30/03/2012

Leve mais a sério as ordens de Deus


Esta é a vontade de Deus: “a nossa santificação” (I Ts 4,3).

Deus tem um plano para a nossa vida. Ele quer nos fazer à imagem de Seu Filho! Dentro desse projeto, O Altíssimo age como um hábil arquiteto. O nosso protótipo é Jesus Cristo. Fazem parte de um projeto os momentos difíceis, as situações dolorosas problemas e dificuldades. Uma vez que o nosso projeto não é só uma construção, mas uma transformação, a realização de um ser, mas também acontecem momentos dolorosos: por causa da nossa dureza, desobediência, indocilidade e rebeldia.

“Quem se apega aos meus mandamentos e os observa, este me ama: ora, aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu, por minha vez, o amarei e me manifestarei a ele” (Jo 14,21).

Muitos dizem: “Não consigo amar a Deus com a emoção de gostaria”. Mas não se trata de sentimento. O começo do amor ao Senhor é árido: é levar a sério e colocar em prática os Seus mandamentos. Amar a Deus é algo muito concreto. Amamos mais com vontade do que com sentimentos. A vontade do Pai é que sigamos os Seus mandamentos, e a Palavra de Deus contém muitas ordens. Precisamos levar a sério os preceitos do Senhor, guardar os Seus mandamentos. Colocá-los em prática é realizar o amor a Deus. “Quem se apega aos meus mandamentos e os observa, este me ama”. O amor de Deus é algo concreto: é levar a sério os seus sentimentos.

O mundo desvirtuou de tal maneira a nossa mente que não levamos mais a sério as ordens de Deus. Agimos como crianças distraídas e até malcriadas que nem ligam para o que os pais dizem. Deus Pai fala, mas os homens nem ligam. Não levamos em conta os Seus mandamentos.

“Quem se apega aos meus mandamentos e os observa, este me ama: ora, aquele que me ama será amado por meu Pai, e eu, por minha vez, o amarei e me manifestarei a ele. Judas, não o Iscariotes, lhe disse: ‘Senhor, como é possível que tenhas de te manifestar a nós e não ao mundo?’ Jesus lhe respondeu: ‘Se alguém me ama, observará a minha palavra, e meu Pai o amará; nós viremos a ele e estabeleceremos a nossa morada. Aquele que não me ama não observa as minhas palavras’” (Jo 14,21-24).

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Vocação, um desafio de amor" de monsenhor Jonas Abib)

29/03/2012

O homem de fé é um luzeiro no mundo

A Palavra meditada hoje está em Mateus 22, 1-14

Foto: Wesley Almeida
No dia12/02/2012, a Comunidade Canção Nova celebrou muitas festas, e uma dessas comemorações se deu com o júbilo das Bodas de Prata do casamento de Dunga e Neia, ambos missionários dessa obra. Durante a festa, eles mostraram aos convidados um vídeo com fotos de sua história, de seus familiares e de amigos, pessoas que marcaram suas vidas.

Estou lhes contando sobre esse acontecimento, pois está relacionado com a passagem bíblica de hoje. O Senhor nos preparou uma festa, na qual é preciso celebrar, pois não é momento de tristeza ou de murmuração. É o Senhor quem nos convida para a festa e nos diz: “Já preparei o banquete, os bois e os animais cevados já foram abatidos e tudo está pronto. Vinde para a festa!”. Só falta você.

Irmãos, a passagem bíblica de hoje nos ensina que a vida com Deus precisa ser vivida nesta dinâmica da esperança e da fé. Mas também é verdade que carregamos a cruz todos os dias, pois há muitos desafios para peregrinar nesta vida da fé, muitas são as adversidades, os obstáculos. No entanto, a caminhada com Deus não deve ser feita na tristeza ou de cabeça baixa porque carregamos a cruz que nos leva para a festa.

Há uma festa preparada para nós, e a cruz que carregamos é tão somente o convite, o passaporte para adentrarmos na celebração. O Senhor nos diz hoje que tudo está pronto para a comemoração. Trata-se de uma questão de escolha, pois alguns dos convidados foram indiferentes, outros ficaram preocupados com o seu campo, alguns deles foram cuidar de seus negócios, outros ainda usaram de violência. Então, o Senhor, ao ver a rejeição ao convite feito por Ele, vai à cidade e convida bons e maus.

Deus já investiu tudo para salvar os Seus filhos, mas o inimigo do Senhor tem a cada dia nos roubado desta vida com Deus. O Senhor vai atrás de cada um de Seus filhos, e tem feito isso todos os dias sem medir esforços. Essa festa é um ato dessa generosidade de Deus Pai para resgatar Seus filhos. Nosso Deus não é um Deus impotente. Ele tem feito muito para salvar Seus filhos.

Entretanto, é preciso estar com o traje certo para participar dessa festa, como nos alerta a Palavra de Deus hoje. E esse traje é aquilo que São Paulo escreve na Carta aos Colossenses: “Revesti-vos do homem novo”, ou seja, a nossa fé. Um cristão sem fé destoa e passa a vida sem se encaixar no ambiente e nas coisas ao redor.

Deus nos convida para uma festa, e porque somos chamados e convidados para estar nessa celebração do Senhor, precisamos estar com o traje da fé. Somente a fé nos faz felizes de dentro para fora.

Alexandre Oliveira
Missionário da Comunidade Canção Nova

28/03/2012

Uma mãe de verdade sempre enxerga além

Há coisas que somente uma mãe é capaz de enxergar e de fazer por um filho. Nem sempre as pessoas com as quais convivemos conseguem perceber o que estamos vivendo, mas não há como esconder da nossa mãe o que se passa, porque ela é capaz de perceber mesmo quando não queremos ou não sabemos o que dizer.

Graças a Deus, todos nós temos uma Mãe que nos acompanha sempre. Quando sentimos medo, ela nos diz: “Não sou eu a tua mãe”? E assim em cada situação ela se faz presente e nos convida a nos colocarmos sob os seus cuidados, porque ela quer cuidar de cada um de nós, da mesma forma como cuidou do Menino Jesus.

Convidemos hoje a nossa Mãe, Maria Santíssima, para ser a nossa companheira, nossa amiga e fazer tudo conosco.

Jesus nos deu Maria como Mãe aos pés da cruz, e na pessoa de São João pediu-nos para levá-la para casa: “Quando Jesus viu sua mãe e perto dela o discípulo que amava, disse à sua mãe: Mulher, eis aí o teu filho. Depois disse ao discípulo: Eis aí tua mãe. E dessa hora em diante o discípulo a levou para sua casa” (Jo 19, 26-27).

Obrigada, Virgem Maria, pelos seus cuidados de Mãe na nossa vida.

Luzia Santiago
Comunidade Canção Nova

27/03/2012

Reality shows: será que devo assistir?

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A sensação é de que brincam com nossos instintos

“Se você acha que o José deve ser eliminado disque 0800 tra-la-lá, tra-la-lá. Mas se você acha que o eliminado deve ser o Mané disque 0800 tre-le-lé, tre-le-lé. Decida quem será o eliminado desta noite”.

Não sou um rapaz tão velho, também não sou novinho, mas nos últimos anos, nunca ouvi tanto – sobretudo na TV – o verbo “eliminar”. Talvez levaram para a telinha uma cultura que há anos o ser humano vem fazendo com o seu próximo, o que me leva a recordar uma máxima de Tomas Hobbes: “O homem é o lobo do homem”.

Cá entre nós, não sei mais que reflexão fazer dos programas de televisão como os “reality shows”, que a cada dia mais confinam pessoas em casas, fazendas e ônibus, como a única alternativa de atrair os telespectadores e arrecadar milhões dos patrocinadores e do público. Mas penso também que esses programas são apenas expressão de uma sociedade que já não reflete.

A sensação é de que zombam de nossos sentimentos e brincam com nossos instintos. Você se torna o pré-adolescente que ficou lá atrás, aquele mesmo que espiava a vizinha pela janela todos os dias, buscando algo diferente. Mas agora a janela é a sua sala, e você não está sozinho, pois ao seu lado está sua filha, seu filho, seu(a) esposo(a), seus netos…

Não importa a cena, se é de briga com palavrões e “piiii” ou algo se mexendo debaixo do edredom, não importa se há uma criança na sala ou um idoso, você está curioso e não pode esperar a próxima oportunidade para dar uma “espiadinha na casa”. Semana a semana, o seu telefone se torna como a “maçã do paraíso”, quase impossível de resistir: “disque agora mesmo e decida quem será o eliminado da semana” diz o apresentador de TV com uma trilha sonora estilo Alfred Hitchcock de fundo.

Tenho a sensação de que estão se referindo a algum tipo de animal selvagem, briga de galo, corrida de lebre, mas não, se trata de seres humanos desesperados por dinheiro e fama tal qual as crianças da Somália por um prato de comida.

Conteúdo do programa? Não existe, pois querem a excitação dos instintos, da curiosidade, do que há de pior em nós. Você vai do céu ao inferno de capítulo em capítulo. Vira carrasco de si e dos outros a cada 0800. Pouco a pouco se torna parte da cultura da eliminação. Valores como perdão, amabilidade, mansidão e amor ao próximo se evaporam como chuva de verão em chão quente. Você se diz cristão, mas quando assuntos como aborto, eutanásia e pena de morte são expostos, já está lá, no seu inconsciente, um princípio de eliminação, e não fica difícil aceitá-los.

Você vê uma criança desnutrida debaixo de um viaduto, em um semáforo ou lixão, e nem imagina que também ela é fruto de um telefonema: “Basta ligar no 0800… o custo é de R$... por minuto”. Diz o apresentador zombando do seu senso de compaixão.

São programas tipo “reality shows” que esvaziam a nossa inteligência e provocam em nós uma imbecilidade crônica. Estão nos ensinando o bê-á-bá da burrice e da indiferença.

E você? Já eliminou alguém hoje?

“Com 43% dos votos o eliminado desta noite foi….”. Diz o apresentador da TV em nossas vidas.

26/03/2012

O remédio para a perturbação não é a distração, mas a fé

A Palavra meditada hoje está em João 14,1-14

"Quando não acreditamos em Deus deixamos de acreditar também nas pessoas", nos ensina Márcio
Foto: Maria Andreia
Louvado seja Deus por essa passagem bíblica, que já começa nos dizendo: "não se perturbe o vosso coração. Crede em Deus, credes também em mim disse Jesus". O Senhor nos diz para não nos deixarmos perturbar. Nós não dizemos isso para uma pessoa que está superbem, mas para alguém ameaçado com alguma preocupação.

O que nos leva a não nos perturbar é a fé na Divina Providência, a fé no cuidado que Deus tem conosco, na mão de Deus Pai operando em nosso favor, nos protegendo, agindo em nosso favor, abrindo caminhos para que o necessário sempre chegue na hora certa. Mesmo que passemos por aflições, tentações, preocupações, sempre a mão do Senhor está nos sustentando e não nos deixando cair quando tropeçamos. É a fé em Deus que não permite que as tentações sejam maiores que as nossas forças, e leva o nosso coração a não se perturbar mesmo que haja motivos.

O remédio para a perturbação não é a distração, pois onde formos a preocupação vai conosco, porque ela está dentro de nós. A resolução dos nossos problemas, preocupações e perturbações é ter fé em Deus, pois Jesus nos fala para crermos n’Ele.

Tudo o que pedirmos em nome de Jesus Ele o fará, então, não perturbemos nosso coração. E, diante da perturbação que nos cerca e nos impede de enxergar a vida, tenhamos fé, acreditemos e confiemos no Senhor. Deus é tão bom conosco que nos permite realizar obras ainda maiores do que as feitas por Jesus.

Nós temos a quem pedir e recorrer: Nosso Senhor Jesus Cristo. Mas há uma condição: é preciso pedir com fé. Para que a oração aconteça e a falta de fé não bloqueie a nossa vida, precisamos acreditar. Uma pessoa sem fé é uma pessoa sem perspectiva, sem futuro. A fé é a condição de Deus para a nossa salvação e para tudo.

Uma fé sincera e assumida nos salva dos perigos e do maligno. O Senhor nos diz hoje: não se perturbe, não se perca nas perturbações, mas tenha fé e creia n’Ele. Tudo aquilo de que precisamos, Deus não nos deixará faltar. A fé sincera e assumida nasce do coração, vem do fundo da alma. A fé dos cristãos tem de ser uma fé da luz, da clareza, da confissão, que assume Jesus na vida. Fé verdadeira é fé assumida, convicta e declarada.

Todas as vezes em que nos sentimos tristes e sozinhos é porque deixamos aberta a porta da fé. No momento em que desacreditamos, nos entristecemos. A falta de fé nos leva à solidão. Quando não acreditamos em Deus deixamos de acreditar também nas pessoas. E, assim, vamos ficando cada vez mais sozinhos, amparados em nós mesmos e as nossas forças nos levam a cair.

A Palavra de Deus hoje é de salvação para nós. Na hora da perturbação não busquemos nos distrair, mas tenhamos fé e confiemos em Deus. Expulsemos a tristeza da nossa vida e confiemos no Senhor, e a alegria virá. Mesmo que tenhamos vacilado, Deus não deixará de nos ajudar, Ele nunca nos abandonará e deixará de nos amar.

Deus sempre ouve a quem a Ele recorre.


Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

23/03/2012

Jesus hoje lhe pergunta: 'Você me ama?'

A Palavra meditada hoje está em João 21, 15-17:

15. Depois de comerem, Jesus perguntou a Simão Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas mais do que estes?” Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Cuida dos meus cordeiros”.
16. E disse-lhe, pela segunda vez: “Simão, filho de João, tu me amas?”. Pedro respondeu: “Sim, Senhor, tu sabes que te amo”. Jesus lhe disse: “Sê pastor das minhas ovelhas”.
17. Pela terceira vez, perguntou a Pedro: “Simão, filho de João, tu me amas?” Pedro ficou triste, porque lhe perguntou pela terceira vez se era seu amigo. E respondeu: “Senhor, tu sabes tudo; tu sabes que te amo”. Jesus disse-lhe: “Cuida das minhas ovelhas.

"O Senhor hoje quer que nos deparemos com a mesma realidade com a qual Pedro se confrontou ao ser perguntado três vezes sobre o seu amor por Ele", afirma Dunga
Foto: Wesley Almeida
Estamos vivendo o ano da memória na Comunidade Canção Nova, e isso nos faz relembrar como eram as coisas no início. Ontem recebi em minha casa um casal que está na comunidade há vinte anos, e durante essa convivência, fomos relembrando o início da história dessa obra de Deus.

Logo que cheguei à comunidade fiz duas composições musicais; esta música que cantamos no início do programa retrata como vivíamos aqui. E à sua maneira, você pode fazer a sua casa ser um lugar como a Canção Nova, só depende de você. A Canção Nova é apenas um núcleo que experimenta e que, com a ajuda dos meios de comunicação, quer fazer você experimentar também a graça e o amor de Deus.

Hoje a passagem bíblica fala sobre o amor, é um diálogo que Jesus teve com Simão [Pedro]. Quando Cristo morreu na cruz, Pedro, que estava com outros discípulos, disse que voltaria a pescar. Mas, eles não pescaram nada, então, um homem lhes disse que fossem pescar do outro lado do barco, e um dos discípulos reconheceu que aquele homem era o Senhor.

O diálogo entre Jesus e Pedro acontece logo após esse acontecimento com os discípulos. Na realidade, podemos dizer que se trata de um confronto que Jesus fez a Pedro para despertá-lo sobre o amor que sentia por Ele. Muitos de nós não queremos nos encontrar com a realidade de que amamos Jesus, apenas com a realidade de que somos pecadores ou de que não valemos a pena.

A mensagem do Senhor para nós hoje é esta: nós amamos Jesus. Muitas vezes, devido à correria ou preocupações do dia a dia, nós nos esquecemos de que amamos o Senhor, mas ninguém ama Jesus como você, porque o seu amor por Ele é especial e único, ninguém pode sentir o mesmo amor que você sente. Da mesma forma, ninguém nos ama como Jesus.

O Senhor hoje quer que nos deparemos com a mesma realidade com a qual Pedro se confrontou ao ser perguntado três vezes sobre o seu amor por Ele. Mesmo tendo negado ser amigo do Senhor e que O seguia por medo, Cristo fez com que ele se deparasse com a realidade do seu amor por Ele, apesar de ser um amor humano e cheio de imperfeições.

O Senhor nos ama com o amor perfeito, no entanto, nós não podemos amá-Lo com esse mesmo amor porque somos humanos e cheios de limitações e imperfeições.

O Senhor conhece nossas fragilidades e sabe que nós só podemos amá-Lo com o amor humano, portanto, hoje façamos o exercício de demonstrar nosso amor por Ele. O Senhor está disposto a receber o nosso amor, então, reconheçamos, esforcemo-nos e declaremos esse amor por Ele. O Senhor está de braços abertos para receber o seu amor.

Jesus hoje lhe pergunta: "Você me ama?" Esteja preparado para assumir o seu amor por Ele. Muitos hoje precisam voltar a acreditar que, mesmo sendo indignos e pecadores, ainda O amam. Recupere essa credibilidade e volte a acreditar porque essa é a matéria-prima de Deus para fazer milagres na sua vida.

Dunga
Missionário da Comunidade Canção Nova
*Mensagem do missionário Dunga no programa "Sorrindo pra Vida" da TV Canção Nova, da terça-feira, dia 7 de fevereiro de 2012.

22/03/2012

Espiritualidade: Jesus cura a nossa história?

A Sagrada Escritura, principalmente nos evangelhos, nos responde com certeza e fé que Jesus Cristo Senhor e Salvador cura a nossa história, o nosso coração e se for preciso cura também o nosso físico, mas desculpa lhe dizer isso não é o mais importante. Esse era o grito do cego em Jericó quando sentia Jesus se aproximar, ele não contava com a visão, mas seus ouvidos estavam atentos à presença do Senhor que se aproximava dele.


Isso que é aproveitar a oportunidade, ele era oportunista não pensou duas vezes e gritou: “Jesus, Filho de Davi tende piedade de mim!”. “Chegaram a Jericó. Ao sair dali Jesus, seus discípulos e numerosa multidão, estava sentado à beira do caminho, mendigando, Bartimeu, que era cego, filho de Timeu. Sabendo que era Jesus de Nazaré, começou a gritar: “Jesus, filho de Davi, em compaixão de mim!”Muitos o repreendiam, para que se calasse, mas ele gritava ainda mais alto: “Filho de Davi, tem compaixão de mim!”Jesus parou e disse: “Chamai-o” Chamaram o cego, dizendo-lhe: “Coragem! Levanta-te, ele te chama”. Lançando fora a capa, o cego ergueu-se dum salto e foi ter com ele. Jesus, tomando a palavra, perguntou-lhe: “Que queres que te faça? Rabôni, respondeu-lhe o cego, que eu veja! Jesus disse-lhe: Vai, a tua fé te salvou.” No mesmo instante, ele recuperou a vista e foi seguindo Jesus pelo caminho”. (cf. Lucas 18,35-43).

Você já se viu em uma situação onde está no olho do furacão, no centro de tantos problemas seus e dos outros, situações interiores, problemas de trabalho e de relacionamento e tudo se misturam, vira uma grande tempestade e você não consegue enxergar uma luz no fim do túnel?

Era exatamente assim que se sentia o cego de Jericó, em sua cegueira física, ele era dependente e não suportava mais aquela situação de escravidão física e espiritual. Jesus ao se aproximar daquele homem cura primeiro sua cegueira interior, cura o seu coração, do desespero, da falta de esperança, do medo, da dependência que esta deficiência lhe impôs, do preconceito e da exclusão social. Ele não tinha nem voz nem vez, até a multidão tentou lhe calar, mas ele estava determinado em pedir socorro e quando percebeu a maior chance da sua vida, não ficou preso as suas mazelas, deu o primeiro grande passo para sua cura e libertação, contra tudo e contra todos.


Por maior que seja o seu problema ele não é maior que Deus, por maior que seja o seu dilema ele é bem menor que Deus. O que tem nos deixado cegos em relação a nossa cura e libertação, o que tem prendido você? Existem situações em nossas vidas onde é preciso dar o primeiro e grande passo, onde eu e você precisamos dar o grito de libertação. A minha e a sua libertação não vão acontecer sem a nossa decisão, sem a nossa colaboração, seus medos, suas cadeias precisam ser quebradas, situações em nossa vida só serão vencidos quando nós tomarmos consciência da importância de nossa parte, de nosso papel. O cego de Jericó é um grande modelo de superação, de não parar nos limites por maiores que eles sejam. A nossa primeira ajuda vem do Alto, é Jesus aquele que tem o poder de curar, de nos libertar de nossas cadeias, por isso, vamos dar o grito de nossa libertação: “JESUS, FILHO DE DAVI TENDE PIEDADE DE MIM!”


A partir daí o senhor vai nos conduzir no caminho de nossa cura e libertação pessoal, que dura à vida toda, mas é um processo maravilhoso de crescimento, de amadurecimento. O próprio Jesus vai nos pedir que abandonemos nossas “capas”, aquilo que nos mantém cativos, ou que colaboram para nossa escravidão. É maravilhoso dê o primeiro passo e mesmo que já tenha dado o primeiro não desista de caminhar, não se deixe vencer pelos problemas e dificuldades, nada é maior que Deus. Vitória é o que vem depois da cruz, agüenta firme e grita na oração: “JESUS, FILHO DE DAVI TENDE PIEDADE DE MIM!” Essa música do Dunga pode nos ajudar muito a rezar e a fazer a experiência de cura do cego de Jericó: “Filho de Davi olha para mim, vê como estou e aonde cheguei. Se eu grito é pra me ouvir, é por sei que estás aqui
Escolhestes este lugar pra que eu volte, pra que eu volte a enxergar”.


ORAÇÃO: Senhor Jesus, sei que estás ao meu lado a todo o momento por isso, sabendo do Teu poder e misericórdia,e eu grito é pra mimo onde esta grito o vosso Nome clamando por socorro, pela minha cura e libertação. Quer seja física ou espiritual, recorro a Vós: “Jesus, filho de Davi tende piedade de mim”!

Vê onde eu estou e como me encontro, no meio dos meus medos, minhas cegueiras e toda espécie de escravidão do pecado e das circunstâncias de minha vida, não quero mais continuar assim, nem quero permitir que pessoas ou situações queiram calar a minha voz, então eu grito para me ouvir: Jesus, Jesus tende piedade de mim! Vê minha situação e trás para mim neste dia cura e libertação. Hoje eu me decidi dar o primeiro passo neste longo caminho e sei que o senhor irá me ouvir e me perguntar: “Que queres que Eu te faça”? E eu não vou perder a oportunidade de falar, de abrir meu coração e de confiar no teu amor misericordioso por mim. Passarei quanto tempo for necessário clamando por Ti: “Jesus, Filho de Davi tende piedade de mim”!

Quero te seguir agradecido como fez o cego de Jericó, muito obrigado meu Senhor. Clique a baixo nos comentários e deixe o seu grito de cura e libertação e rezaremos juntos.

Minha benção fraterna.
Padre Luizinho, Com. Canção Nova.
twitter.com/padreluizinho

21/03/2012

Devemos ter sempre o nome de Jesus nos lábios


Por isso, Deus o exaltou acima de tudo e lhe deu o Nome que está acima de todo nome, para que, em Nome de Jesus, todo joelho se dobre no céu, na terra e abaixo da terra, e toda língua confesse: Jesus Cristo é Senhor, para a glória de Deus Pai
(Fl 2,9-11).

Como cristãos, devemos ter sempre o nome de Jesus nos lábios, principalmente na oração para a cura física, para a cura interior e na oração de libertação. Não se trata de algo mágico, como se bastasse proclamar o nome do Senhor para que as curas e libertações acontecessem.

O nome d'Ele significa “Deus salva“, ou seja, ao proclamar o nome de Jesus Cristo, em determinada situação, afirma-se: "Deus salva! Deus salva esta pessoa! Deus salva nesta situação, neste momento!". É uma proclamação e, portanto, seus intercessores precisam sempre proclamar o nome de Jesus como o “Deus que salva”, pois Ele é verdadeiramente o “Deus que salva”.

Da mesma forma que o fogo queima onde quer que esteja, onde está Jesus Cristo há salvação. Onde o nome de Jesus é proclamado, Ele já está salvando, pois Ele é o “Deus que salva”. Ele recebeu esse nome do Pai porque é o Salvador. E é preciso ter essa certeza para que a fé se reacenda em nós.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Combatentes na provação" de monsenhor Jonas Abib)

20/03/2012

A importância dos sacramentos

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O Espírito Santo cura e transforma aqueles que os recebem

Muitos católicos possuem dúvidas de fé, mesmo entre os mais inseridos em diversas pastorais. Diante desta realidade o Papa Bento XVI tem se pronunciado constantemente sobre a importância do estudo do Catecismo da Igreja Católica (CIC) para o revigoramento dos conteúdos fundamentais da fé. Prova disso é a Carta Apostólica sob forma de Motu Proprio – PORTA FIDEI, na qual o Santo Padre proclamou que a partir de 11 de outubro a Igreja viverá o "Ano da Fé".

O Sumo Pontífice afirma, nesta carta, que no ano em questão, o Catecismo da Igreja Católica poderá ser um verdadeiro instrumento de apoio da fé e de formação dos cristãos neste tempo tão complexo. Certamente, o conhecimento da fé leva a uma vivência mais autêntica dos sacramentos e aproxima o homem dos mistérios de Cristo.

Mas o que são sacramentos? Quais são eles? Qual é a relação entre sacramento e fé? Por que eles são eficazes? O que é a graça sacramental? E outras perguntas deste gênero a respeito do sacramento são constantes na vida do cristão.

Fundamentado no Catecismo da Igreja Católica encontramos tais respostas que seguramente contribuem não apenas para o conhecimento intelectual, mas sobretudo para a intimidade com Cristo, razão única da vivência da fé. Os parágrafos 1113 a 1134 são dedicados ao Ministério Pascal nos Sacramentos da Igreja.

O Catecismo da Igreja Católica afirma que os sacramentos são sinais sensíveis e eficazes da graça, instituídos por Cristo e confiados à Igreja, mediante os quais nos é concedida a vida divina. São sete os sacramentos: Batismo, Confirmação – Crisma, Eucaristia, Penitência – Confissão, Unção dos enfermos, Ordem e Matrimônio.

Os sacramentos são necessários para a salvação, porque conferem as graças sacramentais como o perdão dos pecados, a adoção de filhos de Deus, a conformação a Cristo Senhor e a pertença à Igreja. O Espírito Santo cura e transforma aqueles que os [sacramentos] recebem. Estes sinais Cristo confiou à sua Igreja, portanto, os sacramentos são da Igreja, sendo ação de Cristo, e a edificando. Eles são eficazes porque é Cristo que neles age e comunica a graça que significam, independentemente da santidade pessoal do ministro, ainda que os frutos dos sacramentos dependam também das disposições de quem os recebe. Existe uma relação íntima entre os sacramentos e a fé, estes não apenas supõem a fé como também, por meio das palavras e elementos rituais, a alimentam, fortificam e exprimem. Ao celebrá-los, a Igreja confessa a fé apostólica, isto é, a Igreja crê no que reza.

Portanto, os sacramentos possuem um selo espiritual de proteção divina, configurando o cristão a Cristo, sendo, pois, consagrado ao culto divino e ao serviço da Igreja. Enfim, neles há uma graça do Espírito Santo, dada por Cristo e própria de cada sacramento. Essa graça ajuda o fiel no seu caminho de santidade, bem como no crescimento da caridade e do testemunho. Dessa forma, o mergulho profundo no mistério dos sacramentos, por intermédio do conhecimento da fé, conduz o cristão ao próprio Cristo.

Redação Portal

Fonte: Catecismo da Igreja Católica

19/03/2012

Levanta-te e vai; tua fé te salvou!

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Aquele que invocar o Senhor não é abandonado

No dia 11 de fevereiro, sábado próximo, festa de Nossa Senhora de Lourdes, comemora-se também o Dia Mundial do Enfermo. A mensagem especial do Santo Padre para este 20º Dia Mundial do Enfermo, que tem como tema: “Levanta-te e vai; tua fé te salvou!” (Lc 17,19), olha também para o próximo “Ano da fé”: “Desejo renovar a minha proximidade espiritual a todos os enfermos que se encontram nos locais de reabilitação e são acolhidos nas famílias, exprimindo a cada um a solicitude e afeto de toda a Igreja. Na acolhida generosa e amorosa de toda vida humana, sobretudo daquela fraca e doente, o cristão exprime um aspecto importante do próprio testemunho evangélico, a exemplo de Cristo, que se inclinou sobre os sofrimentos materiais e espirituais do homem para curá-lo”.

Além de ressaltar a figura do Bom Samaritano (cf. Lc 10, 29-37), o Papa recorda que “o encontro de Jesus com os dez leprosos (Lc 17, 11-19), em particular as palavras que o Senhor dirige a um deles: ‘Levanta-te e vai; a tua fé te salvou!’ (v.19), ajudam a tomar consciência da importância da fé daqueles que, agravados pelo sofrimento e pela doença, se aproximam do Senhor. No encontro com Ele podem experimentar realmente que quem crê não está nunca sozinho. Deus, de fato, no Seu Filho, não nos abandona em nossas angústias e sofrimentos, mas nos é próximo, nos ajuda a levá-los e deseja curar no íntimo o nosso coração (cf. Mc 2, 1-12)”.

O Papa aproveita para frisar que “o binômio entre saúde física e a cura das feridas da alma nos ajuda a compreender melhor os Sacramentos da cura”, ou seja, a Penitência e a Unção dos Enfermos, que alcançam seu natural cumprimento na Comunhão Eucarística. “A missão principal da Igreja é certamente o anúncio do Reino de Deus, 'mas exatamente esse anúncio deve ser um processo de cura', enfaixar as chagas dos corações partidos (cf. Is 61,1), segundo o encargo confiado por Jesus aos Seus discípulos (cf. Luc 9, 1-2; Mt 10,1.5-14; Mc 6, 7-13)”. “Quem, no próprio sofrimento e doença, invoca o Senhor está certo de que o Seu Amor não nos abandona nunca e de que também o amor da Igreja, prolongamento no tempo da sua obra salvífica, não deixa de ser manifestado.

A cura física, expressão da salvação mais profunda, revela assim a importância que o homem, na sua integralidade de alma e corpo, representa para o Senhor. Todo Sacramento exprime e atua a proximidade de Deus, o qual, em modo absolutamente gratuito nos toca por meio das realidades materiais, que Ele assume ao Seu serviço, fazendo disso instrumentos do encontro entre nós e Ele mesmo. A unidade entre criação e redenção se torna visível. Os Sacramentos são expressão da corporeidade da nossa fé que abraça corpo e alma, o homem inteiro”. Por isso, o momento do sofrimento, em vez de ser motivo de desespero, pode “transformar-se em tempo de graça para voltar-se para si mesmo, repensar a própria vida e nos próprios erros, como o filho pródigo”. “A Igreja, continuando o anúncio do perdão e da reconciliação ressoado por Jesus, não cessa de convidar a humanidade inteira a converter-se e a crer no Evangelho”.

Veja mais:

O amor que cura a dor

Dom Fernando Arêas Rifan
Bispo da Administração Apostólica Pessoal João Maria Vianney

16/03/2012

A maior necessidade do ser humano é o amor

Jesus precisa ser levado por pessoas que sejam para Ele como os Seus pés, Suas mãos, Seus braços, Seus olhos, Sua face, e que O apresentem a pessoas necessitadas. Em nossos tempos, o Senhor precisa de uma tropa de resgate, de braços capazes de resgatar pessoas de situações muito concretamente ruins, como envolvimento com bebidas alcoólicas, drogas, prostituição, adultério e rebeldia. Vidas sem sentido, depressivas, precisam ser resgatadas.

Jesus quer libertar pessoas do isolamento, do orgulho e da vaidade. Além daquelas que estão na fossa, soterradas, depressivas, existem outras que foram dominadas pelo orgulho e julgam poder ficar sem Deus. Não têm consciência do erro que cometem!

A maior necessidade do ser humano é o amor. As pessoas necessitam ser tocadas e curadas de suas feridas. Jesus é o Bom Samaritano. Ele precisa de alguém que seja para Ele como as Suas mãos, para tocar as feridas e derramar sobre elas azeite e vinho.

Muitos precisam ser vistos pelo Senhor. Por isso, Ele precisa de pessoas que sejam a Sua face, para acolher e amar. Em Seu imenso amor, o Senhor nos chama. Chama a mim e a você. É Ele quem nos dá a graça de não sermos como aquele jovem rico, mas sim como Eliseu, que, consagrando todo o seu patrimônio, segue Elias. Muito mais que seu patrimônio e posição, consagre-se ao Senhor. Você é maior patrimônio d'Ele, Seu maior bem.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Combatentes na provação" de monsenhor Jonas Abib)

15/03/2012

A reconstrução dos muros da alma

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A obra de Deus supera as nossas expectativas

Jerusalém já foi ocupada, destruída e reconstruída inúmeras vezes e os textos bíblicos atestam tudo isso. A cidade santa sempre demonstrou que tinha mesmo algo de celeste. Seu poder de reconstrução, ao longo dos séculos, serve de exemplo para as grandes metrópoles que hoje sofrem com os desastres, naturais ou não.

Há uma semana a cidade do Rio de Janeiro viveu dias de terror com perdas irreparáveis: de vida, de sonhos e projetos... No coração dos cariocas fica a interrogação: de quem foi a culpa? Por que não foi possível prever os desmoronamentos?

Perguntas que talvez soem pela Cidade Maravilhosa eternamente e nunca sejam respondidas por completo. Mas a capacidade de reerguimento da Cidade Santa, que já teve suas muralhas e lugares santos destruídos, serve de sinal para a terra do Cristo Redentor e permanece em pé para as gerações de 30 séculos atrás, mas também para as de hoje.

Mais que falar de muros, prédios ou estruturas de concreto, a Cidade Santa fala de vida, de restauração de alma. A reconstrução que Deus fez na cidade, pela qual inclusive chorou, tão exaltada nas Sagradas Escrituras, é a mesma reconstrução que Ele quer fazer no nosso interior.

Reconstruir as estruturas físicas ou as perdas causadas por uma enchente não é algo fácil, requer tempo, recursos, suor e sacrifício. O vazio da ausência de alguém que se foi com as águas talvez nunca seja preenchido. Já a reconstrução do coração talvez não custe tanto, porque depende de algo plenamente ao dispor de nosso controle: a nossa vontade. Deus faz, reconstrói por completo, recupera aquilo que estava em ruínas, mas depende do nosso querer. O Senhor não agride o nosso livre-arbítrio.

Talvez o muro que precise ser refeito hoje seja um coração decepcionado com a vida, com os outros, consigo mesmo. E como é difícil reconhecer que exista alguma realidade que necessite ser reconstruída! É mais fácil e mais cômodo transparecer aos outros que está tudo nos conformes, que não existe nada que fugiu ao nosso controle.

Ao contrário das ruínas de concreto, nossas deformidades, muitas vezes, ficam escondidas.Deus e os mais próximos sabem onde precisamos de uma verdadeira cirurgia interior, em que precisamos crescer, o que precisamos deixar para estar em conformidade com Cristo. Se exposta ou não, a ferida ou a destruição interior que você vive hoje pode ser reparada por Aquele que tudo pode.

E o legal é que depende de nós, não depende do governo, não depende de investimentos externos. Depende do escancarar a nossa verdade diante de Deus e pedir que Ele mesmo nos reconstrua, nos refaça. O Senhor é o melhor arquiteto, engenheiro ou pedreiro a quem poderíamos recorrer. A obra d'Ele é completa e supera as nossas expectativas. Faça o teste.

Thaysi Santos
Jornalista e missionária da Comunidade Canção Nova

14/03/2012

Vontade de Deus, nosso lugar

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Nela o homem encontra a realização plena

Como Cristo, no Horto das Oliveiras, também nós, em oração, devemos ser capazes de levar a Deus nossos cansaços, sofrimentos, todo o nosso compromisso cotidiano de segui-Lo, e também todas as dificuldades e pesos provocados pelo mal que há em nosso redor. Este foi o ensinamento dado pelo Papa Bento XVI, a respeito da oração de Jesus no Getsêmani, em sua catequese do dia 1º de fevereiro de 2012.

Segundo o Sumo Pontífice a vontade humana encontra sua realização plena no abandono total a Deus, como ensinado por São Máximo, o Confessor, segundo o qual “desde o momento da criação do homem e da mulher, a vontade humana está orientada para a vontade divina e é no 'sim' a Deus que esta [vontade humana] é plenamente livre e encontra sua realização”.

Jesus, no Monte das Oliveiras, nos diz que apenas conformando a nossa vontade à vontade divina, o ser humano atinge a sua verdadeira estatura. Porque Jesus, no Getsêmani, mudou a vontade humana na vontade divina, revivendo o homem real. Em sua catequese, o Papa recordou a oração do Pai-Nosso na qual o Senhor disse: “Seja feita vossa vontade assim na terra como no céu”. Desta forma há uma vontade de Deus para nós e esta deve tornar-se cada vez mais a referência da nossa vontade e do nosso ser.

Na oração de Jesus ao Pai, naquela noite no Getsêmani, Sua vontade humana, abalada pelo medo e pela angústia, foi elevada à vontade divina, para que esta se cumprisse na terra. Assim deve ser nossa oração, “devemos aprender a confiar mais na Providência Divina, a pedir a Deus a força para sair de nós mesmos a fim de renovar o nosso 'sim'”, afirmou o Papa.

Nem sempre é fácil se render à vontade de Deus, como Jesus e a Virgem Maria o fizeram, mas somos convidados pelo próprio Senhor a seguir a vontade de Deus todos os dias, mesmo quando Ele fala da cruz, para viver uma crescente intimidade com Ele, trazendo a esta terra um pouco da vontade de Deus Pai.

L’Osservatore Romano

13/03/2012

Como reagir diante da contrariedade?

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É preciso ter paciência e humildade e deixar as coisas acontecerem

Extremante difícil é a experiência de perceber-se contrariado. Sim, de descobrir que tudo o que havíamos idealizado até então, acabou não encontrando um terreno favorável para verdadeiramente florescer. Diante de tal realidade, faz-se profundamente necessária uma atitude que está em desuso e fora de moda neste tempo: a paciência.

Nem sempre o que sonhamos e desejamos será capaz de acontecer na hora e da forma como pensávamos e, muitas vezes, isso não será nem mesmo possível em nossa história. Diante dessas situações, nas quais o coração se descobre contrariado, este precisa buscar maturidade para dilatar-se em tudo, adquirindo vida e temperança pela força da paciência.

Dilatar-se significa ir além (alargar as próprias fronteiras), abrindo-se a novas percepções e compreensões da realidade. Significa acolher o possível, reconciliando-se com ele, porém, sem deixar de sonhar e desejar o melhor. Pena que somos ansiosos e imediatistas demais, e queremos que tudo se resolva imediatamente e da maneira como pensamos. É preciso ter paciência e humildade para deixar as coisas acontecerem, em seu ciclo e movimento, naturalmente. Necessário se faz saber perseverar no bem, mesmo diante de dores e situações de adversidade.

A contrariedade é também pedagógica: ela nos ensina que não somos soberanos e que nem tudo tem de necessariamente se dobrar diante de nossa “magnífica” vontade. Quando somos contrariados temos a possibilidade de assumir – com serenidade e sobriedade – nosso verdadeiro lugar na existência. Assim seremos mais abertos e modestos na vida, sem a infantil pretensão de acreditar que nossa visão e posição devem ser sempre únicas e absolutas.

Aprendamos a conviver – pacientemente – com a contrariedade. Tenhamos a paciência de esperar o alvorecer das vitórias que Deus reserva para nós. Estas [vitórias] acontecerão, contudo, é preciso aguardá-las dilatando o coração para melhor poder saboreá-las, e isso na medida e no tempo em que elas conseguirem se despertar…

Dessa forma descobriremos qual é a verdadeira missão que nos espera na vida, e, diante dela, poderemos dar as felizes respostas que o Criador espera de nós.

Não esqueçamos: é preciso paciência e perseverança diante das contrariedades. Isso será extremamente maturador e agregador de sabedoria para nós. Não tenhamos medo de exercer essa realidade!

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Padre Adriano Zandoná
Comunidade Canção Nova

12/03/2012

Jesus suscita em nós o desejo de fazer algo grandioso

Nunca pense que para Jesus você é uma pessoa desconhecida; que você é mais um no meio da multidão. Ele o(a) conhece pessoalmente e o(a) ama profundamente, mesmo quando você não é capaz de se dar conta disso. O Senhor nos ama mesmo quando não somos fiéis aos ensinamentos d’Ele e O desiludimos, quando não correspondemos às expectativas d’Ele a nosso respeito. Ele jamais nos fecha os braços da Sua misericórdia.

Você já se encontrou com Jesus pessoalmente?

“Na realidade, é a Jesus a quem procurais quando sonhais a felicidade; é Ele quem vos espera quando não vos satisfaz nada do que encontrais; é Ele a beleza que tanto vos atrai; é Ele quem vos provoca com essa sede de radicalidade que não vos permite ceder ao conformismo; é Ele quem vos incentiva a deixar as máscaras que muitas vezes falseiam a vossa vida; é Ele que vos lê no coração as decisões mais autênticas que outros tentam sufocar. É Jesus que suscita em vós o desejo de fazer da vossa vida algo grande, a vontade de seguir um ideal, a força de rejeição de vos deixardes levar pela mediocridade, a valentia de vos comprometerdes com humildade e perseverança a melhorar o vosso próprio ser e a sociedade, tornando-a mais humana e fraterna”. (JOÃO PAULO II, Jornada mundial da Juventude, Roma, Agosto, 2000).

Na verdade, nas nossas buscas, muitas vezes, nem sabemos o que estamos buscando; mas no fundo é a Jesus a quem estamos buscando.

Deixemo-nos alcançar pelo Senhor e entreguemos toda a nossa vida nas mãos d’Ele para que Ele a conduza, a restaure e a liberte.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago

Comunidade Canção Nova

09/03/2012

As dores fazem parte do nosso processo de santificação

A Palavra meditada hoje está em Romanos 3,9-20

"Com o auxílio do Espírito Santo reconhecemos o que é bom ou ruim e o que nos leva ao pecado," afirma Eto
Foto: Maria Andreia
Com a ajuda do apóstolo Paulo, em sua carta aos Romanos, tomamos conhecimento do que é pecado por meio da Lei. Ele era judeu e conhecia o caminho das pedras para o qual o pecado nos leva, pois ele via as dificuldades pelas quais os judeus e os gregos passavam e reconhecia a transformação destes.

A cada dia vemos as coisas piorarem, podemos até pensar que não existe mais a Misericórdia de Deus devido a tantas desgraças ocorridas no mundo e em nossas vidas, por isso devemos seguir a Lei de Deus e ser tementes ao Senhor para enxergar a Divina Misericórdia.

Muitas vezes, nós passamos por muitas dificuldades e ultrapassamos a cada uma, mas não partilhamos com as pessoas nossas experiências a fim de orientá-las para o caminho certo. Tudo o que acontece em nossa vida é pela Misericórdia de Deus e temos como obrigação partilhar nossas experiências.

Com o auxílio do Espírito Santo reconhecemos o que é bom ou ruim e o que nos leva ao pecado. Devemos cuidar da nossa vida desviando-nos das coisas ruins que nos fazem pecar. Entretanto, as dores pelas quais passamos fazem parte do nosso processo de santificação.

Devemos ser simples com Deus, pois a Sua graça é simples e atinge todo aquele que tem o coração aberto. Não podemos deixar nosso coração se inflamar contra ninguém; é preciso enxergar o que há de bom nessa pessoa porque todos nós temos defeitos e pecamos. Mesmo sendo pecadores, Deus não nos crucifica pelo mal que cometemos por nos amar.

Se não estivermos cobertos pelo Espírito Santo e nos deixarmos levar pelas coisas do mundo certamente cairemos. Deixemos Deus cuidar de nós e saibamos esperar as coisas acontecerem segundo a Sua vontade, acreditando que o que virá será para o nosso bem.

Temos que ter a nossa vida administrada pelo Espírito Santo e ter como meta que vamos vencer na vontade de Deus.

Lembremos que Jesus não veio para tirar a lei de Moisés, mas para que nós possamos guardá-la e ter o conhecimento da santificação acrescentando nossos esforços. A nossa santificação é muito importante porque alegra o coração de Deus, pois a cada novo dia é uma nova melhora que ocorre em nós.

Que todos os dias façamos o exercício de ver o que de bom fizemos para alegrar o coração de Deus, porque assim estaremos cada vez mais O alegrando.


Wellington Silva Jardim (Eto)

Cofundador da Comunidade Canção Nova

Transcrição e adaptação: Rita Bueno

08/03/2012

A fé que espera contemplará milagres

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Deus está gestando seu milagre, mas tenha paciência

Estamos em um mundo que quer tudo pra ontem; aprendemos, nos acostumamos e muitas vezes nos acomodamos com a cultura “fast-food”, queremos tudo rápido, comida rápida, carro rápido, computador rápido, muitos por aí “namoro rápido” e hoje em dia a última novidade é o “fast-miracle” (milagre rápido), queremos receber logo o que pedimos. Mas se pensarmos um pouco mais vamos descobrir que nem sempre os milagres são instantâneos e que muitas vezes isso pode ser um bom sinal pra você.

Comecemos a pensar por exemplo no maravilhoso milagre da vida, no nascimento de um bebê, não basta que os pais o desejem muito, o amem e estejam saudáveis… é preciso aprender a ser amigo do tempo e esperar o tempo necessário para que o bebê esteja totalmente gestado, e só depois vem o nascimento. Existe um tempo certo para nascer e quando esse tempo é de alguma forma acelerado demais, ocorre infelizmente um aborto (espontâneo). Poderíamos ainda falar de vários exemplos semelhantes para ilustrar a importância do saber esperar o tempo certo como: o surgimento da vida na terra, a construção de um grande edifício ou uma catedral, quem sabe ainda a Encarnação (Primeira Vinda de Jesus) que São Paulo em Gálatas diz que existiu um tempo determinado (cf. Gl 4,4), ou mesmo um casamento que as chances de dar certo são diretamente proporcionais ao tempo e sobre tudo a qualidade do tempo que se teve “antes” do casamento, mas penso que o exemplo da gravidez, já é suficiente.

Já parou pra pensar que talvez a sua fé seja uma fé da cultura fast-food? E que talvez você ainda não recebeu o que está pedindo exatamente porque Deus não quer que você tenha um milagre abortado? Já pensou isso? Você quer viver na fé fast-food, na fé delivery (pediu chegou!), cuidado muitas vezes essa comida é cara e nem sempre é tão boa! Os bebês não chegam assim não é verdade ? Temos muito a aprender com a gestação.

Deus está gestando seu milagre, mas tenha paciência, quando chegar a hora certa o milagre vai nascer, assim como na gestação, mesmo que você não veja diretamente o bebê, ele está ali e mesmo que demore longos nove (09) meses, não poucas vezes com tantos sofrimentos: Enjoo, inxaço, falta de ar, dores no corpo, etc, e o parto então? E se perguntarmos as mulheres; “Vale a pena o sacrifício?” “Sim!” Elas vão dizer, Jesus até disse: “Quando a mulher está para dar à luz, sofre porque veio a sua hora. Mas, depois que deu à luz a criança, já não se lembra da aflição, por causa da alegria que sente de haver nascido um homem no mundo” (Jo 16, 21), por isso tenha certeza, tem a fé inquebrantável, Deus está gestando um milagre e quando ele chegar, você vai perceber porque precisou de todo aquele tempo, e que todo sofrimento da gestação passou, e se levou bastante tempo (aos seus olhos, porque nos olhos Deus tudo tem um tempo certo para acontecer), é porque o milagre era imenso, era grandioso, creia nisso: Deus está gestando milagres.

Deus abençõe

Pe. Sóstenes Vieira
http://blog.cancaonova.com/padresostenes

07/03/2012

O que fazer com as opiniões a nosso respeito

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Por que nos incomodamos com os que nos detestam?

Todos nós gostaríamos de exclamar: "Não tenho inimigos! Dou-me muito bem com todos!". A realidade nos mostra que, via de regra, todos temos uma pedra no sapato. Há sempre alguém que nos espicaça e nos tira o bom humor. Na maior parte das vezes é por motivos fúteis. Alguém é frontalmente contra nós por causa do nosso jeito, porque a nossa fisionomia lembra a de um conhecido adversário, porque deixamos de atender um pedido que envolvia corrupção, porque não somos do partido tal...

Posso dizer, pessoalmente, que despertei vários inimigos irreconciliáveis por ter tomado posição em favor daquilo que é ensinamento de Cristo. Outras vezes, não foi possível atender uma solicitação, inteiramente de interesse pessoal, por contrariar o bem comum. Eu tenho muitíssimos amigos. Sinto uma onda de simpatia pela minha pessoa, mas não posso dizer que não tenho inimigos. Existem alguns poucos que me odeiam. Às vezes, nem eles sabem direito o porquê. Chego a gemer na dor: “Salva-me, Senhor, dos meus inimigos” (Sl 143,9).

Fico conjeturando: "Por que passamos por essa provação de encontrar alguém que nos detesta?”. O primeiro motivo pode ser nós mesmos, quando prejudicamos alguém irremediavelmente. Neste caso, estejamos abertos para um reatamento da amizade. Todos temos um dia em que cometemos algum erro. Entre os que tomam a iniciativa de nos odiar (sim, isso existe), quem são os nossos inimigos? Não são diretamente os ateus, os espíritas, os evangélicos; são aqueles que deveriam ter um vínculo conosco. “Os inimigos do homem são os da sua casa” (Mt 10,36).

A definição das nossas ideologias costuma ser outro fator de desunião. Os amigos vão até ficar estupefatos com minha afirmação, mas um divisor de águas é uma velha ideologia do século XIX. Trata-se do socialismo. A partir dele o homem de Igreja é classificado de “avançado”, “libertador”, "retrógrado”, “tridentino”, “moderno”, “atualizado”, “amante dos ricos” ou “inteligente”.

O critério não é o Evangelho. Em muitos casos, somos obrigados a conviver com tais pessoas sem esperança de reconciliação e rezar por elas. Mas a pergunta, diante de muitos casos inexplicáveis, sempre permanece: "Saulo, Saulo, por que me persegues?” (At 22,7).

Dom Aloísio Roque Oppermann scj
Arcebispo de Uberaba - MG

06/03/2012

Tudo é possível ao que crê

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“Tudo é possível ao que crê” (Mc 9,23).

Diante das situações que surgirem hoje no nosso caminho, tenhamos sempre uma atitude de fé. Com simplicidade e confiança na misericórdia de Deus, ao longo de todo este dia, façamos atos de fé, professando: Meu Senhor e meu Deus, eu creio, mas aumentai a minha fé; Jesus, eu confio em Vós!

Seguramente o Espírito Santo vai nos inspirar como rezar diante de cada situação. Pela fé em Jesus somos vitoriosos.

Quando vierem os pensamentos e os sentimentos negativos, renunciemos imediatamente em Nome de Nosso Senhor Jesus Cristo e proclamemos: Eu creio no poder de Deus na minha vida, na minha família, no meu matrimônio, na vida dos meus filhos!

E renunciemos a todo e qualquer sentimento de pessimismo, de falta de perdão e compaixão pelo próximo.

Obrigada, Jesus, porque Tu és a nossa vitória.

Jesus, eu confio em Vós!

Luzia Santiago

Comunidade Canção Nova

05/03/2012

Catequese sobre a Doutrina Social da Igreja

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«Gloria in excelsis Deo, et in terra pax hominibus bonae voluntatis» (Lc 2,14). Narra São Lucas que, tendo nascido o menino Deus, uma multidão de anjos apareceu aos pastores de Belém cantando: "Glória a Deus nas alturas e paz na terra aos homens de boa vontade". Salutaríssimo ensinamento, neste passo, o Evangelho nos apresenta, instruindo-nos a buscar, em primeiro lugar e acima de tudo, a glória de Deus, fim supremo e absoluto de toda a criação. E, depois, nos revelando que só haverá paz na terra – e paz, em sentido bíblico, significa muito mais que ausência de guerra – quando os homens tiverem boa vontade.


Este versículo do Evangelho, sob certo ponto de vista, resume toda a Doutrina Social da Igreja. Observem que a expressão "ax in terra" refere-se a algo externo – não se trata, aqui, da paz interior ou de uma paz exclusivamente espiritual, celeste. Mas da "paz na terra", ou seja, de uma paz que se encontra na terra, nas relações terrenas; uma paz que se encontra fora e não (somente) dentro. Entretanto, tal paz exterior está condicionada à “boa vontade”. Ora, a vontade é algo interior, espiritual; é uma das potências operativas da alma, simbolizada pelo coração. Então, compreendemos que a Escritura nos ensina que o conserto das relações terrenas depende da retificação da vontade humana; a redenção das sociedades deve vir por consequência da redenção dos corações.

Ao encontro desta passagem evangélica vem o célebre início da encíclica Pacem in Terris, publicada pelo papa bem-aventurado João XXIII no ano de 1963: «A paz na terra, anseio profundo de todos os homens de todos os tempos, não se pode estabelecer nem consolidar senão no pleno respeito da ordem instituída por Deus».

Nesta encíclica, o autêntico Magistério da Igreja ensina que o Criador, tendo feito tudo “com medida, conta e peso” (Sb 11,21), instituiu também uma ordem para a sociedade humana, de modo que não haverá paz para os homens caso esta ordem não seja plenamente respeitada. Se assim é, todos os que anseiam por promover a paz no mundo têm como primeiro dever batalhar para o pleno respeito dessa ordem instituída por Deus. Por isso, ensinou o papa Pio XI na encíclica Ubi Arcano: «o meio mais eficaz de trabalhar pelo restabelecimento da paz é restaurar o Reino de Cristo» (n. 39).
Porém, pouco faremos pelo Reinado Social de Jesus Cristo se desconhecermos a ordem que Deus quer ver estabelecida na sociedade. O homem é o animal racional e sua ação exterior deliberada brota das concepções interiores de seu intelecto. Por isso, urge uma catequese sobre a autêntica doutrina social da Igreja, de modo a orientar os fiéis no cumprimento de seus deveres relacionados à vida pública e social.

Efetivamente, já em 1946, em radiomensagem dirigida a um congresso de catequistas reunidos em Boston, o papa Pio XII reconhecia: «O Corpo Místico de Cristo, que é a Igreja, acha-se atualmente ameaçado não apenas do exterior pelas potências hostis, mas também internamente pela fraqueza e decadência de certos elementos. Esta fraqueza crescente, que se manifesta em numerosos setores da Igreja, tem sua principal fonte na ignorância, ou melhor, no conhecimento superficial das verdades religiosas, ensinadas pelo Redentor».

O problema é agravado, porque certos elementos manipuladores, contrariando os desejos da Santa Mãe Igreja, camuflaram-se de defensores de sua doutrina social, com o objetivo escuso de lançar o joio de suas falsas ideologias no campo em que deveria ser semeada a boa semente da verdade.
Em face destas considerações, minha pretensão, ao mesmo tempo humilde e ousada, é aproveitar este espaço que me foi concedido para iniciar, junto a todos os possíveis interessados, uma catequese sobre a doutrina social da Igreja. Ficarei grato se os leitores puderem contribuir com suas críticas, dúvidas, sugestões e, especialmente, com as suas orações.

Rodrigo R. Pedroso

Advogado graduado pela Faculdade de Direito do Largo de São Francisco (FD/USP), mestrando em filosofia política pela FFLCH/USP e procurador da Universidade de São Paulo.

Críticas, dúvidas e sugestões podem ser enviadas para o correio eletrônico rpedroso01@terra.com.br.

Fonte: Canção Nova

02/03/2012

Abandone a vida passada de pecado


Há algum tempo, conheci um rapaz que se encontrou com Deus por intermédio da Renovação Carismática Católica [RCC]. Ele era de uma família conhecida e rica; tinha entre 20 e 22 anos e sentiu o chamado para a vocação sacerdotal. Contudo, quando contou aos pais e irmãos que queria ir para o seminário e caminhar para o sacerdócio, a família foi totalmente contrária à sua decisão. Disseram que, se ele quisesse realmente ir para o seminário, teria de renunciar a toda sua herança.

Aquele milionário só pensava em dinheiro, por isso suspeitava que haviam induzido seu filho a ir para o seminário para ficarem com sua fortuna. Os pais e irmãos tinham certeza de que ele não teria coragem de renunciar à herança que lhe cabia como filho... mas se enganaram. Diante de toda pressão, ele foi ao cartório e assinou todos os papéis declarando que livremente renunciava à sua parte na herança.

É esse o verdadeiro sentido da palavra "renunciar": "Renunciai à vossa existência passada". É o que mostra a Palavra de Deus: "Renunciando à vossa existência passada, precisais despojar-vos do homem velho, que se corrompe sob o efeito das concupiscências enganosas; precisais ser renovados pela transformação espiritual de vossa inteligência e revestir o homem novo criado segundo Deus na justiça e na santidade que vêm da verdade" (Ef 4,22-24).

Como fez aquele rapaz, renuncie; abandone a vida passada de pecado! Tire essa "roupa velha". Deus, pelo Seu Espírito, quer fazer em nós obra nova, deixar totalmente para trás nosso passado de erro. É preciso uma decisão nossa, não sejamos ingênuos de achar que é o suficiente. O Espírito Santo precisa agir nessa decisão.

“Precisais ser renovados pela transformação espiritual de vossa inteligência".

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Eu e minha casa serviremos ao Senhor" de monsenhor Jonas Abib)

01/03/2012

Cristo estende a mão para você!

Jesus chora em nosso meio, Ele conhece a nossa condição e sabe que a situação vivida por nós é consequência da ação do inimigo de Deus, que também é inimigo d'Ele. Satanás não quer que sintamos o amor do Senhor por nós, por isso ele pisa em nós e recalca nossas mentes e pensamentos como barro.

O Senhor quer deixar claro que não é Ele quem tem agido dessa maneira conosco, mas o maligno. Jesus não quer mais que acreditemos que somos inferiores, incapacitados, rejeitados, não amados, condenados, acusados, mas que creiamos n'Ele.

Cristo está no nosso meio e estende a mão para nos tirar de sob os pés do inimigo e de seu tacão. Quer que acreditemos no Seu amor e saibamos que Ele não nos tem acusado. Satanás é que tem feito isso, condenando-nos, jogando em nossa cara os erros presentes e passados e fazendo-nos crer que é Jesus que tem agido assim.

Jesus quer que creiamos no Seu amor, na Sua infinita misericórdia e nos convertamos.

Deus o abençoe!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

(Trecho do livro "Curados para amar" de monsenhor Jonas Abib)