A partir da revolução sexual dos anos 60 muitas coisas interferiram no comportamento dos jovens. Quem já tem mais de 40, certamente se lembra das muitas etapas vividas nos anos que viriam a seguir… Apesar de todo o liberalismo alcançado, o desejo das pessoas de encontrar alguém para viver um sadio relacionamento ainda continua vivo. De maneira especial as mulheres que se preocupam com o avanço do tempo e ainda não conseguiram encontrar seu par. Outras, por terem vivido um relacionamento frustrado, procuram estabelecer um romance duradouro com alguém que realmente as faça felizes. Algumas dessas já namoraram, já viveram vários relacionamentos de curtíssima duração, outras até tinham um “ficante fixo”, mas entre tantas experiências, ninguém parecia ser adequado para o projeto de um relacionamento sólido.
É bem sabido pela maioria das pessoas que, a cada final de semana, quase sempre, a proposta para a diversão não está somente em conviver com outras pessoas, mas sim de não passar a noite sozinhos. De maneira equivocada, algumas pessoas acreditam que em meio às breves experiências de namoro poderão encontrar seu par ideal. Em outras palavras, elas procuram encontrar alguém especial vivendo inúmeros namoricos. Como se desses encontros fosse possível detectar a(o) namorada(o) perfeita(o) para então viverem o sonhado relacionamento. Outros acreditam que por não terem ainda encontrado a mulher ou o homem da sua vida justificam a atitude de viver um encontro com a duração de uma noite.
Dessa  forma, as abordagens quase  sempre seguem os mesmos rituais, tanto para  homens quanto para as  mulheres. Sem rodeios procuram conduzir o encontro  para uma intimidade,  na qual o casal tem como motivação o vínculo  passageiro. E quando  acontece do rapaz se deparar com uma moça que  resiste a tal proposta ou  não responde com o mesmo interesse, sem  pestanejar,  desvia seus  objetivos  em direção a uma outra pretendente.
Nessas investidas  masculinas estará como alvo as jovens que se vestem  de maneira mais  provocante ou aquelas que expressam em gestos uma  predisposição para um  relacionamento-relâmpago.
Como que se vivessem  num círculo  vicioso, a mesma atitude vai se repetir por muitos finais  de semanas e  festas oportunas. E os comentários entre os amigos(as), já  não tão  discretos, seria a respeito de quem foi ou como foi a noite com  essa ou  aquela pessoa.
Sabemos  que, para encontrar  alguém, precisamos também "nos desinstalar", pois  dificilmente o  príncipe ou a princesa encantados vão cair do céu e bater à porta da ou do jovem. E a  frustração de muitos relacionamentos está no fato de as  pessoas  perceberem que, apesar de terem vivido muitos momentos, nenhum  desses  eventos foram duradouros o bastante como gostariam que  acontecesse.
Contudo, a maneira de conquistar alguém com intenções de viver um relacionamento mais sério, certamente, não será por meio das mesmas abordagens vividas nos finais semana anteriores. Tampouco será a extroversão abusada ou a concordância para um programinha que vai garantir a conquista de alguém.
Dessa forma, a pessoa que deseja algo diferente para si começará a entender os motivos de seus relacionamentos frustrados quando, sem hesitação, responder de maneira diferente às investidas costumeiras dos pretendentes de plantão. E uma primeira mudança a ser tomada estaria na própria maneira de ver a pessoa do sexo oposto. Agora não como alguém que serviria apenas de muletas para suprir suas carências, mas de forma a encontrar uma pessoa como quem poderá viver a realização de um chamado para uma vida a dois e de maneira sóbria.


 
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