28/05/2010

Aprendendo a não parar nos erros

Ninguém traz em si uma bula descrevendo suas qualidades

A comunicação é a chave de todo relacionamento, mas dialogar com quem nos agrediu com palavras ou atos, muitas vezes, vai exigir de nós mais que um esforço. Podemos prevenir muitas situações desagradáveis quando nos abrimos às vias para a troca de ideias a fim de saber o que provocou feridas no outro.

Vários motivos podem levar alguém a entrar numa discussão, e recorrer a atitudes como evitar o contato ignorando a presença da pessoa com quem convivemos – como se diz popularmente: “dar o gelo” – não será a maneira mais adequada de se resolver um impasse. Comportamentos como esses em nada contribuem para solucionar um problema; ao contrário, eles abrem precedentes para que as sementes de uma separação silenciosa germinem entre as pessoas. E sabemos que, desse afastamento, muitas outras coisas poderão minar o bom convívio.


Para outros arquivos em audio acesse: Podcast Relacionamentos


Aceitamos viver um relacionamento, porque acreditamos no comprometimento mútuo de fazer o sentimento que nos une perseverar ao longo de nossos dias. Ainda assim, seria um erro pensar que a pessoa com quem nos relacionamos seja perfeita. Ninguém traz consigo uma bula descrevendo suas qualidades, tampouco as suas “contraindicações”. Dentro do nosso convívio, invariavelmente, muitos de nós vamos nos confrontar com os efeitos “colaterais” da personalidade e do temperamento da outra pessoa.

Podemos lembrar que, em situações anteriores, após uma briga, depois da “poeira assentada”, muitas vezes, reconhecemos que as causas da discórdia poderiam ter sido resolvidas de outra maneira. Entretanto, muitas pessoas, em razão do orgulho, desistem da reflexão, a qual pode ser o início de uma mudança para controlar sua impetuosidade, por exemplo; e optam por abandonar seus relacionamentos. Sem admitir as próprias atitudes, as quais podem não condizer com a realidade a que se propunham viver – seja nas palavras, seja nos gestos ou no comportamento –, culpam o outro.

Desistir de manter o vínculo de amizade ou do compromisso com alguém em nada contribuirá para diminuir as dores daquele que se sentiu ofendido, tampouco poderá resolver a questão causadora do cisma do relacionamento.

Não há uma fórmula perfeita para se evitar crises, mas adotar algumas atitudes, como o autocontrole, a paciência e a prudência, especialmente, no trato com as palavras, nos ajudarão a desenvolver a vivência da reconciliação necessária.

Reconhecemos que as turbulências dentro das nossas convivências não acontecem de uma hora para outra e, antes de julgar e condenar uma situação ou uma pessoa pelos desentendimentos, melhor seria estudar o que teria originado o problema. Uma vez detectado, por que não assumir as possíveis adaptações para continuar a viver em harmonia quando nos sentirmos advertidos ou contestados em nossos conceitos?

A resistência em dobrar-se às exigências daquilo que é novo somente nos fará cada vez mais vulneráveis a reincidir no mesmo erro num futuro próximo.

É sempre bom considerar que um relacionamento não se faz somente em função de uma pessoa, mas entre você e o outro ou entre você e um grupo de pessoas que juntos se propõem a lutar para a eliminação das possíveis diferenças. E a maturidade em viver este compromisso está na capacidade de acreditar na mudança que o outro pode alcançar, mesmo diante das divergências de opiniões ou atitudes.

A cada um de nós caberá se abrir às descobertas que os nossos convívios podem oferecer e acreditar em nossa capacidade de mudança e na dos outros também!

Um abraço

Foto Dado Moura
contato@dadomoura.com
Dado Moura é membro aliança da Comunidade Canção Nova e trabalha atualmente na Fundação João Paulo II para o Portal Canção Nova como articulista.
Para ouvir comentários de outros artigos, acesse: podcast Relacionamentos
Outros temas do autor: www.dadomoura.com
Twitter do autor: Dado Moura

27/05/2010

Combatentes na intercessão


Quando o Senhor vier, os que morreram em Cristo ressuscitarão, e você pode proclamar: “Quando o Senhor vier em Sua segunda vinda, os que morreram em Cristo ressuscitarão, segundo a Sua promessa. Ressuscitarei, porque sou de Cristo, estou n'Ele e quero continuar assim. Não quero renegá-Lo. Não quero me afastar do Senhor por nada deste mundo. Quero terminar os meus dias nesta terra sendo de Cristo Jesus. Tenho esta certeza: morrerei e ressuscitarei em Cristo. Não permanecerei na morte quando da segunda vinda de Nosso Senhor Jesus Cristo, que está próxima. Ressuscitarei! Ressuscitaremos!”

Por enquanto estamos ainda sendo atormentados por todos os lados pela presença do maligno, mas chegará o tempo em que seremos libertos do seu jugo. Especialmente a nossa geração, tão oprimida, experimentará a alegria da libertação. Acreditamos que os problemas que nos rodeiam são comuns na vida humana, mas não é verdade; a nossa geração tem sido terrivelmente oprimida pelo jugo do inimigo.


Droga, alcoolismo, depravação, que devastam a nossa sociedade, não são “coisas normais”, mas sim, resultados de uma tremenda opressão maligna que quer destruir a nossa geração. As terríveis injustiças, a fome, a miséria e, como consequência, as doenças e a morte de crianças inocentes, não são simplesmente resultado da maldade humana.

Os milhares de abortos, a corrupção, que se tornou uma epidemia mundial, são sinais de que o príncipe deste mundo é quem impera.
Se os demônios nos atacam e oprimem, os anjos de Deus existem para ser nossos protetores. Os valentes guerreiros do Senhor precisam contar com a presença e a ação concreta desses combatentes do céu.


Espírito luta com espírito. Anjo do Senhor luta e vence anjo decaído. Esta é uma luta entre eles, e não nossa. Nossa luta é outra. Podemos contribuir nessa batalha espiritual, mas com a nossa firme e constante intercessão. Somos combatentes na intercessão.

(Trecho do livro "Céus Novos e uma Terra Nova" de monsenhor Jonas Abib)

26/05/2010

O casamento se inicia no namoro equilibrado


Deus estruturou a humanidade na família

Quando o Deus Pai quis que a humanidade existisse, Ele estruturou tudo na família, com o casal. O Senhor fez o homem, mas viu que seu coração estava vazio e disse a Adão: “Eu vou te dar uma companheira adequada” (Gên 2, 18c). Quando Ele fez a mulher da mesma natureza do homem, é uma linguagem poética para dizer que a mulher foi feita na mesma dignidade do homem, mas diferente para que os dois se completassem. Quando Deus levou Eva para Adão, este ficou emocionado e disse: “Ela vai se chamar mulher” (id. 2, 23c).

O Altíssimo disse a coisa mais importante sobre isso: “Por isso o homem deixa seu pai e sua mãe e se une a sua mulher e serão uma só carne” (id. 2, 24). Isso é o desígnio de Deus, que o homem se case com uma mulher e forme uma só carne, uma só pessoa humana.

Pela unidade do amor de Deus, no altar, vocês serão uma só pessoa; isso é mais ou menos aquilo que acontece na Santíssima Trindade, Três Pessoas, mas uma unidade. Se o casamento não for uma unidade, ele não estará de acordo com a vontade de Deus, e o casal não poderá ser feliz. Se o casal não for uma unidade, não estará vivendo conforme a vontade divina; e isso começa no namoro. É no namoro que a família começa, todos nós nos casamos porque namoramos.

O namoro é o alicerce, o fundamento, se você fizer desse período apenas uma curtição, você estará fazendo da sua família futura uma brincadeira e você sofrerá mais tarde. Leve o namoro a sério, não brinque com a pessoa do outro.

Namoro não é tempo de conhecer o corpo do outro, mas alma do outro. Não empurre seu namoro com a “barriga”, se você vê que só existe briga, tenha coragem de terminar, o amor é algo que se constrói, não cai do céu pronto. A aliança de namoro você pode tirar do dedo, a aliança do casamento, não.

Não deixe a vida sexual sufocar seu namoro, a vida sexual é para os casais casados. São Paulo diz que o corpo da mulher pertence ao marido e o corpo do marido pertence à mulher, porque eles são uma só carne, por isso têm o dever de viver a vida sexual.

Viva seu namoro na castidade, na seriedade e vocês estarão se preparando para ser um casal fiel. O namoro é o começo de tudo, é o ponto de partida.

Quando chegamos ao casamento o que Deus quer? O casamento é uma decisão que exige maturidade, atrás desse "sim" vêm os filhos, que não pediram para vir ao mundo, mas vieram por amor. O filho tem o direito de viver com seus pais, porque ele precisa disso para sua formação moral, intelectual, psicológica, por isso, o casal precisa ser uma só carne e não levar o casamento na brincadeira com mentiras. Se você começar a mentir dará espaço para o demônio entrar no seu matrimônio; não pode haver falsidade entre o casal. Não pode haver divisão entre o casal, não pode existir a primeira pessoa do singular: “eu”, mas sim, a primeira pessoa do plural: “nós”.

Deus quer o casal como café com leite: quando alguém olha vê um só. É possível fazer isso? Sim, com a graça de Deus. Casal que reza junto permanece junto.

Veja também:

Foto Felipe Aquino
felipeaquino@cancaonova.com
Prof. Felipe Aquino, casado, 5 filhos, doutor em Física pela UNESP. É membro do Conselho Diretor da Fundação João Paulo II. Participa de Aprofundamentos no país e no exterior, já escreveu 60 livros e apresenta dois programas semanais na TV Canção Nova: "Escola da Fé" e "Trocando Idéias". Saiba mais em
Blog do Professor Felipe
Site do autor: www.cleofas.com.br

25/05/2010

Por que as crianças e os inocentes sofrem?


Muitas vezes, um inocente morre por causa de um pecador

Muitos perguntam por que as crianças, tão inocentes, sofrem e se Deus não estaria sendo injusto por permitir isso?

Deus não pode ser injusto, senão não seria Deus. As crianças e os inocentes sofrem porque participam da dignidade humana e compartilham a sorte da humanidade. Não é preciso inventar teorias complicadas para explicar o sofrimento; nem mesmo culpar a Deus pelo erro que é nosso.

O Todo-poderoso não interfere no sofrimento da criança, fazendo milagres para impedir o mal a todo instante, a fim de não destruir a ordem natural que Ele mesmo criou. O Senhor não quis fazer o homem e o mundo como um teatro de marionetes, teleguiado por Ele, não. Ele lhe impôs leis que regulam a vida e a natureza.

Em consequência do pecado, o sofrimento e a morte fazem parte da história de todos os homens, inocentes ou pecadores. Muitas vezes, um inocente morre por causa de um pecador. Os acidentes das estradas comprovam isso todos os dias; e ninguém pode culpar ao Senhor por isso, mas sim, aos verdadeiros culpados, que são os maus.

São Paulo ensina que "o salário do pecado é a morte" (cf. Rm 6,23); e esta pode atingir a todos, inocentes e culpados, porque a humanidade é solidária; é unida. Cada pecado atinge todos os homens; assim como cada ato bom também os atinge.

A fé ensina que Deus Pai, pelo sofrimento redentor de Jesus Cristo, resgatará todo sofrimento da criança inocente e fará cada uma ressuscitar um dia com Cristo.

Não devemos nos esquecer de que os primeiros mártires da Igreja são os inocentes que morreram pelas mãos de Herodes, em Belém (cf. Jr 31,15). Hoje são santos mártires da Igreja. O sofrimento destes não foi em vão. Não podemos olhar os fatos só com os olhos deste mundo; é preciso vê-los à luz da fé.

A Paixão e Morte de Jesus Cristo resgatou o mundo. Ouvi uma história muito bela que não sei se é verídica, mas que nos faz pensar.

Em algumas cidades americanas há aquelas pontes sobre um largo rio, formadas por duas partes que se abrem e levantam quando passam sob elas os navios. Havia uma dessas construções, que além de tudo, continha uma estrada de ferro sobre ela. Um homem a operava. Quando vinha o trem ele baixava a ponte para este passar, quando vinha um navio, ele a levantava comandando máquinas e engrenagens enormes, que ficavam sob os seus pés.

Certo dia, o seu filho, pequeno, foi visitá-lo, com uma bola nas mãos. Ao brincar com esse objeto, este escapou-lhe e caiu lá no meio das engrenagens. Logo o garoto desceu os degraus para pegar a bola, sem que o pai pudesse impedi-lo, e se meteu no meio das grandes engrenagens. E eis que o trem estava vindo; e ele teria de baixar logo a ponte sabendo que o filho estava lá em baixo correndo risco. Gritou, desesperado, para que o filho deixasse a bola e subisse, mas este não o ouvia.

Eis que o trem se aproximava rápido, e o homem sentiu que não teria tempo de ir buscar o garoto antes de o trem passar... Ficou com o coração na mão... O dilema era enorme: se baixasse a ponte as engrenagens matariam o seu filho, se não a baixasse seria uma enorme tragédia e muitas pessoas pereceriam no acidente. Não teve alternativa, com o coração sangrando e os olhos cheios de lágrimas, baixou a ponte... o trem passou, e as pessoas, como faziam de costume, lhe abanavam os lenços e lhe davam adeus e sorrisos...

O Pai entregou Jesus por nós assim... Ainda duvidaremos do Seu amor? Por isso, diante da dor e da morte, mesmo de uma criança inocente, façamos silêncio e jamais ousemos culpar a Deus; não somos dignos nem capazes de compreender os Seus santos desígnios. É melhor não crer em Deus do que crer em um Deus que seja malvado.

24/05/2010

O tempo e o espaço da esperança



Transformemos a vida em uma lição de amor

Quando eu sei aprender com o passado, eu tenho alegria; da mesma forma, quando eu sei aprender com o futuro, eu tenho esperança. Ninguém tem o controle do tempo, não temos poder sobre isso. Muitas vezes, uma mãe que perdeu um filho gostaria de voltar no tempo e segurar aquele momento para que esse fato não tivesse acontecido, ou um filho que estava com ódio do pai e este acaba morrendo sem que eles se falassem, com certeza, ele gostaria de voltar no tempo para poder conversar com o genitor; mas não temos esse poder.

Às vezes, o nosso desejo é segurar o tempo. Eu não posso dizer ao tempo que ele passe mais rapidamente ou que passe lentamente. Quando somos adolescentes queremos fazê-lo [o tempo] correr, mas não temos essa capacidade.

Transformar a vida em uma lição de amor, isso fez Zilda Arns. Ela não tinha o poder de prolongar o tempo da sua existência, mas tinha o tempo de transformar a sua vida em uma lição de amor.

Porque é possível ampliar com o amor o nosso tempo. Amar é cuidar do outro, é olhar para o outro como alguém cheio de possibilidades. Eu jogo pedra em alguém porque não paro para imaginar a dor que o outro sente. O Cristianismo perde o sentido se eu não consigo viver esta completude da palavra "amar".

O tempo nos ensina o quanto podemos melhorar ao nos levantarmos das quedas. Com ele podemos olhar para as pessoas que marcaram a nossa vida, com as quais aprendemos algo bom. O passado não pode nos escravizar, as pessoas erram sim, mas é preciso olhar para a nossa vida e ver que as nossas cicatrizes também foram moldando o nosso caráter.

Todos nós temos uma missão e o enfrentamento dessa missão garante um outro significado para nossa história.

Há algumas coisas em nossa vida que são transitórias e outras, definitivas. Para conseguirmos viver bem é necessário entender que a nossa vida é um presente de Deus. Nós não dominamos o tempo, mas o espaço sim. Um sorriso que eu dou ao outro faz o espaço ampliar. Em muitos momentos, nosso amigo não precisa do que vamos dizer a ele, mas estar perto dele é o que faz a grande diferença, e é isso de que o outro precisa.

Quando somos simples o outro nunca vai ser invisível para nós. É na simplicidade que eu percebo Deus e consigo ver que Ele está perto de mim.

Que o nosso tempo e o nosso espaço sejam de leveza de quem se deixou amar por Deus. É preciso aproveitar o tempo para que este espaço seja preenchido com amor, de modo que este nos torne mais leves. Para isso é preciso ter a simplicidade de perceber que o Senhor vem cuidar de nós nas situações mais simples e cotidianas da nossa vida.

21/05/2010

Nossa Senhora, mestra da cura interior


Neste mês, a Igreja se volta a Nossa Senhora e de modo particular para a Festa de Pentecostes.

“A uma virgem desposada com um homem que se chamava José, da casa de Davi e o nome da virgem era Maria. Entrando, o anjo disse-lhe: Ave, cheia de graça, o Senhor é contigo. Perturbou-se ela com estas palavras e pôs-se a pensar no que significaria semelhante saudação. O anjo disse-lhe: Não temas, Maria, pois encontraste graça diante de Deus” (São Lucas 1, 27-30). “Maria conservava todas estas palavras, meditando-as no seu coração” (São Lucas 2,19).

A Santíssima Virgem Maria guardava todas as palavras em seu pensamento, ela pensava, meditava e as guardava em seu coração, transmitindo-as para as mãos e para os pés: pondo-se a caminho, pois nossa religião não pode ficar só na boa intenção. Monsenhor Jonas, ao conceber a obra Canção Nova em pensamento, a colocou em seu coração e depois a transmitiu em obras.

O que você tem guardado em seu pensamento? Você tem guardado bons sentimentos? A Virgem Maria nos ensina a ter uma vida saudável, a exemplo dela podemos repelir do pensamento toda ira e indignação. Um pensamento sadio é um corpo sadio.

Quando criança uma frase me intrigava: “Mens sana in corpore sano”, que significa "Uma mente sã num corpo são", ou seja, uma mente que sabe cultivar coisas boas. Hoje, parece que as doenças da alma são mais frequentes que as do corpo, são as enfermidades modernas, como a depressão e o estresse. Estamos com a mente estragada, quantos têm câncer há por uma decepção? Na Renovação Carismática se lida com maus pensamentos quando estes não foram curados, pois podem se tornar doenças. Quantas pessoas, pela força do pensamento, acabaram “driblando” enfermidades graves.

Doutrinas orientais sabem lidar com a força do pensamento, que é uma fonte de graça, mas que pode ser uma fonte de desgraça também. Qualquer tipo de meditação ficará apenas no âmbito da matéria, do corpo.

"A confissão vale mais do que as meditações orientais, pois a cura não é no físico"
Foto: Wesley Almeida/ Fotos CN

A confissão vale mais do que as meditações orientais, pois a cura não é no físico. Não duvidamos que essa prática [meditação] traga a cura, mas nós cristãos não podemos pensar em uma cura temporal. A Virgem Maria sempre teve em mente a Palavra de Deus, ela tinha os Salmos da Bíblia impregnados na alma, não tendo espaço para processar maus pensamentos. Precisamos, como a Mãe de Deus, aprender essa prática de absorver o bom pensamento e repelir tudo o que é negativismo, para manter a saúde perfeita.

"Nossa Senhora é a grande mestra da cura interior"
Foto: Wesley Almeida/ Fotos CN

Nossa Senhora é a grande mestra da cura interior, precisamos nos exercitar a guardar todas as palavras boas, sonhando com Deus noite e dia, assim teremos a saúde perfeita. Como a Virgem Maria, no Cenáculo, com os apóstolos, o que você tem conservado em seu pensamento? Qual o objeto de seu pensamento? Uma cabeça que vive pensando em novelas? Filmes? Em problemas? Quando nosso pensamento está tomado pelo pecado, não conseguimos rezar sem pensar nele [pecado].

“O nome de Jesus é fonte de cura para o pregador e para quem o ouve”
(São Bernadino).


No Eclesiástico está escrito: “Não te deixes atormentar pelos maus pensamentos”. Dê nome aos seus pensamentos e os entregue a Jesus.

20/05/2010

Envolvidos pela unção do arrependimento


É preciso resgatar o que nós, homens e mulheres, perdemos neste mundo: o amor pelas coisas de Deus, pela obra divina. A partir de então, com o poder do Espírito Santo,nos transformaremos em criaturas novas, ressuscitadas, e a criação ressurgirá ainda mais bela.

Não tenham medo de ajudar as pessoas a orar em línguas, que é o menor dos dons. Assim como a primeira coisa que a criança faz quando nasce é chorar – porque então se abre seu pulmão e ela começa a respirar –, da mesma forma, para respirar no Espírito Santo de Deus e ter vida precisamos começar a orar em línguas. Essa é a vontade de Deus.

Ao dizer: “Eu vos batizo na água; porém, no meio de vós está alguém que ainda não conheceis, e Ele vos batizará no Espírito Santo e no fogo. Ele já tem uma pá na mão e limpará sua eira”, João se referia a um costume comum entre eles: o grão de trigo colhido precisava ser separado da palha, e não era possível fazê-lo grão por grão. Eles então punham fogo no que tinham colhido, de modo a queimar o que não lhes interessava. Nós somos o trigo de Deus, e o mesmo Senhor, que está derramando seu Espírito sobre nós, está também, com o fogo do Espírito, queimando toda a palha para deixar apenas o trigo, o grão. O trigo, sim, será recolhido aos celeiros do Senhor, mas o que permanecer de palha, de joio, será jogado fora.

O Senhor continua: “Arrependam-se, porque vocês receberam muito e têm dado pouco, porque receberam o Espírito, que vem do alto, mas vivem mundanamente; porque aprenderam a viver segundo o Evangelho,mas não o fazem; falam, mas não vivem; exortam, mas não realizam as exortações que fazem. Eu lhes digo isso porque os amo e os quero regenerados. Eu não quero sua condenação; pelo contrário, eu quero que ressuscitem e vivam. Eu sou o Senhor capaz de ressuscitá-los; eu vim para isso. Creiam em mim, no poder do meu Espírito; abram-se, deixem-se tocar por mim e verão a obra que eu sou capaz de fazer. Mas comecem, agora, pelo arrependimento. Eu, que sou o Senhor, lhes estou dando um espírito de contrição. Deixem-se envolver pela unção do arrependimento.

Peçam perdão a mim, que sou o Senhor; recebam as águas puras com que eu quero lavá-los, para que eu os ressuscite. Acolham-me como o único Senhor de suas vidas. Acolham-me agora; entreguem a mim seus afazeres, suas preocupações; seus negócios; seu presente e seu futuro, e deixem que eu exerça minha obra em suas vidas. Abram suas mentes, seus corações e, na humildade, sentindo-se novamente necessitados, recebam o dom do Espírito, que eu derramo sobre cada um de vocês, para serem meus discípulos, meus seguidores, meus operários, meus combatentes”.



Aproxime-se de Deus e peça: “Eu me decidi por Ti, Senhor. Derrama sobre mim o Teu Espírito Santo, para eu ser transformado. Eu peço todos os dons do Espírito Santo, desde o menor, o de línguas, até o maior, o do amor. E peço também os frutos do Espírito; eu preciso deles reinando em minha vida. Eu preciso do fruto do amor, Senhor; preciso de paz. Tranquiliza-me, Senhor, tira os meus temores, as minhas inseguranças; firma-me na Tua fortaleza. Eu preciso de alegria; enche-me com alegria, tira de mim a tristeza, o abatimento. Tira, Senhor, tudo isso que me atormenta, que me deixa preocupado, angustiado, em desespero. Eu preciso do fruto da bondade, da mansidão, da paciência, da humildade, do autocontrole. Dá-me, Senhor, todos e cada um dos frutos do Teu Espírito Santo. Muda minha vida!

Amém!”

18/05/2010

O rosto da santidade: ser santo é ser discípulo


Nós fomos feitos para Deus e a finalidade de nosso coração deve ser chegar até Ele. Você só poderá se realizar à medida que descobrir que é uma criatura do Senhor.

Não queremos a sujeira, não queremos a imperfeição, pois o Todo-poderoso não nos fez para o pecado. Podemos dizer muito do Senhor, mas basta dizer que Ele é amor. É nesse mistério que compreendemos que Ele é Pai, Filho e Espírito Santo.

Você é atraído por Ele não só porque você queira o melhor, mas porque você quer comunhão. Para chegar a professar a fé em Jesus, você precisa fazer antes a experiência do seguimento. Não dá para descrever quem é Cristo, sem antes se pôr a segui-Lo.

Todos nós temos de renegar a nós mesmos, ou seja, vencer nosso convencimento. Todos (ninguém deve ficar de fora!) devem tomar sua cruz. Todos devem amar Aquele que não decepciona ninguém. Diz Santo Agostinho: “Sê constante, paciente, sofre as demoras e terás enfrentado a cruz”. A estrada da vida, da plenitude, passa pelo seguimento de Nosso Senhor Jesus Cristo. Ser santo é ser discípulo.

Guardem estas duas palavras: eleitos e santos. A santidade vem primeiro do Alto, pois é graça, é Deus quem no-la dá. Se você não fizer uma escolha, você será como aquele homem que constrói sua casa na areia. Aqueles a quem Deus escolhe para serem santos são aqueles que são pecadores.

Santa Maria Gorete, considerada a santa da castidade, morreu em defesa da sua pureza. Quando ela perdoou o seu agressor, ela chegou ao cume da santidade. Na sua canonização estava, ali presente, aquele que a havia assassinado. Naquela ocasião, Pio XII disse assim: “Nem todos são chamados ao martírio, mas todos são chamados a praticar as virtudes cristãs”. Santidade exige atenção contínua até o fim da vida. Cada um, em sua condição de vida, siga os passos desta santa, com generosidade, com vontade firme.

Tenho encontrado em muitos lugares, tanto na Renovação Carismática Católica [RCC] como nas Novas Comunidades, verdadeiras "fábricas" de santos, pessoas que se dedicam plenamente ao Senhor. Todo o corpo da Igreja deve seguir a Cristo, que é o Santo de Deus. Essa é uma proposta para todos nós.

Quem é o rosto da santidade? O rosto, quem sabe, da mãe de família? Ou dos jovens? Temos de olhar para Virgem Maria, ela é o rosto da santidade! Ela tem o perfil da santidade, pelo qual constantemente precisamos buscar.

Meu irmão e minha irmã, prestem este serviço para o mundo de hoje: o rosto da santidade para este tempo tem de ser o seu. As pessoas têm direito de vê-lo na oração, sorrindo, com bom humor.

Dom Alberto Taveira
Arcebispo de Belém - PA

14/05/2010

Deus não desiste de você

Quem é pecador diga: ‘Eu sou pecador’ e aponte para Cruz, e reze: Obrigado Jesus porque meu pecado não é maior do que o Seu amor por mim’ . Ponha a mão no seu coração e diga: ‘Deus me ama, morreu na cruz por mim, se dá como alimento todos os dias na Santa Missa. Deus me acolhe, Deus me abraça. ’
Pense nos seus erros...
Diácono Nelsinho
Foto: Robson Siqueira


Onde você colocará suas feridas? Pense nos seus pecados, olhe para os seus erros. Você é pecador? Apesar do seu pecado, Deus não desiste de você, nunca desistiu.

Nas famílias, aquele filho, o mais arteiro, está bebendo, cheirando... o pior dos filhos, é o que a mãe dá mais amor, não é verdade? E Deus quando vê você, não importa nada, Deus te ama do jeito que você é.

Pai e mãe não nos conhecem? Para eles precisamos falar que estamos tristes? Eles conhecem nossa voz ao telefone. Deus é igual a esse pai e essa mãe, e conhece todos os nossos erros, até os que nós fizemos na semana passada, eles já sabem, eles nos conhecem. Deus te ama.

Quantas decepções em sua vida? E muitas vezes em nossas vidas as pessoas que mais amamos nos ofenderam, e disseram: ‘você não vale nada, não presta, é um mau filho... ’ Não! Você é templo do Espírito Santo e muito importante para Deus. Jesus te ama muito.

Deus te acolhe do jeito que você está. Você que perdeu o amor próprio, que se acha indigno do amor do Pai.

Talvez você se veja hoje como a pessoa que menos merece o amor de Deus. O demônio quer dizer que você não tem mais jeito, que você não merece Deus. Ninguém merece mesmo, isso prova que maior é o amor.
Durante muito tempo eu ia comungar e, ficava naquela crise: ‘Senhor eu sou pecador, eu confessei ontem e já pequei de novo’. Mas eu ia para procissão da comunhão, rezando: ‘Não comungo porque mereço, isso eu sei ó meu Senhor, comungo pois preciso de Ti. Quando faltei a Missa, eu fugia de mim, e de Ti. Mas agora eu voltei, por favor, aceita-me’.

O pecado faz isso, você peca e não vai mais á Missa, é como dizer, ‘eu não vou ao hospital porque estou doente’. O demônio faz você sentir que não merece Deus e te afasta da Eucaristia. Você está fugindo de sua consciência, fugindo de Deus. Quando a pessoa está com anemia o que ela mais precisa fazer é comer, e é o que ela menos quer fazer.

Como que você vai vencer o pecado sem Deus? Quanta gente deixou de ir à Missa por causa de um namorado (a), de um emprego onde ia ganhar mais. Deixou Deus, seus princípios, deixou o que acreditava, se anulou.

Tem jeito para você! Na situação que você está hoje, Deus não te condena porque Ele te ama, Ele deu a vida por todos, mas por você pessoalmente. Deus te conhece pelo nome, Deus te vê. Ele te entende.

Hoje, diante desta pregação do Amor de Deus, eu quero trazer a figura de Paulo, apóstolo. Ele ‘caiu do cavalo’.

Em Atos dos Apóstolos capítulo 9, conta a conversão de Saulo.
Saulo conhecia Jesus? Não. Ele nunca o tinha visto. Como então, Jesus disse: ‘Porque me persegues?’ Nesta leitura, percebemos que criticar a Igreja é criticar Jesus, perseguir a Igreja é perseguir Jesus.

Quantos maridos participam na Igreja e são criticados por suas esposas. E quantas mulheres chorando para que os maridos participem da Igreja e os maridos as criticam e até as proíbem de ir a Igreja.

Saulo ficou tão atordoado com aquela voz e ficou cego. Depois foi levado para Damasco e Jesus pediu que Ananias fosse visitar Saulo para rezar por ele. Ananias diante dos defeitos de Paulo disse a Jesus que ele era muito perigoso, e que não iria. Muitas vezes é assim que a gente trata as pessoas: ‘aquele lá é um adúltero, um maconheiro, um bêbado. ’

Olha o que o Senhor falou a respeito do pecador: ‘Não, este homem é instrumento de minha escolha para levar o meu nome’. Quem tem alguém de sua família que está afastado de Deus, um amigo, um vizinho longe de Deus? O demônio vai fazer uma lista de defeitos dessa pessoa para que você não se aproxime dela e, às vezes, você até diz: ‘essa pessoa morreu para mim’. Não morreu. Só vai morrer se você deixar que ela morra.

Quando você for enviado para falar de Deus para alguém e se encher de irritação, saiba que a irritação não é base pra corrigir ninguém. Tem mãe que até range os dentes para corrigir os filhos. O demônio coloca uma lista de defeitos daquela pessoa, e não adianta ir lá gritando o Evangelho, com moralismo... Não. É preciso preparar o terreno.

Quando Ananias ouviu o que Deus tinha para Saulo, ele mudou de opinião e foi ao encontro dele. Ananias chegou à casa e entrou dizendo: ‘Saulo, meu irmão, o Senhor enviou-me para que você torne a ver e fique cheio do Espírito Santo’.
Se você, filho, não amar seu pai e sua mãe, quem vai amar? Perdão é para se dar!
Foto: Robson Siqueira
Quando Saulo ouviu aquela voz: “Saulo, meu irmão”, naquela hora caiu as escamas de seus olhos, caiu o preconceito de Ananias, e Saulo ficou cheio do Espírito Santo. Tão cheio que seu nome mudou para Paulo.

Deus está falando para você hoje: vença os preconceitos que você tem pelas pessoas, talvez você tenha matado várias pessoas no seu coração.
Quem mata é assassino.

Quando você disse em voz alta ou no seu coração: ‘você morreu pra mim’. Essa pessoa pode ir para o inferno porque você não a perdoa. Deus perdoa você e você não perdoa seu pai? Tem irmão que não fala com irmão por causa de vaca, de cerca. Tem amigo que rompeu amizade por causa de dinheiro. Tem irmã brigando com irmã por causa de roupa, de batom, porque mexeu nas suas coisas.

Que Cristianismo é esse? Onde matamos as pessoas no coração, até as pessoas de nosso sangue? E quando você chegar ao Céu, Deus vai te perguntar: ‘cadê seu pai, sua mãe, seu irmão... aquele que você matou no seu coração?’

Se você que é filho não amar seu pai e sua mãe, quem vai amar? Seja o que for que ele fez, perdão é para se dar... Pergunte para Deus quem é aquela pessoa que você matou no seu coração e Deus vai dizer: ‘é meu filho amado. Eu tenho um plano para vida dela. ’

Quando nós perdoamos alguém, diminuímos a falta daquela pessoa diante de Deus. Nas delegacias tem as queixas, e para acabar com aquele processo, é preciso que a pessoa ofendida vá lá e retire a queixa. Então, retire a queixa, por favor, porque Deus vai fazer justiça não só com a pessoa, mas com você também. Perdoa nossas ofensas assim como nós perdoamos a quem nos tem ofendido.

Ser cristão é ter atitude. Deus nos leva a atitude.

Vai para a igreja, tenha atitude. Use da internet para falar do amor de Deus. Faça sua parte.

Deus nos dá sempre uma chance. Por que não vamos dar uma chance ao outro?
'Você é Templo do Espírito Santo e muito importante para Deus!'
Foto: Robson Siqueira
Faz anos que acompanho monsenhor Jonas, e vendo meus erros, meus limites, eu quis ir embora. E por causa do amor de Deus, por causa de um abraço de um irmão eu não fui. É na comunidade que você vai encontrar isso. O demônio vai querer te isolar, fazer com que você falte a Missa e não procure a Deus.

Deus quer uma atitude sua. Não estou te acusando, mas não posso negar que Deus está me usando para que você saia do marasmo que está sua vida. Jovens tão bonitos, mas sem vida porque não perdoam, porque estão ‘secos’ por dentro.

Deus está levando você a ter um encontro com a Cruz. E diante da cruz, coloque todas as pessoas que você precisa perdoar, e também as que você matou em seu coração. Entregue sua vida para Jesus hoje!

13/05/2010

Dia de Nossa Senhora de Fátima



Segundo as memórias da Irmã Lúcia, podemos dividir a mensagem de Fátima em 3 ciclos: Angélico, Mariano e Cordimariano.

O ciclo Angélico se deu em 3 momentos: quando o anjo se apresentou como o Anjo da Paz, depois o Anjo de Portugal e por fim o Anjo da Eucaristia.

Depois das aparições do anjo, no dia 13 de maio de 1917, começa o ciclo Mariano, quando aquela que se apresentou mais brilhante do que o sol a 3 crianças: Lúcia, 10 anos, modelo de obediência e seus primos Francisco, 9, modelo de adoração e Jacinta, 7, modelo de acolhimento.

Na Cova da Iria aconteceram 6 aparições de Nossa Senhora do Rosário. A sexta, sendo somente para a Irmã Lúcia, assim como aquelas que ocorreram na Espanha, compondo o Ciclo Cordimariano.

Em agosto, devido às perseguições que os Pastorinhos estavam a sofrer por causa da mensagem de Fátima, a Virgem do Rosário não pôde aparecer para eles na Cova da Iria. No dia 19 de agosto ela aparece a eles então no Valinhos.



Algumas características em todos os ciclos: o mistério da Santíssima Trindade, a reparação, a oração, a oração do santo Rosário, a conversão, a consagração da Rússia ao Imaculado Coração de Maria.


Enfim, através dos Pastorinhos, a Virgem de Fátima nos convoca à vivência do Evangelho, centralizado no mistério da Eucaristia. A mensagem de Fátima está a serviço da Boa Nova de Nosso Senhor Jesus Cristo.

A Virgem Maria nos convida para vivermos a graça e a misericórdia.

A mensagem de Fátima é para o mundo, por isso, lá é o Altar do Mundo.

Expressão do Coração Imaculado de Maria que no fim irá triunfar é a jaculatória ensinada por Lúcia:

"Ó Meu Jesus, perdoai-nos e livrai-nos do fogo do Inferno, levai as almas todas para o Céu; socorrei principalmente as que mais precisarem!"

Nossa Senhora de Fátima, rogai por nós!

12/05/2010

Fazer o caminho: acreditar no potencial de cada pessoa

O tempo real nos coloca no contexto de uma via, de um caminho, tendo um ponto de partida e outro de chegada. É tempo de alegrias e tristezas, de hostilidades e rejeição, ou não. Importa caminhar com muita coragem, não se deixando abater pelos desânimos que vão sendo encontrados. Pelo caminho, as deficiências vão sendo aos poucos curadas, os sonhos, às vezes, sendo realizados.

Importa não ficar estagnado por causa dos problemas, dos preconceitos e situações impostas pelo novo contexto cultural. Não podemos perder as nossas forças e princípios motivadores.

Não é fácil acreditar no potencial existente em cada pessoa humana. Pior ainda é aceitar os prodígios realizados pelos que são comuns a todos nós. Podemos aqui destacar a frase muito popular: “Santo de casa não faz milagre”. Mas isso não é verdade.

O certo é que toda pessoa humana existe para cumprir uma missão. É por isso que existem os dons, quase como um destino, uma configuração de responsabilidade, que abarca toda a existência concreta na história da humanidade.

É muito grande a força da existência. Ela coincide com a vontade do Criador, num tempo determinado, em vista da salvação e da libertação. Existimos para edificar um caminho florido pelas maravilhas de uma vida que precisa ser feliz.

A marca referencial é o amor fraterno na comunidade, ou no corpo social, construindo solidariedade e unidade. As competições, os interesses particulares, as preferências egoístas e os desejos de publicidade dificultam o verdadeiro caminho.

O bem comum é fruto de práticas concretas de amor. É amor que vem de Deus e existe em nós pelo fato de que Ele nos tornou Seus filhos adotivos. Amando os irmãos, amamos a Deus. Assim conseguimos construir uma humanidade sem barreiras.

O caminho depende de tempo, não de passado ou de futuro propriamente dito, mas do hoje, da vida real e concreta. É o testemunho na qualidade de vida do agora. É o jeito da pessoa ser, de viver, de celebrar e de agir no mundo com responsabilidade.

11/05/2010

Prudência não significa ser tímido


Precisamos ter um espírito decidido!

Se há uma coisa que gostamos de buscar é "segurança", humanamente é prudência, mas não é só isso, falo também da segurança do futuro, pensamos mais nele, e a nossa segurança ficam sendo as pessoas e as coisas. Na nossa lista de pedidos a Deus, certamente temos pedidos particulares. Hoje, peça ao Senhor a graça de ser prudente, pois, é através dela que sabemos onde estamos pisando.

Ser prudente não é ser tímido, mas saber que "eu não posso tomar essa atitude, pois sei que a partir dela vou errar bastante". Quem ouve a Palavra de Deus e a põe em prática anda na luz, na prudência. Quem constrói sua vida sobre a Palavra, a está construindo sobre a rocha. Se eu vivo à altura da Palavra de Deus, ela me dará segurança.

As coisas aparentemente seguras vamos perceber que corremos o risco também de perdê-las, mas nada nem ninguém poderá nos tirar a segurança que temos em Deus. Por maior que seja o problema, se estou em Deus nada me destruirá, pois o Senhor não decepciona. Quem vive esse desafio a cada dia vai ganhando força espiritual. Você pode ter muita insegurança ao seu redor, mas somente se está seguro em Deus você é forte. Ser cristão é assumir um compromisso com a Palavra a cada dia, meu compromisso de fidelidade é com o Todo-poderoso.

A Palavra de Deus não nos dá remendos, mas direções. Segurança não é algo que vem de fora, mas de dentro. Uma pessoa segura é uma pessoa que tem um firme propósito; que meu "sim" seja "sim" e meu "não" seja "não". Preciso ter um espírito decidido, assim alcançarei muito em Deus.

Irmãos, a Palavra do Senhor para nós hoje é "Construa sua casa sobre a rocha". Se Ele me quer eu vou até o fim. Há pessoas que desistiram de construir, se acostumaram com as coisas do jeito que estão. Elas começaram construindo sobre a rocha, mas depois que apareceram os sofrimentos, o probleminha passou a ser um problemão, muitas acabaram desistindo. Se você desistiu de construir, de restaurar sua família, comece a lutar, não deixe de construir sua casa sobre a rocha! Deus o quer uma pessoa prudente, antes de buscar conselhos dos homens, busque o conselho do Altíssimo, pois sua vida está n'Ele.

Que tipo de pessoas somos nós? Somos inconstantes? Disciplina conseguimos com a força do Espírito Santo. Infelizmente, há até entre os cristãos pessoas sem disciplina. Precisamos ser pessoas com decisão interior de ser fiéis ao Senhor.

Prudente é aquele que, a cada dia, luta para ser fiel. Passou o tempo de você ficar de um lado para o outro fugindo dos sofrimentos! Que a Palavra de Deus seja a sua segurança! Deus o quer seguro por dentro, não seguro em si mesmo, mas n'Ele. Que você seja firme de propósito, de espírito decidido e que nada o separe do caminho de Deus!

Aquele que olha para trás pensa em voltar, mas quem tem propósito com o Criador olha para frente.

A cada dia Deus Pai pede a você coisas especiais, seja generoso com Ele, para que Suas promessas sejam realizadas em sua vida. Hoje é dia de você fazer uma aliança com o Senhor.

10/05/2010

O sentimento de culpa? Levante a cabeça!


Pessoas que possuem dificuldade para lidar com seus limites
A culpa atormenta a muitos, muitas vezes de forma tão intensa que pode “travar” a vida da pessoa. Ela traz junto a si tristeza, o desconforto e a ansiedade. É um sentimento imediato, irracional, de angústia e de autocondenação que, às vezes, atormenta-nos e nos faz sentir dores de estômago.

Mas de onde nasce este sentimento? A culpa nasce do conceito que trazemos dentro de nós do que é certo ou errado, do que é nosso dever fazer ou do que não devemos fazer. Conceitos introjetados em nós de acordo com a cultura em que vivemos. Ele surge [sentimento de culpa] quando contrariamos esses conceitos.

Quando a pessoa possui uma noção distorcida do próprio poder ou traz dentro de si conceitos muito rígidos e inflexíveis, noções desumanas de certo ou errado, tende a se sentir excessivamente culpada. Às vezes a culpa se refere não ao seu pesar por ter perdido o ideal, mas ao desapontamento por não ver realizado o desejo de ser amada, reconhecida, valorizada.

Outras pessoas, por não conseguirem deparar com o próprio erro, tendem a sempre colocar a culpa nos outros. Por outro lado, a culpa é importante no nosso processo de crescimento pessoal e amadurecimento humano, e aqueles que são destituídos desse sentimento, vivem num mundo sem moral e sem lei, o que pode ser muito perigoso e até doentio.

A culpa, portanto, tem diversas nuances: pode ser um sentimento destrutivo e infantil, que nos fecha em nós mesmos e nos impede de amadurecer, e pode ser um sentimento construtivo, essencial para sermos pessoas responsáveis e capazes de crescer.

A culpa positiva nasce da comparação entre o meu “eu” e os valores que me solicitam: a consciência de ter transgredido um estilo de vida livremente aceito, ou seja, nasce da consciência de ter transgredido um valor importante para mim (sinto-a, porque perdi o verdadeiro sentido de minha vida). Nasce da capacidade de julgarmos a nós mesmos em termos dos valores morais que trazemos interiorizados. Nesse caso, quando a pessoa depara com o sentimento de culpa, o que acontece é uma atitude de autocrítica, de percepção do próprio erro e a decisão de mudança de comportamento e de postura diante do próprio erro.

Aqueles que possuem dificuldade para lidar com os próprios limites, erros, fracassos, incapacidades, tendem a se martirizar e se culpar de forma excessiva. A causa da culpa destrutiva pode ser o medo do castigo (real ou imaginário) proveniente dos outros ou da própria pessoa que tem esse sentimento, ou seja, o medo de ser castigada pelos outros ao ser descoberta em seu erro, ou uma tendência à autopunição e à autocondenação, na qual a pessoa se martiriza pelo próprio erro, travando toda a sua vida futura.

Aprender a reconhecer a própria culpa é aprender a reconhecer que temos limites, que somos frágeis, que somos humanos e, portanto, erramos.

Existem pessoas que fazem um ideal de si mesmas tão alto que se torna algo inatingível e, com isso, elas nunca conseguem estar à altura dos próprios ideais, caindo numa autocobrança impiedosa. Não podemos nos esquecer de que todos nós, homens e mulheres, trazemos em nós virtudes e defeitos, riquezas notáveis e incoerências.

Reconhecer a nossa culpa exige coragem para reconhecer nossas próprias limitações. Reconhecer a própria culpa é essencial para que brote uma nova postura diante de nós mesmos e do mundo, sem cobranças, sem acusações, sem autopiedade.

Precisamos aprender a ter uma justa estima de nós mesmos, uma autoimagem correta e normal, no reconhecimento de que somos dotados de muitos elementos positivos e, ao mesmo tempo, possuímos muitos contornos limitantes que dificultam o agir. Ter uma imagem realista de nós mesmos, reconhecendo que não somos a pessoa que fomos no passado, mas que ainda não somos a pessoa que seremos no futuro.

Que tipo de sentimento de culpa você traz dentro de si? Uma culpa destrutiva, por medo de ser castigado ou por não admitir seus próprios erros? Ou uma culpa positiva, que nasce da consciência de nossa possibilidade de errar e que o leva a buscar ser cada dia melhor?



O grande desafio para todos nós é ter um olhar voltado - não para as dificuldades que vivemos -mas para Jesus. Quando só olhamos para os nossos problemas e nos centramos somente neles, nos afundamos e perdemos a esperança.

Justamente o nosso olhar precisa estar fixo em Nosso Senhor Jesus Cristo, porque somente Ele é capaz de nos auxiliar eficazmente. Não é mais tempo de vivermos cabisbaixos, como pessoas derrotadas, porque o Senhor é a nossa força e o nosso sustento.

“Sim, Ele é meu rochedo, minha salvação, minha cidadela; sou quase inabalável” (Sl 61,3).

Coloquemos toda a nossa confiança e a nossa esperança no Senhor, porque os que n’Ele confiam jamais serão decepcionados.

LEVANTE A CABEÇA!!!

07/05/2010

Que a escola de nossa vida seja a perseverança


Qual a importância do perseverar? É na perseverança que a beleza do final é preparada. Qualquer coisa na nossa vida adquire um significado não pela empolgação do começo, mas pelo significado que eu deu à permanência.
O Evangelho da semana nos convida a perseverar.

Muitas pessoas, no início da caminhada, se empolgam, vão à Missa todos os dias; mais do que isso, várias vezes ao dia. No entanto, depois de um tempo, desanimam. Por isso, na liturgia de hoje, perseverar é o convite.

Entre os casais, muitos acham que a lua-de-mel é o mais importante, mas não sabem que entre ela e o “felizes para sempre” tem uma grande caminhada. Não dá para comprar um pacotinho de “felizes para sempre” e tomar todos os dias, porque ele são conquistado durante as lutas e permanências.

Os santos não se fazem quando descobrem Deus, mas no que construíram durante a caminhada, enquanto perseveravam. No entanto, hoje, perseverar demora demais, porque a pressa é para viver o “felizes para sempre”, mas se esquecem de que entre o início e o fim existe o desenvolvimento.

A nossa história de salvação é um constante movimento de Deus para ficar conosco. Ele quis estar conosco, se fez homem para ficar em nosso meio. Mas não foi acolhido; foi julgado, maltratado, morreu e ressuscitou. Deus não é fogo de palha, Ele não desistiu de nós; Ele escolheu amar permanecendo.


Quer saber se você é fogo de palha? Veja se desistiu no primeiro problema que bateu à sua porta. E nós escolhemos amar por um tempo. Quer entender a escolha de amor dos jovens de hoje em dia? Ficar. Ficar é começar empolgado e acabou aí. Às vezes, nem sabe o nome, quem é, o que vem fácil, vai fácil. Não gastou tempo para construir um relacionamento.

O que dá sentido a tudo que fazemos é o tempo que gastamos para cultivar. O problema é que hoje é mais fácil ter um amor vagabundo, ou seja, que fica vagando, sem ter destino certo. O convite de Jesus é “permanecei no meu amor”. Isso é uma afronta para quem está vivendo “ficando”, emprestando-se.

Os nossos filhos são frutos do tempo que permanecemos com eles, mas se você tem pouco tempo para seus filhos, dê qualidade ao seu tempo. Pai que permanece com seu filho, percebe que ele está com uma mancha no braço, que tem alguém judiando dele. Já há pais "ficando" com o filho, mas o que educa não é ficar, é permanecer.

Você precisa trabalhar? Trabalhe. Não vou lhe dizer para parar de trabalhar, porque não posso pôr dinheiro na sua casa.

Onde você tem permanecido? Onde tem investido seu tempo? Ninguém cuida daquilo que não é importante para ele. As pessoas são educadas com a permanência, com a perseverança. Se a cada coisa que acontecer no seu casamento, você quiser da um fim nele, vai jogar fora o tempo da perseverança e não vai conhecer o “felizes para sempre”.

Domingo agora é Dia das Mães e coração de filho parece que fica mais mole neste dia. Talvez seja a hora de esquecer a vagabundagem e escolher permanecer, mesmo que o frango assado tenha de ser dividido por 20 pessoas e o refrigerante dê um pouquinho para cada um. Pode faltar tudo, mas uma coisa não pode faltar: a escolha de permanecer no amor. Escolha agora a coragem de encurtar as distâncias.


Muitos não estão distantes fisicamente, mas distantes do coração da mãe. Tavez você não tenha dinheiro para um presente caro, mas não pode faltar o beijo e o abraço na mãe, porque isso não tem dinheiro que compre. Há muitas teorias por ai, mas o “felizes para sempre” precisa ser preparado durante o tempo de perseverança. Hoje, experimente ser feliz para sempre; escolha perseverar.

Que a escola de nossa vida seja a perseverança.

06/05/2010

Toda mãe tem que ter os traços de Maria.

O amor materno é capaz de apoiar os filhos

Ser mãe vem ao encontro da plenitude do ser feminino. Toda mulher é chamada a gerar um novo ser humano, seja física ou espiritualmente. Com Maria, Mãe de Jesus, também foi assim. Ela foi escolhida por Deus para uma gravidez incomum, em que o fruto de seu ventre traria a vida eterna para toda a humanidade. Para isso Nossa Senhora contou com auxílio do Céu, nasceu imaculada, para o propósito divino de ser geradora do Salvador, mas o Pai dotou-a de virtudes naturais que são inerentes ao ser mulher e que, na maior parte dos acontecimentos de sua vida, ela dispôs do que lhe era humano para que o plano do Altíssimo acontecesse.

Desde a Anunciação, em que ela abre mão de seus planos de constituir uma família, até o Pentecostes, evento em que ela está firme e perseverante na oração junto aos apóstolos, o ministério de Jesus é marcado pela presença dela.

Como então separar Maria do ministério do Cristo?

É nesse caminhar junto, dispondo da energia natural ao que é vontade de Deus, que acontece a maternidade espiritual. Ser mãe é ser Maria na vida dos filhos, que não apenas os traz ao mundo, mas os encaminha para sua missão, indicando o que é nobre, justo e verdadeiro.

O amor do coração materno as impulsiona a estarem sempre presentes na vida dos filhos, não somente de forma física ou tomando-os como propriedades, mas vislumbrando na maternidade de Maria, como educar para o crescimento em estatura, sabedoria e graça diante de Deus e diante dos homens.

O grande milagre da vida realiza-se quando o sopro amoroso da existência, vindo de Deus, perpassa o ser de alguém que se desfaz de si para elevar o pequeno e indefeso até a grandiosidade de sua missão neste mundo.

Se foi tão importante para Nosso Salvador Jesus Cristo ter a presença materna até a vinda do Espírito Santo é porque o amor materno é capaz de apoiar os filhos de forma extraordinária na realização de um desígnio de vida.

Obrigado a todas as mães por serem Maria em nossas vidas!

Um feliz Dia das Mães e abençoado mês de Maria.