17/01/2011

Não é pela força, mas pelo Espírito Santo!

Diz-nos São Basílio que o Espírito Santo foi para Jesus, durante a vida terrena, um companheiro inseparável. E Ele quer sê-lo também para nós. Tudo em nossa vida deve ser feito “não pela força, mas pelo Espírito” (Zc 4,6) que vem em auxílio das nossas fraquezas e quer nos ensinar a caminhar por esta vida e como nos comportarmos diante de cada situação.

Sejamos amigos íntimos do Espírito Santo e deixemo-nos guiar por Ele nas alegrias, nas lutas, provações, vitórias, dores e em tantos momentos que a vida nos proporciona.

Jesus passou por todas as etapas de Sua vida terrena cheio do Espírito Santo. Isso não deve ser diferente conosco.

Jesus, eu confio em Vós

14/01/2011

Não se apegue às riquezas!


"A lua para brilhar precisa da luz do sol, o ser humano não brilha sem a luz de Deus", diz Márcio Mendes
Foto: Wesley Almeida

Mensagem de Márcio Mendes no programa "Sorrindo pra Vida", da TV Canção Nova, na última terça-feira, dia 11 de janeiro de 2011.

Ouça:

Ao ir para a página do Podcast Sorrindo pra Vida , você encontrará, abaixo de cada um deles, uma seta; ao clicar nela você conseguirá baixar o arquivo em MP3.

Eu quero convidar você para abrir a Palavra de Deus em: São Marcos 10, 17-27:.

Peça a graça de não somente ser ouvinte, mas praticante da Palavra de Deus no dia de hoje. Por que este jovem foi correndo ao encontro de Jesus? Porque ele tinha tudo e não tinha nada. Porque o dinheiro que ele tinha não preenchia o seu coração. Ele percebeu que sua vida material não o realizava e correu ao encontro do Senhor. Quem é que não deseja ser feliz?

Este jovem queria vida, e vida verdadeira, por isso chegou perto de Jesus e perguntou o que ele precisava fazer para ter vida eterna. O Senhor pediu para ele cumprir os dez mandamentos, mas isso aquele jovem já fazia. Então, Cristo disse para ele vender os seus bens e dar aos pobres, fazer caridade.

A lua para brilhar precisa da luz do sol, o ser humano não brilha sem a luz de Deus. Você precisa do Pai para viver. E você pode ver, nesta passagem, que Jesus não obriga o jovem a doar seus bens para os pobres, mas, sim, o convida.

Você não deve obrigar ninguém a fazer nada, precisa convidá-la a conhecer. O Pai do Céu sabe que a obrigação espanta, distancia. E o Senhor quer o seu coração! Hoje, Ele convida você para a mudança.

A perfeição não é ter, mas é fazer a vontade de Deus. Você acha que foi fácil para esse jovem largar tudo que já tinha conquistado para seguir o Senhor? Quando eu vim para Canção Nova, foi difícil a escolha. Eu era aviador, tinha uma vida boa, fazia sucesso entre as pessoas. Mas não dava para fazer as duas coisas, eu tive que escolher.

É muito bonito quando a gente vê os outros fazendo escolhas, mas na hora de nós termos coragem é mais complicado. Eu tive que largar tudo, amigos, família, namoro, trabalho... Nesta hora, amarga a boca. Mas todas às vezes que eu pensava na minha carreira e na minha vida passada, alguma coisa faltava dentro de mim. Quando eu pensava em ser missionário, meu coração se enchia de alegria.

Não se apegue as riquezas. Lembre-se do que disse Jesus: “É mais fácil passar o camelo pelo fundo de uma agulha do que entrar o rico no Reino de Deus”. O jovem desta passagem quis mudar, mas no fim, não teve coragem.

Você quer fazer para ter, ou você quer ser uma pessoa melhor? Você quer preencher esse vazio de amor? Então, entregue seu coração e sua vida para Deus!

Márcio Mendes
Missionário da Comunidade Canção Nova

13/01/2011

Como gerir as tensões


Não adianta nos escondermos buscando fugir da vida

Todo e qualquer e ser humano que, de fato, vive no século XXI, tem de aprender a lidar com constantes e intensas tensões.

Estamos no século do estresse, das doenças psicossomáticas (depressão, etc.), dos gigantescos congestionamentos no trânsito, da competitividade elevadíssima no mercado de trabalho, entre outras cobranças do tempo.

É inevitável, a tudo isso temos que dar uma resposta todos os dias. Tais tensões se aglomeram sobre nós, e tudo de maneira rápida e exigente demais para nos permitir pensar e refazer adequadamente nossas forças e esperanças.

Vivemos em um mundo de embates e cobranças, e isso em todas as circunstâncias e para todo gênero de pessoa. É comum que já nasçamos – de uma forma ou de outra – sendo exigidos pelas circunstâncias que configuram nossa realidade.

Diante de tal cenário não adianta nos escondermos buscando fugir da vida e dos desafios que ela comporta, ao contrário, faz-se necessário encontrar uma maneira sábia e encarnada para gerir as tensões que se lançam sobre nós.

Sempre enfrentaremos tensões – é ilusão crer no contrário –, contudo, é preciso aprender a conviver bem com essa companheira de nosso tempo, administrando coerentemente nossos excessos e ausências.

Há quem lide com suas tensões cotidianas desafogando-as em vícios, outros em uma vida promíscua e depravada (adultério, pornografia, etc.), alguns ainda em mentiras e fugas multiformes. Quem não fabrica um jeito sábio e correto – sob uma luz Maior – para gerir suas tensões, acabará por se tornar escravo destas, se escondendo em supostas "válvulas de escape" que lhe roubarão de sua verdade e liberdade.

Todos precisamos gerir/aliviar nossos desencantos e tensões, todavia, permanece sobre nós a possibilidade da escolha de como isso realizar. Se elegermos o erro – em linguagem teológica, o pecado – como via de gerência destes embates da vida, esse se tornará para nós um enorme laço que nos ocultará do que somos.

É necessário gerir as tensões com inteligência, descobrindo no bem, maneiras sadias de renovar as próprias energias e disposições.

Quem confia seus dissabores a uma Força que lhe supera e abarca, poderá com certeza, impulsionado por tal gerência, superar e administrar com excelência sua própria existência e as lutas nela contidas.

Como temos gerido nossas tensões? Que cada um se pergunte e, posteriormente, lute para fabricar a melhor forma de fazê-lo. Não permitamos que nossas tensões nos governem, mas aprendamos a geri-las com sabedoria e profundidade, descobrindo maneiras sadias para equilibrar nossas lutas e gastar nossas energias somente com aquilo que nos é essencial.

Gerir as próprias tensões com sabedoria é uma verdadeira exigência em nosso tempo. Busquemos empreender com perseverança e empenho tal realidade, para podermos saborear os belíssimos frutos de tal conquista.

12/01/2011

Admita sua verdade


Jesus quer nos instruir a partir desta Sua Palavra no Evangelho de São João: "Eu sou a luz do mundo. Aquele que vem em meu seguimento não andará nas trevas; ele terá a luz que conduz à vida" (Jo 8,12b).

"Eu sou a luz do mundo". A luz existe justamente para iluminar. A frase seguinte vem explicitar que tipo de luz é esta: "Aquele que vem em meu seguimento não andará nas trevas; ele terá a luz que conduz à vida".

Preste atenção: o pecado trouxe a você uma escuridão interior. A escuridão não está somente fora, no mundo, ela está, antes de tudo, dentro de você. Quando Jesus penetra e se faz luz em você, tudo começa a clarear. Na luz de Cristo você vê a luz, é iluminado, e acontece aquilo que o próprio Jesus disse: "Conhecereis a verdade e a verdade fará de vós homens livres".

Veja o que nos conta São João:

Ao falar assim, muitos creram n'Ele. Jesus disse, pois, aos judeus que haviam acreditado n'Ele: "Se permaneceis na minha palavra, sois verdadeiramente meus discípulos, conhecereis a verdade e a verdade fará de vós homens livres" (Jo 8, 30-32).
Isso fala justamente de seu interior. Conhecerá a sua verdade, aquilo que você é e tem de bom. E há muita coisa boa dentro de você! Mas conhecerá também aquilo que há de mau. Quando conhecer a verdade, quando se abrir a ela e olhá-la de frente, ela [verdade] o libertará.

É nesse sentido que Jesus diz: "Eu sou a luz". Você precisa dessa luz porque o pecado original o leva a não querer ver sua realidade. O que aconteceu com Adão e Eva, nossos primeiros pais, logo depois que pecaram? Foram buscar folhas e se cobriram com elas porque não queriam ser vistos por Deus nem ver a si mesmos. O pecado também coloca em você essas "folhas". Ele procura ocultar a verdade.



Mas não adianta querer se esconder: Jesus é perdão. Onde Ele entra, o perdão entra. Onde o Senhor penetra, ali penetra a Salvação. Mas se você se esconde Jesus não o atinge. O pecado original procura fazer isso. É uma força infeliz que procura imunizá-lo e esconder sua própria verdade.
Muitas vezes, você sente até remorso por causa dos erros que cometeu, mas não se abre para o perdão. No fundo, não quer admitir a verdade que está em você: dolorosa, pois mostra os seus pecados, as suas fragilidades.

No entanto, essa abertura é necessária, pois é pela verdade que somos libertos. Jesus é perdão. Jesus é luz. Quando você se abre para a luz e aceita a verdade sobre si mesmo, aceita seu pecado, sua fraqueza, sua necessidade de salvação e deixa o Senhor entrar, Ele já entra com perdão, porque Ele é perdão, já vem com salvação, porque Ele é Salvação, e sua libertação acontece.

Então o que fazer? Abrir-se. Acolhê-Lo. Aceitar a verdade como ela é e, nela, encontrar Jesus, a Salvação.

Jesus quer que você compreenda que o início de sua transformação está aí. Depois, ela vai se fazendo a cada passo. É preciso uma longa transformação. Sua transformação não acontece de uma vez por todas: ela é um caminho. Por isso, sempre terá de admitir a verdade sobre si mesmo, o quanto ainda falta para ser transformado, o quanto ainda precisa ser salvo, perdoado e mudado.


Quando você aceita a verdade tal qual ela é, a salvação vai acontecendo. Quanto mais você vai caminhando na luz, tanto mais vai se transformando e se santificando.

Jesus é a luz da vida. Você precisa dessa luz.

(Trecho do livro "O pão da Palavra - Vol III" de monsenhor Jonas Abib)

11/01/2011

O perdão ressuscita as famílias


Hoje é um dia para você pai, para você mãe, perdoar do fundo do seu coração cada filho que precisa do seu perdão. Hoje é o dia, com a graça de Deus e com sua decisão, pois perdão também é decisão, apesar de seu coração estar ferido, por causa daquilo que seu filho fez ou está fazendo. Hoje Deus está querendo lhe dar a graça do perdão.

Baixe e ouça

Então, disponha-se a perdoar. Seja o que for, isso está acabando com você, pois mesmo que esteja com raiva, sentimento de ódio, de vingança, seu coração é coração de pai, de mãe. Perdão não é sentimento, é atitude, é ato de vontade. Queira perdoar.

Existem também muitos filhos que precisam perdoar seus pais. Muitos pais que erraram, ou até continuam no erro, e isso é muito doloroso, isso fere. Queira perdoar seu pai, perdoar sua mãe, perdoar as palavras que eles disseram. Por mais doloroso que seja, perdoe seu pai, sua mãe, porque para transformação deles é necessário seu perdão. E também para a cura do seu coração. Permita que Deus realize essa graça em sua vida, na de sua mãe e seu pai.

O perdão é a coisa mais linda, é a maior manifestação do amor e da misericórdia que vêm de Deus, que passa, por intermédio de nós, e atinge, refaz, reconstrói e transforma tudo. Espere agora as consequências do perdão dado e do perdão recebido.

Trecho da palestra “O perdão ressuscita as famílias” de monsenhor Jonas Abib em 5 de fevereiro de 2008.

Assista a essa pregação

http://www.cancaonova.com/portal/canais/pejonas/informativos.php?id=2328


10/01/2011

As consequências de uma sexualidade errada



A sexualidade é fonte de vida, é obra privilegiada das mãos de Deus


O Catecismo da Igreja Católica (CIC) coloca a castidade como um dom, uma graça, uma obrigação. Castidade tem tudo a ver com a capacidade de dar-se. A pessoa que consegue ter um autodomínio de si, consegue dar-se ao outro.

Eu percebo que todos nós pecamos muitas vezes contra castidade por termos aprendido assim na escola, em casa ou na televisão. Eu acredito que mesmo por pensamento, por atos ou omissões já pecamos contra essa virtude [castidade].

O encardido [inimigo de Deus] não conseguiria nos fazer pecar se ele não revestisse o pecado com algo gostoso. Ele usa isso como isca; somos como peixes, o pescador coloca a isca no anzol, o peixe a vê, achando que é comida, vai comê-la e acaba sendo fisgado. Primeiro, o encardido nos seduz, depois ele nos leva a nos autocondenar. Para eu cometer um assassinato eu preciso ter uma arma, mas para eu cometer o pecado da castidade, eu não preciso de nada, somente do corpo.

O Catecismo afirma que a sexualidade tem tudo a ver com a pessoa humana. A sexualidade no falar, no agir, no cortar o cabelo. Homem tem de mostrar que é homem na roupa que veste e vice-versa; mas, num capítulo, o Catecismo mostra as consequências de usarmos a nossa sexualidade de forma errada.

Certa vez fui conhecer o quadro da Monalisa. Lá se paga uma fortuna para isso, existem vários seguranças tomando conta da obra, mas, quando cheguei perto, me decepcionei, pois era um quadrinho de nada. Por que será que havia tantos guardas tomando conta daquela obra? Por causa do artista que a tinha feito.

Sabe por que a Igreja briga tanto por você? Por causa do Artista que o criou, você é uma obra de arte muito preciosa.

Para os casais e para os que estão prestes a se casar eu recomendo que leiam o meu livro: "Sede fecundos". Vocês precisam descobrir a beleza da castidade e do seu corpo. O objetivo do encardido, quando quer seduzir, é fazê-lo perder o autodomínio, e perdendo o autodomínio você não se valoriza.

O corpo de uma pessoa que se prostitui caminha muito rapidamente para a deformação. A sexualidade é boa, é fonte de vida, é obra privilegiada das mãos de Deus, por isso temos de ter cuidado quando vestimos uma roupa, para não despertar no outro um olhar malicioso.

Quando um homem e uma mulher se unem é o lugar mais parecido com o céu. A melhor e a mais bela reprodução da beleza da Santíssima Trindade se dá quando casais consagrados a Deus se unem num ato sexual. E a marca registrada do amor de Deus é o prazer e a alegria no corpo e na alma no ato sexual.

O Catecismo apresenta no plural: os atos próprios pelos quais o homem e a mulher se dão, a relação íntima da mulher e do homem. Quando essa relação é isolada é mais apropriado chamá-la de prostituição.

Precisamos cuidar do nosso corpo e do nosso órgão sexual. Hoje em dia os jovens não têm vergonha de nada, usam calças com cuecas aparecendo, calcinha aparecendo; isso quando não aparecem outras coisas. Você precisa amar o seu corpo, foi Deus quem o fez.

Nós precisamos combater o inimigo, principalmente porque ele se instala na sexualidade. E tudo porque a sexualidade é linda.

Padre Léo Tarcísio Gonçalves Pereira

* 09/10/1961

+ 04/01/2007

Comunidade Bethânia

(Texto produzido a partir de pregação junho de 2006)

07/01/2011

Obediência e liberdade.


Só o homem ou mulher interiormente livre pode optar por obedecer

Longe do que muitos pensam, a liberdade de arbítrio não consiste na possibilidade de pecar livremente. Ao contrário, Jesus, nosso modelo, caminho e porta, conheceu a perfeita liberdade de arbítrio ao escolher voluntariamente a morte de cruz, em obediência à vontade de Deus. Livre, Ele se orientou para o fim supremo de todo homem, que é Deus, de forma espontânea, não constrangida ou violenta. Assim entendida, a liberdade é um meio, e não um fim. Ela nos possibilita a praticar o que Deus quer, (o nosso maior bem) de modo responsável, por decisão espontânea.

Muitos pensam que obediência e liberdade são duas palavras antônimas, o que é um engano profundo, porque a obediência é uma manifestação da liberdade, já que só homem interiormente livre pode optar responsavelmente por obedecer. Quando Jesus se "fez obediente até à morte de cruz" (cf. Fil 2,8), estava encerrando um tempo de escravidão do homem ao pecado, à lei farisaica, e ao medo do morte, e abrindo para este o caminho da perfeição da obediência.

Jesus, como verdadeiro homem, foi livre e usou de Sua liberdade para se entregar generosamente à vontade do Pai. Ele certamente sabia a dor que tal atitude poderia causar à Sua natureza humana. Ele não era alguém insensível. Mas, por livre e espontânea vontade, Cristo assumiu a Sua morte no tempo e no lugar previsto pelo Pai. Assim, Jesus fez de Sua condenação uma oferenda voluntária. Numa atitude de livre subordinação, disse: "Faça-se a tua vontade, e não a minha, ó Pai".

Cristo nos convida para manifestar nossa liberdade na obediência à voz de Deus, que se faz ouvir nos Mandamentos, na Palavra, na Igreja e nas autoridades por ela instituídas. Fazendo esta livre opção é que o homem encontra a liberdade, passando do temor ao amor, e libertando-se do perigo de servir ao próprio egoísmo e libertinagem. A suprema obediência a Cristo é, assim, a condição da suprema liberdade do cristão, chamado a ser livre na obediência completa ao Pai em Cristo.

Assumir Cristo, como modelo da verdadeira liberdade, que não se opõe à obediência, é o desafio de todo cristão. Cristo é para nós o verdadeiro modelo de liberdade responsável, realizada dentro do obediência à vontade do Pai. Como livre que é, Ele aceita a vontade do Pai com o conhecimento mais autêntico, com os olhos bem abertos e o coração jubiloso.

Comunidade Vida Nova
http://blog.cancaonova.com/vidanova/

06/01/2011

Nossa Igreja tem ascendência, tem raiz!


Jesus é a verdade, e tem a verdade em si. A grande verdade que ficou guardada no coração de Deus e que Jesus revelou, após a multiplicação dos pães e o Seu caminhar sobre as águas no mar em tempestade na Galileia (cf. Jo 6,1-21), é que Ele se daria a nós na Eucaristia.

Ele foi para o Céu e está à direita do Pai, e deixou-nos a Igreja. Mais ainda: Jesus firmou essa Igreja numa rocha. No Evangelho de São Mateus, depois que Pedro confessou: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo. Tu és o Ungido! Tu és o Messias!” (cf. Mt 16,16).

Assim como Pedro revelou a identidade de Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo”, da mesma forma Jesus declarou a identidade de Pedro: “Tu és pedra, e sobre esta pedra, que és tu, Pedro, edificarei a minha Igreja”. Precisamos aceitar e viver essa realidade.

A Igreja sempre se reuniu para pedir a inspiração de Deus na escolha de alguém que sucedesse Pedro e assumisse sua autoridade, na unção do Espírito, como Josué sucedeu Moisés e continuou sua missão. A nossa Igreja tem ascendência, tem raiz. Ela vem desde Jesus que constituiu Pedro. Só existe uma Igreja verdadeira, a Igreja una, santa, católica, apostólica.



Deus abençoe você!

Monsenhor Jonas Abib
Fundador da Comunidade Canção Nova

05/01/2011

Orações para as famílias

Na Sagrada Família, José é o guardião de Jesus e de Maria. Ele os protege do mal e dá a direção certa para sua família. Maria é a mulher forte e santa, que orna o seu lar com ternura e fé. Jesus é o Filho obediente por excelência, por isso, cresce em estatura e sabedoria. Eis o modelo para nossas famílias! Os pais precisam ser como São José: guardiões de suas famílias, impedindo todo e qualquer mal de entrar em sua casa. As mães precisam ser como Maria: cheias de amor, fé e ternura. Os filhos, como Jesus, que guardam o respeito e o temor aos pais.

Reze sempre por sua família
Foto:


Oração à Sagrada Família


Sagrada Família de Nazaré, ensina-nos o recolhimento, a interioridade, dá-nos a disposição de escutar as boas inspirações e as palavras dos verdadeiros mestres; ensina-nos a necessidade do trabalho, da preparação, do estudo, da vida pessoal interior e da oração que Deus vê em segredo. Ensina-nos o que é a família, sua comunhão de amor, sua beleza simples e austera, seu caráter sagrado e inviolável. Amém. (Paulo VI)

Oração da Família

Ó Deus, de quem procede toda paternidade no céu e na terra! Pai, que é amor e vida, faça com que cada família humana sobre a terra se converta por meio de Seu Filho, Jesus Cristo, “nascido de Mulher” e mediante o Espírito Santo, fonte de caridade divina, verdadeiro santuário da vida e do amor para as gerações que se renovam. Faça com que Sua graça guie os pensamentos e as obras dos esposos para o bem de suas famílias e de todas as famílias do mundo. Faça também com que as jovens gerações encontrem na família um forte apoio para a humanidade, em seu crescimento na verdade e no amor. Que o amor, reafirmado pela graça do sacramento do matrimônio, revele-se mais forte que qualquer debilidade e qualquer crise, pelas quais, às vezes, passam nossas famílias. Senhor Deus, faça, por intercessão da Sagrada Família de Nazaré, com que a Igreja, em todas as nações da Terra, possa cumprir frutiferamente sua missão na família e por meio dela. O Senhor é a vida, a verdade e o amor, na unidade do Espírito Santo. Amém. (João Paulo II)



Oração para a Paz Familiar


Deus Pai, o Senhor nos elegeu para sermos Seus santos escolhidos. Reveste-nos de sentimentos de misericórdia, bondade, humildade, doçura e paciência. Ajude-nos a perdoar uns aos outros quando temos qualquer motivo de queda, assim como Vós, Senhor, nos tem perdoado. Sobretudo, dê-nos a caridade, que é o vínculo da perfeição; e que a paz de Cristo brilhe em nossos corações, essa paz que deve reinar na unidade do Corpo Místico. Que tudo quanto façamos, em palavras ou obras, seja em nome do Senhor Jesus, por quem sejam dadas Graças ao Senhor nosso Deus. Amém.

04/01/2011

A diferença entre amar e estar apegado


Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade

Na Carta de São Paulo aos Gálatas, capítulo 4, versículos 1 a 20, é apresentado o princípio fundamental de tudo aquilo que Jesus anunciou no Seu tempo. Para ser de Deus é preciso ser livre, é preciso estar livre de todas as amarras que nos aprisionam. São Paulo percebeu que os gálatas, em vez de caminharem no processo de liberdade, estavam voltando às amarras das idolatrias do passado. Eles tinham a ideia equivocada de que o cumprimento da lei era o mais importante para a salvação, no entanto, o Senhor nos diz que a lei pode nos escravizar. A primeira cura que Jesus proporcionava não era física, mas mental, pois é nossa mentalidade que precisa ser transformada primeiro.

Jesus foi tomando consciência de quem Ele era e é bonito perceber que todas as pessoas que estavam ao redor d'Ele O foram ajudando a reconhecer quem Ele era.

Tomar consciência de quem se é, é um processo de maturidade. A psicologia humana, por exemplo, nos ensinava que uma criança só poderia ir à escola a partir dos 7 anos, pois somente nesse estágio de maturidade cerebral é que ela poderia aprender. Por isso não adianta falarmos com criança do mesmo jeito que falamos com adultos, pois elas não compreendem nossa conversa [como eles].

Muitas vezes, na evangelização, nós precisamos usar desses métodos para que todos compreendam. É como um médico que vai dizer um diagnóstico ao paciente e tem que usar de linguagem simples, pois senão a pessoa não entende. Da mesma forma, nós evangelizadores temos que nos fazer entender para que possamos entrar no universo do outro. Muitas vezes, nós estamos surdos e não compreendemos o que Deus nos fala porque falta abrir nossa mentalidade para Ele.

Há muito tempo, eu vivi um processo de dependência afetiva e aquilo me fazia mal, pois por causa da pessoa de quem eu tinha essa dependência, eu era menos eu. Um padre rezou por mim e disse sentir que havia uma pessoa que fazia muito mal para mim e me pediu que eu apenas rezasse por ela e não ficasse próximo dela. Muitas vezes, nós dizemos que esta ou aquela pessoa precisa de nós e, na verdade, somos nós que precisamos dela.

Ser gente dá trabalho, ser gente significa você estar comprometido com seu processo humano e com o processo de quem está ao seu redor e se você for gente você será um problema a menos na vida dos outros. Quantas vezes na vida uma família vira um inferno porque alguém lá dentro decidiu ser um molambo e não faz esforço nenhum para ser gente, nem aproveita a liberdade. Quantas vezes nós sofremos demais por situações que não são nossas.

Nós não podemos viver uma pobreza espiritual a vida inteira, sem ter alguém com quem contar, porque o outro resolveu ser um molambo.

O processo da imaturidade pode se estender pela vida inteira, quando eu olho para o mundo e me vejo como um coitado, isso não é maturidade, é um infantilismo que não nos leva a nada. A criança, por exemplo, passa por um processo egoístico e se nós não ensinarmos que ela tem de dividir o que tem, ela não aprenderá; se não dermos as regras à medida que ela consegue compreender, estaremos criando um monstro em casa. Se não as ensinarmos como lidar com a vida, a vida será duas vezes pior para elas e para nós também. O casal que educa o filho a partir dos ensinamentos divinos, vai dar ao mundo uma pessoa mais preparada.

Há uma grande diferença entre amar e estar apegado: o amor nos dá aquele sentimento de liberdade, enquanto que o apego nos aprisiona e pensamos que as pessoas devem agir da forma que queremos. O amor é livre! Quando estou apegado a alguém ou a alguma realidade, eu faço do outro meu escravo.

Se eu uso minha presença e minha autoridade para pôr medo no outro, eu não vivo em liberdade. Há momentos em que precisamos reconhecer que não estamos sendo livres; e se não estamos sendo livres não fazemos os outros livres também. Por essa razão, precisamos ter a consciência de que forma escravizamos o outro e de que forma somos escravizados para que possamos caminhar no processo de amadurecimento de nossas vidas.

Eu tenho certeza de que você precisa romper com os apegos, pois apegado ninguém vai a lugar nenhum; para ter liberdade você precisa se livrar dos apegos interiores. Quantos casais vivem essa realidade [apego] e não têm coragem de olhar nos olhos um do outro e acertar os pontos para que sejam livres e vivam bem seu relacionamento. Entregue nas mãos do Senhor todas as situações e coisas que o aprisionam!

01/01/2011

Ano novo, coração novo!


Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar

Estamos acostumados aos rituais, às comemorações, às celebrações. Quando um ano se encerra e outro se inicia, celebramos o Dia da Paz, a confraternização entre os povos. Quando um novo ciclo se inicia, somos convidados a renovar algo em nós. Quem sabe, neste novo ano, possamos ter um coração novo.

O coração é a metáfora dos sentimentos, das intenções. Um coração envelhecido é aquele que desistiu de amar, que não acredita na humanidade e que, consequentemente, se fecha. E é, por isso, solitário. A solidão pela ausência do amor envelhece o coração.
As desculpas para um coração envelhecido recaem nas decepções com as pessoas que amamos.

Reclamamos dos erros dos outros, lamentamos as atitudes incorretas de nossos irmãos e, assim, optamos pelo fechamento. Vivemos condenando nossa triste situação. Pais, filhos, amigos, parece que não há ninguém de valor a nosso lado. Pensamos como seria bom se eles mudassem, se eles melhorassem.

A reflexão era sobre as mudanças que temos de fazer para que nosso irmão seja mais feliz. E o refrão diz exatamente isto: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". Lembrar que não há ninguém perfeito. E que talvez precisemos do tempo da boa ingenuidade de volta, do sorriso leve, dos sonhos dos primeiros encontros.

O tempo pode ser uma boa escola. Ele nos ensina a tolerância, o respeito às limitações do outro e às nossas próprias limitações, a bondade no julgar. É uma lição de vida a reflexão de Madre Teresa de Calcutá: "Quem julga as pessoas, não tem tempo para amá-las".

Às vezes, os pais exigem dos filhos algo que não podem dar. O inverso é verdadeiro. E na relação entre o casal também. Cada ser é único. E talvez grande parte dos erros não sejam intencionais.

Meu irmão, não espere que o outro mude. Mude você. Diga à pessoa que você ama: "Quem tem que mudar sou eu, para que você seja mais feliz". E, se precisar, complete com o pensamento de Madre Teresa: Não vou perder tempo julgando, quero gastar esse tempo amando.

E é esse o convite para o novo ano. A consciência de que a sua família será melhor se você for melhor. Que o seu trabalho será melhor se você for melhor. Que o mundo, esse grande coração que pulsa, será renovado se o seu coração for renovado.

Feliz ano novo, feliz coração novo.