
Não se pode ser mais ou menos católico
Não se pode ser “mais ou menos católico”,  isto é, aceitar uma ou outra verdade religiosa ensinada pela Igreja,  deixando algumas de lado. Isso é orgulho espiritual de alguém que pensa  saber mais do que a Igreja, assistida e guiada pelo Espírito Santo desde  Pentecostes (cf. João 14,15.25; 16,12-13; Lucas 10,16).
O Catecismo da Igreja Católica (CIC) ensina que o que nos salva é a verdade:
“Com  efeito, Deus quer que todos os homens sejam salvos e cheguem ao  conhecimento da verdade" (I Tm 2,4). Deus quer a salvação de todos pelo  conhecimento da verdade. A salvação está  na verdade” (CIC § 851).
E São Paulo afirma que “a Igreja é a coluna e o fundamento da verdade” (I Tm3,15).
“A  missão do Magistério está ligada ao caráter definitivo da Aliança  instaurada por Deus em Cristo com seu Povo; deve protegê-lo dos desvios e  dos afrouxamentos e garantir-lhe a possibilidade objetiva de professar  sem erro a fé autêntica. O ofício pastoral do Magistério está, assim,  ordenado ao cuidado para que o Povo de Deus permaneça na verdade que  liberta. Para executar este serviço, Cristo dotou os pastores do carisma  de infalibilidade em matéria de fé e de costumes. O exercício deste  carisma pode assumir várias modalidades” (CIC § 890).
O  grande Papa São Gregório VII (1073-1085), que quebrou a fúria de  Henrique IV e a triste “investidura leiga” dos séculos X e XI, declarou  no seu documento Dictatus Papae: “A Igreja romana nunca errou, e  segundo o testemunho das Escrituras nunca cairá no erro.” (n,22)  “Ninguém deve ser considerado católico se não estiver de pleno acordo  com a Igreja Católica.” (n.26). (Registrum Gregorii VII,MGH, Ep. Sel. II, n. 55ª - História da Igreja, Roland Frohlich).
O  grande padre Leonel França, o maior jesuíta que Brasil conheceu,  (1893-1948), fundador e reitor da primeira Universidade Católica do  Brasil: PUC- RJ, disse: “[...] Quem não tem um conceito exato, uma  percepção viva da infinita, absoluta e inefável majestade de Deus, na  inviolabilidade soberana dos seus direitos, não pode entender a  intransigência dogmática da Igreja Católica. A Igreja não é autora de um  sistema humano, filosófico ou religioso, é depositária autêntica de uma  revelação divina".
Cristo ensinou-nos uma doutrina celeste: "A doutrina que eu vos ensinei é d’Aquele que me enviou" (São João, 7,16; 12,49). Aos seus discípulos ordenou que a transmitissem a todo o gênero humano na sua integridade incorruptível. "Ensinai-lhes a observar tudo o que vos mandei' (Mt 26,20). E para que a falibilidade humana não alterasse o depósito divino, prometeu-lhes a eficácia preservadora de sua assistência. "Estarei convosco até o fim dos séculos".
Assista: "A Igreja católica é Divina", com professor Felipe Aquino 
  
A Igreja Católica tem,  pois, promessa divina de imortalidade e infalibilidade. Não foi, não  será nunca infiel à sublimidade da sua missão. Quando a sinagoga,  alarmada com os prodígios que sancionavam o Cristianismo nascente,  prendeu os apóstolos e lhes impôs um silêncio criminoso, Pedro respondeu  aos sinedritas um sublime: “non possumus” (não podemos).
No  volver dos séculos nunca desmentiu a Igreja as promessas deste seu  batismo de sinceridade. Todas as vezes em que o erro, armado como a  força, mascarado como o sofisma ou “sub dolo” como a política, bateu às  portas do Vaticano, pedindo ou impondo-lhe uma concessão, uma aliança,  um compromisso, saiu-lhe ao encontro um ancião inerme e venerável na  candura simbólica de suas vestes, e, com voz firme e olhar fito no céu,  respondeu-lhe: “Non possumus...”.
E a Igreja continuará assim a sua missão de Mãe e Mestra da fé,  até que o Cristo volte. São Paulo disse que sempre haveria hereges e  heresias, que surgem de dentro da Igreja. Mas o Apóstolo disse que isso  era bom para que saibamos onde está o erro e a verdade.
O  bom católico não discute o que a Igreja ensina, ele ama e vive com ação  de graças o que ela lhe diz. É grato a Deus por lhe mostrar pela Igreja  o caminho reto que leva à felicidade neste mundo e ao céu na  eternidade. Quando eu era menino ensinaram-me uma oração que nunca  esqueci e que fiz dela minha norma de vida. É o ATO DE FÉ:
“Eu  creio firmemente que há um só Deus, em três Pessoas realmente  distintas: Pai, Filho e Espírito Santo. Creio que o Filho de Deus se fez  homem, padeceu e morreu na cruz para nos salvar e ao terceiro dia  ressuscitou. Creio em tudo o mais que crê e ensina a Santa Igreja  Católica, porque Deus, Verdade infalível, o revelou. Nesta crença quero  viver e morrer”.
felipeaquino@cancaonova.com
 
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