31/05/2011

O poder do Sangue de Cristo

Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue?

Queres conhecer o poder do sangue de Cristo? Voltemos às figuras que o profetizaram e recordemos a narrativa do Antigo Testamento: Imolai, disse Moisés, um cordeiro de um ano e marcai as portas com o seu sangue (cf. Ex 12,6-7).

Que dizes, Moisés? O sangue de um cordeiro tem poder para libertar o homem dotado de razão? É claro que não, responde ele, não porque é sangue, mas por ser figura do sangue do Senhor. Se agora o inimigo, ao invés do sangue simbólico aspergido nas portas, vir brilhar nos lábios dos fiéis, portas do templo dedicado a Cristo, o sangue verdadeiro, fugirá ainda mais para longe.
Queres compreender mais profundamente o poder deste sangue? Repara de onde começou a correr e de que fonte brotou. Começou a brotar da própria cruz, e a sua origem foi o lado do Senhor. Estando Jesus já morto e ainda pregado na cruz, diz o evangelista, um soldado aproximou-se, feriu-lhe o lado com uma lança, e imediatamente saiu água e sangue: a água, como símbolo do batismo; o sangue, como símbolo da eucaristia.

O soldado, traspassando-lhe o lado, abriu uma brecha na parede do templo santo, e eu, encontrando um enorme tesouro, alegro-me por ter achado riquezas extraordinárias. Assim aconteceu com este cordeiro. Os judeus mataram um cordeiro e eu recebi o fruto do sacrifício.
De seu lado saiu sangue e água (Jo 19,34). Não quero, que trates com superficialidade o segredo de tão grande mistério. Falta-me ainda explicar-te outro significado místico e profundo. Disse que esta água e este sangue são símbolos do batismo e da eucaristia. Foi destes sacramentos que nasceu a santa Igreja, pelo banho da regeneração e pela renovação no Espírito Santo, isto é, pelo batismo e pela eucaristia que brotaram do lado de Cristo. Pois Cristo formou a Igreja de seu lado traspassado, assim como do lado de Adão foi formada Eva, sua esposa.


Por esta razão, a Sagrada Escritura, falando do primeiro homem, usa a expressão osso dos meus ossos e carne da minha carne (Gn 2,23), que São Paulo refere, aludindo ao lado de Cristo. Pois assim como Deus formou a mulher do lado do homem, também Cristo, de seu lado, nos deu a água e o sangue para que surgisse a Igreja. E assim como Deus abriu o lado de Adão enquanto ele dormia, também Cristo nos deu a água e o sangue durante o sono de sua morte.


Vede como Cristo se uniu à sua esposa, vede com que alimento nos sacia. Do mesmo alimento nos faz nascer e nos nutre. Assim como a mulher, impulsionada pelo amor natural, alimenta com o próprio leite e o próprio sangue o filho que deu à luz, também Cristo alimenta sempre com o seu sangue aqueles a quem deu o novo nascimento.

30/05/2011

Podemos mudar a nossa história

Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir

S
im, este título não é apenas sugestão, mas uma concreta e alegre afirmação: É possível, é sempre possível mudar nossa história!

Percebo que o conformismo e a acomodação são dois grandes parasitas que perpassam o DNA de muita gente em nosso tempo. Tempo por vezes tão confuso, que em várias situações acaba inserindo nas pessoas uma intensa letargia e um profundo sentimento de incapacidade. Sim, incapacidade diante dos problemas, das fraquezas, diante de fatos dolorosos que desejam – levianamente – definir o curso de nossa história.

É necessário que se creia que não se é aquilo que se sente, e que mesmo quando a tristeza e a incapacidade quiserem nos aprisionar, podemos e devemos resistir acreditando na força que existe dentro de cada um de nós, no poder de superação que muitos já definiram como: “Força dinâmica que anima a vida”.

Ao contrário do que muitos pensadores contemporâneos afirmaram, o homem não é um nada atirado no vazio da existência, sem um “porquê” de existir e sem “uma finalidade na existência”. O homem é um ser prenhe de significado, um ser que porta uma enorme capacidade de se superar e se autotranscender em cada instante da vida.

As contrariedades que enfrentamos não têm o poder de definir aquilo que seremos, nem mesmo nossos erros e fragilidades o têm. Tudo isso pode se tornar matéria-prima para realizarmos uma bela e contínua "re-significação" em nossa história, superando dores e conquistando vitórias.

Basta, atentamente, perceber o movimento presente na existência para compreender que as dificuldades nem sempre são inimigas, mas, na maioria das vezes, elas vêm à luz com o intuito de fazer a vida ser mais e não menos. O sofrimento traz consigo uma força de novidade que infunde no coração capacidades que antes nem eram imaginadas por aquele que o vivencia.

Não é preciso temer o sofrimento, mas é preciso saber como reagir, como responder a ele. Ele pode e deve sempre formar e ensinar, e não se tornar uma muleta, na qual nos escondemos a vida toda. Ele tem o dom de nos fazer compreender a vida de uma forma como nunca a entenderíamos antes. Ele nos purifica e tira de nós o melhor. Por isso, diante de qualquer dor e derrota, o importante é sempre nutrir a certeza: “É possível mudar minha história!”, é possível crescer com as dores e sempre aprender com elas.

Por maior que sejam as muralhas que se levantaram contra nós, essa esperança deve sempre povoar nosso coração: “Sou um vencedor, possuo em mim essa Força dinâmica de superação, que anima minha vida; posso vencer, pois essa Força de Deus habita em mim”.

E mesmo quando somos nós os culpados, mesmo quando padecemos por conta de nossos próprios erros e fraquezas, é necessário entender que, em Deus, misericórdia não é passatempo, mas verdade eterna e derramada como perene possibilidade de recomeço e novidade, em qualquer fase ou circunstância da vida.

Quando se entende que a vida não pode ser subtraída a momentos isolados de limitação e que ela nasceu para sempre ser mais, para sempre crescer, a esperança pode fixar morada – mesmo em meio ao cansaço dos dias – naquele que caminha, alimentando-o com sua primavera e dando sabor e alegria a cada fragmento de tempo e presença que empregamos nesta terra.

Enfim, podemos mudar nossa história! Aliados à Graça, sempre poderemos!

27/05/2011

Quando uma janela se fecha, uma porta se abre mais à frente


A Palavra que vamos meditar hoje está em Hebreus 10, 31-39:

" 32. Lembrai-vos dos primeiros dias, quando, apenas iluminados, suportastes longas e dolorosas lutas, 33. ora apresentados em espetáculo, debaixo de injúrias e tribulações, ora solidários com os que assim eram tratados. 34. De fato, compartilhastes os sofrimentos dos prisioneiros e aceitastes com alegria o confisco dos vossos bens, na certeza de possuir uma riqueza melhor e mais durável. 35. Não abandoneis, pois, a vossa coragem, que merece grande recompensa. 36. De fato, é preciso que persevereis, para cumprir a vontade de Deus e alcançar o que ele prometeu.

37. Porque ainda bem pouco tempo, e aquele que deve vir, virá e não tardará. 38. O meu justo viverá por causa de sua fidelidade, mas, se esmorecer, não me agradarei mais nele. 39. Nós não somos desertores, para nossa perdição. Perseveramos na fé, para a nossa salvação. "

Se no momento de luta abandonamos a nossa fé nos perdemos. A hora da batalha é a hora em que mais precisamos nos agarrar em Deus para superá-la. Quando a vontade de abandonar o barco vier, lembre-se dos seus momentos de graças no Senhor. A lembrança do bem que Deus nos faz, e fez no passado, é o que nos reanima.

Se, no passado, Ele nunca o abandonou, por que haveria de abandoná-lo agora? Na nossa vida os problemas virão ao nosso encontro, isso é inevitável. Contudo, não é inevitável se deixar vencer pelas adversidades. Nunca foi fácil para ninguém suportar a fé, mas é possível. A Palavra de Deus é a palavra da memória. Precisamos voltar para a graça do Pai em todas as circunstâncias da nossa vida. Você se lembra de como o Senhor foi suporte para você naquela luta que enfrentou?


Se enfrentamos injúrias, tribulações, sofrimentos por causa do Senhor, louvado seja Deus! Acredite, você está no caminho. Crer em Deus vai muito além de dizer “amém”. Precisamos colocar nosso coração no Pai e confiar n'Ele! Só existe Alguém na nossa vida que não passa: Deus. Crer no Senhor é estar disposto a perder benefícios por causa d'Ele. O que você está disposto a perder por causa de Jesus? E nisso eu acrescento coisas materiais.

Quando uma janela se fecha para nós, uma porta se abre mais à frente. Você pode ter certeza de que, quando o mundo fecha uma janela para você, Cristo vai recompensá-lo. Quem está guiando a sua vida? A sua carne, com os sentimentos prazerosos, ou o Espírito Santo? A paixão e o prazer têm a capacidade de nos desorientar. Na hora de decidir é preciso prudência.

Na Semana Santa fomos convidados a voltar para Deus, a ver a maior prova de amor do mundo e retornar para o Senhor. Se você está notando que sua vida o atropela, é hora de parar e refletir. Coragem é agir com o coração do Espírito. Não erra quem decide com amor.

Amém!

26/05/2011

Por que Jesus morreu na cruz?

O drama de um Deus crucificado por amor ao homem

Jamais o mundo viu ou verá um acontecimento como este: o Filho de Deus humanado é crucificado e agoniza durante três horas numa cruz. Três longas horas de dores indizíveis, sofrimentos inenarráveis na pior forma de suplício que o Império Romano impunha a seus opositores, bandidos, malfeitores... Foi o drama de um Deus crucificado por amor ao homem, criatura moldada à Sua "imagem e semelhança" (cf. Gen. 1,26).


Um mistério insondável de amor e de dor que projeta luz sobre o quanto cada um de nós é importante para Deus. Cristo não mediu esforços para resgatar cada um de nós para Deus... foi até as últimas consequências. São João expressou isso como ninguém: "Tendo amado os seus que estavam no mundo, amou-os até o fim" (Jo 15,1).

A dívida dos pecados dos homens, sendo, de certo modo infinita, exigia um sofrimento redentor também infinito para reparar a ofensa contra a majestade infinita de Deus. Então, o sofrimento de Deus feito homem, infinito, triunfou do pecado. O resgate de cada um de nós foi pago. Pelo sofrimento de Jesus, Homem e Deus, a humanidade honrou a Deus incomparavelmente mais do que O ofendera e poderá ainda ofender. O homem, resgatado agora pelo Filho do Homem, pode voltar para os braços de Deus. A justiça foi satisfeita.
Podemos perguntar: mas por que foi necessário que um Deus morresse na Cruz para nos salvar? São Leão Magno (400-461), Papa e doutor da Igreja, nas suas homilias de Natal, lança luzes sobre o mistério da nossa Redenção:

Mas, o fato, caríssimos, de Cristo ter escolhido nascer de uma Virgem não parece ditado por uma razão muito profunda? Isto é, que o diabo ignorasse que a salvação tinha nascido para o gênero humano, e, escapando-lhe que a concepção era devida ao Espírito, acreditasse que não tinha nascido diferente dos outros aquele que ele não via diferente dos outros.

Com efeito, aquele no qual ele constatou uma natureza idêntica à de todos tinha, pensava ele, uma origem semelhante à de todos; ele não compreendeu que estava livre dos laços do pecado aquele que ele não viu isento das fraquezas da mortalidade. Porque Deus, que, em sua justiça e em sua misericórdia, dispunha de muitos meios para elevar o gênero humano, preferiu escolher para isso a via que lhe permitisse destruir a obra do diabo, apelando não a uma intervenção de poder, mas a uma razão de equidade.

Porque, não sem fundamento, o antigo inimigo, em seu orgulho, reivindicava direitos de tirano sobre todos os homens e, não sem razão, oprimia sob seu domínio aqueles que ele tinha prendido ao serviço de sua vontade, depois que eles, por si mesmos, tinham desobedecido ao mandamento de Deus. Por isso não era de acordo com as regras da justiça que ele cessasse de ter o gênero humano como escravo, como o tinha desde a origem, a não ser que fosse vencido por meio do que ele mesmo tinha reduzido à escravidão.

Para esse fim, Cristo foi concebido de uma Virgem, sem intervenção de homem... Ele [o demônio] não pensou que o nascimento de uma criança gerada para a salvação do gênero humano não lhe estava sujeito como o estava o de todos os recém-nascidos. Com efeito, ele o viu vagindo e chorando, viu-o envolto em panos, submetido à circuncisão e resgatado pela oferenda do sacrifício legal. Mais tarde, reconheceu os progressos normais da infância, e até na idade adulta nenhuma dúvida lhe aflorou sobre o desenvolvimento conforme a natureza.

Durante este tempo ele lhe infligiu ultrajes, multiplicou injúrias, usou de maledicências, calúnias, blasfêmias, insultos, enfim, derramou sobre ele toda a violência do seu furor e o pôs à prova de todos os modos possíveis; sabendo com qual veneno tinha infectado a natureza humana, ele jamais pôde crer que fosse isento da falta inicial aquele que, por tantos indícios, ele reconhecia por um mortal.

Ladrão atrevido e credor avaro, ele se obstinou em levantar-se contra aquele que não lhe devia nada, mas exigindo para todos a execução de um julgamento geral pronunciado contra uma origem manchada pela falta, ultrapassou os termos da sentença sobre a qual se apoiava, porque reclamou o castigo da injustiça contra aquele no qual não encontrou falta.

Tornando-se, por isso, caducos os termos malignamente inspirados na convenção mortal, e, por causa de uma petição injusta, que ultrapassava os limites, a dívida toda foi reduzida a nada. O forte é atado com os seus próprios laços, e todo o estratagema do inimigo cai sobre a sua cabeça. Uma vez amarrado o príncipe deste mundo, o objeto de suas capturas lhe foi arrancado. Nossa natureza, lavada de suas antigas manchas, recupera sua dignidade, a morte é destruída pela morte, o nascimento é renovado pelo nascimento, porque, ao mesmo tempo, o resgate suprime nossa escravidão, a regeneração muda nossa origem e a fé justifica o pecador”

(Sermão XXII , segundo Sermão do Natal).

25/05/2011

Jesus, esmagado pelos nossos pecados

O pecado da humanidade desorganiza tudo

Jesus veio ao mundo para tirar os pecados da humanidade, por isso, Ele morreu na cruz, para arrancar o pecado do mundo, arrancar as ervas daninhas que matam o jardim da nossa alma. Há teologias que dizem que Jesus veio para trazer o bem-estar para o mundo; mas não, Ele veio para tirar o pecado do mundo. Estava anunciado havia mais de mil anos que Ele viria. João Batista anunciou Jesus, ele poderia usar o que os salmistas diziam, mas não. Em São João 1,29, ele anunciou Jesus: "Eis o Cordeiro de Deus, aquele que tira o pecado do mundo". O anjo disse o mesmo para José: "Ele vai salvar o seu povo dos seus pecados".

O Senhor foi esmagado por causa da nossa iniquidade. Não existe nada neste mundo pior que o pecado. Jesus morreu por nós, por causa dos nossos pecados. Foi preciso que, na Semana Santa, tivessêmos feito esta reflexão. O Senhor morreu para que saíssemos da escuridão da morte e nos limpássemos de todos os pecados. O Senhor deixou o explendor do céu para experimentar o vale de lágrimas da terra. Nós temos de experimentar o amor de Deus. Depois que Jesus desceu do céu, por amor a cada um de nós, e sofreu tudo que Ele sofreu, ninguém tem o direito de duvidar do Seu amor. Se ainda fosse possível sofrer mais como homem, Jesus teria sofrido para provar o Seu amor.

"Tende consciência de que fostes resgatados da vida fútil herdada de vossos pais, não por coisas perecíveis, como a prata ou o ouro, mas pelo precioso sangue de Cristo, cordeiro sem defeito e sem mancha" (São Pedro 1,18-19).

Nós fomos resgatados da morte pelo preço valioso da vida do Cordeiro de Deus. A nossa salvação custou a vida d'Ele. Quanto vale a sua vida? Você vai me dizer que não tem preço. Deus deu a vida de Seu único Filho para nos salvar. A nossa salvação custou a vida de Nosso Senhor Jesus Cristo. Deus não quer perder nenhum de nós.

"Haverá mais alegria no céu por um pecador que se converta do que por 99 justos que fazem penitência". Sinta como você é precioso para Deus! Quantas pessoas acham que a sua vida não presta! Meu irmão, você é precioso para Deus, sua alma tem valor infinito para Ele. Peça perdão pelas vezes em que você se desvalorizou, pois você é muito precioso aos olhos do Altíssimo. Se você não valesse nada, o Filho de Deus não teria descido do céu para salvá-lo.

O Catecismo da Igreja Católica revela que Deus poderia ter salvo a humanidade de outra maneira, mas Ele o fez de forma que ninguém duvide de Seu amor. O segundo motivo pelo qual o Senhor fez do sofrimento a matéria-prima da salvação é porque Ele queria que entendêssemos o sofrimento. O salário do pecado é a morte. A consequência do pecado é a dor, a lágrima, o desespero e a morte.

No plano de Deus não haveria sofrimento para ninguém, porque Ele nos criou para a vida. Foi por inveja do demônio que a morte entrou no mundo. Ele injetou a morte com o veneno do pecado. A humanidade prefere ouvir a voz do demônio a ouvir a voz de Deus. A morte entrou no mundo, porque o pecado separa o homem de Deus Pai. O pecado da humanidade desorganiza tudo. A causa última de todo o sofrimento é o pecado. "Eis o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo". Foi para isso que o Senhor veio ao mundo.


Vergonha não é você contar o seu pecado para o padre, vergonha é você pecar. Não deixe a confissão para amanhã, porque amanhã pode não dar tempo. A primeira coisa que Jesus fez depois que Ele ressuscitou foi instituir o sacramento da confissão. Cristo Ressuscitado quis dar o perdão por intermédio da Igreja. Cristo não salvou simplesmente a humanidade, Ele depositou o remédio da salvação no coração da Igreja. Quem não ouve a Igreja não ouve o Pai. Quem crê e é batizado será salvo!

24/05/2011

Como vencer a violência

Quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele

A Igreja ensina as razões profundas da violência; acima de tudo está num coração sem Deus, sem amor ao irmão, o qual não é visto como “imagem e semelhança de Deus”. E quando Deus é retirado de cena, o homem ocupa o lugar d’Ele e a dignidade humana já não é mais respeitada. O "não" dito ao Senhor acaba se transformando em um "não" dito ao homem, por isso vemos hoje a pior de todas as violências: o aborto e a eutanásia, o sacrifício da vida humana; além dos assaltos, sequestros, roubos, corrupções de toda ordem, pedofilia, estupros, incestos, violência nos lares contra as crianças, entre outros.

Não basta encher as nossas ruas de policiais armados e bem equipados para acabar com a violência – embora isso seja necessário para combatê-la de imediato –; é preciso mais. É preciso a "educação para a paz". Essa educação exige que se ensine às crianças e aos jovens, nos lares e nas escolas, a dignidade de todo e qualquer ser humano. A moral cristã tem como base essa dignidade. Tudo aquilo que a Igreja condena como imoral é porque fere a dignidade da pessoa. A base da violência está na falta da vivência moral e na relativização do que seja o bem; o mal tem gerado muitas formas de violência.

Um fator de importância máxima na questão da violência é a família, pois ela é a “escola de todas as virtudes”, e é nela que a criança deve aprender com os pais e os irmãos a respeitar e a ser respeitada. Mas como vai a família? Infelizmente mal; a imoralidade tem destruído a família e seus valores cristãos. Muitas estão destruídas e há muitos filhos sem a presença imprescindível dos pais para educá-los. Milhares de adolescentes e jovens ficam grávidas sem ao menos terem um lar para receber seus filhos. Como disse o saudoso Papa João Paulo II, no Brasil há milhares de crianças “órfãs de pais vivos”. Que futuro terão essas crianças? Muitas delas acabarão na rua e no mundo do crime e da violência. Sabemos que quase a totalidade dos nossos presos são jovens.

E por que tantos jovens acabam no mundo do crime? Porque lhes faltam um pai e uma mãe que lhes ensinem o caminho da honradez, da virtude, da escola e do trabalho. O trabalho é a sentinela da virtude.


Hoje quase não faltam escolas para as crianças, nem mesmo catequese nas paróquias, mas faltam os pais que as conduzam à escola e à igreja. Portanto, sem a reestruturação da família, segundo o coração de Deus, na qual não existam o divórcio, a traição, o incesto, as brigas, o vício, o estupro, a pedofilia, etc., não se poderá acabar com a violência na sociedade. E sobretudo, sem Jesus, sem o Evangelho, sem a vivência moral ensinada pela Igreja de Cristo, não haverá paz verdadeira e duradoura. Sem isso será inócuo lutar pela paz. Diz o salmista que se não é Deus quem guarda a cidade, em vão vigiam os seus sentinelas” (Sl 126, 1).

23/05/2011

Lutar com as próprias armas


Quando estiver desanimado, nunca desista!

Quando o jovem Davi se dispunha a brigar com o gigante Golias, o rei Saul emprestou sua armadura de aço, seu escudo e sua espada, porém o pastot de Belém não podia nem caminhar com tanto peso (conf. 1Sm 17, 38-39). Ele teve que renunciar às armas reais e brigar com sua funda e cinco pedras de arroio. David não derrotou Golias com as armas do rei Saul, mas com as suas próprias.

Deus também ordena ao juiz Gedeão, que se sente incapaz de enfrentar uma batalha contra os madianitas: vai e, com essa força que tens, livra Israel das mãos dos madianitas (conf. Jz 6,14).

Vamos enfrentar a batalha com toda nossa força, mas só com a força que temos. Ali está o segredo de nossa vitória. Moisés, por sua parte, estava acostumado a apascentar o rebanho de seu sogro Jetro e vivia na rotina e na melancolia. Até que um dia se atreveu a dar um passo ao fascinante mundo do desconhecido e foi “para além do deserto”, para encontrar um novo sentido à sua existencia (Ex 3,1).

Era uma vez um grande músico chamado Nicolo Paganini, nascido em Gênova, Itália, em fins do seculo XVIII, que foi considerado o melhor violinista de todos os tempos.

Certa noite, o palco da Scala de Milán estava repleto de admiradores, sedentos para escutá-lo. Paganini colocou seu violino no ombro e o que se escutou foi indescritivel: tons graves que se misturavam com fins agudos. Fusas e semifusas, colcheias e semicolcheias pareciam ter asas e voar ao contato de seus dedos encantados. De repente, um ruído estranho surpreendeu a todos. Uma das cordas do violino de Paganini havia se rompido. Paganini continuou tocando e arrancando sons deliciosos de um violino com problemas.

Pouico depois, a segunda corda do violino de Paganini se rompeu. Como se nada tivesse acontecido, Paganini esqueceu as dificuldades e continuou criando sons do impossivel.
Pela sobrecarga do esforço, uma terceira corda do violino de Paganini se rompeu. E ele continuou produzindo melodiosas notas.

No concerto da vida, se rompem as cordas de nosso violino quando se deteriora a saúde, quando perdemos de repente pessoas queridas, quando um amigo nos traí e outras mil formas imprevistas. De qualquer maneira, o musico deve continuar tocando, inspirado na criatividade e na perseverança.

Mesmo que as cordas se rompam, seguiremos sem nos deter e florescerão qualidades ocultas que nem nós sabíamos que existiam em nosso interior. Então, os outros se emocionam e se motivam, porque percebem que, se alguém pode tocar seu instrumento musical em meio às dificuldades, eles também acreditam que podem fazê-lo.

Quando estiver desanimado, nunca desista, pois ainda existe a corda da constância para tentar uma vez mais, dando um passo “mais além” com um enfoque novo. Enquanto tiver a corda da perseverança ou da criatividade, pode continuar a caminhar, encontrando soluções inesperadas.

Desperta o Paganini que há dentro de você e avança para vencer.
Vitória é a arte de continuar onde os outros se dão por vencidos. Quando tudo parece desmoronar, se brinde com uma oportuinidade e avance sem parar. Toca a mágica corda da motivação e tire sons virgens que ninguém conhece.

Toca teu violino com as cordas que tens.

20/05/2011

Consagre-se


Se até hoje você mediu seus valores por aquilo que o mundo oferece, o Senhor não o condena porque esse sempre foi seu padrão de vida: cursos realizados, profissão, cargos, posição, emprego... O que Ele quer é que, agora, sua vida seja colocada a serviço d'Ele.

Não pense que o Senhor o privará de sua realização. Ao contrário, será muito mais gratificante. Você terá alegria e felicidade verdadeiras. Para isso, é preciso que se entregue totalmente nas mãos do Senhor, pois Ele é o Senhor e você, o servo. Isso não significa que você tenha de ser padre, religioso ou religiosa... Em primeiro lugar, consagre-se ao Senhor. Depois, Ele mesmo lhe mostrará de que maneira servi-Lo.

Eu sei que para muitos é difícil, mas a Palavra de Deus é clara. Até arrisco dizer: você está como Eliseu naquele momento em que sentiu o manto de Elias sobre seus ombros, pois Jesus passou e lançou o Seu manto sobre você, que é chamado a dar a sua resposta. Entregue-se, consagre-se, dê o seu “sim”. Coloque-se como patrimônio do Senhor.

Deus te abençoe!

(Trecho do livro "O Espírito sopra onde quer" de monsenhor Jonas Abib).

19/05/2011

Amar sem anular o outro


O autêntico amor cria no outro individualidade

O amor – em seu autêntico significado – é realidade que sempre fabrica vida e liberdade. É um sentimento, uma atitude que constantemente promove o bem e o realizar-se do objeto a que se ama.

O amor não pode ser confundido com um infundado desejo de posse, imbuído do intuito de devorar ou anular a personalidade do outro, transformando-o em um outro eu. Se assim o for, ele se transformará em um ilusório processo de manipulação, que acabará por ocultar toda sorte de egoísmos e carências infantis.

O amor, por definição, promove espaços de respeito e de autenticidade. Ele não manipula nem exige uma representação teatral, mas torna o outro cada vez mais ele mesmo, em um belo processo de acolhida da alteridade (diferença) que o compõe.

Um dos grandes erros que se pode cometer é querer amar alguém a partir apenas das próprias concepções, sem procurar entender como funciona o sistema de crenças – a cabeça – do outro e o que, de fato, lhe tem valor.

As pessoas são diferentes de nós e, assim, precisam ser respeitadas e acolhidas. É fato que por vezes a diferença nos assusta e desafia, contudo, não podemos impedi-la de acontecer, buscando trancafiá-la em um molde que só em nós encontrará o seu perfeito encaixe.

Quem ama não teme, acolhe. Acolhe o diferente que muitas vezes é até melhor que nós… e que por isso mesmo, acaba incomodando.

O outro é um outro, e assim precisa ser assimilado. Ele não tem a obrigação de gostar do que gostamos e de sempre ser o que queremos, para assim nos servir como a um fantoche afetivo, perenemente disposto a preencher nossas ausências e ideais desencontrados. O autêntico amor cria no outro individualidade e autonomia afetiva, não o deixando eternamente escravo de nosso afeto.

Quem ama ensina o amado a também amar outras coisas além de si, pois acredita que quem foi profundamente amado não precisa ficar trancafiado neste registro afetivo, para disso se recordar.

Todo processo de posse e de excessiva exclusividade pode até ser chamado de amor, mas, no fundo, tem outros nomes, tais como apego e egoísmo.

Um amor que não promove no outro autonomia e capacidade de caminhar – individualmente – precisa ser revisto e purificado. Pois no exercício do amar, a pessoa precisa ser promovida e não absorvida pelo ato de quem ama. O coração que deseja amar ajuda o outro a se descobrir e a, consequentemente, se assumir, solidificando, dessa forma, a própria personalidade e seu senso de autonomia pessoal.

Quem não se possui – não se compreende e não se tem… – não poderá se ofertar com qualidade, mas será suscetível de tornar-se objeto a ser anulado. Por isso, promovamos em nós mesmos e nos outros este processo de assumir-se/compreender-se, para que assim lancemos as concretas bases de um amor encarnado, que gera vida e que não se contradiz – não anula – em sua real missão e significado.

18/05/2011

Jesus, Pão da Vida


No Evangelho de São João, encontramos o discurso a respeito do Pão da Vida. Jesus antecipa aos discípulos o maravilhoso tesouro que iria nos deixar:

"Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue tem a vida eterna, e eu o ressuscitarei no último dia. Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele" (Jo 6,54-56).

Depois de ouvirem as palavras de Jesus, os discípulos murmuraram: "Esta palavra é dura. Quem consegue escutá-la?" (Jo 6,60). Não foi o povo quem disse isso, muito menos os escribas, nem os fariseus ou os doutores da lei, nem mesmo os judeus contrários a Jesus: quem disse isso foram os Seus discípulos, os escolhidos para segui-Lo. Aqueles que o Senhor havia mandado à Sua frente, para pregarem e operarem milagres em Seu nome.

Depois das palavras de Jesus, "muitos discípulos o abandonaram e não mais andavam com ele" (Jo 6,66). Eles partiram, não acompanharam mais o Senhor. Poderíamos até pensar que esse foi um momento de crise dentro do ministério do Senhor Jesus. Ele corria o risco de perdê-los [discípulos], depois de prepará-los e formá-los. Portanto, se Jesus não quisesse dizer que Seu Corpo é verdadeira comida e Seu Sangue verdadeira bebida, com certeza teria chamado os discípulos de volta e explicado que se tratava de uma linguagem simbólica, espiritual.

Contudo, o Senhor não voltou atrás no que Ele queria dizer, apesar de Seus discípulos não aceitarem. Eles não tiveram a paciência de esperar. Se perseverassem, entenderiam que Jesus lhes daria o Seu Corpo e o Seu Sangue na forma de pão e vinho, pois foi isso que Ele realizou na Última Ceia.


Diante dessa situação, Jesus questionou os Doze: "Vós também quereis ir embora?" (Jo 6,67). Assim, correu o risco e desafiou os apóstolos. Foi como se dissesse: "Eles foram embora, porque não quiseram aceitar: acharam muito duro. Vocês também querem ir embora? Não posso e não vou voltar atrás. É isto mesmo que vou fazer: dar minha carne como comida e o meu sangue como bebida. Porque minha carne é a verdadeira comida, e o meu sangue é a verdadeira bebida. Vocês querem ir embora também?". Pedro logo respondeu: "A quem iremos, Senhor? Tu tens palavras de vida eterna" (Jo 6,68).

Pedro e os apóstolos permaneceram ao lado de Jesus. Pela graça de Deus, também permaneceremos com Pedro e com os apóstolos, ao ficarmos ao lado da Igreja, que acreditou nas palavras de Jesus Cristo: "Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele" (Jo 6,55-56).

Não podemos ser como os discípulos, que se afastaram por considerarem muito difícil a doutrina. Ou, ainda, como aqueles que celebram a ceia, mas não creem que Jesus está realmente presente na hóstia consagrada, não acreditam que Ele está renovando o Seu sacrifício em cada Santa Missa.

Embora não consigamos entender, com nossa inteligência, a maravilha que Jesus fez, ficamos com Pedro e com os apóstolos. Permanecemos com a Igreja e professamos: "A quem iríamos, Senhor? Somente tu tens palavras de vida eterna. Cremos e sabemos que tu és o Santo Deus".

Jesus falou em “carne e sangue” para não pensarmos que se tratasse de um símbolo ou somente de um espírito. Ele especificou bem: "Pois minha carne é verdadeira comida e meu sangue é verdadeira bebida. Quem se alimenta com a minha carne e bebe o meu sangue permanece em mim, e eu nele". Assim, deixa claro o seguinte: "Eu não dou apenas espiritualmente, eu me dou verdadeiramente. O mesmo Corpo que foi estraçalhado na cruz e que hoje está diante do Pai é o Corpo que eu vos dou. O mesmo Sangue que foi derramado na cruz, pela vossa salvação, eu hoje vos dou, para que tenhais a vida eterna, e para ressuscitardes Comigo no último dia".

É o mistério da fé. A pessoa humana de Jesus pode estar onde quiser, como a velocidade do pensamento: não há empecilhos. Pode passar pelas paredes, pelas pedras, não tem peso. É assim também o Corpo ressuscitado e glorioso de Jesus.

(Trecho extraído do livro “Eucaristia - nosso tesouro” de monsenhor Jonas Abib)

17/05/2011

A origem e a função dos dons

Os dons são dados em benefício da comunidade

São Paulo deixa claro que
os dons, carismas, ministérios e atividades provêm de Deus, de Jesus, do Espírito Santo. Sendo assim, não são conseguidos pelo intelecto ou esforço humano, mas dados gratuitamente por intermédio da ação do Espírito (Cf. I Coríntios 12,1-31).

Paulo também demonstra a finalidade deles. As pessoas recebem dons diversos e estes devem ser colocados em prol do outro para o bem comum (cf. id 12,7). E relata alguns desses dons. Interessante notar que o apóstolo começa pelo dom da sabedoria, tema que perpassa toda a epístola dele ao povo de Corinto. Apesar de já ter deixado claro que eles [dons] são dados em benefício da comunidade, dá ênfase à origem deles. A partir daí ele desenvolve com mais vagar a finalidade dos dons, que são o serviço ao próximo. E para isso utiliza como exemplo o corpo humano (id. 12,12), dessa forma reforça a questão da unidade que o próprio Espírito proporciona. No batismo somos todos iguais (id. 12,13-14).

Interessante é que o apóstolo dos gentios começa por demonstrar a importância dos membros considerados menos importantes em comparação com outros mais vistosos: pé/mão e ouvido/olho (id. 12, 15-17). E assim atesta a importância dos mais fracos na comunidade, chamando-os de indispensáveis , pois também fazem parte do corpo da Igreja, cuja cabeça é Cristo (id. 12,18.20.22).

Ataca aqueles que se consideram superiores e não querem contar com os mais fracos (id. 12,21). Reforça a importância desses membros e, ao compará-los com partes íntimas do corpo, mostra que, apesar de serem considerados menos nobres, são justamente estes que precisam ser mais honrados (id. 12, 22-24). O apóstolo faz essa comparação para que não haja divisão e que todos sejam valorizados (id. 12,25), de modo que todos participem da vida dos demais membros da comunidade. E dessa forma cada um se sinta singular diante de Deus e da comunidade (id. 12,26-27).

E, além de alguns carismas já citados e outros novos, finaliza o trecho com atividades hierárquicas – apóstolos, profetas e mestres (id. 12,28). Esses cargos também participam da mesma dinâmica dos carismas. Nisso o apóstolo inclui todos da comunidade. Independentemente do carisma, do dom, da função, da atividade… são todos importantes, cada um possui um lugar específico, mas são todos membros do mesmo corpo (id. 12,29-30). E dessa maneira abre o tema seguinte, que diz respeito ao anseio pelo dom mais valioso, que, de tão importante, não é tratado como um dos carismas simplesmente, mas um caminho que ultrapassa a qualquer outro: o dom da caridade (id. 12,31).

4 – Como aplicar o texto na vida:

- Quais os dons que o Espírito Santo me concedeu?

- Coloco meus dons em favor do bem comum?

- Tenho consciência de que todos possuem dons e que todos possuem sua importância?

- Eu me enxergo como membro do Corpo de Cristo?

16/05/2011

Adorar a Deus é reconhecê-Lo


A adoração é o primeiro ato de virtude da religião. Adorar a Deus é reconhecê-Lo como Deus. Como o Criador, o Salvador, o Senhor e o Mestre de tudo o que existe, o Amor infinito e misericordioso. “Adorarás o Senhor teu Deus, e só a ele prestarás culto” (Lc 4,8), diz Jesus, criando o Deuteronômio (6,13).

Adorar a Deus é, no respeito e na submissão absoluta, reconhecer “o nada da criatura”, que não existe a não ser por Deus. Adorar a Deus é, como Maria no Magnificat, louvá-Lo, exaltá-Lo e humilhar-se a si mesmo, confessando com gratidão que ele fez grandes coisas, que seu nome é santo. A adoração de Deus único liberta o homem de fechar-se em si mesmo, da escravidão do pecado e da idolatria do mundo (CIC 2096, 2097).



Quando o Anjo do Senhor apareceu em Fátima aos três pastorinhos, trazendo na mão um cálice com a Sagrada Eucaristia, prostrou-se de joelhos com o rosto em terra e convidou as crianças a repetir com ele esta oração: “Meu Deus! Eu creio, adoro, espero e amo-vos; peço-vos perdão para os que não creem, não adoram, não esperam e não vos amam” (3 vezes).

O Anjo ainda lhes ensinou:

“Santíssima Trindade, Pai, Filho e Espírito Santo, eu vos adoro profundamente e vos ofereço o preciosíssimo Corpo, Sangue, Alma e Divindade de Nosso Senhor Jesus Cristo presente em todos os sacrários da terra, em reparação dos ultrajes, sacrilégios e indiferenças com que Ele mesmo é ofendido. Pelos merecimentos infinitos de Seu Santíssimo Coração e pela intercessão do Imaculado Coração de Maria, peço-vos a conversão dos pobres pecadores.”

Depois, levantando-se e tomando o cálice, disse: “Tomai e comei o corpo de Jesus horrivelmente ultrajado pelos homens ingratos. Reparai seus delitos e consolai o Coração de Vosso Deus”.

Procuremos atender às queixas do Anjo, feitas com tanta ternura e insistência, recebendo Jesus frequentemente com a alma pura, visitando-O e fazendo-Lhe companhia, pois Jesus sacramentado encontra-se em muitas Igrejas sozinho e abandonado como no Horto das Oliveiras.

13/05/2011

Imitar Jesus para que minha vida tenha sentido.


Em Efésios 5,1 o apostolo São Paulo nos diz: Sede pois imitadores de Deus, como filhos muito amados”. É isso que o Senhor espera de nós, que sejamos imitadores de Cristo. Mas o que é imitar? Imitar é fazer igual. Mas tem como imitar alguém que eu não conheço?

Se o apóstolo Paulo nos diz para sermos imitadores de Cristo, é a Ele que devemos imitar. E uma das maneiras de imitá-lo é através da Palavra de Deus. Porque a Palavra tem respostas para todas as situações em nossas vidas, e não é verdade que temos muitas situações difíceis? Além de conhecer a Palavra de Deus, temos também os Sacramentos, através deles nós também nos encontramos com Jesus.

Para imitar é preciso conhecer. Quando vemos uma pessoa bonita, inteligente, um artista, ou quem sabe até um professor que gostamos muito, começamos a imitar, muitas vezes pela roupa que eles usam ou até o mesmo o corte de cabelo. Em Jesus Cristo precisamos olhar o que? Olhar o seu coração
e fazer algumas perguntas básicas:

Jesus sentia solidão? Sim, no Horto da Oliveira ao ver seus amigos dormindo Ele sentiu-se sozinho. Como Jesus falava? Ele dizia palavrões? Não. Mas se indignava com a situações erradas, e fazendo o que precisava, escorraçou os vendilhões do templo. Como Jesus tratava a sua Mãe Maria e seu pai adotivo São José? Como Ele se relacionava com seus amigos quando Ele era adolescente? Jesus, também foi adolescente. Ele não nasceu com 33 anos.

Aos doze anos Ele já se ocupava das coisas de Deus. Ele não deu uma fugidinha para aprontar, mas para se ocupar das coisas do Pai. Jesus foi adolescente, mas Ele se cuidava, é preciso se cuidar na adolescência, para as pessoas verem que ser de Deus nos faz bem. Jesus se relacionava de forma pura com seus amigos adolescente. Como você vive os seus relacionamentos? Precisamos imitar a Cristo.


Que tipo de adolescente era Jesus e que tipo de adolescente eu tenho sido? Nesse mundo conturbado em que vivemos, vamos pensar, que foto Jesus tiraria para colocar no facebook, twitter, orkut? O que será que Ele falaria no twitter? Com certeza diria a todo instante: “Convertei-vos e crede no Evangelho”.

Sede pois imitadores de Cristo! A Palavra de Deus está mandando sermos imitadores dos famosos deste mundo? O único que pode ser exemplo para nós, o único perfeito que merece que eu o imite, que eu copie e faça igual é Ele, Jesus.
Você acha que imitar Jesus é coisa fácil? Não. Com certeza ao imitarmos seremos gozados, ridicularizados, mas é preciso ser um adolescente “Bem da Hora” (vejam o Programa da Déia na Canção Nova, recomendo e muito) tendo iniciativas.

O que temos visto hoje são muitos ataques aos adolescentes, é a idade que mais tem sido atacado por este mundo que é governado pelo inimigo de Deus, satanás. Nós precisamos centrar nossa vida em Deus, pois todos esses ataques nada mais é que a falta de Deus.

Como fazer para ter sentido a nossa vida, a idade em que estamos? Ela só terá sentido verdadeiro se imitarmos a Cristo. Mas será que temos sido luz na nossa escola, na família, na rua por onde andamos?

Nós sabemos que somos fracos e limitados, mas existiu e existe uma força sobrenatural que nos impulsiona, que é o espírito Santo de Jesus. Se a nossa vida não gera contradição onde estamos, é sinal que não estamos vivento o Evangelho na sua totalidade. Cada vez mais precisamos ser imitadores de Cristo para este mundo mal que quer destruir os valores da nossa fé e da família.


Não deixe que a sua casa seja conduzida por palavras de maldição, palavras estupidas, comece pela sua casa com o seu testemunho de amor. E precisa começar de mim, na minha casa, na minha família.

Se os outros não imitam a Cristo o problema é deles, mas eu preciso ser testemunha de Cristo, é ser sal e luz para este mundo.

11/05/2011

Padre também se confessa?

Ser ministro do sacramento não nos deixa isentos das fraquezas

Por incrível que pareça essa pergunta é frequentemente feita a nós sacerdotes: "O padre se confessa? Precisa se confessar? Com quem ele se confessa?" Ser ministro do sacramento da reconciliação não nos deixa isentos das fraquezas e de, infelizmente, cairmos no pecado. O sacerdote, como fiel adulto, necessita e deve se confessar. Vejamos o que diz o Catecismo da Igreja Católica (CIC): número §1457: Conforme mandamento da Igreja, “todo fiel, depois de ter chegado à idade da discrição, é obrigado a confessar seus pecados graves, dos quais tem consciência, pelo menos uma vez por ano”. Certas pessoas pensam que o padre se confessa com o bispo e o bispo com o Papa. E o Santo Padre confessa com quem? O Papa tem o seu confessor, que até pouco tempo era um frade Capuchinho. Existem pessoas que chegam a acreditar que o sacerdote se confessa com o espelho. Não, o padre não pode se absolver, ele sempre procura outro sacerdote para se confessar.

Todos os anos os sacerdotes da Diocese de Lorena, juntamente com o seu Bispo, Dom Benedito Beni dos Santos, participamos de uma manhã de espiritualidade em preparação para a Semana Santa e Páscoa. Depois de uma reflexão muito profunda, Dom Beni preside uma celebração penitencial na qual os 60 sacerdotes se confessam uns com os outros. Graças a Deus, padre também se confessa e experimenta a vida nova em Cristo pelo sacramento da reconciliação e da misericórdia.

Por que Cristo instituiu o sacramento da penitência?

CIC §1421 O Senhor Jesus Cristo, médico de nossas almas e de nossos corpos, que remiu os pecados do paralítico e restituiu-lhe a saúde do corpo, quis que sua Igreja continuasse, na força do Espírito Santo, sua obra de cura e de salvação, também junto de seus próprios membros. É esta a finalidade dos dois sacramentos de cura: o sacramento da Penitência e o sacramento da Unção dos Enfermos.

Por que existe um sacramento da reconciliação depois do batismo?

CIC §1426 - 1425 Entretanto, a nova vida recebida na iniciação cristã não suprimiu a fragilidade e a fraqueza da natureza humana, nem a inclinação ao pecado, que a tradição chama de concupiscência, que continua nos batizados para prová-los no combate da vida cristã, auxiliados pela graça de Cristo. É o combate da conversão para chegar à santidade e à vida eterna, para a qual somos incessantemente chamados pelo Senhor.

Quando foi instituído este sacramento?

CIC §1446 Cristo instituiu o sacramento da Penitência para todos os membros pecadores de sua Igreja, antes de tudo para aqueles que, depois do Batismo, cometeram pecado grave e com isso perderam a graça batismal e feriram a comunhão eclesial. E a eles que o sacramento da Penitência oferece uma nova possibilidade de converter-se e de recobrar a graça da justificação. Os Padres da Igreja apresentam este sacramento como “a segunda tábua (de salvação) depois do naufrágio que é a perda da graça”.

CIC §1485 O Senhor ressuscitado instituiu este sacramento quando, na tarde de Páscoa, se mostrou aos Apóstolos e lhes disse: “Recebei o Espírito Santo; àqueles a quem perdoardes os pecados serão perdoados, e àqueles a quem os retiverdes serão retidos” (Jo 20, 22-23).

Quais os elementos essenciais do sacramento da reconciliação?

CIC §1440 – 1449 São dois: os atos realizados pelo homem que se converte sob a ação do Espírito Santo e a absolvição do sacerdote, que em Nome de Cristo concede o perdão e estabelece a modalidade da satisfação.

Quais são os atos do penitente?

CIC §1491 O sacramento da Penitência é constituído de três atos do penitente e da absolvição dada pelo sacerdote. Um diligente exame de consciência; a contrição (ou arrependimento), que é perfeita, quando é motivada pelo amor a Deus, e imperfeita, se fundada sobre outros motivos, e que inclui o propósito de não mais pecar; a confissão, que consiste na acusação dos pecados feita diante do sacerdote; a satisfação, ou seja, o cumprimento de certos atos de penitência, que o confessor impõe ao penitente para reparar o dano causado pelo pecado.

Que pecados se devem confessar?

CIC §1456 Devem-se confessar todos os pecados graves ainda não confessados, dos quais nos recordamos depois dum diligente exame de consciência. A confissão dos pecados graves é o único modo ordinário para obter o perdão.

Quem é o ministro deste sacramento?

CIC §1446 –1466 -1495 Cristo confiou o ministério da reconciliação aos seus Apóstolos, aos Bispos seus sucessores e aos presbíteros seus colaboradores, os quais, portanto se convertem em instrumentos da misericórdia e da justiça de Deus. Eles exercem o poder de perdoar os pecados no Nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Quais são os efeitos deste sacramento?

CIC §1468 Os efeitos deste sacramento “Toda a força da Penitência reside no fato de ela nos reconstituir na graça de Deus e de nos unir a Ele com a máxima amizade.” Portanto, a finalidade e o efeito deste sacramento é a reconciliação com Deus. Os que recebem o sacramento da Penitência com coração contrito e disposição religiosa “podem usufruir a paz e a tranqüilidade da consciência, que vem acompanhada de uma intensa consolação espiritual”. Com efeito, o sacramento da Reconciliação com Deus traz consigo uma verdadeira “ressurreição espiritual”, uma restituição da dignidade e dos bens da vida dos filhos de Deus, entre os quais o mais precioso é a amizade de Deus (Cf. Lc 15,32).

CIC §1449 A fórmula da absolvição em uso na Igreja latina exprime os elementos essenciais deste sacramento: o Pai das misericórdias é a fonte de todo perdão. Ele opera a reconciliação dos pecadores pela Páscoa de seu Filho e pelo dom de seu Espírito, por meio da oração e ministério da Igreja:

Deus, Pai de misericórdia, que, pela Morte e Ressurreição de seu Filho, reconciliou o mundo consigo e enviou o Espírito Santo para remissão dos pecados, te conceda, pelo ministério da Igreja, o perdão e a paz. E eu te absolvo dos teus pecados, em nome do Pai e do Filho e do Espírito Santo.

Obrigado, Senhor, pela Tua infinita misericórdia, criaste os sacramentos da ordem e da confissão. Grande oportunidade de experimentarmos o perdão e voltarmos à amizade Contigo.

Padre Luizinho - Com. Canção Nova
http://blog.cancaonova.com/padreluizinho/

10/05/2011

Quando vemos o sofrimento dos nossos irmãos, qual a nossa reação?

Padre Roger Luís
Foto: Wesley Almeida
Como temos acolhido as más notícias? Como temos olhado para as coisas que nos assustam? Como temos encarado a realidade? Imagine a dor de Moisés, um líder espiritual, quando se deparou com a situação do povo que ele conduzia, mas que tinha virado as costas para Deus e deixado de acreditar nele, que tinha feito prodígios para retirá-lo [povo] da escravidão. Isso aconteceu quando Moisés se afastou de seu povo para ficar mais próximo do Senhor. O Senhor lhe disse que aquele povo O havia abandonado.

Deus disse que iria exterminar aquele povo todo e fazer de Moisés uma grande nação. Que proposta! O Senhor o colocou à prova para saber se ele realmente amava aquele povo. O Senhor lhe fez essa proposta dizendo que quebraria a aliança. Mas que espetacular a resposta desse homem de fé que caminhava e dava respostas, pois buscava a Deus! Moisés não estava satisfeito com o seu bem-estar, pois tinha entranhado em si que aquele era seu povo.

Quando vemos o sofrimento dos nossos irmãos, qual a nossa reação? Estamos tão bem, nossos filhos estão em nossos colos, mas diante do sofrimento daquelas mães que veem seus filhos serem ceifados da vida diante da tragédia no Rio de Janeiro. É o nosso povo que está sofrendo, são nossos irmãos que estão sofrendo. Qual vai ser nossa reação: ficar passivos e indiferentes ou fazer como Moisés, que se colocou em intercessão, no compadecimento, no clamor, na misericórdia ao ver o sofrimento de seu povo?

Esse é o tempo de orar e jejuar para que Deus mude as situações. Ele é o Senhor e pode mudar todas as situações da nossa vida, da nossa casa, da nação brasileira. No Evangelho, Jesus fala de pessoas que deram testemunho d'Ele como João Batista.

Muitas vezes, corremos o risco de estarmos preocupados com nós mesmos, com as coisas da nossa família, mas nos esquecemos de olhar por aquelas pessoas que estão sofrendo.

"Colocar-se em intercessão é orar por aqueles que não têm quem ore por eles"
Foto: Wesley Almeida

A intercessão é algo que acontece no escondido; ninguém vê nem aplaude. Colocar-se em intercessão é orar por aqueles que não têm quem ore por eles, acreditar que Deus pode. É não estar preso em si, mas conseguir ir até o outro; ter a coragem de se ajoelhar, jejuar e fazer sacrifícios para que as coisas mudem. Mas o inimigo de Deus tem nos desanimado de orar. A única coisa que pode transformar o mundo em que vivemos é a oração como fruto e resposta de amor.

O que fecunda é a compaixão, é olhar e ver a necessidade do outro, o sofrimento daquele que é sangue do nosso sangue. É colocar-se na brecha do sofrimento dele, ultrapassar raça, religião e compadecer-se. É ultrapassar os limites de nação para orar e acreditar que Deus pode.

Meus irmãos, Deus pode, mas quer contar com você, com sua oração e intercessão, com sua disposição de orar.

“Mesmos quando a visão se turva e o coração só chora, na alma há a certeza da vitória”. De onde vem a certeza da vitória? Do poder que temos nos nossos joelhos dobrados, nas mãos estendidas, na crença de que, pela oração, Deus faz, realiza, muda. Ele pode mudar. Dobre seus joelhos! Moisés não desistiu do seu povo.

Deus gosta do impossível, porque é aí que Ele toca, que Ele cura. O Senhor é o Deus de milagres, que transforma todas as coisas e salva as pessoas que nós acreditávamos que não tinham mais salvação.

Onde somos capazes de ir na intercessão? É a hora de experimentarmos o reavivamento.

Quero dizer ao meu povo do Rio de Janeiro: vamos rezar, vamos sair às ruas, nos unir, dobrar nossos joelhos, porque eu tenho a certeza de que o Rio de Janeiro, que tem um Cristo Redentor de braços abertos, vai redimir o Seu povo!

Às vezes, precisamos renunciar aos nossos sonhos e sonhar o sonho de Deus.

Padre Roger Luis
Comunidade Canção Nova

09/05/2011

O amor que nos conduz ao outro



João 15,9: “Como meu Pai me ama, assim também vos amo. Permanecei no meu amor”. Tudo gira em torno da experiência do amor de Deus. Jesus ensina o mandamento do amor, capaz de dar a vida, morrer, se sacrificar e renunciar a suas vontades e sonhos para que o outro esteja bem. Ser capaz de renunciar a si mesmo para ver o outro feliz. Isso é muito vivo dentro do sacramento do matrimônio e é isso que gera a fidelidade.

A única coisa que Jesus ensina no ato de amar é isso, o dar a vida. O amor que sai da dimensão apenas afetiva e vai para efetiva, do serviço, que se contenta em ver o amado realizado.

Amor não é sentimento simplesmente, mas sim uma certeza, convicção. Simplesmente o fato de estarmos vivos já é amor, é expressão do amor de Deus por nós. Como reagir a esse amor de Deus, que nos alcança e, muitas vezes, não está nos sentimentos? A nossa reação está em fazer o que Jesus nos manda, dar a vida por Deus é fazer aquilo que Ele nos manda viver.

Você tem vivido ou pelo menos tentado viver aquilo que Deus lhe pede? Queremos ser amigos desse Deus, que nos alcança e deu a própria vida por amor a nós!

"Este amor de Deus é capaz de fazer milagres e gerar vida"
Foto: Maria Andrea/cancaonova.com

I João 4,7: “Amemo-nos uns aos outros, porque o amor vem de Deus”. Deus mandou o Filho ao mundo para que tenhamos a vida por meio d'Ele. Se o Todo-poderoso nos ama assim também devemos amar dessa forma. Se nos amamos uns aos outros Deus Pai permanece em nós. Nós que cremos precisamos reconhecer o amor do Pai por nós. Pela fé queremos experimentar o amor de Deus Pai, Todo-poderoso.

O Senhor o ama e o está tocando nesta hora. Este amor de Deus é capaz de fazer milagres e gerar vida nova. Ele o ama dessa maneira, amor que não se cansa de amar. Somos reflexos desse sentimento nobre. Quem permanece no amor permanece em Deus e Deus nele. Só o amor nos aproxima do Pai e nos concede a graça de permanecermos com Ele.

No amor não há medo. O perfeito amor lança fora todo temor! Aquele que tem medo não chegou à perfeição do amor.

Enquanto o mundo se afasta de Deus acontece o eclipse d'Ele e neste momento há o pecado. Se nos afastarmos de Deus, do amor, do perdão seremos capazes de fazer atrocidades. É muito fácil amar os amigos, mas o mandamento de Deus nos diz que devemos amar também nossos inimigos. É um amor concreto, de ato, de decisão. A força que vem e nos impulsiona a amar vem de Deus, não de nós mesmos.

Amar é perdoar, é dar esse passo concreto. O amor, que o Senhor nos propõe, é um amor exigente, mas Ele nos capacita para isso; não pela força humana, mas pela de Deus. Quem ama a Deus deve amar também seu irmão. O amor de Deus nos faz livres; somos livres quando tomamos a decisão de amar. O Altíssimo nos liberta pela graça desse amor. Por isso, ssomos chamados a expressá-lo [amor]. O amor afugenta satanás, nos refaz e gera vida. Evangelização é isso, expressão pura de amor.

O amor de Deus passa pelo amor humano. O Senhor quer que você seja reflexo do amor d'Ele.

Padre Roger Luís
Comunidade Canção Nova