes e de comportamentos, muitas vezes, geram desavenças, críticas e murmurações entre os casais. Infelizmente, como consequência dessas divergências surge o afastamento gradativo, quando estas não são trabalhadas para a superação. Em pouco tempo, aquilo que o casal tinha como objetivo comum, motivo pelo qual assumiram a vida a dois, será ofuscado, originando o esfriamento e a indiferença entre eles. Com isso, passa-se a sentir a ausência de atenção e de carinho do outro. Essa carência pode despertar outros sentimentos e abrir precedentes ao encantamento, para que um deles venha a viver outras sensações. Isso pode favorecer um relacionamento extraconjugal, que rompe os laços de confiança para com o cônjuge, firmados anteriormente.
A traição num relacionamento, muitas vezes, é sinal de um fraco entrosamento entre os cônjuges. Ao contrário do que se possa imaginar, esse tipo de problema atinge não somente os casamentos mais recentes, como também os que já superaram algumas dezenas de anos. Os amantes, a cada encontro, não passam de um instrumento de prazer mútuo, assegurados pelo sigilo e pela discrição. Mas o que faz alguém que mantém uma relação duradoura buscar numa outra pessoa uma nova experiência?
Alguém que mantém um relacionamento extraconjugal vive na superficialidade de uma relação. A pessoa insatisfeita por algum motivo, dentro da vida conjugal, alimenta fantasias, acreditando no romantismo de uma aventura, ainda que esta seja passageira. Na tentativa de saciar essa ausência, a pessoa mantém o amante nas órbitas de seu casamento, em vez de resgatar o enamoramento e sanar as crises com o próprio cônjuge.
A pessoa que se sujeita a viver anos a fio como amante de alguém casado alimenta ilusões e acredita que um dia poderá tê-lo (a) consigo. Iludida por promessas ou vantagens, ela vive seus dias à espera de uma atitude de quem diz já não ter nenhuma vida íntima com a (o) cônjuge e que mantém o casamento por causa dos filhos. Contudo, quem aceita essa condição, mesmo que um dia venha a viver um vínculo maior com a pessoa com a qual se relaciona, poderá viver, no futuro, a mesma sorte da pessoa traída, que hoje vive as dores da infidelidade.
Seja por uma carência de atenção, seja por alimentar uma fantasia de aventura casual com um (a) antigo(a) namorado (a), a pessoa que envereda por esses caminhos se expõe a ferimentos que não apenas atingem a si própria, como também deixam marcas nas famílias envolvidas. Contudo, a traição conjugal somente surgirá quando as indiferenças e os desajustes se tornarem frequentes na vida a dois, motivos pelos quais muitos casais passam a acreditar que o amor deixou de existir. Diante dessa tormenta, será um momento propício para recobrarem as lembranças do tempo de namoro, as quais nutriram o sentimento arraigado no amor, a ponto de assumirem um compromisso de vida. Este somente poderá morrer se não for alimentado pelo casal.
Resgatar um relacionamento, abalado por tal situação, exigirá uma retomada de pequenos gestos de ambas as partes. Antes de condenar este ou aquele pelo ato falho ou pagar com a mesma moeda, reconhecer a falta de atenção e as razões que levaram a relação conjugal a entrar em crise pode ser o primeiro passo para iniciar a reestruturação do casamento.
Somente com a dedicação de ambos, o estreitamento dos laços entre os casais poderá vencer os transtornos provocados pela traição. Com dedicação, tanto marido quanto mulher poderão, com o mesmo afinco, superar essa situação, a ponto de se tornarem novamente dignos de confiança
O grande Santo Agostinho, visualizando a experiência do Paraíso, disse que na eternidade haverá louvor, oração, amor e descanso (“laudabimus, orabimus, amabimus, vacabimus”). Feitos para glorificar a Deus, no louvor e na oração, desde já nos realizamos como pessoas. E cantar, ensina o mesmo santo, é próprio de quem ama. Quem louva, reza e ama a Deus e ao próximo é feliz. E daí encontra as condições para o adequado descanso. Para os cristãos, o dia do Senhor, chamado Domingo, é dedicado a celebrar o mistério pascal de Cristo, ao descanso, à família e à solidariedade. Neste dia, de modo especial, queremos antecipar as realidades esperadas para a eternidade, dentre elas o descanso. E outras ocasiões, especialmente as justas merecidas férias, são oportunidades preciosas para um adequado repouso, que nos dê condições para rezar melhor, louvar a Deus e querer e fazer o bem, no amor ao próximo. É sabido que pessoas agitadas e cansadas acabam dando guarida em seu interior a sentimentos destinados a transformá-las em presenças agressivas em suas famílias e na sociedade.
"A ligação entre o dia do Senhor e o dia do descanso na sociedade civil tem uma importância e um significado que ultrapassam o horizonte propriamente cristão. De fato, a alternância de trabalho e descanso, inscrita na natureza humana, foi querida pelo próprio Deus, como se deduz do texto da criação no livro do Gênesis (cf. 2,2-3; Ex 20,8-11): o repouso é coisa sagrada, constituindo a condição necessária para o homem se subtrair ao ciclo, por vezes excessivamente absorvente, dos afazeres terrenos e retomar consciência de que tudo é obra de Deus. O poder sobre a criação, que Deus concede ao homem, é tão prodigioso que este corre o risco de esquecer-se que Deus é o Criador, de quem tudo depende. Este reconhecimento é ainda mais urgente na nossa época, porque a ciência e a técnica aumentaram incrivelmente o poder que o homem exerce através do seu trabalho. Importa não perder de vista que o trabalho é, ainda no nosso tempo, uma dura escravidão para muitos, seja por causa das condições miseráveis em que é efetuado e dos horários impostos, especialmente nas regiões mais pobres do mundo, seja por subsistirem, mesmo nas sociedades economicamente mais desenvolvidas, demasiados casos de injustiça e exploração do homem pelo homem.
Quando a Igreja, ao longo dos séculos, legislou sobre o descanso dominical, teve em consideração sobretudo o trabalho dos operários, certamente não porque este fosse um trabalho menos digno relativamente às exigências espirituais da prática dominical, mas porque mais carente duma regulamentação que aliviasse o seu peso e permitisse a todos santificarem o dia do Senhor. Nesta linha, Leão XIII, na Encíclica Rerum Novarum apontava o descanso festivo como um direito do trabalhador, que o Estado deve garantir" (João Paulo II, Carta Apostólica Dies Domini n. 65-66).
Muitos de nós falham com os próprios deveres quando não vivem o domingo em suas diversas dimensões e quando não se dedicam ao necessário descanso. Sim, é pecar contra a lei de Deus não descansar! Queremos entrar numa escola de repouso, descanso, férias! Outros não sabem descansar. O descanso, para não se tornar vazio nem fonte de tédio, deve gerar enriquecimento espiritual, maior liberdade, possibilidade de contemplação e comunhão fraterna. Os fiéis hão de escolher, de entre os meios da cultura humana e as diversões que a sociedade proporciona, aqueles que estão mais de acordo com uma vida segundo os preceitos do Evangelho (Cf. Dies Domini 68).
A volta para casa, num final de domingo, assim como o retorno de um período de férias em nossas magníficas praias nunca sejam marcados pelo remorso suscitado pela entrega aos vícios, nem pelos acidentes de trânsito, mas cheios de alegria e disposição. Há uma grande tarefa a ser vivida pelos cristãos e pela Igreja, no meio da sociedade, onde nos cabe defender o primado absoluto de Deus e também a primazia e a dignidade da pessoa humana sobre as exigências da vida social e econômica, antecipando de certo modo os novos céus e a nova terra, onde a liberdade será definitiva e total (Cf. Dies Domini 68), na oração, no louvor, no amor e no descanso.
Dom Alberto Taveira Arcebispo Metropolitano de Belém do Pará
“Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra! Vossa majestade se estende, triunfante, por cima de todos os céus. Da boca das crianças e dos pequeninos sai um louvor que confunde vossos adversários, e reduz ao silêncio vossos inimigos. Quando contemplo o firmamento, obra de vossos dedos, a lua e as estrelas que lá fixastes: Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele? Que são os filhos de Adão, para que vos ocupeis com eles? Entretanto, vós o fizestes quase igual aos anjos, de glória e honra o coroastes. Destes-lhe poder sobre as obras de vossas mãos, vós lhe submetestes todo o universo. Rebanhos e gados, e até os animais bravios, pássaros do céu e peixes do mar, tudo o que se move nas águas do oceano. Ó Senhor, nosso Deus, como é glorioso vosso nome em toda a terra!”
(Salmo 8). Eu volto a pergunta do Salmo: “Que é o homem, digo-me então, para pensardes nele?” Deus pensa em você, Ele que é o Criador. Deus criou tudo isso para nós. Veja como Deus no infinito amor nos ama tanto:
“Então Deus disse: "Façamos o homem à nossa imagem e semelhança. Que ele reine sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus, sobre os animais domésticos e sobre toda a terra, e sobre todos os répteis que se arrastem sobre a terra." Deus criou o homem à sua imagem; criou-o à imagem de Deus, criou o homem e a mulher. Deus os abençoou: "Frutificai, disse ele, e multiplicai-vos, enchei a terra e submetei-a. Dominai sobre os peixes do mar, sobre as aves dos céus e sobre todos os animais que se arrastam sobre a terra" (Gênesis 1,26-28).
Além de fazer o homem a Sua imagem e semelhança Deus o abençoou.“O Senhor Deus formou, pois, o homem do barro da terra, e inspirou-lhe nas narinas um sopro de vida e o homem se tornou um ser vivente” (Gênesis 2, 7). Então o homem começa a ver tudo que Deus criou.“Ora, o Senhor Deus tinha plantado um jardim no Éden, do lado do oriente, e colocou nele o homem que havia criado” (Gênesis 2, 8).
Deus fez um jardim para que o homem fosse feliz. Fez isso para mim e para você, Ele nos escolheu.
“O Senhor Deus fez brotar da terra toda sorte de árvores, de aspecto agradável, e de frutos bons para comer; e a árvore da vida no meio do jardim, e a árvore da ciência do bem e do mal” (Gênesis 2, 9). Todo tipo de fruto tinha lá para saciar a nossa fome. Não tinha fruto podre, só fruto bom.“Um rio saía do Éden para regar o jardim, e dividia-se em seguida em quatro braços: O nome do primeiro é Fison, e é aquele que contorna toda a região de Evilat, onde se encontra o ouro. (O ouro dessa região é puro; encontra-se ali também o bdélio e a pedra ônix.) O nome do segundo rio é Geon, e é aquele que contorna toda a região de Cusch. O nome do terceiro rio é Tigre, que corre ao oriente da Assíria. O quarto rio é o Eufrates” (Gênesis 2, 10-14). Lá Ele colocou um rio para nós. Imagine! “Tendo, pois, o Senhor Deus formado da terra todos os animais dos campos, e todas as aves dos céus, levou-os ao homem, para ver como ele os havia de chamar; e todo o nome que o homem pôs aos animais vivos, esse é o seu verdadeiro nome” (Gênesis 2, 19).
Deus deixou a gente dar nome a sua criação. Esse Deus é maravilhoso. E Deus na sua infinita bondade não quis que o homem ficasse só, porque no céu Ele não ficava sozinho. Então Deus leva o homem ao sono profundo e de sua costela faz a mulher. No capítulo 3 de Gênesis fala que Deus sempre vinha visitar o homem. Que é o homem para Deus se lembrar tanto dele? Em Isaías, Deus fala que mesmo se a mulher esquecesse de amamentar o filho, Ele diz que jamais se esquecerá de nós. Deus é muito bom mesmo. Que é homem? Pó. E Deus é Deus. Quando termina a criação e os olhos d'Ele vai no homem, Ele fica maravilhado. Mas aqui eu entro com uma pergunta: “Como o homem olha Deus?” Deus nos vê assim. Mas e o homem quando contempla a Deus, o que ele faz? Como ele vê Deus? Deus nos dá a liberdade. Ele mostra uma árvore e fala para não comer do fruto, mas o homem vai lá e come, faz tudo errado. Como Ele não quer que o homem o ame por obrigação, Ele o deixa na liberdade. A partir do fruto que o homem comeu, foi só besteira.No livro de Jó vemos alguns questionamentos de Deus para com Jó. “Onde estavas quando lancei os fundamentos da terra? Fala, se estiveres informado disso” (Jó 38,4).
Quando Deus fez a terra onde você estava?“Algum dia na vida deste ordens à manhã? Indicaste à aurora o seu lugar” (Jó 38,12). Alguém aqui já fez isso?“Penetraste nos depósitos da neve? Visitaste os armazéns dos granizos” (Jó 38,22). Alguém já falou para neve parar de cair? “Terá a chuva um pai? Quem gera as gotas do orvalho?” (Jó 38,28). Quando você acorda é você quem gera o orvalho? Ou é seu marido, seu filho?
“Levantarás a tua voz até as nuvens, e o dilúvio te obedecerá?” (Jó 38,34).
Já viu que, as vezes, vamos para Deus murmurar? As vezes tratamos Deus como Ele não nos trata. Ele fica nos paparicando e nós batemos o pé, esperneamos. “O Senhor não fez isso para mim, não vou rezar mais”. Somos petulante diante de Deus. Reclamamos: “Por que o Senhor fez isso, levou meu filho?” “Jó respondeu ao Senhor nestes termos: Leviano como sou, que posso responder-te? Ponho minha mão na boca; falei uma vez, não repetirei, duas vezes... nada acrescentarei” (39,34-35).
No livro de Daniel encontramos a narração de como somos e como Deus é:
“Ah! Senhor, Deus grande e temível, que sois fiel à aliança e que conservais vossa misericórdia àqueles que vos amam e guardam vossos mandamentos: nós pecamos, prevaricamos, cometemos maldade, fomos recalcitrantes, desviamo-nos de vossos mandamentos e de vossas leis. Não escutamos vossos servos, os profetas, que falaram em vosso nome a nossos reis, a nossos chefes, a nossos antepassados e a todo o povo da terra. A vós, Senhor, a justiça, e para nós a vergonha, como hoje acontece ao povo de Judá e de Jerusalém, a todo o Israel, àqueles que estão perto e àqueles que estão longe, em todos os países aonde os haveis dispersado por causa das iniquidades que cometeram contra vós. Sim, Senhor, para nós a vergonha, para nosso rei, nossos chefes e nossos antepassados, porque pecamos contra vós” (Daniel 9, 4-8).
Em outras palavras somos sem vergonha. Deus nos dá todas as coisas e ainda nos achamos no direito de O cobrar. O tratamos como nosso “escravo”, faça isso, faça aquilo. Era para ficarmos com vergonha. Nós pecamos, somos maldosos... Tem gente que quer que o padre fale aquilo que elas gostam.
Querem continuar no erro, tudo mundo se acha no direito de falar: “quero que o senhor padre fale isso”. E quando o padre fala o contrário, bate o pé. A gente não ouve os profetas, os padres.Somos sem vergonha. Não reconhecemos a bondade de Deus, que Ele toma conta de nós. Isso causa entre nós e Deus um afastamento. Temos nossas exigências porque Deus não faz a nossa vontade, e tem gente que diz que fala assim com Deus porque é íntimo d'Ele, então começa dizer para Ele as coisas: “o Senhor nunca faz o que eu quero”. Somos íntimos temos o direito de brigar com Ele, porque quando Ele fez o firmamento estávamos lá, e ainda demos nossa opinião, “eu não quero a terra quadrada, quero redonda”. Viver o combate na oração é reconhecer os nossos pecados, que somos pó, e não somente pedir e pedir. Veja a prepotência do homem:
“Eis o que diz o Senhor Javé: Teu coração elevou-se; tu disseste: sou um deus assentado sobre um trono divino no coração do mar. Quando não passas de um homem e não és um deus, tu te julgas em teu coração igual a Deus. Sem dúvida, eis-te mais sábio que Daniel, nenhum mistério te é obscuro. É por tua sutil inteligência que adquiriste bens, e cumulaste ouro e prata em teus tesouros. Por tua grande habilidade comercial tens aumentado as tuas riquezas, e teu coração se ensoberbeceu” (Ezequiel 28, 2-5).
Tem gente que diz que não precisa rezar porque já tem tudo. Mas Deus diz: “tu és pó”. Tem gente que se acha tão grande, mas daí morre, e tudo fica para trás. Passa um tempo e cai no esquecimento. Você sabe do que precisamos fazer agora diante de tanta soberba? Irmos uma vez por mês receber o abraço de
Deus confessando nossos pecados. O combatente é aquele que confessa. Aquele que vai diante do confessor e diz: “Senhor eu vim pedir perdão porque aquele dia eu briguei com o Senhor porque não me deste um emprego”. Que é homem Senhor para dele lembrares tanto assim, e eu aqui murmurando?! Temos que fazer como filho pródigo: “Senhor peguei contra ti e contra o céu, não sou digno de ser chamado seu filho, mas estou aqui”. E Deus está ali nos esperando de braços abertos para nos abraçar. “Senhor eu abortei, mas não quero mais fazer isso,” e Deus te chama e lhe dá um abraço e faz festa com sua volta.
Deus faz festa quando o pecador volta. Os mais santos devem se confessar pelo menos uma vez por mês. A gente fica com vergonha de confessar, mas como somos católicos, temos que procurar um padre para nos confessar, é como Deus quis para a Igreja Católica. “Que é o homem para dele lembrardes tanto assim?” Tem gente que esquece que pecou, fica tão envolvido com coisas, e esquece, mas é preciso confessar.
Deus quer te dar um abraço, te dar um beijo e fazer festa. E você está demorando por quê?
No entanto, ninguém é feliz se não viver as Leis Divinas
Nosso mundo moderno e autossuficiente, infelizmente, já não precisa mais de Deus; vive como se o Todo-poderoso não existisse, e agora sofre. O Papa Bento XVI disse que o homem moderno construiu um mundo que não tem mais lugar para o Senhor.
Os homens criaram milhares de leis e muitos códigos de Direito para serem felizes, mas, infelizmente, não querem obedecer a apenas Dez Mandamentos, dados a nós pelo Criador para nossa felicidade. Se seguíssemos voluntariamente esses Mandamentos Divinos, não seriam necessários tantos códigos de leis e tantos presídios. Mas ninguém pode seguir os Mandamentos de Deus se não amar a Deus.
Não há lei melhor do que a dada a nós por Deus. Ele nos criou por amor e para o amor, "para participar de sua vida bem-aventurada" (Catecismo da Igreja Católica §1), nos deu leis sábias e santas para chegarmos a essa felicidade. Ou será que alguém é melhor do que Deus e pode nos dar leis e preceitos melhores para vivermos? Não. Ninguém é melhor do que Deus Pai; ninguém é mais sábio, douto e santo do que Ele.
É a religião que dá base moral a todas as outras atividades. Como disse Dostoiwiski – em "Os Demônios" – "Se Deus não existe, então, eu sou deus". E faço o que eu quero, vivo segundo as "minhas" pobres leis. Esta é hoje a grande ameaça à humanidade: o homem ocupa o lugar de Deus. Como disse o saudoso Papa João Paulo II: no século XX os falsos profetas se fizeram ouvir.
"A Palavra de Deus é viva, eficaz, mais penetrante do que uma espada de dois gumes, e atinge até à divisão da alma e do corpo, das juntas e medulas, e discerne os pensamentos e intenções do coração" (Hb 4,12).
Por isso, ninguém é feliz se não viver as Leis Divinas, e a razão é simples: Ele é nosso Criador e nos conhece como ninguém. Santo Agostinho afirmou: "Quando Deus te fascinar, serás livre".
O Senhor sabe tudo a nosso respeito; toma conta de tudo e nos ama. Por essa razão, nos deu leis e mandamentos sábios; seremos insensatos se não os seguirmos.
Se você desistiu de tudo, volte depressa! Se nos entregamos aos problemas, damos brecha às divisões, à fofoca e anulamos a ação e a força do Espírito Santo em nós. Os problemas existem e devem ser enfrentados. Mas não podemos ficar parados neles. Precisamos ter em mente que estamos numa obra de Deus e não de homens.
Foi o Senhor quem nos chamou e nos dá a garantia:“Eu, hoje, faço de ti uma fortaleza, uma coluna de ferro, uma muralha de bronze, ante toda esta terra, ante os reis de Judá, seus ministros, seus sacerdotes e sua milícia: Eles lutarão contra ti, mas sem resultado: eu estou contigo – oráculo do Senhor – para te libertar” (Jr 1,18-19).
O Senhor investiu muito em nós, agora está nos convocando de novo. Se você desistiu de tudo, volte depressa! Deus Pai chama de volta todos aqueles que se afastaram. Todos os que já trabalharam conosco, e os que já trabalharam em outros movimentos da Igreja. Os que pregavam, os que davam testemunhos, aqueles que com seus trabalhos, suas orações, arrastavam as redes repletas de peixes... Todos são chamados de volta!
Por mil motivos, muitos deles voltaram para “o mar da vida”, mas estão marcados: são do Senhor. São apóstolos. São pescadores de homens. É preciso buscá-los, repescá-los sem medo.
Para você que está desanimado na busca da sua vocação ou você que já definiu o seu estado de vida, mas está sem forças, seja no seu matrimônio, seja no sacerdócio ou na vida consagrada.
Vamos pedir ao Senhor hoje que Ele venha nos reanimar, afinal de contas o chamado que Deus faz vem muito antes de nós nascermos. Nós vemos no Livro de Jeremias, no capítulo 1, versículos 5 a 6, Deus diz a esse profeta:
"Antes que no seio fosses formado, eu já te conhecia; antes de teu nascimento, eu já te havia consagrado, e te havia designado profeta das nações. E eu respondi: Ah! Senhor JAVÉ, eu nem sei falar, pois que sou apenas uma criança".
Talvez você diga para Deus: "Ah! Senhor Deus, eu não aguento mais o meu casamento, meu marido, meus filhos, minha paróquia, o meu ministério!" Ou quem sabe você faça parte de uma congregação e diga: "Eu não aguento mais" e está dizendo isso porque está contando com as próprias forças sem perceber. E você que talvez tenha desanimado na sua busca vocacional, tem medo, quer ir em busca [de realização], mas tem medo dentro de você.
Vamos pedir ao Espírito Santo que Ele venha nos reanimar, que Ele venha nos dar a graça de retomar o nosso chamado.
Em nome do Pai, do Filho e do Espírito Santo. Amém.
Trindade Santa, nós Te pedimos, neste dia, as forças do Alto para retomar a nossa busca vocacional. Nós Te pedimos, Senhor, derrama sobre nós o Seu Espírito. Vem reavivar, reinflamar este chamado que está em cada um de nós. O chamado para servir, para ser pai, mãe, esposo, esposa, consagrado ou sacerdote. Vem, Espírito Santo, reinflama o carisma que nós recebemos de Deus. Vem dar a motivação de que nós precisamos. Liberta-nos do desânimo, da falta de fé, vem levantar o nosso ânimo, Espírito Santo.
E você pode orar no Espírito, desejando este reavivamento, deixando-O trabalhar no seu interior, retirar os entulhos, lixos e toda a tentação que se colocou em seu caminho. Nós pedimos, Espírito Santo, expulsa todo o mal da nossa vida! Inflama o nosso coração, o nosso desejo de servir a Deus. Vem, Espírito Santo, retirando toda a poeira espiritual e toda a contaminação. Vem, Espírito Santo, em nome de Nosso Senhor Jesus Cristo.
Muitos são convencidos de que não serão felizes fora dos padrões
A doutrina cristã sempre valorizou o corpo humano por entender que ele é bom. Desde os primeiros séculos, os doutores da Igreja tiveram de combater a doutrina maniqueísta, que considerava a existência de dois deuses: um do bem e outro do mal, sendo que tudo que era material era entendido como obra do deus mau. Dessa forma, o corpo, por ser matéria, era desprezado.
Entretanto, a fé cristã sempre viu no corpo uma bela obra de Deus. O homem é uma unidade de corpo e alma. O corpo é tão importante que, no mistério da Encarnação do Verbo Divino, o Filho de Deus assumiu a nossa carne. Por isso, a Igreja entende a grandeza do corpo humano e a necessidade de valorizá-lo e protegê-lo desde a gestação materna. É através do nosso corpo que nos relacionamos como os outros, com a natureza e com o cosmos. Ele não é apenas uma máquina fria sem expressão.
Na pessoa humana o corpo é um reflexo da vida interior, tanto que expressa o cansaço do espírito, a depressão da alma ou a alegria de viver. Para o cristão, matéria e espírito são duas dimensões do ser. O homem todo é obra boa de Deus, é um ser racional que deve valorizar todas as atividades: físicas, racionais, psicológicas e espirituais.
Também a Bíblia ressalta a grandeza do nosso corpo. São Paulo fala do cristão como o “templo vivo da Santíssima Trindade”. Jesus disse aos apóstolos que “se alguém me ama, meu Pai o amará, viremos a ele e faremos nele nossa morada” (João 14,23). E é por isso que o apóstolo dos gentios é tão severo ao advertir os coríntios sobre a necessidade de se manter a pureza do corpo. “Não sabeis que sois o templo de Deus e que o espírito de Deus habita em vós?” (I Cor 3,16).
Esses ensinamentos fazem com que o cristão saiba usar o seu corpo com dignidade, sobretudo, na vida sexual, expressão maior do amor conjugal. Por isso, o sexo não é vivido nem antes nem fora do casamento. Quando Deus une o casal para sempre – como uma só carne – este se torna um compromisso de vida na dor e alegria. Fora do casamento, toda relação sexual se torna vazia, porque perde o sentido unitivo e procriativo. Pela relação amorosa dos seus corpos, homem e mulher celebram a “liturgia conjugal” e são capazes de dar vida a um novo ser que, como eles, é imagem de Deus.
Por outro lado, o corpo não pode ter uma primazia sobre o espírito. Na Antiguidade, se valorizava somente o espírito, desprezando-se o corpo. Hoje, corremos o risco de ver o contrário acontecer. Há pessoas que se tornaram escravas do corpo. O consumismo as convenceu de que o mais importante é ser bonito fisicamente, esbelto, magro. Muitas pessoas são convencidas de que, se não estiverem de acordo com esses padrões, não serão felizes. Entretanto, Deus seria injusto se fizesse com que a felicidade dependesse da cor da pele, do biótipo do corpo, da ondulação do cabelo.
O corpo não é um fim em si mesmo, mas um meio para nos expressarmos. Michel Quoist dizia ao jovem que, para ser belo, é melhor parar “cinco minutos diante do espelho, dez diante de si mesmo e quinze diante de Deus”. Se considerarmos esse princípio, estaremos dando a justa medida às coisas e, por consequência, trilhando o caminho da verdadeira felicidade.
Em novembro, a Canção Nova realiza em sua sede, em Cachoeira Paulista (SP), um Acampamento de Cura e Libertação, especial com a presença do exorcista Padre Rufus Pereira, que possui a autorização do Vaticano. O evento acontece do dia 12 ao 15 e tem como tema "Por suas chagas fomos curados" (Is 53, 5).
Muita gente ainda tem dúvidas sobre esse ministério da Igreja Católica, que só pode ser praticado por um sacerdote, o qual, formal ou informalmente, o bispo nomeia levando em conta a sua formação científica e religiosa, assim como sua piedade e o seu comportamento moral. O exorcismo visa expulsar os demônios de alguém ou livrá-lo da influência maligna, e isso pela autoridade espiritual que Jesus confiou à Sua Igreja. Bem diferente é o caso de doenças, sobretudo psíquicas, cujo tratamento depende da ciência médica.
É importante, pois, verificar, antes de praticar o exorcismo, se o caso se trata de presença do maligno ou de doença. Por isso é necessário proceder com prudência, observando estritamente as regras estabelecidas pela Igreja.
Segundo o Padre e doutor Manoel Sabino, a pessoa possuída pelo demônio, a princípio, tende a apresentar sintomas característicos, como falar línguas estranhas. “Um exemplo, é alguém que nunca tenha estudado francês, inglês, latim ou grego e, de repente, começa a falar um desses idiomas, como o grego, por exemplo, de forma fluente e clara. Isso é um sintoma de que há uma entidade estranha nela”, explica, acrescentando que ela também poderá adotar atitudes externas como agressividade e ira exageradas, fúria e agressão física.
Saiba mais sobre o assunto lendo o especial "Exorcismo" no Wiki Canção Nova:
Para quem ainda não começou (começou no dia 15/08/2010), faça-se duas vezes)Lembrando que isto NÃO É CORRENTE, é ORAÇÃO! * Acender uma vela diante de uma imagem ou estampa de São Miguel Arcanjo; * Oferecer uma penitência; * Fazer o sinal da cruz; * Rezar estas orações todos os dias:
ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS
São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio.Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste,pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.
Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)
LADAINHA DE SÃO MIGUEL
Senhor, tende piedade de nós. Jesus Cristo, tende piedade de nós. Senhor, tende piedade de nós.Jesus Cristo ouvi-nos. Jesus Cristo, atendei-nos.Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós. Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós. Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós. Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.
Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós. São Miguel, rogai por nós. São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós. São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós. São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós. São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós. São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós. São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós. São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós. São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós. São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós. São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós. São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós. São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós. São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós. São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós. São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós. São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós. São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós. São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório, São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós. São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, perdoai-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor. Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós. Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.
Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.
Ao final, reza-se: Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo. Um Pai Nosso em honra de São Gabriel. Um Pai Nosso em honra de São Rafael.
Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.
V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.R. Para que sejamos dignos de suas promessas.
Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.
Consagração a São Miguel Arcanjo
Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção.
É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa alma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu. São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.
Em Maria, Deus tem espaço para operar maravilhas! "Grande sinal apareceu no céu: uma mulher que tem o sol por manto, a lua sob os pés, e uma coroa de doze estrelas na cabeça" (cf. Ap 12,1).
Meus queridos irmãos,
Admirável alegria a festa que neste domingo, exatamente o domingo dia 15 de agosto, estamos celebrando: A ASSUNÇÃO DA BEM-AVENTURADA VIRGEM MARIA, NOSSA MÃE E SENHORA.
Nesta festividade se recorda a presença admirável da Virgem Maria na vida dos fiéis católicos, que em Nossa Senhora veem, ao mesmo tempo, a glória da Santa Igreja e a prefiguração de sua própria glorificação. A festa tem uma íntima dimensão de solidariedade dos fiéis com aquela que é a primeira e a Mãe dos fiéis cristãos. Daí a facilidade com que se aplica a Santíssima Virgem o texto de Apocalipse 12, conforme nos exorta a Primeira Leitura, originariamente uma descrição do povo de Deus, que deu à luz o Salvador e depois refugiou-se no deserto (a Igreja perseguida do primeiro século) até a vitória final do Cristo.
Assim o Livro do Apocalipse (cf. Ap 11,19a;12,1-6a.10ab) nos apresenta o sinal da Mulher – Aparece no céu a Mulher que gera o Messias; as doze estrelas indicam quem ela é: o povo das doze tribos, Israel, mas não só o Israel antigo, do qual nasce Jesus; é também o novo Israel, a Igreja, que deve esconder-se da perseguição, no primeiro século depois de Cristo, até que, no fim glorioso, Cristo Ressuscitado possa revelar-se em plenitude. Maria assunta ao Céu sintetiza em si, por assim dizer, todas as qualidades deste povo prenhe de Deus, aguardando a revelação de Sua glória.
O momento da Anunciação de Nossa Senhora, que significa para nós católicos que a Virgem Maria é conduzida por Deus, de corpo e alma, para junto de seu Filho amantíssimo, na glória celeste, é cantado e celebrado com grandes galas pelo povo cristão, sendo para nós um santo mistério, o mistério da Encarnação de Deus.
Esta festa é considerada festa da nova criação. Isso porque, com a vinda do Filho de Deus em carne humana, Jesus se tornou a primeira de todas as criaturas, a cabeça de todos os seres vivos e n'Ele todas as criaturas foram regeneradas. A primeira criação ficou marcada pela desobediência. A segunda criação, por conseguinte, ficou marcada por um forte "sim" obediencial.
A morte nos veio por Eva, e a vida nos veio pela Santíssima Virgem Maria. Sim, a Anunciação celebra o início da nova criação, da nova vida, vida que ultrapassa o tempo da velha criação e jorra para dentro da eternidade de Deus.
O Altíssimo pediu a Maria o seu consentimento para que concebesse o Seu Filho Jesus. Nossa Senhora, assim, com o seu SIM, se tornou a Mãe do Doador da Vida, Aquele que é a Vida, e não apenas uma vida temporal, mas a vida eterna, as alegrias sem fim.
E a Virgem Maria deu o seu decidido "sim", tornando-se não só um instrumento passivo de Deus, mas também cooperadora do mistério da salvação. Maria Santíssima, a servidora, que sob seu Filho e com seu Filho, de toda a nova humanidade, é chamada à comunhão eterna com Deus.
Em Maria, o Todo-poderoso tem espaço para operar maravilhas. Em compensação, os que estão cheios de si mesmo não O deixam agir e, por isso, são despedidos de mãos vazias, pelo menos no que diz respeito às coisas d'Ele. O Filho de Maria coloca na sombra os poderosos deste mundo, pois enquanto estes oprimem, ela salva de verdade.
(*) Texto adaptado da homilia do autor
Ouça também: Padre Luizinho fala sobre o mistério da assunção de Nossa Senhora
Padre Wagner Augusto PortugalVigário Judicial da Diocese da Campanha (MG)
Está presente na história e associada a rituais pagãos
A história da humanidade está repleta de relatos relacionados à superstição. Medo de gato preto, não passar debaixo de escadas, botar a imagem de Santo Antônio de ponta-cabeça no copo d’água, esfregar as mãos ou até mesmo o absurdo de querer pisar em fezes animais nas ruas para "atrair dinheiro" e ainda tem o "pé certo" para isso, dentre tantas outras, são histórias que permeiam a vida de todos nós. As superstições são tão antigas quanto a humanidade. Estão presentes na história e associadas a rituais pagãos em que as pessoas louvavam a natureza.
Quem nunca ouviu falar de uma delas, não é mesmo? Há séculos convivemos com esses costumes, muitas vezes, sem saber como nasceram. Algumas dessas práticas são tão presentes em nosso cotidiano que as multiplicamos automaticamente em nossas vidas. Há relatos de que a roupa branca utilizada, por muitos, no Réveillon, é influência de tribos africanas que vieram para o Brasil no período da escravidão, cor que traduziria paz e purificação. Bater na madeira é um hábito milenar dos pagãos, por acreditarem que as árvores seriam morada dos deuses batiam na madeira como forma de espantar os maus espíritos que rondavam, chamando o poder das divindades.
O termo "superstição" vem do latim "superstitio", origina-se no que acreditamos a partir do conhecimento popular, trata-se de uma crendice sem base na razão ou conhecimento ou ainda algo muito relacionado ao comportamento supersticioso e mágico, ligado à maior ou menor "sorte" em determinada situação. Podemos dizer também que é uma pessoa que não tem fé e acredita mais no "poder" dos objetos ou nos "sobrenaturais" (búzios, cartas, mapa astral, leitura de mãos, tarot, horóscopo chinês e tradicional, entre outros) do que a própria fé e o tempo de espera de Deus. Uma idolatria a um determinado objeto, até mesmo uma adoração ou culto a estes objetos substituindo até mesmo a Deus.
Desde a Antiguidade, os povos eram cheios de crenças ligadas a aspectos mágicos, identificando situações que dariam ou não sorte àqueles que seguissem determinadas práticas. Muitas superstições nascem de hábitos do passado que fazem sentido, mas cuja razão se perdeu ao longo do tempo, multiplicando uma situação inexistente, que, muitas vezes, vem de modo fácil e tranquilo. Usar a roupa da sorte, a bebida especial, a planta de tal tipo.
A superstição responde à nossa necessidade de segurança, conforme afirmação de Kloetzel. "Não é simples coincidência que, justamente o campo da saúde e da doença, em que nosso desamparo se torna mais evidente, esteja mais 'minado' por toda sorte de crendices" [...]. "Sabe-se também que é entre os idosos, às voltas com a ideia de morte, que o misticismo e a religião encontram maior número de devotos", revela o autor.
Estamos em pleno ano 2010, mas ainda há muitos fatos assim, sem uma base exata; e a verdade é que até aqueles que são mais descrentes, céticos, muitas vezes, vão atrás da "boa sorte".
A verdade é que por mais que digam que a religião possa carregar características supersticiosas, é um grande erro confundir as coisas, pois a religião não é magia. Ato supersticioso é o fato de alguém carregar um talismã, evitar situações, praticar atos de sorte ou coisas do gênero.
Religião é algo que permanece com o tempo e necessário é crer de forma intensa; já a superstição é algo em que não se acredita 100%, mas se faz esta ou aquela simpatia, carrega-se um objeto da sorte.E o Santo Terço não pode em hipótese alguma ser considerado como um talismã.
O que chamamos de comportamento supersticioso nem sempre é comprovado e, muitas vezes, é lendário, ou seja, de tanto se acreditar que algo dá azar ou sorte, a tradição deu àquele número, objeto ou situação um caráter de favorecimento e crença.
E você? Já parou para pensar naquilo que cultiva e acredita? Será que tem dado mais valor às superstições do que à sua vida de cristão?
Fica uma reflexão para revermos como cada um de nós assume medos, crenças e crendices que tantas vezes mobilizam nossas vidas.