Semana Nacional da Família
“A espiritualidade cristã na família: um casamento que dá certo” é o tema da Semana Nacional da Família, que acontece de 10 a 16 de agosto deste ano.
Para o presidente da Comissão Episcopal para a Vida e a Família, dom João Carlos Petrini, o tema visa ajudar as famílias na vivência da espiritualidade. De acordo com o bispo, “são gestos de espiritualidade que podem fazer a grande diferença na convivência dos esposos, no crescimento dos filhos na fé, na renovação da alegria pelo amor que se renova, no dia a dia, pelo dom da graça de Deus”.
A Igreja tem a família como um “Patrimônio da Humanidade”, um valor inegociável. Ela é a Igreja doméstica, um reduto dos cristãos no incrédulo mundo romano. Ela é a célula mater da sociedade. Jesus quis nascer na Família Sagrada de José e Maria.
A Igreja não é outra coisa senão a “família de Deus” (Cat. n.1655). É no seio dela que os pais são para os filhos, pela palavra e pelo exemplo, os primeiros mestres da fé. O lar é a primeira escola de vida cristã. É nela que os filhos aprendem a viver as virtudes e a vencer os vícios.
Como a Igreja sempre ensinou, “família que reza unida permanece unida”. Para vencer todos os males que hoje ameaçam e destroem a família, é preciso que os pais rezem com seus filhos, sobretudo o santo terço, façam com eles a meditação da Palavra de Deus, deem a eles os princípios básicos da catequese: as orações fundamentais, as verdades do Credo e os mandamentos. É no colo do pai e da mãe que cada filho deve conhecer e amar a Deus e a Igreja. É no lar que se providencia o batismo, a crisma, a Eucaristia e o matrimônio ou a ordem para os filhos.
A Igreja ensina que os pais devem ser os primeiros catequistas dos filhos; a Igreja completará essa formação.
Sem uma família cristã de verdade, onde pai e mãe dão aos filhos o bom exemplo da fé, os levem à Missa e a Igreja, a família não se mantém de pé diante de tantas ameaças que hoje a atingem: casamentos de pessoas do mesmo sexo, divórcios, traições, infidelidades, televisão imoral, costumes liberais etc.
É fundamental que todo o Brasil católico se mobilize em torno dessa Semana, pois, como disse o Santo Papa João Paulo II, a família nunca esteve tão ameaçada como hoje. João Paulo dizia que o futuro da Igreja passa pela família. O Congresso Teológico Pastoral, que se realizou no Rio de Janeiro, em 1997, onde esteve o Papa João Paulo II, publicou a “Carta do Rio de Janeiro”. Entre outras coisas foi dito que:
1 – “A família está sob a mira de ataque em muitas nações. Uma ideologia anti-família tem sido promovida por organizações e indivíduos que, muitas vezes, não obedecem princípios democráticos” (1.1).
2 – “Temos testemunhado uma guerra contra a família tanto nacional quanto internacional. Nesta década, na Conferências das Nações Unidas, têm sido vistas tentativas para “desconstruir” a família, de forma que o sentido de “casamento”, “família” e “maternidade” é agora contestado. Tem sido estabelecida uma falsa posição entre os direitos dela e os de seus membros individuais. Sob o nome de liberdade, têm sido promovidos “direitos sexuais” espúrios e “direitos de reprodução”. Entretanto, estes direitos estão, de fato, principalmente, a serviço do controle populacional. São inspiradas em teorias científicas em descrédito, num feminismo ultrapassado e numa mal direcionada preocupação com o meio ambiente” (1.2).
João Paulo II disse que: “Hoje em dia, os inimigos de Deus, mais do que atacar frontalmente o Autor da criação, preferem defrontá-Lo em suas obras. Em torno à família se trava hoje o combate fundamental da dignidade do homem”. “Nos nossos dias, infelizmente, vários programas sustentados por meios muito poderosos parecem apostados na desagregação da família.” (Carta às Famílias, 5).
Por tudo isso é muito importante que todas as comunidades, movimentos, dioceses, paróquias, grupos de oração etc., se mobilizem nesta Semana, para reavivar os verdadeiros valores da família, antes que seja tarde demais.
Fonte: Canção Nova
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