A ousada confiança da jovem Maria
Ao aparecer à jovem Maria, o Arcanjo Gabriel, faz a seguinte saudação: “Alegre-se, cheia de graça! O Senhor é contigo”. (Lc 1,28). Maria é cheia de graça, é agraciada pelo dom de trazer em si a maior de todas as graças, a Divina Graça, o Filho de Deus Encarnado, Jesus.
Ao dizer o seu sim a Deus: “Faça-se em mim segundo a Tua palavra” (Lc 1,38), Maria passa a ser portadora do Portador de todas as graças para a humanidade. Deus quis que assim fosse, em vista dos méritos de Cristo, ela foi pensada cheia de graça, foi preservada assim, realidade que se plenificou ainda mais na liberdade do seu sim.
Mesmo antes de surgir uma devoção, propriamente dita, poderíamos pensar o seguinte. Uma vez que, o Arcanjo Gabriel não a chamou de Maria, mas de Cheia de Graça, descrito com o termo grego κεχαριτωμένη/ kekaritomenê por São Lucas em seu Evangelho, poderíamos pensar, juntamente, com o que outros já expressaram: Cheia de Graça é o novo nome de Maria, nome que expressa a função espiritual d’Ela para a humanidade. Deus a agraciou, preferiu e a fez assim.
Reflitamos agora sobre como se deu o surgimento da devoção à Maria, com o título de Nossa Senhora das Graças.
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A devoção à Nossa Senhora das Graças
Esta devoção surgiu na França por meio de uma noviça da Congregação das filhas da Caridade de São Vicente de Paulo. Seu nome era Catarina Labouré.
No dia 27 de novembro de 1830, em Paris, Catarina, na Capela, teve uma visão com a Virgem que se revelou a ela com esse título: ”Nossa Senhora das Graças”.
Na aparição Catarina também contemplou uma espécie de moldura oval, em cuja frente haviam os dizeres: “Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”. Quando a moldura virou-se, atrás havia a letra M com uma Cruz na parte superior e, embaixo, as imagens do Sagrado Coração de Jesus e do Imaculado Coração de Maria.
Na aparição Nossa Senhora diz que, as Graças precisam ser pedidas e manda reproduzir medalhas como o modelo visto por Catarina Labouré e diz: “As pessoas que a trouxerem, com devoção, hão de receber muitas graças”. Todos esses relatos foram feitos por Santa Catarina Labouré, que foi canonizada no dia 27 de julho de 1947 pelo Papa Pio XII.
Na França, um surto de peste incurável começou a desaparecer nas pessoas que utilizavam a medalha, um dos exemplos da eficácia do uso da Medalha em atitude de fé, como foi a ordem de Nossa Senhora. E por esse motivo ela foi apelidada de A Medalha Milagrosa.
A devoção hoje
Fé é o que se espera de toda devoção, fé em Deus, fé em Seu Filho, o Mediador por excelência e fé no Espírito Santo. A Trindade é a fonte de todas as graças. E a mais repleta de todas essas graças é Nossa Senhora, e Ela, como Mãe, é a medianeira das Graças que precisamos para amar mais a Deus.
Mas, o que obedecer e pedir à Nossa Senhora das Graças? Precisamos obedecê-la mudando nossa conduta, no empenho pela busca da conversão. Sim! Precisamos nos converter, renunciar as situações de pecado, porque esse é contrário à vontade de Deus. Precisamos obedecê-la vivendo a oração, a penitência e a reparação.
Reparar é buscar contribuir para que o mundo padeça menos as consequências do pecado, por conta do seu afastamento de Deus. Contribuir por meio de nossas orações e ajuda de Nossa Senhora. Ela nos ajude em nossa caminhada cristã.
Peçamos à Nossa Senhora das Graças o cuidado sobre nossas escolhas, sobre nossa vida com Deus e nossas necessidades. Encerro este artigo convidando você a rezar:
“Ó Maria concebida sem pecado, rogai por nós que recorremos a vós”.
Deus abençoe você!
Padre Edison de Oliveira
Comunidade Canção Nova
Comunidade Canção Nova
Fonte: Canção Nova
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