
O verdadeiro santo foge das condecorações e elogios
Há muitos santos modernos agindo  em nome de Deus e vivendo uma caridade séria, não fingida, sem  caricatura e sem teatralidade. Não parecem santos, mas o são. Guardaram-se  para seu Criador, aceitam Jesus, vivem para sua família, para o grande  amor de suas vidas, são fiéis à verdade, aos amigos, à palavra dada, e  ao seu batismo.
Não têm nem cara nem trejeitos de  santos, mas estabeleceram um projeto de vida e o constroem tijolo por  tijolo, ato por ato, coerência por coerência. Muitas pessoas nem  percebem que eles são santos, porque são gente de carne e osso como nós.  Mas uma análise do que fazem pelos outros, da sua humildade, da sua fé e  da sua serenidade aponta para mais um dos santos que Jesus formou.
Diferente  é o santo fingido. Ele decidiu que gostaria de ser visto como santo  pela projeção social, como no tempo de Jeremias, 650 anos antes de Jesus  e no tempo do próprio Jesus, quando posar de santo e de profeta dava  lucro e angariava louvores e primeiros lugares. Então muita gente fingia  jejuar e orar ostentado uma santidade que não tinha. E havia os que  garantiam que Deus falava com eles e que eles sabiam levar a Deus [aos  demais]. Ganhavam seu sustento com sua cara de santos. Isaías, Jeremias,  Jesus e os apóstolos alertaram sobre eles.
Mas como muita gente  adora uma novela e não dispensa um teatro, sempre haverá quem despreze o  santo sereno que não dá espetáculo e corra atrás do que grita, chora,  esperneia, garante visões, revelações quentíssimas, curas e milagres em  local dia e hora marcados. Trocam a verdade, a simplicidade e a  honestidade do santo que não faz marketing pelo "pseudossanto" que dá  espetáculo, cura dramaticamente, entrevista o demônio ao microfone e  transforma a fé em espetáculo.
Até que ponto isso é  válido? Que santidade é essa em que não só a mão esquerda sabe o que faz  a direita como também câmeras e microfones veiculam aquilo para todo o  mundo? O mesmo Jesus que disse para anunciar a verdade por  sobre os telhados e que nossa luz brilhasse, teve o cuidado de mandar  que orássemos de portas trancadas e que não fizéssemos alarde da nossa  caridade e dos nossos carismas. Ele mesmo pedia que os beneficiados por  Ele não espalhassem a notícia.
Jesus, que é santo de verdade e  nunca fingia poder ou santidade, e que nos pediu que seguíssemos Seu  exemplo a ponto de, elogiados e incensados, dizermos que não fizemos  mais do que nossa obrigação e que não buscássemos os primeiros lugares,  este mesmo Jesus concordaria com o que se vê na mídia religiosa de hoje?
Uma  coisa é ser santo sem caricatura, sem cabeça torta, sem chorar orando e  dando murros no chão, sem dramaticidade televisiva, com atos de justiça  que só Deus vê porque aquele cristão não divulga o bem que faz. Outra  coisa é buscar os holofotes e desabridamente, sem nenhum escrúpulo,  chamar a atenção para si mesmo, para sua obra e garantir que Deus quer  que ele ou ela apareçam para Sua maior honra e glória. Pior ainda:  ganhar dinheiro grosso em cima dessa exibição de santidade. Cristo  condenou e criticou os fariseus que assim agiam.
Santo que é santo não finge que o é. É discreto. Faz o que deve fazer e foge do incenso, das condecorações e dos elogios. Há  santos de verdade ao nosso redor e há caricaturas de santos vendendo e  ostentando uma fé que aponta mais para si mesmos do que para Jesus, cujo  nome usam com estardalhaço.
Você que crê na Bíblia terá  que escolher a quem seguir. Aos que dão a entender que são os novos  santos ou os que nada dizem; simplesmente vivem a Palavra e a praticam.
Se  você é dos que dizem que ainda não estão convertidos, mas que estão se  convertendo, merecerá mais crédito do que os que garantem que Jesus os  salvou e que eles sabem o caminho. Em termos de fé quem segue procurando  está mais perto do que aquele que diz ter achado e agora aponta para si  mesmo como exemplo do que Deus faz por um pecador. Eu prefiro o santo  que aponta para os outros convertidos e santos e não fala nada sobre si  mesmo, exceto que precisa de preces para ser mais de Cristo.
Desconfiemos de santos que gostam de medalhas, condecorações, incensos e elogios. Apostemos em que só os aceita por obediência.
 
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