15/01/2010

Se queres, tens o poder de curar-me


O Evangelho de hoje tem o título “A cura do leproso”. Nesta passagem tem algo muito importante, mostrando que a cura ficou em segundo plano; o que chamou a atenção foi a fé daquele homem.

“Naquele tempo, um leproso chegou perto de Jesus”. Nessa época, o leproso não podia se aproximar de ninguém, mas ele foi ousado e tomou a iniciativa de ir até Jesus e aconteceu a cura. Aquele homem se ajoelhou diante de Cristo, mostrou com o corpo o que vivia em seu coração. Tenha a coragem de expressar com o seu corpo o que vive o seu coração.

Esse leproso hoje nos ensina a aprender a pedir. Ele falou “Se queres, tens o poder de curar-me, Senhor”, colocando a vontade de Deus em primeiro lugar.

Deus não atende muitas orações porque nos ama; Ele sabe que se atender o que Lhe é pedido, poderá perder o filho.

O Senhor estende a mão para aquele leproso, Deus também estende a mão para você, para sua situação; aquele leproso foi alcançado porque sabia pedir. Deus quer tocar você, mas aprenda a pedir. “Se queres, tens o poder de curar-me”.

Quando descobrimos o que Deus quer, passamos a trilhar um caminho para sermos felizes. Qual o querer de Deus para a sua vida? Descubra-o, porque aí está o caminho para a felicidade.

Um grande obstáculo que hoje é colocado para nós “leprosos” são os livros que dizem que nós podemos tudo. Contudo, aquele leproso, para ser curado, teve de se ajoelhar diante de Jesus.

O mundo está criando uma barreira afirmando que o seu querer é o que vale, fazendo com que as pessoas trilhem qualquer caminho para não perderem. Qual é o remédio para derrubar essas barreiras? Não tenha vergonha de se render ao Senhor. “Saiu da moda” ser cristão. Moderno é ser dessas tribos, mas isso, na verdade, é falsa liberdade.



Nesse Evangelho vemos um homem livre, que não teve empecilho para chegar ao Senhor.


Faça ao Senhor o seu pedido, fale: “Se Ele quer, Ele tem o poder de realizar”.

14/01/2010

CNBB expressa "dor profunda" por morte de Zilda Arns

A CNBB divulgou nesta quarta-feira, 13, uma nota expressando a "dor profunda" com que recebeu a notícia da morte da Drª Zilda Arns.

Na nota, os bispos destacam a dedicação da médica à defesa da vida e família e a credibilidade e respeito que ela conquistou junto à sociedade brasileira e internacional.

Leia a nota na íntegra

"Quem acolher em meu nome uma criança, estará acolhendo a mim mesmo" (Mt. 18, 4-5)

A Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB) recebeu, com dor profunda, a notícia da morte da Drª Zilda Arns, médica pediatra, fundadora da Pastoral da Criança e da Pastoral da Pessoa Idosa, ocorrida na terça-feira, 12 de janeiro, vítima do trágico terremoto que se abateu sobre o Haiti.

Drª Zilda devotou-se, com amor apaixonado, à defesa da vida, da família e, de modo muito especial, ao cuidado das crianças empobrecidas.

Cidadã atuante, Drª Zilda conquistou respeito e credibilidade junto à sociedade brasileira e internacional, por suas posições claras e firmes em favor de políticas sociais, especialmente as da saúde. Foi ainda uma das sanitaristas mais respeitadas e comprometidas com o movimento da reforma sanitária brasileira, que culminou com a consolidação do Sistema Único de Saúde (SUS).

A obra fundada por ela, inspirada na fé cristã, haverá de continuar no trabalho abnegado dos mais de 260 mil líderes que, cotidianamente, se dedicam à causa da criança e da pessoa idosa.

Em missão no Haiti, a convite da Conferência dos Religiosos e de autoridades civis daquele país, Drª Zilda se despediu, no pleno exercício da causa em que sempre acreditou. Ela buscou realizar na prática a missão de Jesus: "Eu vim para que todos tenham vida e a tenham em abundância" (Jo 10,10).



A CNBB agradece a Deus por ter tido, em seus quadros, esta personalidade tão virtuosa que muito dignificou a Igreja no Brasil. A CNBB se une ao querido Cardeal Dom Paulo Evaristo Arns, irmão da Drª Zilda, aos outros irmãos, filhos, netos, demais familiares e amigos, na prece solidária e na certeza de que a ela será dado gozar as alegrias eternas, reservadas para todos que, nesta vida, souberam amar a Deus servindo os irmãos.

Brasília-DF, 13 de Janeiro de 2010

Dom Geraldo Lyrio Rocha
Arcebispo de Mariana
Presidente da CNBB

Dom Luiz Soares Vieira
Arcebispo de Manaus
Vice-presidente da CNBB

Dom Dimas Lara Barbosa
bispo auxiliar do Rio de Janeiro
Secretário-geral da CNBB


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13/01/2010

Programa de Direitos Humanos do governo preocupa a sociedade



O terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos do governo Lula tem despertado fortíssimas reações em toda a sociedade. Tanto a imprensa, quanto os militares, a Igreja e a Ordem dos Advogados do Brasil – Seção de São Paulo (OAB-SP) se manifestaram contra alguns pontos do programa.

Dom José Simão, bispo de Assis (SP) e responsável pelo Comitê de Defesa da Vida da Regional Sul-1 da Conferência Nacional dos Bispos do Brasil (CNBB), que congrega as dioceses do Estado de São Paulo, manifestando a insatisfação dos bispos, disse que “a Igreja é contra o Plano”. O bispo considerou esta uma iniciativa arbitrária e antidemocrática do governo Lula, especialmente no que se refere ao apoio do programa ao aborto, à aprovação da união civil entre pessoas do mesmo sexo com direito de adoção por casais homoafetivos e aos mecanismos para impedir a presença de símbolos religiosos em estabelecimentos.

Para ele, não se pode defender o aborto como uma prática de direitos humanos. O assassinato de uma criança no ventre da mãe jamais pode ser visto como defesa dos verdadeiros direitos humanos, pois o primeiro e mais importante direito é o “direito à vida”, o direito de nascer. Eliminar uma vida em gestação é um gesto brutal, desumano, inqualificável e que jamais pode ser classificado como algo humano. Jamais a mulher pode decidir sobre a morte de um filho em gestação, pois se trata de uma outra vida que não lhe pertence. Se o direito à vida não for respeitado, todos os outros desaparecem.

Sobre a homossexualidade, a Igreja ensina no seu Catecismo que a tendência homossexual é complexa e não caracteriza um pecado e recomenda que essas pessoas sejam amadas, respeitadas e jamais discriminadas. A Igreja não aceita, no entanto, a prática homossexual e a união de pessoas do mesmo sexo por ser contra a lei de Deus. Desde o começo da humanidade Deus criou o homem e a mulher, ambos à sua imagem e semelhança, e os uniu para que juntos crescessem, se multiplicassem e dominassem a terra.

Quanto aos símbolos religiosos, o Estado é laico, mas o povo brasileiro é religioso, e grande parte, católico, e tem o direito de se manifestar livremente. O crucifixo em uma repartição pública não pode ser uma afronta a alguém, mas sim o símbolo da justiça, do amor, da paz, da bênção, do perdão, do respeito, do altruísmo mais sublime que caracteriza a civilização cristã que moldou o Ocidente. Quem pode se sentir ofendido com a imagem de um Deus crucificado por amor ao homem? Esse sinal não foi colocado hoje nas paredes das repartições, mas desde que o Brasil foi colonizado.

Por outro lado, os ministros militares das três Armas qualificaram o Programa como “insultuoso, agressivo e revanchista” em relação às Forças Armadas, e ameaçam pedir demissão dos seus cargos, por reabrir as feridas da época do regime militar, procurando punir os militares e isentando os terroristas de qualquer investigação. Se é para se fazer justiça, ela precisa atingir os dois lados.

A proposta de criar uma “Comissão Nacional da Verdade”, contida no Programa, com o objetivo de examinar as violações de direitos humanos praticadas durante o período 1964-1985, é vista com desconfiança pelos militares. Depois de vinte anos de um período de exceção, a nação foi pacificada pela anistia concedida a ambos os lados. Querer retomar essa questão hoje é algo delicado e que pode convulsionar a nação, causar divisão na população.

A OAB de São Paulo diz que o Plano de Direitos Humanos cria insegurança jurídica. Um programa de recursos humanos deve pacificar a Nação e não provocar agitação depois de tantos anos de tranquilidade. Uma forte reação pode ser notada também por parte dos profissionais da imprensa que veem em alguns pontos do plano uma tentativa de impedir a sua livre manifestação diante dos fatos.

Por todas essas razões, é fundamental que o terceiro Programa Nacional dos Direitos Humanos do governo Lula seja profundamente revisto e modificado, com um debate amplo, aberto à participação de todos os segmentos da sociedade, especialmente dos que se sentem ofendidos com o Programa.

12/01/2010

O perdão ressuscita famílias


Quem nunca ficou magoado com alguém? Machucar-se faz parte da vida, mas encontrar soluções para superar essa mágoa também. O convívio familiar, muitas vezes, desgasta a relação entre pais e filhos, por esse motivo o perdão é a salvação para uma vida feliz. Confira uma pregação do fundador da Canção Nova, monsenhor Jonas Abib, intitulada "O perdão ressuscita famílias". Ouça a palestra em MP3 na íntegra e leia um trecho logo abaixo: :: Ouça a pregação na íntegra


“Hoje é um dia para você pai e para você mãe perdoar cada filho que precisa do seu perdão. Tenham eles feito o que for, ou estejam ainda fazendo, a graça para nós hoje é perdoar. Perdão é decisão, mesmo que nosso coração esteja ferido por aquilo que eles estejam fazendo, mas hoje Deus está querendo lhe dar a graça do perdão.

Disponha-se a perdoar, seja o que for.
A falta de perdão está acabando com você. Mesmo que você esteja magoado, ferido, seu coração é coração de pai, de mãe, talvez esse seu filho tenha trazido desonra, isso está acabando com você espiritual e psicologicamente. É como soda cáustica colocada na boca, começa a corroer desde a boca. Espiritual, psicológica e até fisicamente essa dor está acabando, em primeiro lugar, com você. Deus está lhe dando a graça de perdoar. Eu peço em nome de Deus: Perdoe. Perdão não é sentimento, é ato de vontade.

Queira perdoar, realize o ato de vontade de perdoar. Agarre essa graça do perdão. E diga no fundo do seu coração: “Eu perdoo”. Diga o nome de seu filho, filha e "Eu te perdoo". Mesmo que você tenha perdido as esperanças da mudança deles, por causa de suas atitudes, perdoe. Pais e mães que foram largados pelos filhos, eu digo é vontade de Deus para sua necessidade que você lhes perdoe. Que seu amor, mesmo sofrido, doloroso, seja um ‘dreno’ para retirar todo mal que eles já fizeram para que sejam recuperados. Seja o que for, perdoe. Peça misericórdia”.
Veja ainda um trecho da pregação em vídeo:

11/01/2010

Orando pela cura entre gerações - Pte I

Padre Márlon Múcio
Foto: Carlos Eduardo
















“Jesus entrou em Jericó e ia atravessando a cidade. Havia aí um homem muito rico chamado Zaqueu, chefe dos recebedores de impostos. Ele procurava ver quem era Jesus, mas não o conseguia por causa da multidão, porque era de baixa estatura. Ele correu adiande, subiu a um sicômoro para o ver, quando ele passasse por ali. Chegando Jesus àquele lugar e levantando os olhos, viu-o e disse-lhe: Zaqueu, desce depressa, porque é preciso que eu fique hoje em tua casa. Ele desceu a toda a pressa e recebeu-o alegremente. Vendo isto, todos murmuravam e diziam: Ele vai hospedar-se em casa de um pecador... Zaqueu, entretanto, de pé diante do Senhor, disse-lhe: Senhor, vou dar a metade dos meus bens aos pobres e, se tiver defraudado alguém, restituirei o quádruplo. Disse-lhe Jesus: Hoje entrou a salvação nesta casa, porquanto também este é filho de Abraão. Pois o Filho do Homem veio procurar e salvar o que estava perdido”
(Lucas 19, 1-10).

Amados irmãos, Zaqueu hoje sou eu, Zaqueu hoje é você. Para ver Jesus ele valeu de um artifício, ele não conseguia enxergar Jesus porque era pequeno.

Quando Jesus passou, Ele pediu para Zaqueu descer depressa da árvore e disse que a salvação havia entrado na casa dele.

Jesus contemplou Zaqueu, e nós pedimos: “Jesus, assim como olhastes para Zaqueu na árvore, olhe também para minha família e para a árvore genealógica da minha família”. Peça ao Senhor que transforme essa árvore que está com frutos estragados por causa do pecado. E Deus pode transformar esses frutos em santidade.

Se a sociedade está enferma é porque a família está enferma. Se curarmos as famílias a sociedade também será curada. A família é célula mater da sociedade.

No nosso ministério, nós pedimos ao Senhor que cure as famílias do mal. Quando numa família todos sofrem pela enfermidade do diabetes, quando dois casos ou mais se repetem na família, é indício que devemos rezar pela cura das gerações daquela família. Na cura entre gerações nós pedimos a Jesus que visite aqueles lugares onde começou uma situação má, pedimos a Jesus que vá naquelas raízes onde não podemos ir, e Jesus pode visitar as raízes do mal em nossa história de família.

Fiéis rezam com padre Márlon Múcio na Canção Nova
Foto: Carlos Eduardo

Quando nós rezamos pela cura, começamos pela vida intra-uterina, pedimos que o Senhor cure porque algumas marcas negativas é adquirida ali, e nos dias atuais perturbam a pessoa. Outro passo é rezar pelas etapas da vida, todas as fases da idade.

Começaram a chegar pessoas nos nossos plantões de orações e pedíamos às pessoas que participassem ativamente da igreja e rezassem, mas não achávamos o problema do indivíduo, e Deus começou a nos mostrar que algumas pessoas trazem más costumes que são anteriores a elas, e fizemos um caminho para que a linha de família fosse curada.

O que não é cura entre gerações? Não é regressão, não conversamos com mortos, não tem nada haver com ocultismo. Cura entre as gerações é uma área do ministério de cura, uma oportunidade para sermos saudáveis e trazermos bênçãos para nossas famílias, é uma obra de misericórdia.

Nós herdamos dos nossos antepassados a cor dos olhos, temperamentos, o modo de lhe dar com as coisas do mundo... Nós herdamos coisas boas e ruins de nossas famílias. Pessoas que rezam não dão brecha para as raízes negativas de suas famílias, mas se não rezam ficam fracas, limitadas, vulneráveis as raízes negativas como: doenças mentais, depressão, e outras. Temos que pedir a Jesus que vá ao lugar onde o mal entrou e pedir que feche as brechas.

Nenhum de nós tem que pagar pela transgressão de alguém que veio antes, cada um diante de Deus paga pelo seu pecado, cada um tem que responder pelo seu pecado. Cada um paga por si, mas os meus pecados podem atingir os meus.

A maneira que vivemos pode ser uma herança boa ou negativa para os nossos familiares. Que herança você quer deixar para os seus? Pessoas que amam a Igreja e os sacerdotes deixam uma boa herança para seus familiares.

A cura entre as gerações não é uma solução mágica. Tem gente que diz: “eu sou assim porque na minha família todo mundo é assim”. Cura entre as gerações não é atirar pedras nossos antepassados, mas é trazê-los na oração do terço com joelhos no chão.

10/01/2010

Por que a Igreja cobra espórtulas e taxas?

A prática das espórtulas é inspirada no Novo Testamento

Espórtulas são os valores cobrados pela Igreja quando esta ministra alguns Sacramentos (Batismo, Crisma e Matrimônio), especialmente a Santa Missa por alguma intenção especial.

Em primeiro lugar é preciso deixar bem claro que esta medida longe está de querer cobrar pelo sacramento ministrado. Cada um deles é impagável porque custou o preço do Sangue precioso de Jesus para a nossa salvação. Os sete sacramentos brotaram do Coração de Jesus transpassado pela lança na Cruz. É através deles que as graças da salvação, conquistadas a nós por Cristo, chegam a nós, e isso é impagável.

Então, por que a Igreja cobra uma taxa para celebrar alguns deles?

A prática das espórtulas é inspirada no Novo Testamento e existe durante quase dois mil anos. Essa prática tem duplo sentido:

1) para quem oferece sua dádiva é uma forma de participar, de maneira mais íntima, da oblação Eucarística e dos frutos desta; é expressão da fé e do amor com que tem acesso ao Pai por Cristo no Espírito Santo. Assim as espórtulas se justificam como a expressão da fé e do amor dos fiéis que desejam participar mais intimamente dos frutos da Santa Missa.

2) para a Igreja é um meio de sustentação legítimo, baseado na tradição bíblica e que não se trata de simonia, isto é, de comércio com as coisas sagradas. Após o Concílio do Vaticano II (1962-1965), que fez um balanço da vida eclesial, considerando as suas necessidades, o Papa Paulo VI regulamentou as espórtulas da Missa, em 13/06/1974, quando publicou o Motu próprio “Firma in Traditione”, em que dizia:

"É tradição firmemente estabelecida na Igreja que os fiéis, movidos por seu espírito religioso e seu senso eclesial, acrescentem ao sacrifício eucarístico um certo sacrifício pessoal, a fim de participar mais estritamente daquele. Atendem assim às necessidades da Igreja e, mais particularmente, à subsistência dos seus sacerdotes. Isto está de acordo com o espírito das palavras do Senhor: 'o trabalhador merece o seu salário' (Lc 10,7), palavras que São Paulo lembra em sua primeira carta a Timóteo (5,18) e na primeira aos Coríntios (9,7-14)”.

"O clero que, por seu trabalho, merece receber o necessário para se sustentar, deveria ter sua subsistência garantida por um sistema de financiamento independente de ofertas feitas por particulares ou pelos fieis que peçam serviços religiosos".

Depois disso, o assunto foi regulamentado também pelo Papa João Paulo II em 22 de janeiro de 1991, no Decreto SOBRE AS ESPÓRTULAS, preparado pela Sagrada Congregação para o Clero. O Código de Direito Canônico, promulgado em 25/11/83, quando fala das espórtulas, diz, entre outras coisas:

Cânon 945 - § 1. "Segundo o costume aprovado pela Igreja, a qualquer sacerdote que celebra ou concelebra a Missa, é permitido receber a espórtula oferecida para que ele aplique a Missa segundo determinada intenção”.

§ 2. Recomenda-se vivamente aos sacerdotes que, mesmo sem receber nenhuma espórtula, celebrem a Missa segundo a intenção dos fiéis, especialmente dos pobres.

Cânon 946 – “Os fiéis que oferecem espórtula para que a Missa seja aplicada segundo suas intenções concorrem, com essa oferta, para o bem da Igreja e participam de seu empenho no sustento de seus ministros e obras”.

Cânon 947 – “Deve-se afastar completamente das espórtulas de Missas até mesmo qualquer aparência de negócio ou comércio.”

No início da Igreja, os cristãos, ao participarem da Santa Missa, levavam consigo dons naturais (pão, vinho, leite, frutas, mel...). Depois passou a se fazer doações também em dinheiro por ser mais prático. A Igreja, como uma sociedade também humana e inserida neste mundo, precisa de dinheiro para exercer a missão de pregar o Evangelho, confiada a ela pelo próprio Cristo, desde os tempos d'Ele. Os doze Apóstolos tinham uma caixa comum (cf. Jo 12,6). Jesus aceitava que algumas mulheres os ajudassem com seus bens, entre elas, Maria Madalena, Joana, mulher de Cuza, Susana e várias outras (cf. Lc 8,1-3).

A primeira comunidade cristã em Jerusalém praticava a voluntária partilha de bens (cf. At 2,44; 5,1-6). Jesus elogiou a oblação da viúva no Tesouro do Templo: "Em verdade eu vos digo que esta viúva, que é pobre, lançou mais do que todos os que ofereceram moedas ao Tesouro. Pois todos os outros deram do que lhes sobrava; ela, porém, na sua penúria ofereceu tudo o que tinha, tudo o que possuía para viver" (Mc 12,42-44).

E aqueles que não têm dinheiro para mandar celebrar a Santa Missa?

A Igreja reza diariamente por todas as grandes intenções e necessidades da humanidade (os doentes, os moribundos, os encarcerados, os falecidos...), também pelas almas do Purgatório, em todas as Celebrações Eucarísticas. Assim, não há almas abandonadas no Purgatório por falta de dinheiro da parte dos familiares.

Quando todos os católicos pagarem o dízimo – que a Igreja não obriga que seja 10% do que a pessoa ganha, embora isso seja bom –, então, certamente não será mais preciso cobrar taxas para a celebração dos sacramentos, como o Batismo, Crisma e Matrimônio. Mas isso ainda não é comum; por isso a Igreja precisa das taxas para suas necessidades materiais.

O Código de Direito Canônico afirma:

Cânon 222 § 1. "Os fiéis têm obrigação de socorrer às necessidades da Igreja, a fim de que ela possa dispor do que é necessário para o culto divino, para as obras de apostolado e de caridade e para o honesto sustento dos ministros."

O que o Catecismo da Igreja Católica diz no §2043: " Os fiéis cristãos têm ainda a obrigação de atender, cada um segundo as suas capacidades, às necessidades materiais da Igreja".

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em
Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br

08/01/2010

O Vaticano não é rico


O orçamento anual do Vaticano é de US$ 300 milhões; 50% deste orçamento vem de doações; a avaliação das propriedades do Vaticano deveria se aproximar dos US$ 500 milhões; nos Estados Unidos, a Universidade de Notre Dame – tem um orçamento operativo de mais de US$ 1 bilhão - isto é, pode financiar o Vaticano três vezes.

Entrevista com John L. Allen Jr.

A reportagem é de Andrew Chernin, publicado na revista “Qué pasa” e no sítio “Religión Digital”, 31-10-2009. A tradução é de Moisés Sbardelotto.

Como a Igreja e a Santa Sé se financiam?

O orçamento anual do Vaticano é de US$ 300 milhões. Basicamente, eles têm três fontes de renda: a primeira são as doações de igrejas locais e conferências de bispos em todo o mundo. As paróquias são obrigadas a entregar dinheiro às dioceses, e as dioceses são obrigadas a entregar dinheiro para o Vaticano.

Qual é a segunda?

Os investimentos. Em 1929, a nova República italiana pagou ao Vaticano uma enorme quantia por todas as propriedades que ela lhe havia confiscado. Essa quantidade, que hoje seriam de várias centenas de milhões de dólares, foi investida em uma carta de investimentos de bônus e ações que ainda existe e que, a cada ano, entrega renda ao Vaticano.

Resta a última.

O Vaticano é dono de cerca de 700 propriedades, principalmente em Roma, mas também em toda a Itália. Muitas delas são arrendadas a companhias e a pessoas, como lojas ou departamentos. Então, a cada ano, há dinheiro que chega por esse caminho.

Isso é suficiente?

Todo ano, em geral, eles andam muito apertados com esse orçamento, e não se sabe se ganharão o suficiente para pagar os gastos do Vaticano.

Falo das doações. São muito fundamentais?

Cobrem 50% do orçamento anual. As outras duas contribuem com 25% cada.

Em quanto estão avaliadas as propriedades?

O Vaticano diz que seu patrimônio, que inclui bens raízes, chega a US$ 770 milhões. O grosso dessa cifra são as propriedades. Então, no total, a avaliação deveria se aproximar dos US$ 500 milhões.

Eles estão com números vermelhos ou azuis?

Desde o final da década de 70 até o começo dos 90, eles estavam com números vermelhos quase todos os anos. Depois, chegou um cardeal norte-americano de Detroit encarregado da operação financeira, que era conhecido por ser alguém habilidoso com o dinheiro. Ele corrigiu o déficit, e eles obtiveram números azuis por vários anos. A partir daí, veio uma crise financeira, e voltaram a ter números vermelhos, mesmo que o déficit não tenha sido muito grande. Em geral, a Igreja não obtém excedentes significativos.

Então não se poderia dizer que a Igreja é rica.

Eu colocaria desta forma: o orçamento operativo da Igreja é de US$ 300 milhões. Nos Estados Unidos, a Universidade de Notre Dame – que é a maior universidade católica do país – tem um orçamento operativo de mais de US$ 1 bilhão. Isto é, pode financiar o Vaticano três vezes. O patrimônio do Vaticano – quase US$ 800 milhões – é semelhante ao que é entregue às organizações sem fins lucrativos dos Estados Unidos como doação. Meu ponto é que, se medirmos pelos padrões das organizações sem fins lucrativos, o Vaticano não é particularmente rico. O que acontece é que, diferentemente das organizações sem fins lucrativos – em que o item que absorve mais capital é o pagamento de salários –, no Vaticano, a maioria dos “empregados” são sacerdotes ou freiras que ou não recebem salário ou paga-se-lhes o mínimo. Essa é a forma pela qual o Vaticano pode manter as coisas andando com um orçamento que, no mundo das organizações sem fins lucrativos, seria considerado bastante modesto.

Qual é o departamento encarregado das finanças da Santa Sede?

A Prefeitura dos Assuntos Econômicos.

Como ela funciona?

Um cardeal – Sergio Sebastiani – é o presidente emérito. Ele tem uma junta de consultores. Além disso, existe um conselho de cardeais que assessora a Prefeitura na administração financeira. Esse conselho, por sua vez, tem uma junta de consultores que são profissionais financeiros, especialistas em investimentos etc.

Que perfil tem a pessoa que chega a esse cargo?

O Papa o nomeia. Quase sempre é um bispo italiano veterano que tem reputação de saber lidar com o dinheiro. Informalmente, se subentende que deve ser italiano porque há muita interação com o sistema bancário desse país.

Como você descreveria a atual gestão?

São imensamente conservadores. Fazem investimentos de muito baixo risco. Sei que, muitas vezes, foi frustrante para os cardeais que proveem especialmente dos Estados Unidos e da Europa, porque a Santa Sé demora em adotar algumas das práticas básicas para a administração e investimentos que são usadas em outras partes do mundo. Eles publicam um balanço financeiro anual. Mas não é divulgado. Não há uma auditoria independente das finanças. Ao longo dos anos, muitos cardeais queixaram-se privadamente comigo de que obteriam melhores retornos de investimento se pudessem atrair pessoas externas que tomassem decisões responsáveis, mas ligeiramente mais audazes.

O problema passa pela modernização, então.

É preciso entender que isso é o Vaticano. O problema de fundo, acredito, é que se trata de uma instituição cuja aproximação ao dinheiro é pré-moderna.

Em que sentido pré-moderna?

Anterior às práticas modernas de contabilidade. Que não se sente cômoda com estratégias de investimento do século XXI. Estamos falando de uma aproximação ao dinheiro que se formou na Alta Idade Média. No entanto, estão lidando com católicos de todo o mundo, que têm sim altas expectativas enquanto a transparência, gestão e responsabilidade


Arquivado em: Entrevistas — Prof. Felipe Aquino
http://blog.cancaonova.com/felipeaquino

A riqueza do Vaticano não pode ser analisada em termos absolutos, mas comparada com os outros Estados; nesse sentido é o menor orçamento entre as nações.

Entrevista com John L. Allen Jr, vaticanista, é o correspondente da NCR.

Alguns dados retirados da entrevista

07/01/2010

Todos somos doentes em relação ao pecado



“Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal para fazer obedecer às suas concupiscências” (Rm 6,12).

Quando você monta num cavalo, toma as rédeas e o leva para onde quiser. A Palavra de Deus diz: “não permita mais”, o pecado quer “montar” em você e fazê-lo obedecer às rédeas dele.

Não faça mais isso! Não permita mais! “Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal”, que você não obedeça mais a seus impulsos nem ofereça seus membros como instrumentos do mal. Você já não está mais sob a lei do pecado. Não ofereça de novo seus membros a ele. Não se ponha de novo sob o jugo da escravidão.

Seus membros querem pecar. Eles ficaram marcados, habituados, até viciados pelo pecado. Logo, há em você uma inclinação, um impulso para o pecado. Como as pessoas que sofrem de alcoolismo sentem inclinação para o álcool, não podem tomar o primeiro gole, assim você não pode ceder à sua inclinação para o pecado.

Em relação ao pecado, todos somos doentes. Nossos membros já estão feridos e marcados por ele. Então, não podemos dar o primeiro passo. Não podemos lhe oferecer nossos membros: eles são de Deus, criados por Ele, alvos e resgatados por Jesus Cristo.

Infelizmente, já os oferecemos ao pecado, que já nos usou demais como instrumento para o mal. Agora, chega. A Palavra diz: se ofereça a Deus como vivo, salvo da morte, para que seus membros sejam instrumentos do bem a serviço d’Ele.

O pecado já não o dominará, porque agora você não está mais sob a lei, e sim sob a graça.

No Reino de Deus, porque somos cristãos, batizados, o Senhor tão bom, tão Pai, tão misericordioso, nos perdoa. Jesus veio para os pecadores. Veio para os doentes. Portanto, você não pode levar uma vida “mais ou menos”.

Porque o Senhor é bom, misericordioso, porque Ele nos salvou, agora queremos viver para Deus. Vivos para Deus, não permitamos mais que o pecado reine sobre nós e nos use para o mal.



Decida-se. Tome uma resolução. Se, infelizmente, acontecer de você pecar, porque sua carne é fraca e seus membros resvalam no pecado, imediatamente volte para o Senhor e O busque no sacramento da reconciliação, na confissão. Receba o perdão de Deus, acolha novamente Sua graça. Levante, recomece tudo de novo.


O versículo 19 da Carta aos Romanos nos esclarece:

"Eu me sirvo de palavras totalmente humanas, adaptadas à vossa fraqueza. Do mesmo modo que pudestes vossos membros como escravos a serviço da impureza e da desordem, que conduzem à revolta contra Deus, ponde-os agora como escravos a serviço da justiça, que conduz à santificação" (Rm 6,19).

Com uma faca você pode fazer coisas lindas e terríveis: pode cortar alimentos e abrir caminhos, mas pode também matar. Com seu corpo é assim também: você pode servir ao bem ou ao mal, fazer coisas lindas ou matar.

“Do mesmo modo que pusestes vossos membros como escravos a serviço da impureza e da desordem, que conduzem à revolta contra Deus, ponde-os agora como escravos a serviço da justiça, que conduz à santificação. Quando éreis escravos do pecado, éreis livres com relação à justiça. Que frutos produzíreis então? Hoje tendes vergonha deles, pois o seu fim é a morte. Mas agora, libertados do pecado e feitos escravos de Deus, produzis os frutos que conduzem à santificação e cujo fim é a vida eterna. Pois o conduzem à santificação e cujo fim é a vida eterna. Pois o salário do pecado é a morte; mas o dom gratuito de Deus é a vida eterna, em Jesus Cristo, nosso Senhor” (Rm 6,19b-23).

06/01/2010

O encontro com a existência de Deus


A matéria não pode vir à existência do nada por si mesma. Nem mesmo o que chamamos de energia pode, por si mesma, gerar uma matéria ou uma realidade concreta, sem que esta antes não fosse produzida. A origem de qualquer coisa deve necessariamente partir de uma decisão inteligente de fazê-la vir à existência. Somente um Ser Sumo Inteligente e Todo-poderoso é capaz de criar do nada qualquer elemento.

A razão humana é limitada e não possui capacidade de especulação capaz de ultrapassar esta realidade; ela consegue no máximo chegar à conclusão de que uma Transcendência deu origem e ordenou todas as coisas, ao mesmo tempo é o princípio que mantém a mesma existência de todas as coisas. Esta Transcendência é chamada de Deus.

O homem é capaz de chegar ao conhecimento de Deus. Contemplando o que existe na natureza: a terra e tudo o que nela existe, o céu e tudo o que o compõe, o homem e toda a sua complexa estrutura bio-psico-espiritual. Enfim, por meio do esforço racional, o homem é capaz de chegar à constatação da existência de Deus. Não se trata de uma constatação sensível, como, por exemplo, uma descoberta feita em laboratório ou pelos órgãos do sentido. Trata-se de chegar à conclusão de que qualquer coisa possui uma origem. Como disse acima, a origem de todas as coisas acontece porque um Ser criou tudo do nada. Conhecer como este Ser é e como Ele se relaciona com o ser criado só pode acontecer caso Ele se revele ao homem.

Ao reconhecer a existência deste Ser chamado Deus, naturalmente se reconhece que se trata de uma verdade sólida e imutável. Reconhecer, portanto, que Deus existe é um ato de experiência pessoal. Essa experiência de adesão a essa verdade é um ato humano, o qual expressa a busca incessante do homem em vista de um desejo de encontro com uma realidade que constantemente o provoca interiormente, o deixa inquieto até que o encontro se realize.

A realidade de Deus, uma vez encontrada, na verdade, expressa um deixar-se encontrar da parte do homem. Deus sempre procurou o homem, a busca do homem pelo Senhor e a adesão a Ele manifestam o acolhimento da pessoa ao eterno convite. Deus criou o ser humano para se relacionar com ele como amigo.

A fé é a resposta do homem e da mulher a Deus, que a ele Se revela e Se oferece, resposta que, ao mesmo tempo, traz uma luz superabundante ao homem que busca o sentido último da sua vida

(cf. CIC 26).

05/01/2010

Pegar a 'condução' da carne significa 'tirar férias de Jesus'


Férias combinam bem com viagem. Quando alguém nos diz que entra de férias, perguntamos: “Vai viajar para onde?” Férias sem uma saída de onde se passou o tempo todo, nem parecem férias. Infelizmente, nem todos conseguem fazer, nem que seja uma pequena viagem.

Quem decide viajar, precisa escolher uma condução. Algo que o conduza ao destino. Naquele final da viagem espera encontrar familiares, amigos e um lugar de descanso. Quem deseja viajar, precisa pensar antes na condução. Quanto melhor e mais rápida for a condução, tanto mais fácil e seguro se chegará ao destino.

Aqui podemos nos deixar iluminar pela Palavra de Deus. Ela fala de duas conduções:

“A carne aspira ao que CONDUZ à morte; mas o Espírito aspira ao que dá vida e paz” (Rm 8, 6-7). Conforme a condução escolhida será o destino ao qual se chegará.

Não é possível servir a dois senhores. Não é possível andar em dois caminhos diferentes ao mesmo tempo. Assim também, não é possível pegar duas conduções diferentes ao mesmo tempo. Se há duas, é preciso escolher uma.

A Palavra de Deus diz: ou somos conduzimos pelo Espírito ou pela carne. Os que são conduzidos pelo Espírito acabam chegando na vida e na paz. Já os que são conduzidos pela carne, têm como destino final a morte.

Se você escolher o caminho ser conduzido pelo Espírito, no final das férias, estará descansado, revigorado e na vida e na paz. Mas, se pegar a condução da carne, vai terminar na morte. Pegar a “condução” da carne significa “tirar férias de Jesus”, ou seja, esquecer Deus e Seus Mandamentos durante o período de férias. Deixar de participar da Santa Missa, não rezar, não ler a Palavra, cair nas bebedeiras, farras e seguir os prazeres da carne. Isso é se deixar conduzir pela carne.


Imagino que você vá preferir o melhor. Caso queira terminar sua vida “na vida e na paz”, então vão aí algumas dicas:

a) Procure ir à Santa Missa ao menos no final de semana.

b) Leia um pequeno trecho da Palavra de Deus, todos os dias.

c) Reze seu terço todos os dias.

d) Leia ao menos um livro espiritual (E não Espírita).

e) Fique a sós e medite alguns minutos no dia.

f) Louve a Deus por tudo que você vê de diferente onde estiver.

Jesus um dia falou que Maria escolheu “a melhor parte”. Seja esperto, também. Escolha passar as férias “no Espírito” e não “na carne”. Faça essa escolha e estas férias poderão se tornar as melhores de sua vida. Boa escolha e boas férias!

04/01/2010

2010 está nas mãos do Senhor

Mais de 30 mil fiéis proclamaram na Canção Nova, neste fim de semana e início do novo ano, que "A alegria do Senhor é a nossa força", durante o Acampamento de Ano Novo na sede da Comunidade Canção Nova, em Cachoeira Paulista (SP).



O primeiro pregador do evento, o missionário Márcio Mendes, animou os fiéis dizendo que Deus desejava preparar o coração de cada um para começar bem o ano e continuar bem até o fim. "Aquilo que nós começamos mal, termina pior ainda. Feliz de você que decidiu começar o seu ano consagrando-se a Deus, pois vai colher os frutos do que está semeando".

Márcio exortou ainda os participantes a se afastarem da tristeza e a buscar em Deus a força para cultivar a alegria mesmo na provação. "A tristeza é um veneno mortal que mata a alma do cristão. Enquanto você não faz uma experiência com Deus, você não pode ser feliz", concluiu.

Dunga convidou os participantes a caminharem decididamente, afirmando que não importava o grau que cada um havia chegado, mas sim a maneira diferente de caminhar a partir das experiências vividas no evento. "Você está num fim de semana que é o início de um novo ano e que pode ser o início de uma vida nova. Você não pode voltar para sua casa do mesmo jeito que chegou aqui. Você só tem dois jeitos de voltar para casa: ou bem melhor ou bem pior. Do mesmo jeito você não volta para sua casa".

Na Missa da vigília, padre José Augusto proclamou que Deus dava aos fiéis a sua graça e sua bênção para este ano. "O ano de 2010 será o ano da bênção. E a bênção para a humanidade, a bênção para a sua família se chama Jesus".

No dia da Festa da Santa Mãe de Deus, 1º, o diácono Nelsinho Corrêa proclamou em sua pregação: "Tudo por Jesus e nada sem Maria" e, afirmou, que Nossa Senhora é a Mãe de Deus, e que por vontade do próprio Deus ela é também Mãe de todos os homens. "Tem que ser muito humilde de coração para entender que um Deus tão grande quis ter uma Mãe e, é a Mãe de Deus que cuida de nós, que nos ampara".

Padre José Augusto, através da Palavra de Deus, acalmou os corações que estavam agitados com as preocupações cotidianas. "Acalma-te, para que tanta agitação? Acredite em Jesus. Ponha a confiança Nele. Tudo está na mão de Deus, que nós confiamos. O ano de 2010 está nas mãos de Deus".



No sábado, 2, Ricardo Sá deu sete dicas para o cristão permanecer na graça de Deus: 1º Vida espiritual, 2º Amizades verdadeiras, 3º Ter metas, 4º Ter uma pessoa que o conheça de verdade, 5º Viver em atitude de vigilância, 6º Colocar-se a serviço do próximo e 7º Ter paciência consigo mesmo e com os outros.

Em seguida, padre Edimilson convidou os católicos a não perderem a esperança, mas esperarem com confiança os milagres de Deus. "O desespero opõe-se à bondade de Deus e à sua justiça, porque o Senhor é fiel em suas promessas".

"Deus nos convida a viver a esperança como sinal de Sua presença para o mundo. Deus quer fazer frutificar, pelo Espírito Santo, a esperança no seu coração", assegurou Júlio Brebal. Afirmação que devolve a esperança aos corações desesperados.

O segredo de uma vida fecunda está em permanecer em Jesus, testemunhou padre Edmilson na Santa Missa, revelando as várias maneiras para permanecer em Jesus, através da comunhão diária com a Palavra de Deus; comungar na Santa Missa; adorar o Santíssimo Sacramento e rezar pelo menos um terço diário. "No final de 2010 você vai verificar os belíssimos frutos conquistados", assegurou.

Na manhã deste domingo, 3, padre Marcos Pacheco assinalou que a felicidade em Deus não quer dizer ausência de dificuldades, de dor ou de sofrimento. E que muitos buscam a felicidade aonde não está a vontade de Deus. Este é o motivo de tanta dor e sofrimento. "O sofrimento, a dor e a angústia não vem de Deus, nenhum mal pode vir de Deus, mas Deus permite porque Ele quer fazer disso um excelente instrumento pedagógico para que nós venhamos a crescer na fé".

Cristão chora, sofre, porém dá uma reposta diferente, foi o que testemunhou o casal da Comunidade Canção Nova, Cleto e Carla Astuti na manhã do último dia do evento.

A música também foi instrumento de evangelização nesses dias de evento, num ritmo irreverente a cantora Jake levou a galera a dançar com muita alegria. Já o Ministério "Adoração e Vida", com muita unção, levou a platéia a uma profunda experiência com Deus e, a banda Anjos de Resgate proporcionou uma reflexão quanto à vida familiar e o relacionamento entre amigos.



Para finalizar o evento, padre Roger Luís, na homilia da Missa levou os fiéis a proclamarem: "nossa força e vitória tem um nome e é Jesus".

O sacerdote exortou os participantes a voltarem para suas casas celebrando a glória de Deus. E que assim como os reis magos acolheram a boa nova da salvação, todos precisamos acolher também. "O Ano Novo está apenas começando, deixe as coisas velhas para trás", exortou.

Um questionamento ficou para a assembleia: O que você precisa deixar hoje para continuar seguindo Jesus? O que você ainda possui e precisa abandonar para ser uma pessoa feliz, para ficar com Jesus? Esse questionamento também é para você que deseja uma vida nova em Cristo. O que você precisa deixar?

Que no decorrer de todo o ano de 2010, você proclame também em todas as situações:

"A alegria do Senhor é a nossa força".