28/08/2014

Quem é Jesus?

Como foi possível que esse Homem pobre, que vivia em uma cidadezinha de Israel, se tornasse o mais conhecido e amado da história?
Foi um judeu, carpinteiro humilde que só fez o bem, mas foi condenado à morte. Contudo, marcou profundamente a história da humanidade. Alguns O classificam de sábio; outros, de Mestre e Profeta. Como foi possível que esse Homem pobre, que vivia em uma cidade desprezada em Israel, que jamais escreveu um livro, não fez parte da elite, não foi militar, escriba, doutor nem artista, não procurou impor pela força Seus ensinamentos, se tornasse o Homem mais conhecido, mais amado e admirado da história? Por que, ainda hoje, tantas pessoas estão dispostas a segui-Lo, às vezes, com o sacrifício da própria vida?
Simplesmente, porque Ele é, de fato, o que afirmava ser. Pelos séculos, milhões de homens e mulheres têm descoberto, por meio de um relacionamento pessoal com Jesus Cristo, alguém infinitamente maior que um Mestre ou Profeta. Ao escutar e receber Sua mensagem, O reconheceram pelo que Ele é: inteiramente Deus e inteiramente Homem, plenamente Amor e plenamente Verdade. Eles O reconheceram como Salvador, Sua Morte, Sua Ressurreição, Sua mensagem e Sua pessoa lhes deram um novo sentido para viver. “Quando fui ter convosco, anunciando-vos o testemunho de Deus, não fui com sublimidade de palavras ou de sabedoria. Porque nada me propus saber entre vós, senão a Jesus Cristo e este crucificando” (cf. 1 Cor 2,1-2).
Quem-e-Jesus?
Jesus é Deus
“Cristo é sobre todos, Deus bendito eternamente” (Rm 9,5). Criador de todas as coisas e Aquele por quem elas subsistem (Cl 1,16.17). Em Seu imenso amor, foi manifesto na carne, revelando-se como Homem: é um grande mistério e uma realidade revelada para nossa salvação e bênção agora e eternamente.
As Sagradas Escrituras declaram que Jesus é Deus:
“No princípio, era Verbo, e o Verbo estava com Deus, e o Verbo era Deus” (cf. Jo 1,1-2) Ele estava no princípio com Deus.
O Deus Pai disse a respeito do filho: “Ó Deus, o teu trono subsiste pelos séculos dos séculos” (Hb 1,8). Seus atributos são os mesmos de Deus: É onipresente: “Eis que eu estou convosco todos os dias, até a consumação dos séculos” (Mt 28,20). É onipotente: “Esperamos o Salvador, o Senhor Jesus Cristo, que transformará o nosso corpo abatido, para ser conforme o seu corpo glorioso, segundo o seu eficaz poder de sujeitar também a si todas as coisas” (Fl 3,20-21). É imutável: “Jesus Cristo é o mesmo ontem, e hoje, e eternamente” (Hb 13,8). “Nele habita corporalmente toda a plenitude da divindade” (Cl 2,9). “É um com o Pai: “Eu e o Pai somos um” (Jo 10,30)”.
Observar as obras de Cristo é ver Deus trabalhando, escutar as palavras de Cristo é ouvir a voz do próprio Deus. Isso parece simples. Mas não o é. Considerar o Senhor Jesus como algo menos que Deus, por exemplo, um “mestre da moral”, “um espírito evoluído” ou “o maior benfeitor da humanidade” é afronta do pior grau possível! É não conhecer a Bíblia Sagrada e não ter experiência abissal com Jesus Cristo. “Que homem é este, que até os ventos e o mar lhe obedecem?” (Mt 8,27). “Que dizem os homens ser o filho do homem?” (Mt 16,13). E Simão Pedro, respondendo, disse: “Tu és o Cristo, o Filho de Deus vivo” (Mt. 16,16).
E a multidão dizia: “Este é Jesus, o profeta de Nazaré da Galileia” (Mt 21,11). “Jesus é a Palavra de Deus” (Jo 1,1). “Jesus é o Rei dos reis e Senhor dos senhores” (Ap. 19,16).
Diz Santo Agostinho de Hipona: “Se quereis viver piedosa e cristãmente, abraçai-vos a Cristo-Homem e chegareis a Cristo-Deus”. “Cristo-Deus é a pátria para onde vamos e Cristo-Homem é o caminho por onde vamos”.
O erudito escritor Giovanni Papini, autor do clássico História de Cristo, escreve: “Milhares de santos por ti sofreram e por ti se extasiaram, mas, ao mesmo tempo, milhares e milhares de renegadores e de dementes continuaram a esbofetear a tua face sanguinolenta. Justamente por não Te amarmos suficientemente, temos necessidade de todo o Teu amor”.
A nossa vida só poderá ser feliz se vivermos, em Jesus Cristo, uma dimensão eterna de salvação e no amor a Deus e ao próximo! Sua graça e Seu Evangelho é tudo para Seus discípulos.

27/08/2014

Pais, eduquem seus filhos com amor e paciência!

O segredo de uma educação é a paciência e o amor
Você tem filhos? Eduque-os e ensine-os a obedecer desde a infância. (cf. Eclesiástico 7,23)
Após uma série de textos escritos para o Portal Canção Nova, coube-me a tarefa de escrever sobre a função do Pai frente aos desafios desse mundo, que traz marcas da contemporaneidade, traços de um mundo solitário e evoluído na tecnologia. E como o Pai pode estar inserido nesse contexto? Se ele está no contexto, também sofre a solidão, cresce com a tecnologia e pensa estar emancipado para afetar e ser afetado pela contemporaneidade. Alguém precisa puxar o freio do que já está fora do trilho. A velocidade com que o tempo corre está demais…
O pai sai de manhã para trabalhar, deixa o filho dormindo, volta à noite, o encontra no computador e de lá, o filho não sai e nem fazem questão que ele saia. O filho, muito inteligente, mesmo que julgado por todos, encontra, naquele meio de comunicação, um espaço para conviver e interagir. Ao mesmo tempo em que fica a esperar um grito ou uma voz saudosa dizendo:-Saia do computador! Eu cheguei meu filho, e quero ficar com você. Vamos conversar. Eu, o seu pai, quero que você venha para mesa pra gente conversar. Estou com saudade de você…É necessário fazermos o caminho de volta e reencontrarmos o nosso lugar na vida dos nossos filhos. Seja qual for a motivação para um Pai se relacionar com o filho, essa relação precisará estar sustentada no amor, na educação e nos ensinamentos transmitidos entre eles.
O pai deverá permanecer na função de quem ensina ao filho a conviver desde a mais tenra idade. A obediência e a educação são pilares para uma boa convivência. Quanto mais o filho cresce, mais experiência os pais vão tendo para educá-los e, a obediência deverá ser um comportamento almejado por todos que fazem parte da vida de um filho independente da sua idade. Ensinar um filho a obedecer e a ser educado é estar comprometido com o bem. Não são poucas as vezes que o Pai recua da sua função por receio de estar desagradando o filho e/ou algumas pessoas da família, como por exemplo: a esposa, a sogra, a tia mais velha. Tem filhos? Eduque e os ensine a obedecer desde a infância.
Após o fim da segunda infância, se é que a infância tem um fim, inicia-se um período bem marcante na vida de um filho. Ele se despede da Educação Infantil e dá início ao seu ingresso no Ensino Fundamental. Período que se estende até a adolescência, em que a criança está na fase que vai de 6 até os 11 anos de idade.
Época em que os filhos apresentam grande interesse em participar de jogos grupais e procuram se ocupar em relação ao seu envolvimento social, tanto no seio familiar como também no ambiente escolar. Gosta de participar de jogos coletivos baseados em regras; demonstra estar sempre motivado para aprender e alcançar vitórias no que se propõe a fazer. Contudo, mesmo trazendo consigo tal disposição, esse processo não acontece tão fácil, pois essa criança dependerá muito do ambiente em que convive. O modelo comportamental que ela encontra nesse lugar servirá de condutor para o seu desenvolvimento biopsicossocial.
Porque, nessa fase, a criança também vive transições que exigem dos seus pais paciência, boa conduta e disposição para continuar educando com a mesma disposição e alegria como era na sua infância. Grande é a sensação de abandono por parte de um filho, quando ele começa a crescer, adolescer e os pais, vão deixando-os sem perceber as consequências danosas que virão pela frente. Abandonando o ensinamento dos procedimentos, das cortesias, dos valores… Acreditando que ele tem autonomia ou idade para SER e FAZER sozinho.
A figura paterna, nessa fase, deverá ser um grande mediador dos conflitos, ouvinte nas crises emocionais vividas pelo filho; auxílio para enfrentar os obstáculos e obter uma boa convivência com a família; ensiná-lo a expressar seus sentimentos através da demonstração e comunicação com os outros e capacitar-se para acolher o filho quando ele não se sentir adaptado às pressões sociais. Só mesmo a sabedoria de um Pai para conseguir educar o filho focado no que ele mesmo espera dessa criação.
Folheando o livro Aprender Brincando, dos autores Denise Weston e Mark S. Weston, encontrei algumas brincadeiras que aproximam a família dos seus rebentos. O Dia do Irmão, por exemplo. Neste dia é feriado na família, todos se encontram e os irmãos poderão planejar o dia sem que necessariamente os pais estejam presentes. Medalha de ouro do amor que sugere que, durante a semana, o Pai escolha um dia para que todos possam dar sua medalha de amor a quem fez o ato amoroso mais generoso na família. Brincadeiras como Toalha, Eu te amo; Pôster da Família; Enquadrando o Amor e tantas outras que o Pai poderá promover em seus dias de folga a fim de colaborar na construção do caráter, de um bom comportamento e da inteligência emocional dos filhos. Atitudes assim, demonstram quanto o Pai não parou no tempo e nem fez opção de repetir a sua criação como se a época e os próprios pais fossem os mesmos. Assim como os adultos (homens) modernos buscam melhorias profissionais, participam de congressos, vídeos, conferências e outras ações, assim deveria fazer na função de Pai.
Atualizar-se sem perder a sua essência e autoridade, para que não se sinta fora do mercado. Um pai fora do mercado é aquele que não acompanha o ritmo presente e cede a tentação de deixar a educação do filho pelo caminho. Não faz jus a sua decisão de educar e ensinar a obediência desde a infância. Ele vive a mais doida de todas as ilusões: pensa que por ser o provedor, já garantiu, na visão do filho, a referência maior.
Aparentemente, obedecer parece se tratar de uma resposta alienada aonde as pessoas deixam de ser protagonistas da sua história e se assumem como submissos aos outros. Não! Engana-se quem pensa assim, quando o assunto for educação de filhos. É importantíssimo que o filho saiba o que Pai almeja sobre o presente e o futuro dele. Essa atitude jamais irá recalcá-lo, mas o alertará para que o Pai não deseje qualquer coisa para a vida que vem pela frente. Portanto, vamos dar valor a função do Pai dentro da família independente da sua idade e honrar o que tanto ele, tentou que fôssemos: obedientes, inteligentes, criativos, amigos e educados. Se o mesmo não aconteceu em sua formação, acredito que não dê para pegar o leite que foi derramado. Então, que tal perdoar e remontar sua história com seu filho fazendo de volta um novo caminho?


Judinara Paz
Comunidade Canção Nova

26/08/2014

Dicas para escolher a profissão ideal

A escolha da profissão ideal exige autoconhecimento, tempo e pesquisa
Chega um momento importante na vida das pessoas em que elas precisam escolher uma profissão. E a pergunta que surge para os jovens é: “Estou preparado para saber o que eu quero ser para o resto da minha vida?”.
Normalmente, nossos jovens não estão preparados para responder essa pergunta, mas podemos ajudá-los nesta escolha difícil, sem tentar realizar os sonhos dos pais nos filhos. A resposta para a segunda parte da pergunta é que nossas escolhas de hoje não são para sempre; podemos, na vida profissional, realizar pós-graduações e mestrados e reposicionar a carreira inicial escolhida. Existem algumas dicas que podem ajudar esses jovens a tomar uma decisão correta.
Comece pensando quais atividades ou hobbies você gosta de realizar, a tendência é fazer aquilo de que goste e que lhe dê prazer. O autoconhecimento é fundamental  nessa hora.
Para isso é preciso fazer um SWOT, ou seja, um diagnóstico de cenários internos e externos. Para estabelecer o cenário interno, o caminho é um levantamento de qualidades e defeitos pessoais para conhecer suas forças e seus desafios. O autoconhecimento das potencialidades e das dificuldades individuais ajuda o estudante a alinhar o que gosta com as suas habilidades.
Definir o cenário externo começa com o conhecimento das profissões do momento, mas pensando a longo prazo. Conhecer as profissões é possível com orientações de profissionais da área comportamental e dos que atuam no mercado escolhido.
É preciso analisar a profissão desejada, buscar possibilidades acadêmicas e profissionais, conhecer as competências exigidas pelas organizações. Cuidado com a pressa! Faça isso ao longo do tempo e não às vésperas de um vestibular. Outro lembrete: não deixe as pessoas e as situações influenciarem sua escolha, pois quem vai atuar na profissão é você, portanto a escolha é sua. A leitura correta do cenário externo ajuda a delimitar melhor as escolhas e facilitar as decisões.
Com o diagnóstico do SWOT em mãos, é momento de planejar a carreira, definir o que vai ser feito com métodos, prazos e responsabilidades; então, finalmente, colocar em ação o plano estabelecido.
O vestibular é uma etapa deste plano que deve ser o coroamento de todo o estudo realizado anteriormente; portanto, o sucesso começa com 1% de inspiração e 99% de transpiração na busca de seus objetivos.
Se houver dúvidas entre o que gosta e o que tem habilidade de fazer, a orientação é que faça faculdade das duas opções mais viáveis; com o tempo, acontecerá o amadurecimento da escolha. Toda escolha tem ônus e bônus, e, às vezes, uma carreira rentável exige uma vida intensa de trabalho; outras serão menos rentáveis, porém oferecem melhor qualidade de vida. Qual bônus para você é mais importante?
Outra etapa importante são os estágios para testar se as escolhas foram corretas, pois todo plano precisa de adequações ao longo da execução. Colocar o conhecimento adquirido em ação permite testar habilidades, facilita a análise e a escolha.
Na etapa profissional, é válido lembrar que uma carreira não termina com a entrada num emprego ou com a abertura de um negócio; é apenas o fechamento de um ciclo e o início de outro. Portanto, invista tempo no levantamento e na análise de informações, pois elas ajudarão no balizamento da escolha de sua profissão.

25/08/2014

Nossa Senhora Rainha dos Anjos e dos Homens

A Liturgia Sagrada já invoca a Mãe de Deus com os títulos de Rainha dos Anjos
Nossa Senhora, verdadeira Mãe de Jesus Cristo, Rei do Universo, é invocada hoje com o título de Rainha do Céu e da Terra. Antigamente, a festa da realeza de Nossa Senhora era celebrada no dia 31 de maio. Hoje, a liturgia colocou a memória logo depois da Solenidade da Assunção de Maria ao céu, em 15 de agosto, sendo a festa de Nossa Senhora Rainha dia 22 de agosto. 
Nossa-Senhora-Rainha
A Liturgia Sagrada já invoca a Mãe de Deus com os títulos de Rainha dos Anjos, dos Patriarcas, dos Profetas, dos Apóstolos, dos Mártires, dos confessores, das Virgens, de todos os Santos, Rainha Imaculada, Rainha do santíssimo Rosário, Rainha da paz e Rainha assunta ao céu.
Esse título de Rainha exprime o pensamento de a Santíssima Virgem se avantajar a todas as ordens de santidade e de virtude pelos méritos de ser a Mãe de Deus. Rainha dos meios que levam a Jesus Cristo, e de que, sendo Rainha assunta ao Céu, já era sobre a terra, isto é,Rainha reconhecida pela terra e pelo céu como sendo a criatura mais perfeita e mais avantajada em toda a santidade e semelhança de Deus Criador! Mas quando falamos no título da realeza de Maria Santíssima, trata-se da realeza que lhe cabe por direito como soberana, deduzida das suas relações com Jesus Cristo, Rei por direito de tudo o que foi criado, visível e invisível, no céu e na terra.
Efetivamente, as prerrogativas de Jesus Cristo têm todos os seus reflexos na Santíssima Virgem, Sua Mãe admirável. Assim, Jesus Cristo é o Autor da graça, e Sua Mãe é a despenseira e intercessora de todas as graças. E assim, pelo reflexo da Realeza de Jesus Cristo, seu Filho, ela é a Rainha do Céu e da Terra, dos Anjos e dos homens, das famílias e dos corações, dos justos e dos pecadores que, na Sua Misericórdia real, encontram perdão e refúgio.
Oh! Se os homens aceitassem, de verdade prática, a Realeza da Santíssima Virgem, em todas as nações, em todos os lares e realmente pelo seu governo maternal regulassem os interesses deste mundo material, buscando primeiro que tudo o Reino de Deus, o Reino de Maria Santíssima, obedecendo aos seus ditames e conselhos reais, como depressa se mudaria a face da Terra!
Todas as heresias foram, em todos os tempos, vencidas pelo cetro da Santíssima Mãe de Deus. Nesses nossos tempos, tão conturbados pelas sumas das heresias, os homens debatem-se numa pavorosa luta em que vemos e apalpamos, da maneira mais trágica, serem insuficientes os meios humanos para restabelecer a paz na sociedade humana!  De resto, demasiado puseram os homens a sua confiança nos sistemas sociais, nos meios do progresso científico, no poder das armas de destruição, no terrorismo, e tudo isso só serviu para o mundo assistir, agora desorientado, à maldição profetizada aos homens que põem a sua confiança nos homens, afastando-se de Deus e da ordem sobrenatural da graça!
Faça com fervor esta oração: Maria Santíssima, Rainha do Céu e da Terra, é vencedora de todas as batalhas de Deus. Voltem-se os governantes do mundo para ela e o seu cetro fará triunfar a causa do bem, com o triunfo da Igreja e do Reino de Deus! Reze com devoção e confiança esta oração: Oh, Maria sem pecado concebida! A mais Preciosa Menina, Rainha das Maravilhas. Ajuda-me, neste dia, a ser sempre teu verdadeiro filho, para chegar um dia ao Deus da vida. És Rainha do Céu e da Terra, gloriosa e digna Rainha do Universo a quem podemos invocar de dia e de noite, não só com o doce nome de Mãe, mas também com o de Rainha, como te saúdam no Céu com alegria e amor todos os anjos e santos. Nossa Senhora Rainha, Celeste Aurora, enviai a luz divina do Universo para me ajudar a resolver esses problemas (descrever resumidamente as suas intenções).
Pai-Nosso, Ave-Maria e Glória ao Pai.
Nossa Senhora Rainha, rogai por nós!

Padre Luizinho
Comunidade Canção Nova


Fonte: Canção Nova

22/08/2014

Toda mulher tem sua beleza única, seu encanto próprio

Valorizar o que você tem de melhor
Minha esposa gosta de assistir àqueles programas de TV que mudam o vestuário e o estilo das mulheres; às vezes, eu assisto com ela. Funciona assim: os familiares ou amigos de uma mulher indicam-na para a equipe de produção do programa, motivados geralmente pelo mal gosto com que ela se veste e se porta. A partir daí, os apresentadores vão conscientizando essa pessoa a se vestir e se comportar mais adequadamente com aquilo que ela acredita e busca para sua própria vida.
Toda mulher tem sua beleza única, seu encanto próprio
Quase sempre é uma batalha fazer com que essas moças se desapeguem não somente das roupas antigas, mas do que as vestes representam para elas. Não é só um estilo, é o que elas têm e são.
Mas o que eu acho mais interessante nesses episódios é que as participantes só começam a aceitar a transformação que lhes é proposta quando são tocadas em suas histórias de vida. O “look” de gosto duvidoso geralmente está associado a algum trauma ou dificuldade no passado, e a repulsa à mudança, tenta, na verdade, proteger um coração ferido e machucado.
Algumas delas justificam querer uma melhor posição no mercado de trabalho – seja no meio executivo ou acadêmico – ou querem fazer o tipo “atléticas”, mas pode acontecer que, por conta disso, partem para um estilo “durona”, às vezes, até agressivas, adotando roupas e atitudes um tanto masculinizadas. Então, quando aprofundam na vida da pessoa, descobrem, por exemplo, uma mulher que se protege sendo forte, porque sofria algum tipo de violência ou viveu em ambiente muito tenso.
Outras vestem roupas com tamanhos grandes ou largos demais, escondendo-se nos tecidos, com vergonha do próprio corpo, seja porque engordaram ou emagreceram muito. Pode ser que, por trás disso, haja alguém que teve uma perda afetiva muito dolorosa e que isso tenha refletido em seu físico, ou tragam cicatrizes de acidentes, lembranças que ficaram no corpo, mas que são sinais do quanto ainda grita também a alma.
Existem ainda mulheres que têm um profundo anseio de serem vistas, percebidas no seu melhor, só que o fazem se exibindo exageradamente pela sensualidade, com roupas curtíssimas ou muito justas, decotes exagerados e transparências. Comumente, observamos que, na infância e na adolescência, ela foi menosprezada, desacreditada ou deixada de lado.
Há também aquelas para as quais a vida impôs inúmeras responsabilidades, por isso elas foram ficando um tanto desleixadas com a aparência. Pela falta de tempo, acostumaram-se a não ver muita graça em si mesmas.
Percebemos que a mulher cerca de significado quase tudo o que ela faz, portanto, se você, que lê este artigo, por algum motivo não vê beleza em si, reflita de onde pode vir seu sentimento de “menos-valia”. E quando o detectar, saiba que a situação indesejável não determina quem você é. Você tem sua beleza única, seu encanto próprio, acredite nisso, mesmo que nunca lhe tenham dito, ou se lhe disseram o contrário!
Depois, outro ponto a ser trabalhado é: valorize o que você tem de melhor.
Com certeza, há, pelo menos, uma parte em si que você ache bonito, seja o contorno dos olhos, o formato da boca, seu cabelo, a linha de cintura, sua altura, qualquer coisa. Dê um destaque a isso, mas nunca com exageros.
Seja bela, fique bonita independe da forma física. As mais gordinhas se descobrem lindas, também as magrinhas, as mais altas, as baixinhas… Toda mulher tem sua própria formosura e pode ver a si mesma de uma forma melhor quando começa a valorizar o que já reconhece que tem de bom.
A indústria da beleza criou um padrão e impõe que todo mundo seja daquele jeito, mas isso não é verdadeiro. Existem roupas, maquiagens e cortes de cabelo apropriados para cada pessoa, que revelará melhor a sua feminilidade e beleza.
Entretanto o mais importante não é a transformação estética, mas sim aquela que acontece no coração. A mulher reflete a beleza de Deus e algo em seu mais íntimo anseia por corresponder a esse domQuando a mulher se percebe bonita, sua alma e seu coração parecem começar a se restaurar!
Alguém já dizia: “a beleza salvará o mundo”. Tanto a salvação quanto a beleza vêm de Deus, por isso Ele o fez graciosa. E acredite, o mundo precisa vê-la feliz para fazer brilhar a parcela de beleza que o Senhor depositou em você.

21/08/2014

Como fazer dos obstáculos uma oportunidade?

A grandeza de Deus é transformar o mal em um bem maior. Então, como fazer dos obstáculos uma oportunidade?
Sem dúvida, a virtude de uma pessoa madura e feliz é a capacidade que ela tem de superar os obstáculos. Isso simplesmente porque a vida é cheia deles, não só pelos desafios que existem, mas também por causa dos fracassos, dos desastres, das fatalidades e doenças que percorrem nossa vida. Grandes homens e mulheres da história tornaram-se notáveis após superar desastres na vida. Tantas vezes, é exatamente em razão desses obstáculos é que tantas vezes surgiram os grandes homens da história. Uma dificuldade, quando vivida sob as virtudes humanas, tem a força de fazer emergir o que existe de mais nobre em uma pessoa. O inverso também é verdadeiro. Se as dificuldades nos lançarem nos vícios e nos rancores, descobriremos as piores feras que existem em nós.
Fazer dos obstáculos uma oportunidade
Na ótica cristã, essa verdade tem um significado ainda maior. Deus vence o mal não o destruindo simplesmente, aniquilando sua existência. A grandeza do Senhor é transformar o mal em um bem maior. O ápice de Sua vitória é a cruz; nela o mal é derrotado. Mas como Deus faz isso? Esse “como” é que confunde os homens. São Paulo nos diz: “Escândalo para os judeus e loucura para os pagãos” (cf. 1Cor 1,23). Na cruz, todo ódio é respondido com amor infinito. A morte, que era o fim da vida, passa a ser o começo da eternidade. A cruz, que era sinal de horrores, agora é símbolo da salvação. O pecado que condenava, agora conhece a misericórdia, de tal forma que Santo Agostinho pôde dizer: “Bendito pecado que mereceu tamanha misericórdia!”.
Nós deveríamos aprender a viver essa dinâmica de salvação em nossas dificuldades. Aliás, a salvação não é somente para a eternidade, ela é graça que transforma todo mal em nossa vida em um bem maior. A salvação é agora! Temos de aprender essa dinâmica de Deus. Isso é sabedoria! Para viver assim não basta crer em Jesus, é preciso buscar Sua sabedoria. Acredito que é nesse sentido que exortava São Tiago sobre a fé sem obras, quando lemos em sua carta no capítulo 2,19: “Crês que há um só Deus. Fazes bem. Também os demônios creem e tremem”. A obra da fé é nossa salvação vivida de forma real.
Qual é essa dinâmica da salvação em meio às dificuldades da vida?
Começa por crer e confiar em Deus. “Quem crê será salvo, mas quem não crê já está condenado”. Quem não crê e não confia em Jesus não pode receber Suas graças e tesouros.
É preciso uma conformação à Palavra de Deus, porque é por meio dela que aprendemos a sabedoria divina. Com ela aprendemos a olhar o mundo, a refletir sobre a vida e reagir diante dos acontecimentos segundo o coração do Pai.
Temos de agir concretamente e, diante de cada situação, encontrar a resposta correta. Essa resposta sempre passará pelo amor de Deus e pela obediência a Ele. Mas o que é amar e obedecer a Deus em cada situação? Em uma hora, pode significar mansidão e paciência; em outra, firmeza e ação. Essa resposta está na sabedoria que o Espírito Santo nos dá, especialmente na intimidade com a Palavra de Deus. Mas a resposta sempre será bondade e louvor a Ele. Onde existem a bondade do amor e o louvor da obediência ali está o Senhor. Uma pista para esse discernimento é perguntar para Deus: “Para que me serve essa dificuldade?”. Atenção, isso é diferente de perguntar o “porquê”, no sentido de lamuriar os acontecimentos. No “para que” se busca o sentido de cada coisa.
Por fim é preciso viver tudo sob a virtude da esperança. “A paciência prova a fidelidade e a fidelidade comprovada produz a esperança. E a esperança não engana” (Rm 5,4-5). Quem espera em Deus nunca será enganado. Esperar no Senhor é viver desejando que a vontade d’Ele governe todas as coisas. Espera em Deus quem ama a Sua vontade. Isso é diferente das expectativas que criamos, achando que Ele vai agir segundo nossas vontades. Quando vivemos sob a esperança divina, nos lançamos nos braços do Senhor na certeza que Ele tem para nós os melhores bens. “Coisas que os olhos não viram nem os ouvidos ouviram, nem o coração humano imaginou, tais são os bens que Deus tem preparado para aqueles que o amam” (1Cor 2,9).
Termino essa reflexão com um verdadeiro poema de quem soube superar inúmeros obstáculos firmado no amor de Deus:
“Que diremos depois disso? Se Deus é por nós, quem será contra nós? Quem nos separará do amor de Cristo? A tribulação? A angústia? A perseguição? A fome? A nudez? O perigo? A espada? Realmente está escrito: Por amor de ti somos entregues à morte o dia inteiro; somos tratados como gado destinado ao matadouro. Mas, em todas essas coisas, somos mais que vencedores pela virtude daquele que nos amou” (Rm 8, 31. 35-37).

20/08/2014

A pressa é inimiga da oração

Essa realidade de uma vida agitada e tumultuada tem seus reflexos em nossa vida espiritual, o que torna a pressa inimiga da oração.
Diz um antigo ditado que a pressa é inimiga da perfeição. Infelizmente, somos escravos da pressa, principalmente na sociedade em que vivemos. Tudo acontece numa velocidade muito rápida! As notícias chegam até nós no momento em que os fatos acontecem. A comunicação está a um clique de nossas mãos. Neste tumultuado mundo em que habitamos e vivemos, desaprendemos a saborear os momentos. Na pressa que nos convida a estar sempre agitados interiormente, fazemos tudo no impulso da agilidade que o tempo nos exige.
Essa realidade de uma vida agitada e tumultuada tem seus reflexos em nossa vida espiritual. Enfermos da ‘síndrome da pressa’, nossa caminhada espiritual sofre as consequências de nossa agitação. Rezamos com tamanha rapidez que não conseguimos viver e sentir a força profunda da oração em nossa alma.
Perceba o seu modo de orar. Na maioria das vezes, as orações que saem de nossa boca não acompanham o ritmo de nossa alma. Tudo muito veloz; quando não, muito mecânico. Quando olhamos para essa realidade latente em nossa vida de fé, percebemos claramente que, na maioria das vezes, estamos ligados no “botão automático”.
A pressa é inimiga da oração
Quando foi a última vez que saboreamos internamente uma oração do Pai-Nosso rezada com calma e profundidade? Das celebrações litúrgicas que temos participado, quantas temos gravadas com profundidade em nosso coração?
A vida espiritual requer de nós a tranquilidade roubada pelas agitações. As nossas orações necessitam da calma e da paz que nos permitem saboreá-las internamente. Todo excesso de pressa furta de nós uma autêntica construção de nossa vida interior. Faz-se necessário desligarmos o “botão automático” quando nos propomos momentos de oração.
Muitas vezes, será preciso reaprendermos a descobrir onde, em nosso coração, se encontra o lugar sereno que nos permite estar totalmente com o Senhor. Distantes de nós mesmos e imersos na velocidade alucinante da vida, estamos condenados a fazer de nossos momentos espirituais apenas mais um momento que não deixa marcas profundas em nossa caminhada espiritual.
Antes de começarmos a orar, temos de parar, respirar e, uma vez adquirida a serenidade na alma, começar nossa oração. Saboreemos cada palavra que nossa boa pronuncia e, no silêncio do nosso coração, deixemos emergir as mais sinceras preces que nascem de nossa alma.
Reduzindo nossa velocidade interior, vamos vivenciar os momentos de oração como oportunidades de crescimento espiritual e humano. Entre os muitos benefícios que um momento tranquilo de oração nos proporciona, descobrimos que, mesmo que tenhamos pouco tempo para orar, estes serão profundos. Aprenderemos também a reagir com calma diante de situações que necessitam de mais serenidade para serem solucionadas. E ainda experimentaremos que a paz de Deus pode ser uma realidade em meio ao tornado de demandas que a vida nos apresenta.

19/08/2014

A oração é uma arma para demolir fortalezas

Deus nos deu a capacidade de destruir qualquer forte que o pirata mais poderoso já tenha construído em nossa vida
“As reuniões para oração coletiva têm resultado em tremendas respostas à oração. Além das respostas específicas, há sempre grandes benefícios espirituais à medida que todos aqueles que estão orando aprendem a persistir mais efetivamente”, disse Dr. Duewel L. Duewel, célebre missionário, pregador e escritor de renovação espiritual.
Todos nós temos importantes decisões a tomar, pois são elas que determinam nossa eficiência em derrubar as fortalezas mencionadas na Bíblia.
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Deus nos deu a capacidade de destruir qualquer forte que o pirata mais poderoso já tenha construído em nossa vida. Ele nos dá armas “poderosas em Deus para destruir fortalezas” (2 Co 10.4). A primeira arma talvez seja a mais poderosa que você irá utilizar: a oração. Ela é a grande tarefa para qual todo cristão foi chamado.
Oswald Chambers escreveu: “A oração não nos equipa para as ‘obras maiores’. Ela é a maior obra de todas”. A Bíblia declara claramente o propósito eterno de Deus para nossa vida: “Porquanto aos que de antemão conheceu, também os predestinou para serem conformes à imagem de seu Filho…” (Rm 8,29). O desejo do coração do Senhor é que nos tornemos iguais a Jesus. Quando a paixão de nossa vida se alinha com a paixão do coração d’Ele, podemos nos colocar de lado e ver Deus fazer coisas extraordinárias. Ele transforma o negativo em positivo, os erros em acertos e as fortalezas ocupadas por piratas em templos cheios do Seu Espírito. Isso nos leva à segunda arma de nossa guerra: o Espírito Santo. A oração nos dá acesso ao trono de Deus onde ele mantém todo poder e autoridade. O Espírito Santo é parte da natureza trinitária do Senhor que habita em cada cristão. Ele transporta o poder do céu ao nosso coração para sermos conformes a imagem de Cristo. O Apóstolo João escreveu: “Filhinhos, vós sois de Deus e tendes vencido os falsos profetas, porque maior é aquele que está em vós do que aquele que está no mundo” (1 Jo 4.4).
Há muitos anos, um grande pregador proclamou o Evangelho e uma jovem entregou seu coração a Cristo. Ao término da reunião, o pregador perguntou à jovem: “o que você fará quando o diabo bater à porta do seu coração?”. A jovem parou e pensou antes de responder. “Eu acho que só vou pedir para Jesus atender à porta”. Ela compreendeu uma grande verdade bíblica. A vitória não está no nosso poder, mas no poder d’Aquele que vive em nós. Ele é nossa força, a nossa fortaleza, a rocha da nossa salvação. Ele é aquele que nos leva a vencer.
“A oração nos dá acesso ao trono de Deus e nos permite tomar posse do poder e da autoridade de Cristo”. O Espírito Santo habita em nós e nos dá poder para demolir as fortalezas. “A oração libera o Espírito Santo para nos tornar iguais a Cristo”, afirma o ilustre evangelista Rev. Sammy Tippit.

18/08/2014

Lerte-se do pecado

 
Se alguém está em Cristo, é nova criatura. As coisas antigas passaram; eis que uma realidade nova apareceu. (2 Cor 5,17)

Todo aquele que está em Cristo é uma nova criatura!

Quando dizemos "nova criatura", nossas palavras são pobres para expressar tudo o que aconteceu conosco. Passou o que era velho; eis que tudo se fez novo. Somos realmente novas criaturas!

É por isso que o Senhor quer que vivamos uma nova vida, deixando o velho para trás e olhando para frente, seguindo em frente, para rumos novos, como filhos de Deus.

São Paulo teve a grande graça de experimentar isso e escreveu sobre essa experiência. Ele não falava de teorias, mas sobre algo que estava vivendo. Por essa razão, expressou-se com vigor na Carta aos Romanos. Desde o início do capítulo 6, o apóstolo Paulo fala da salvação de Jesus, do que Ele nos fez e do que conquistou para nós. Quando chega ao versículo 11, diz:

"Assim também vocês considerem-se mortos para o pecado e vivos para Deus, em Jesus Cristo" (Rm 6,11).

Cada palavra que está nesse versículo é preciosa. Este "considerai" não é uma consideração qualquer, mas sim um "se considere". Saiba quem você é e porque é assim, considere-se e viva dessa maneira.

Imagine o filho de um rei. Ninguém pode mudar a realidade desse príncipe, mas, infelizmente, ele não está levando isso em consideração, não está vivendo como "o filho do rei". Então, dizemos a ele: "Considere-se o filho de um rei. Por favor, viva como o filho de um soberano. Deixe de lado essa vida miserável que você vive. Você é filho de um rei, então, considere-se assim".

Que o pecado não reine mais no corpo mortal de vocês, submetendo-os às suas paixões (Rm 6,12). Considere-se morto para o pecado, porque o Senhor já o libertou e ponto final. Agora, você está vivo para Deus, em Cristo Jesus. Portanto, considere-se vivo n'Ele.

"Não se coloque de novo sob o jugo da escravidão", exortou monsenhor.

São Paulo continua na Carta aos Romanos:

Não ofereçam os membros como instrumento de injustiça para o pecado. Pelo contrário, ofereçam-se a Deus como pessoas vivas, que voltaram dos mortos; e ofereçam os membros como instrumento da justiça para Deus. Pois o pecado não os dominará nunca mais, porque vocês já não estão debaixo da Lei, mas sob a graça. (Rm 6,12-14).

Em geral, consideramos o pecado apenas como uma culpa que contraímos diante de Deus, como algo jurídico, e não como o que ele é realmente: uma doença.

O pecado é assim, ele existe, é uma rebelião contra Deus. Para que se manifeste, o mal precisa reinar em alguém.

A Palavra de Deus nos diz: não permita que o pecado entre em seu corpo mortal; ele está por aí, procurando alguém que possa subjugar. Não permita isso!

Quando você montar num cavalo, toma as rédeas dele e o leve para onde quiser. A Palavra do Senhor nos ensina: "Não permita mais que o pecado 'monte' em você e o faça obedecer às rédeas dele".

Não faça mais isso! "Que o pecado não mais reine em vosso corpo mortal", que você não obedeça mais a seus impulsos nem ofereça seus membros como instrumentos do mal. Você já não está mais sob a lei do pecado. Não se coloque de novo sob o jugo da escravidão. 


17/08/2014

Início da Quaresma de São Miguel Arcanjo

Começamos a rezar a Quaresma de São Miguel Arcanjo. As devoções devem nos ajudar a viver melhor a nossa fé e o nosso relacionamento com Deus. Esse é o primeiro motivo pelo qual devo ter e rezar as santas devoções e também para interceder pelas minhas causas e pelas causas de meus irmãos. Uma devoção sadia nunca ocupa o lugar das praticas essenciais de nossa fé, como participar da Eucaristia Dominical, dos Santos Sacramentos, da leitura da Palavra de Deus e a pratica da Caridade. O maior fruto das nossas devoções é ter um coração cada vez mais aberto para Deus e para os irmãos.



Quem é como Deus?
O próprio nome de São Miguel é uma demonstração de fidelidade e de humildade.


Para se preparar para esta quaresma é necessário:

* Acender uma vela abençoada diante de uma imagem ou estampa do Arcanjo;
* Oferecer uma penitência durante os 40 dias;
* Fazer o sinal da cruz;
* Rezar estas orações todos os dias:



ORAÇÃO INICIAL PARA TODOS OS DIAS

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate, sede o nosso refúgio contra as maldades e ciladas do demônio. Ordene-lhe Deus, instantemente o pedimos, e vós, príncipe da milícia celeste, pela virtude divina, precipitai no inferno a satanás e aos outros espíritos malignos, que andam pelo mundo para perder as almas. Amém.

Sacratíssimo Coração de Jesus tende piedade de nós! (3x)

LADAINHA DE SÃO MIGUEL

Senhor tende piedade de nós.
Jesus Cristo tende piedade de nós.
Senhor tende piedade de nós. Jesus Cristo ouvi-nos.
Jesus Cristo atendei-nos.
Pai Celeste, que sois Deus, tende piedade de nós.
Filho, Redentor do Mundo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Espírito Santo, que sois Deus, tende piedade de nós.
Trindade Santa, que sois um único Deus, tende piedade de nós.

Santa Maria, Rainha dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, rogai por nós.
São Miguel, cheio da graça de Deus, rogai por nós.
São Miguel, perfeito adorador do Verbo Divino, rogai por nós.
São Miguel, coroado de honra e de glória, rogai por nós.
São Miguel, poderosíssimo Príncipe dos exércitos do Senhor, rogai por nós.
São Miguel, porta-estandarte da Santíssima Trindade, rogai por nós.
São Miguel, guardião do Paraíso, rogai por nós.
São Miguel, guia e consolador do povo israelita, rogai por nós.
São Miguel, esplendor e fortaleza da Igreja militante, rogai por nós.
São Miguel, honra e alegria da Igreja triunfante, rogai por nós.
São Miguel, Luz dos Anjos, rogai por nós.
São Miguel, baluarte dos Cristãos, rogai por nós.
São Miguel, força daqueles que combatem pelo estandarte da Cruz, rogai por nós.
São Miguel, luz e confiança das almas no último momento da vida, rogai por nós.
São Miguel, socorro muito certo, rogai por nós.
São Miguel, nosso auxílio em todas as adversidades, rogai por nós.
São Miguel, arauto da sentença eterna, rogai por nós.
São Miguel, consolador das almas que estão no Purgatório, rogai por nós.
São Miguel, a quem o Senhor incumbiu de receber as almas que estão no Purgatório,
São Miguel, nosso Príncipe, rogai por nós.
São Miguel, nosso Advogado, rogai por nós.


Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, atendei-nos, Senhor.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.
Cordeiro de Deus, que tirais o pecado do mundo, tende piedade de nós.

Rogai por nós, ó glorioso São Miguel, Príncipe da Igreja de Cristo, para que sejamos dignos de Suas promessas.

Oração: Senhor Jesus, santificai-nos, por uma bênção sempre nova, e concedei-nos, pela intercessão de São Miguel, esta sabedoria que nos ensina a ajuntar riquezas do Céu e a trocar os bens do tempo pelos da eternidade. Vós que viveis e reinais em todos os séculos dos séculos.

Ao final, reza-se:

Um Pai Nosso em honra de São Gabriel.
Um Pai Nosso em honra de São Miguel Arcanjo.
Um Pai Nosso em honra de São Rafael.

Gloriosíssimo São Miguel, chefe e príncipe dos exércitos celestes, fiel guardião das almas, vencedor dos espíritos rebeldes, amado da casa de Deus, nosso admirável guia depois de Cristo; vós, cuja excelência e virtudes são eminentíssimas, dignai-vos livrar-nos de todos os males, nós todos que recorremos a vós com confiança, e fazei pela vossa incomparável proteção, que adiantemos cada dia mais na fidelidade em servir a Deus.

V. Rogai por nós, ó bem-aventurado São Miguel, príncipe da Igreja de Cristo.
R. Para que sejamos dignos de suas promessas.

Oração: Deus, todo poderoso e eterno, que por um prodígio de bondade e misericórdia para a salvação dos homens, escolhestes para príncipe de Vossa Igreja o gloriosíssimo Arcanjo São Miguel, tornai-nos dignos, nós vo-lo pedimos, de sermos preservados de todos os nossos inimigos, a fim de que na hora da nossa morte nenhum deles nos possa inquietar, mas que nos seja dado de sermos introduzidos por ele na presença da Vossa poderosa e augusta Majestade, pelos merecimentos de Jesus Cristo, Nosso Senhor.

Consagração a São Miguel Arcanjo

Ó Príncipe nobilíssimo dos Anjos, valoroso guerreiro do Altíssimo, zeloso defensor da glória do Senhor, terror dos espíritos rebeldes, amor e delícia de todos os Anjos justos, meu diletíssimo Arcanjo São Miguel, desejando eu fazer parte do número dos vossos devotos e servos, a vós hoje me consagro, me dou e me ofereço e ponho-me a mim próprio, a minha família e tudo o que me pertence, debaixo da vossa poderosíssima proteção. É pequena a oferta do meu serviço, sendo como sou um miserável pecador, mas vós engrandecereis o afeto do meu coração; recordai-vos que de hoje em diante estou debaixo do vosso sustento e deveis assistir-me em toda a minha vida e obter-me o perdão dos meus muitos e graves pecados, a graça da amar a Deus de todo coração, ao meu querido Salvador Jesus Cristo e a minha Mãe Maria Santíssima, obtende-me aqueles auxílios que me são necessários para obter a coroa da eterna glória. Defendei-me dos inimigos da alma, especialmente na hora da morte. Vinde, ó príncipe gloriosíssimo, assistir-me na última luta e com a vossa arma poderosa lançai para longe, precipitando nos abismos do inferno, aquele anjo quebrador de promessas e soberbo que um dia prostrastes no combate no Céu.

São Miguel Arcanjo, defendei-nos no combate para que não pereçamos no supremo juízo.

16/08/2014

O padre pode contar os pecados para outras pessoas?

Quando falamos em confissão, muitos fiéis carregam no coração uma dúvida: “O padre não vai contar os meus pecados para outras pessoas?”
Dentre os sacramentos da Igreja, dois recebem o título de sacramentos de cura. São eles: sacramento da penitência e unção dos enfermos. Sobre a penitência, nós a conhecemos por diferentes nomes e cada um tem o seu significado próprio:
1. Sacramento da conversão: realiza sacramentalmente o convite de Jesus à conversão.
2. Sacramento da penitência: consagra um esforço pessoal e eclesial de conversão, de arrependimento e de satisfação do cristão pecador. 
3. Sacramento de confissão: porque a confissão dos pecados diante do presbítero é elemento essencial deste sacramento.
4. Sacramento da reconciliação: concede ao pecador o amor de Deus que reconcilia. O penitente faz a experiência do amor misericordioso do Pai.
O padre pode contar os pecados para outras pessoas?
Quando falamos em confissão, muitos fiéis carregam no coração o medo, e não raro há aqueles que se perguntam: “O padre não irá contar os meus pecados para outras pessoas?”. Sobre essa questão, os documentos da Igreja afirmam o caráter inviolável do segredo da confissão. O presbítero que acolhe o penitente ouve os pecados deste, administra-lhe a absolvição sob o sigilo sacramental, isso significa que aqueles pecados ouvidos não serão revelados em hipótese nenhuma.
Sobre o sigilo sacramental os documentos da Igreja afirmam:
O sigilo sacramental é inviolável; por isso é absolutamente ilícito ao confessor, de alguma forma, trair o penitente por palavras ou de qualquer outro modo e por qualquer que seja a causa.
Tem a obrigação de guardar segredo também o intérprete, se houver, e todos aqueles a quem, por qualquer motivo, tenha chegado o conhecimento de pecados por meio da confissão” (Código de Direito Canônico, 893).
Dada a delicadeza e a grandeza desse ministério e o respeito devido às pessoas, a Igreja declara que todo sacerdote que ouve confissões está obrigado a guardar segredo absoluto sobre os pecados que os seus penitentes lhe confessaram, sob penas severíssimas. Tão pouco pode servir-se dos conhecimentos que a confissão lhe proporciona sobre a vida dos penitentes. Este segredo, que não admite exceções, é chamado ‘sigilo sacramental’, porque aquilo que o penitente manifestou ao sacerdote fica ‘selado’ pelo sacramento” (Catecismo da Igreja Católica, 1476).
O termo “sigilo” vem do latim sigillum, selo, lacre. Uma vez ouvida a confissão dos pecados, o presbítero sela com seu silêncio aquilo que foi ouvido. Não poderá jamais revelar para outrem o segredo dos pecados apontados pelo penitente. Esse sigilo sacramental é tão sério, que o Código de Direito Canônico assim expressa no Cânon 1388:
O confessor que viola diretamente o sigilo sacramental incorre em excomunhão latae sententiae reservada à Sé apostólica; quem o faz ser punido conforme a gravidade do delito”.
A violação do sigilo sacramental é direta quando se revela o pecado ouvido em confissão e a pessoa do penitente, quer indicando o nome, quer ainda manifestando pormenores que qualquer pessoa pode deduzir de quem se trata. É indireta quando não se revela tão claramente a pessoa do penitente, mas o modo de agir ou de falar do confessor é tal que origina o perigo de que alguém a conheça.




Padre Flávio Sobreiro
Canção Nova